Vingança
Hoje eu sinto tanto não ter você
E nem o tempo fez eu te esquecer
E pra que chorar se você não vem
Não vem
Perdi você
Não tente entender
Ainda te amo
Perdi você
Sem razão
Sem querer
Todo fim de tarde é sempre assim
E uma saudade vai nascendo em mim
E eu já nem sei mais por que
Te amei
Perdi você
Não tente entender
Ainda te amo
Perdi você
Sem razão
Fat Family
Guillaume
" Você me tirou alguém muito importante, chegou a sua hora de sentir a mesma dor, tirarei as pessoas mais importantes da sua vida."
Releio a mensagem sentindo todo o meu corpo ficar tenso e o ódio tomar conta de mim, junto com a dor que me consome, as lágrimas começam a escorrer por meu rosto. Não consigo imaginar como conseguiram despistar os seguranças e fazer aquela barbaridade com ela e com os meus filhos. Como os meus homens bem treinados não conseguiram perceber nada de errado naquela manhã, faço essa pergunta a mim mesmo a todo momento.
As lágrimas caem quando relembro àquele dia fatídico, na minha mente só vinha uma única frase: " Corre, corre, corre, mais rápido, Guillaume". A minha consciência gritava comigo, enquanto no meu corpo a adrenalina corria descontroladamente. Passei correndo e esbarrando nos enfermeiros e médicos no hospital tentando sair o mais rápido possível, o que parecia praticamente impossivel naquele momento. Olho para o elevador e vejo que ele esta no subsolo preferi descer pela escada de emergência que pareciam intermináveis. Puxei o ar diversas vezes tentando controlar as batidas do meu coração que parecia por vários momentos que iria parar, pulo o último degrau da escada abrindo a porta p de emergência e saio em disparada pela recepção em direção ao estacionamento, vejo o meu carro destravo o alarme abro a porta entro com rapidez, o ligo e saio cantando pneu para a minha casa.
O meu único erro foi não ter ficado em casa. Agora estou a caminho de casa para abater um desconhecido.
" Pensa, Guillaume, quem pode ser", a minha mente tenta organizar os pensamentos.
O problema é que já eliminei tantos e são tantos inimigos como posso decifrar quem possa ser. Quando cheguei de frente ao portão da minha casa recebo a ligação do policial informando o que aconteceu, sai feito um louco para o local indicado e foi o momento em que vi o carro que ela estava. Foi tirada de mim a força Alêxiá que estava grávida e por um milagre divino quase perdi o meu filho Pierre, as pessoas mais importantes da minha vida. O corpo da minha mulher estava irreconhecível, o motorista morreu na hora, o segurança conseguiu sair do carro em chamas, ainda tentou salvar a minha mulher mas a mesma não estava conseguindo abrir a porta e ela ficou presa no cinto de segurança, mas ela conseguiu salvar o nosso filho que teve queimaduras de primeiro grau pelo corpo passando pela janela para o nosso segurança James. James conseguiu chamar uma ambulância, mas não conseguiu sobreviver por inalar muita fumaça e está com 70% do corpo queimado.
Ainda consigo sentir o cheiro de queimado, aquela cena nunca sairá da minha mente a minha esposa carbonizada no banco de passageiros, consigo até imaginar a dor que sentiu e o pavor por não conseguir sair do carro.
Não consigo deletar essa maldita mensagem do meu celular, foi bem no dia que estava em uma videoconferência com o meu pai, nesse exato dia a minha vida foi destruída por completo. Mas com a ajuda da minha família descobrimos quem foi o mandante da morte da minha esposa e quase do meu filho.
Alêxiá e o meu filho foram tirados de mim de uma maneira terrível e não voltaram mais.
Eu deveria ter passado mais tempo ao seu lado, ter aproveitado a sua companhia, ter ouvido e gargalhado com as suas piadas, ter admirado mais aquele sorriso lindo que ela tinha. Deveria ter viajado mais com ela e o nosso filho, para aproveitar o nosso momento em família. Poderia ter levado mais café da manhã em nossa cama para mimá-la, ter lhe dado mais rosas. Agora não poderei mais fazer nada disso, sinto a sua falta.
Se tivesse saído do hospital mais cedo como tínhamos combinado, poderia ter evitado essa tragédia e ela estaria aqui comigo e o nosso filho.
Mas não adiantava mais lamentar por algo que não fiz. O que me restou foi soltar a minha irá e a minha dor em quem causou todo esse mal em minha vida e a do meu filho. A vingança não me trará paz e nem irá trazer ela de volta, mas quem matou Alêxiá e o meu filho não poderá continuar vivo para contar história, já que eles não poderão.
Saio do meu carro e começo a andar até onde o mandante do crime está. O meu irmão Adrien me passou a localização dele até queria me acompanhar mas não deixei porque esse gosto de vingança é só meu e de mais ninguém. Não podem fazer esse serviço para mim.
Sei que não me sentirei melhor ou pior, mas o serviço tinha que ser feito para honrar a memória deles. Ninguém mexe com a minha família e fica impune. Ando até um prédio abandonado, retiro a arma da minha cintura e me a próximo a passos lentos, tenho certeza que ele está sozinho, ouço vozes no primeiro andar e uma delas eu reconheço é do Isaac e outra é de uma mulher com certeza deve ser uma de suas vagabundas.
Ando até a porta e vejo que não estão na sala e nem na cozinha, provavelmente estão no quarto, ouço vozes baixas e gemidos vindo de um cômodo, ando devagar para não me ouvirem a porta está entre aberta e vejo os dois na cama ando até eles com a armar apontada para os dois a mulher me ver e solta um grito, ele vira o rosto para mim posso ver a sua cara de surpreso.
- Salut, Isaac. Espero não está atrapalhando a sua diversão?- Falo o mais calmo que posso.
- Guillaume amigo que bom vê-lo novamente não o chamo para participar da diversão porque não gosto de dividir o meu momento de prazer, vamos lá abaixe essa arma e iremos conversar como duas pessoas civilizadas.
- Não tenho nada para conversar com você.
- Claro que tem, porque se não tivesse não teria procurado saber onde estou. Agora deixe a Sibele ir embora esse assunto é entre nós dois ela não tem nada haver com a nossa história.
- O meu nome é Monique. - Diz bufando e tenta pegar a roupa.
- É melhor você ficar quietinha se não quiser levar um tiro na cabeça. - Falo apontando a arma para ela que volta a ficar quieta no seu lugar e dava para ver o medo e o desespero em suas feições. -Vous avez tué má femmes et mim filé et continues de me texter en vous vantant de leur mort. Pensais vraiment que tu resterais impuni? Avez - coisa pensé que coisa pourriez eloigner de modo? Avez - vous pensé que vous continueriez à marcher comme si vien ne s'était passí? (Por acaso você teve algum tipo de consideração com a minha mulher e os meus filhos. Você matou a minha esposa e ainda mandou uma mensagem para mim se vangloriando da morte deles. Você achou mesmo que iria ficar impune? Achou que iria conseguir fugir de mim? Que iria continuar andando por aí como se nada tivesse acontecido?)- Falo olhando em seus olhos com ódio.
- Elle n'a riem à void avec nos problemes. ( Ela não tem nada haver com os nossos problemas.)
- Má femmes et mim fils ont-ils quelque chose à voir avec nos problémes? ( A minha mulher e o meu filho por acaso tinham haver com os nossos problemas?)
- Não sei porque você está com raiva porque pelo que você me disse quase agora o bastardo do seu filho sobreviveu o que é uma pena, porque quando eu sair daqui irei matá-lo com as minhas próprias mãos. - Diz cada palavra com tranquilidade na voz.
- Alêxiá e os meus filhos não mereciam ter passado por esse tipo de vingança seu misérable. Alêxiá estava grávida. E quem disse que você irá sair daqui vivo? - Grito o mais alto que posso e com a arma apontada na cabeça da garota.
- Ah, como me dói saber que você perdeu a mulher e um filho que ainda estava sendo gerado, mas veja por outro lado o bastardinho sobreviveu. Você quer saber como toquei fogo no carro aonde estava a perra da sua mulher e o seu filhinho bastardo sem os seus seguranças palermas perceberem nada?
- Nada do que você venha falar agora irá mudar o que você fez e não irá mudar o que vim fazer aqui. Meça a suas palavras ao falar da minha mulher e do meu filho.
- Mesmo assim irei contar estava estudando já faz um tempo os hábitos da sua casa, por exemplo, às cinco da manhã você e o seu segurança vão para a academia malhar, às seis e meia você termina de malhar e vai tomar banho, às sete horas você toma café, depois vai no quarto do seu filho da um beijo de bom dia nele ainda dormindo e sai para trabalhar, a sua mulher às oito e meia da manhã acorda, faz a higiene matinal, mas vamos combinar que ela era bem gostosa com aquelas lingeries que não cobriam quase nada pena que teve de morrer porque se não iria me divertir muito com ela de novo, ela era uma loucura nacama e muito safada.
- Seu desgraçado. - Gritei e dei um tiro na perna dele.
- Ah, ah, ah, ah. Você está louco isso dói. - Falou gemendo de dor.
- Foi só um aviso para você respeitar a minha esposa.
- Mas encurtando a história segui o carro que estava a sua mulher até em um posto de gasolina. Eu a vi descendo do carro com o garoto e um segurança foi com eles, enquanto o outro enchia o tanque de gasolina pedi para Sibele distrair ele e o tirou de perto do carro enquanto que eu mexia na trava do carro e sabotava o tanque de gasolina e o freio do carro. Depois disso só precisei ver de perto a minha obra prima entrar em ação o carro ficar desgovernado bater em um poste de alta tensão, o poste começar a soltar faísca, o carro a derramar gasolina e as chamas a tomar conta o desespero da sua mulher gritando feito uma louca, a minha felicidade estava completa, então fui embora. Agora me diga como o seu filho se salvou?
Apontei a arma na cabeça da mulher que estava deitada ao lado do Isaac e atirei.
- Você acha mesmo que me importo com essa vagabunda de quinta por mim você pode atirar mil vezes nela que não irá causar nenhum efeito em mim. - Diz rindo.
- Não pense que terminou.
- O que você quer mais? Já atirou nela já teve a sua vingança ridícula.
- Você.
- Se me matar a sua vida não terá mais sentindo você é como eu gosta da diversão de gato e rato. A minha morte não ficará impune e virão atrás de você.
- E quem disse que estou atrás de diversão e não me compare a você somos bem diferentes. Ninguém liga para você e se alguém lembrar gritaram amém por ter ido pro quinto dos infernos.
- Você não sabe o que diz. Acha mesmo que me matando tudo acabará é muito ingênuo mesmo....
Não deixo ele terminar a frase e atiro em sua cabeça, não me importo se for preso pela morte dos dois, mas fiz o que vim fazer aqui matá-lo e ainda ganhei de brinde a sua cúmplice. Não me sinto melhor por tê-los matado, mas sei que eles não estarão andando por essa terra vivendo as suas vidinhas medíocres como se nada tivesse acontecido. Me sinto vingado.
Cinco anos depois...
- Bonjour! Guillaume savait déjà ce qui était arrivé à Adrien? (Bom dia! Guillaume já sabe o que aconteceu com Adrien?)
- Bonjour! Non... Dos moi ce qui s'est passé. (Bonjour! Diga logo o que aconteceu.)
- Adrien a eu un assommer. ( Adrien sofreu um nocaute.)
Olho para o meu irmão sem acreditar e em seguida quebro o copo de uísque que estava bebendo na mão só de imaginar que posso perdê-lo também.
- Em qual Ospedale ele está?
- Ele está no Ospedale Clarita Julemand o estado dele é delicado.
- Então, irei para ai agora. Em poucas horas chego. - falo já andando para o meu quarto pegando a minha mala e colocando algumas roupas. - Você está aí com ele?
- Sim. Estava assistindo a luta dele e vi quando ele foi nocauteado. Será bom te ver mesmo que seja nessa situação.
- É não é um dos melhores momentos, não é mesmo? Os nossos pais já sabem? Ele continua naquelas lutas ilegais?
- Não é um dos melhores momentos. Liguei também para você conversar com os nossos pais com jeito para dar essa notícia. Até onde sei ele parou. Agora ele ficou estranho em um momento na luta e foi nessa ora que foi nocauteado.
- Tudo bem, irei dar essa notícia. Você não tem ideia o que o distraiu?
- Guillaume, você está no quarto? - Ouço a voz da minha mãe.
- Sim, mère. Bom vamos dar a notícia juntos.
- Não tenho a mínima ideia, só iremos descobrir quando ele estiver recuperado. Como vamos dar essa notícia a ela? - Hugô pergunta com a voz um pouco receosa.
Ouço a porta do meu quarto ser aberta e vejo a minha mãe entrando olhando para mim e depois para a mala.
- Irá viajar fils? O que houve você não está com uma cara muito boa.
- Bom mère é melhor você sentar.
- Pega um copo com água para a mère. - Hugô pede.
- Hugô meu bem você está aqui e não veio me ver está precisando levar um puxão de orelha. Vocês querem me dizer logo o que está acontecendo, já estão me deixando nervosa.
- Mère, o Hugô não está aqui fisicamente e sim pelo computador. - Viro o computador para ela o ver.
- Mère, eu nunca iria deixar de te dar um abraço e um beijo na senhora se estivesse perto. Mas mando o meu beijo assim mesmo. Como a senhora está e o nosso père?
- Estamos bem meu fils. Agora parem de enrolar e digam logo o que está acontecendo?
- Mère, o Adrien está hospitalizado.
- Não, pode ser. O que aconteceu? - Ela fala desesperada.
- Ele estava participando de uma luta e foi nocauteado.
- Qual o estado dele?
- Os médicos estão fazendo exames e não sabemos ainda a gravidade.
- Mas ele estava acordado e falando normalmente?
- Não. Quando o vi ele estava desacordado e sofreu duas paradas cardíacas a caminho do hospital.
- Meu Deus o meu filho não pode nos deixar. Preciso ir vê-lo.
- Sinto muito mère não queria te dar essa notícia, mas o nosso frère é forte ele sairá dessa pode ter certeza.
- A minha vida não teria mais sentido sem um dos meus filhos. Ficaria perdida não saberia o que fazer. A casa ficaria vazia e enorme sem vocês. Para todo canto que eu olhasse eu os veria e sentiria o cheiro de vocês. - Fala chorando.
- Calma mère tudo dará certo. Logo terei notícias e ligo para a senhora para mantê-la informada.
- Não irei ficar aqui a espera de notícias irei para o hospital.
- Não adiantará de nada a senhora vir para cá é melhor ficar aí.
- O meu lugar é ao lado do meu fils.
- Não adianta Hugô você conhece a nossa mãe quando coloca algo na cabeça não tem quem a faça mudar de ideia.
- Mère irei pegar o meu celular e pedir que aprontem o helicóptero para nos levarem para Dinamarca.
- Irei pegar os meus documentos e o meu celular, no meio do caminho aviso ao seu pai e ele nos encontrará lá.
- Só não demore mãe.
- Não demorarei.
- Como não posso fazer a senhora mudar de ideia, os aguardo aqui. Qualquer notícia que tiver entro em contato.
- E Gui não deixe a sua vida virar uma tormenta, mas do que já está. Eu sei como você pensa e como age em situação de dor. Você sabe que Alêxiá não iria querer te ver afundado na sua dor, ela iria querer te ver feliz e voltando a viver a sua vida. Você tem um filho para criar. Eu quero te ver bem e feliz. O seu filho precisa de você e a nossa família também. Eu tenho certeza que o Adrien ficará bem, então se acalme e não faça nenhuma idiotice. Aguardo vocês.- Termina de falar e desliga a vídeo conferência.
Nunca mais serei o mesmo, nem sorrir mais conseguirei, serei sempre um homem quebrado e amargurado para a vida e o mundo. Se o Adrien se for só me tornará mais quebrado e obscuro.
***
Chegamos no hospital e a minha mãe adentra agoniada indo direto para a recepção perguntando sobre o meu irmão.
— Mãe irei ligar para o Hugô? Fique calma se não a senhora irá ficar internada também antes mesmo de falar com o Adrien.
— Tenho que saber sobre o estado dele meu filho.
— Eu sei mãe. Com certeza ele já deve estar paquerando as médicas e enfermeiras. - A minha mãe não para de andar de um lado para o outro fico a observando enquanto ligo para o meu irmão. ‐ Hugô estamos aqui na recepção onde você está?
— Estou indo ao encontro de vocês.
Vejo o Hugô entrar na recepção.
— Bonjour irmão e mère.
— Bonjour filho. Como está o seu irmão? Posso vê-lo?
— Pode ficar tranquila mãe o Adrien já foi transferido para o apartamento. Ele está agora acordado um pouco grogue, mas ficará em observação por causa de um coagulo no cerebro. Venham irei levá-los até lá, não podemos ficar muito tempo.
— Só quero ver o meu filho.
— Vamos. - Hugô fala nos mostrando o caminho até o quarto do Adrien.
— Que bom ver vocês mesmo que seja nessa situação. - Adrien diz tentando sorrir.
— Não é das melhores a sua situação, não é mesmo? - Pergunto me aproximando dele na cama.
— Como você está se sentindo filho?
— Estou bem mère. Quero voltar para minha casa.
— Como você pode estar bem em cima desta cama? Vai ficar aqui até estar totalmente bem. Você poderia estar morto agora.
— Mére estou bem , não estou em coma e nem morto, então fique calma não gosto de vê-la assim.
— Como você me fala isso, nessa calma garoto? Como posso ficar calma se você insiste em ser boxeador? - Meré diz batendo no Adrien.
— Ai,ai,ai. - Meré isso dói.
— É para doer mesmo. Para ver se entra algum juizo em você. Está querendo mematar é?
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