Visita Inesperada
Guillaume
O cansaço acumulou a um nível alto, mas tenho que ir para casa, só a ideia de estar naquele quarto e dormir já me desanima porque sei que a partir do momento em que deitar e me entregar ao sono as imagens daquele trágico dia irão tomar conta da minha mente e não terei como lutar como todas as noites.
— Você está péssimo, Guillaume. - Ouço a voz do Alêxy dentro da minha sala, já estava me arrumando para ir embora.
— Pelo jeito os bons modos de bater na porta antes de entrar não faz parte da etiqueta dos meus irmãos. Com relação a minha cara só tenho essa se não está gostando não posso fazer nada.
— Para com isso você sabe que entre nós nunca teve isso, já somos de casa.
Revirei os olhos.
— Esse mau humor todo tem relação aos seus pesadelos?
— Sim, já me acostumei que eles serão os meus companheiros para sempre, mas também teve um acréscimo do dia exaustivo de hoje e a entrada do meu querido irmão na minha sala sem antes bater na porta.
— Para aliviar esse seu mau humor te pesso desculpas. Agora vamos irei te levar para casa.
— Não preciso de carona como sabe tenho o meu próprio carro.
— Deixa de mau humor homem, você pode não precisar de carona, mas como eu e a Jéssica vimos direto do aeroporto para cá, você irá nos dar uma carona, mas como está exausto irei dirigir por você.
— Pode esquecer que você não irá levar para a minha casa um de seus casinhos. — Alterei a minha voz para ele.
— Respeite-me Guillaume sabe que sou um homem casado e a Jéssica ela é a sua nova empregada que a nossa mère conseguiu para você, ela está nos esperando lá na recepção.
— Falei para a mère que não precisava mandar ninguém.
— Você conhece a nossa mère muito bem quando coloca algo na cabeça não tem quem a faça mudar de idéia.
— Porque você está aqui?
— Nossa que recepção, não está feliz por ver o seu irmão?
— Estou muito feliz por vê-lo, mas tenho certeza que tem algo a mais na sua vinda até aqui.
— Você está certo, mas não iremos falar sobre esse assunto agora.
Peguei o meu terno, celular, a minha carteira e as minhas chaves, saímos da minha sala e caminhamos direto para a recepção onde a Jéssica nos esperava.
— Salut, Jéssica.
— Salut, senhor Guillaume é um prazer conhecê-lo.
— Imagino que sim. Agora vamos, tenho certeza que está cansada depois dessa viagem.
— Um pouco. - Respondeu um pouco tímida.
Andamos até o estacionamento nos acomodamos dentro do carro e saímos em direção a avenida para a minha casa.
Estou sempre atarefado com assunto da Família ou do hospital, me sinto exausto e não tenho tido tempo para arrumar alguém para cuidar da casa agradeço mentalmente a minha mère por ter mandado a Jéssica para vir trabalhar em casa e o bom é que não precisarei comer fora de casa.
Enquanto o meu irmão dirigia pela cidade lembrei que não tem nada para comermos em casa, tentei me lembrar de algum restaurante aqui por perto para jantarmos.
Foi nesse momento procurando um restaurante que avistei Lucca pelo vidro do restaurante sentado em uma mesa jantando, pedi para o meu irmão estacionar o carro nesse restaurante porque iríamos jantar aqui.
Em menos de dois minutos nós já estávamos saindo da avenida e estacionando o carro. Será que o Lucca estava esperando alguém? Uma namorada ou namorado? Não pode ser, até porque ele deve está aqui só para jantar e mesmo se estivesse esperando alguém não é da minha conta. Ele está falando com quem ao telefone? A exaustão e a fome está me fazendo imaginar coisas onde não existe.
Entramos no restaurante olhei para onde ele está sentado e ele está com a cabeça abaixada continuando a mandar mensagem para alguém, se ele estiver mandando mensagem para alguma mulher ou homem eu quebro o celular dele e nunca mais terá um. Peço para o meu irmão procurar uma mesa para nós, expliquei que preciso falar com uma pessoa e que logo mais me juntaria a eles.
Olhei mais uma vez para ele, e ele está mordiscando o lábio inferior, já estava me deixando de pau duro. Sem conseguir esperar mais, aproximei-me dele e a lembrança daquele rosto cheio de desejo daquele dia preencheu a minha mente.
Eu.
Ele.
Transando.
Cheios de desejos.
E agora ele está aqui na minha frente mordiscando o lábio e eu doido para sentir a boca dele no meu pau me chupando deixando-me duro feito uma pedra.
— Salut, Lucca.
Sem deixar que ele dissesse algo puxei a cadeira que fica de frente a ele e sentei. Ele ficou olhando para mim como se estivesse vendo uma assombração com a boca aberta, com certeza não esperava me ver aqui. Estava tão perplexo que não conseguia disfarça.
— Feche a boca, mon Petit, está me fazendo querer enfiar o meu pau todinho em sua boca.
Ele fechou a boca e engoliu seco corando.
— Retire-se da minha mesa.
— Não estou vendo o seu nome gravado nela.
— Não me lembro de tê-lo convidado a sentar.
— Está esperando alguém?
Por favor diga que não, porque se disser que sim eu mato essa pessoa da pior maneira possível em sua frente.
— Não te interessa.
Sorri, mesmo com a sua resposta me irritando profundamente. Devo admitir que tem muita coragem por me enfrentar.
— Por ter me respondido dessa maneira, devo considerar a sua resposta como um sim. Por acaso é uma namorada? Ou namorado?
— Porquê esse interesse repentino na minha vida pessoal?
— Porquê foge da resposta?
Ele abriu a boca e fechou, respirou profundamente e me olhou seriamente.
— Não gosto desse tipo de joguinhos senhor Guillaume. Vamos deixar tudo as claras, fui aquela festa com o meu amigo porque ele insistiu bastante, não sou daquele jeito e acredite quando lhe digo nunca tinha transado daquele jeito.
Não esperava uma resposta sincera dessa e conseguiu me intrigar. Porque está me confessando? Será que é um jogo da parte dele?
— Tudo bem. Você faz a sua refeição aqui com frequência?
— É a minha segunda vez aqui, na maioria das vezes prefiro preparar a minha refeição.
— Então, estou de frente a um chefe de cozinha.
— Não, nem chego perto disso, só sei cozinhar o essencial. - Disse rindo.
O sorriso dele é bem cativante.
— Pensei em você esses dias.
Ele ficou com o corpo tenso.
— Desculpe, mas o que ocorreu entre nós não deveria ter acontecido.
Fui bem treinado pelo meu pai para ler as pessoas, mas ele... Não consigo decifrar se está falando a verdade ou mentindo, ele consegue vendar a verdade e os meus instintos.
— O que irá fazer amanhã a noite? — Perguntei com uma vontade louca de prová-lo uma última vez.
— Nada, mas dependendo da compainha quem sabe.
Ele sorriu ao terminar de dizer.
Só preciso tê-lo por mais uma noite e todos os meus desejos estariam saciados. Nunca mais iríamos nos tocar ou falar. Saio dos meus pensamentos com a sua pergunta.
— Só tem esse hospital ou trabalha em algo mais?
Não pode nem ao menos sonhar o que eu faço, e quem eu sou, é capaz de eu perder a oportunidade de enfiar o meu pau em sua boquinha e depois fodê-lo bem duro e gostoso só mais uma vez. Só Deus sabe o quanto quero penetrá-lo bem fundo nele de novo.
— Tenho esse hospital que gerencio e um outro que o meu pai toma conta.
É melhor meia verdade do que nenhuma. Porque aqui eu administro os negócios de contrabando de armas, tráfico de drogas, agiotagem, lavagem de dinheiro, tráfico de mulheres, corrupção de policiais e juízes.
— Da para ver que você gosta do que faz.
— Desde muito novo gostava de ver sangue, então decidi ir para o ramo da Neurologia é bastante desafiador.
— Humm...bastante desafiador.
Falou mordiscando o lábio inferior e a vontade só aumentou de chupá-lo. Não tem a mínima chance de ficar encantado por alguém do seu sangue.
— Podemos nos ver amanhã às vinte e duas horas?
— Até mais, senhor Guillaume. — Falou ficando em pé e saiu porta a fora.
O segui antes que eu saísse acenei para o meu irmão esperar e fui atrás do Lucca ele não pode me deixar assim.
— Está se fazendo de difícil para se encontrar comigo?
— Está muito engando eu só não quero repetir o que fizemos.
— Não precisa fazer charminho comigo, Lucca.
— Acho que você tem problema de audição, mas irei repetir para ver se entende estou lhe dizendo NÃO! Agora me deixe em paz.
— Não lembro de você querer paz enquanto lhe fodia e tirava vários gemidos de você e te fazer gozar não uma ou duas vezes e sim várias vezes.
— Você é um babaca de marca maior. — falou irritado bem próximo a mim. — Escuta bem Guillaume nunca mais irei transar com você de novo, foi um erro do qual eu me arrependo amargamente e não me dirija mais a palavra.
Saiu pisando duro me deixando bastante irritado com a sua ousadia de falar assim comigo, excitado para caramba e com uma vontade muito maior de colocá-lo na minha cama e transar com el até não aguentar mais, deixá-lo bem asado por pelo menos três semanas para aprender a nunca mais falar assim comigo.
Quem ele pensa que é para falar assim comigo?
Voltei para o restaurante e me sentei onde o meu irmão está coma Jéssica.
— Quem era meu irmão aquele rapaz?
— Um residente do hospital.
— E você não poderia esperar até amanhã para falar com ele?
— Não já era para ter resolvido esse problema, mas como ando trabalhando demais não tive tempo. Já fez o pedido?
— Sim, pedi uma macarronada italiana. O garçom disse que é a mais pedida daqui.
— Ótimo, comemos e vamos embora.
— O mau humor continua, pelo jeito o garoto não concordou em algo com você.
— Não é nada disso. Agora me diga como anda a vida de casado? Quando irá me dá um sobrinho?
— Está tudo ótimo com o meu casamento e o sobrinho ou sobrinha logo, logo estará a caminho.
— Que bom é sempre bom ter uma criança em casa. Você veio trazer só a Janaína ou tem algo mais?
— Vim ver o meu irmão abusadinho também.
— Abusado é a sua avó.
— Que aliás é sua avó também. — Respondeu rindo.
— Cala a boca.
Antes que lê pudesse responder o garçom chegou coma nossa comida e nos serviu. Começamos a comer e beber, pagamos a conta e saímos do restaurante, entramos no carro e fomos para casa. Alêxy estacionou o carro na garagem, descemos cumpri.ebtei os soldados e entramos em casa. Acomodei a Janaína em seu quarto e antes de ir para o meu quarto chamei o meu irmão para o escritório.
— Agora pode falar o que o trouxe aqui?
— Giovanni Tartelli morreu.
— Ótimo, menos para nós enfernizar. Já estava na hora de morrer.
Aquele desgraçado já estava nos causando vários problemas, estava querendo eliminar a nossa Família, mas o diabo o quis tanto que o levou antes que nós pudéssemos colocar as mãos nele. O nosso père quer você em casa para uma reunião precisamos nos preparar para quando o filho dele assumir o comando.
— Não irei.
— Como é?
— Tenho o hospital para administrar e tenho os negócios também não posso deixar tudo assim de última hora. Podemos fazer a reunião por videoconferência.
— Você acha tudo isso mais importante do que a nossa Família?
— Claro que não.
— Então o que é que está te prendendo, aqui?
Não posso dizer que é um loiro, de olhos claros que foi na festa.
— Pode dizer ao nosso pai que irei.
— Ótimo não vejo a hora de terminar tudo e ver a minha mulher.
— Aproveite, irmão.
— Vamos dormir.
Concordei e andamos para os nossos quartos. Entrei me servi de Bourbon,
sentei na cama e fiquei encarando o céu estrelado através da janela.
A dor começou a tomar conta de mim só de pensar se ela estaria olhando por mim e pelo o nosso filho, tem dias que consigo seguir em frente sem ficar remoendo as lembranças.
Agora a dor passou a ser minha companheira fiel de todos os dias e eu passei a ser seu dependente.
Uma semana antes da data da morte da Alêxía, a minha memória é repleta de enxurrada de lembranças que me atormentavam, bebia para não lembrar mas era pior porque eu ficava a sua mercê sentindo a saudade que ela me fazia.
Acabei dormindo na cama e sendo acordado por meu irmão. Resolvi fazer uma chamada de vídeo conferência com a minha mãe, quando iniciou a vídeo ela começou a fazer mil e umas perguntas sem parar já estava ficando tonto e sem paciência.
— Fils já está na hora de você casar de novo, te fará bem e para o seu filho também ter uma mère.
— Mère já disse que não quero falar sobre esse assunto. - pedi.- O meu filho já teve uma mère. Onde ele está?
— Está no quarto irei chamá-lo.
— Certo.
Saiu para chamá-lo.
— Papa, que saudades.
— Também estou mon fils. Você cresceu bastante.
— Quando você vem papa?
— Amanhã fios estarei aí com você.
— Que bom papa.
— Também acho.
— Que bom meu filho que você vem amanhã, já irei mandar arrumar o seu quarto.
— Tá bom mãe. Agora tenho que ir.
— Com relação a uma mulher min filé você precisa mesmo porque já faz muito tempo, quero muito que você dorme uma família novamente e dê novos netinhos.
— Quero um petit frère, papa.
— Fils papa depois ver isso, tudo bem?
— Tá bom, papa.
— Mère é melhor a senhora transferir esse sonho para os meus frères.
— Fils eu tenho esse sonho com os seus irmãos, mas com você não perdi a esperança de vê-lo feliz mon Amour não quero que você se torne um solteirão convicto como Adrien!
Estou me segurando para não rir com a palavra "solteirão" que usou.
— Salut, Fils. A sua mãe tem razão meu Fils. - meu père apareceu na tela e deu um beijo na minha mãe.
— Que bom que chegou mon Amour coloque um pouco de juízo na cabeça do nosso menino, agora irei me arrumar para para levar o meu neto na escola. Je t'aime, mon bébé.
— Je t'aime aussi, maman. — Falei e ela mandou um beijo, saindo logo em seguida e meu père ficou no seu lugar.
— Sua mère tem toda razão já está na hora de você se casar novamente e dá uma nova mère para o meu neto. — seu tom de voz saiu muito sério.
— Ele já teve uma mère e não precisa de outra.
— Você sabe que estamos preocupados com o seu bem estar e não dá para você ficar de luto para sempre até porque você irá um dia assumir o meu lugar.
— Eu sei père mas ainda não estou preparado.
— Continuando assim, terei que encontrar ums esposa para você estou lhe dando a oportunidade para você mesmo encontrar uma que você goste, mas não ira durar para sempre a minha paciência como pai, agora como Dom da Família tenho o dever de conseguir uma esposa para você para unir as duas famílias. Você sabe como são as regras da Família.
— Eu sei, père.
— Quem sabe a mulher para casar está ao seu lado e você não está enxergando. Mudando de assunto fiquei sabendo que você pegou um dos participantes do roubo.
— Ainda estamos a procura do líder.
— Quando tiver resultados me informe você sabe que não gosto de saber por outras pessoas as informações mesmo sendo um dos seus irmãos.
— Sim, senhor. Tem notícias da Aliciá.
— Ela está bem, em breve estará voltando.
— Pra o desespero do senhor. — falei sorrindo.
— De todos nós.
— Verdade, são muitos urubus em cima dela. Aposto que lá ela deve está aproveitando muito, já que não tem nenhum de nós lá.
— Você fala isso para que eu perca meu sono. Parabéns você conseguiu daqui a pouco tenho um infarto e o culpado serão vocês.
— Père para com isso, o senhor está muito novo. Sabe que tem soldados nossos de olho nela.
— Vocês ainda irão me matar do coração, principalmente a ma petite princesse.
Suspirei, porque ele tem razão a nossa princesa e virou uma mulher linda que atrai a atenção de todos os homens.
— O senhor tem razão, ela pequena já nos dava trabalho agora então mais ainda. - falei e ele sorriu concordando.
— Agora sem vocês aqui para vigia-la junto comigo o meu trabalho será maior.
— Nos ajudaremos no que puder, père tenho que ir, mande um beijo para mère e o meu fils.
— Mandarei.
Finalizei a chamada e peguei o meu celular e liguei para a minha soeur, torcendo para que ela não esteja em aula. Cinco minutos depois ela atende.
— Olha só quem é vivo sempre aparece. A que devo a honra da sua ligação, irmão.
Revirei os olhos.
— Primeiro estava com saudades da minha soeur e segundo o nosso père já está arrancando os cabelos imaginando você já em casa.
— Ele já tem pouco ira ficar sem nenhum em breve. - diz gargalhando.
— E você fica rindo? Desculpa, não ter te ligado antes, mas as coisas não tem sido nada fáceis aqui.
— O Adrien falou que pegaram um dos culpados pelo roubo.
— Ele está me saindo um belo de um fofoqueiro.
— Também falou que você finalmente ficou com alguém.
— Irei arrancar a língua e os olhos daquele linguarudo.
— Não enrola e diz logo quem é. Irá apresentar a família?
— Não irei falar nada e antes que comece não adianta bem usar uma das suas artimanhas para conseguir uma informação minha.
— Você sabe que elas nunca falham.
— Comigo não irá funcionar, até porque não foi nada demais. Como estão as coisas aí? Não anda se engraçando com nenhum cara, não é?
— Está um verdadeiro tédio. Não tem como eu sair com um carinha se tem cinco cães de guarda de olho em mim.
— Nem venha com essa história porque você enrolou os cincos e saiu com um garoto daí, é bom que você se lembre o que aconteceu com o garoto, além das pernas quebradas e alguns hematomas agora ele anda de cadeira de rodas, o próximo que você se engraçar não sairá vivo.
— Gui tenho que desligar porque a aula já irá começar. Ligue mais vezes, não esqueça que jet'aime.
— Je t'aime aussi, ligarei de madrugada para você para atrapalhar os seus casos.
Encerrei a ligação antes que ela começa-se a me chingar, olhei a hora e faltava ainda duas horas e meia para o almoço. Desliguei o notebook, peguei o meu celular, a carteira, fiz a minha mala desço até a garagem pedi para um dos meus seguranças me levar até ao meu jatinho que estava já preparada a minha espera, descidi de última hora adiantar a minha viagem porque quero ir para a minha casa onde vivia com Alêxia e o meu filho. No meio do caminho enviei uma mensagem para o Édouard e o Alêxy informando que adiantei a viagem e que não era para falar nada para os nossos pais que queria fazer surpresa.
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