Prólogo II
Lucca 13 anos atrás...
Ele a puxava pelos cabelos com força até o quarto mais uma vez. Podia-se ouvir os seus gritos suplicantes e dolorosos pela casa toda.
Os seus pedidos de desculpas e suas súplicas desesperadas de que não adiantariade nada para o que estava a aguardando naquele quarto.
Do meu quarto deu para ouvir o som. Do primeiro tapa estralar em seu rosto a fazendo calar e lágrimas descerem pelo seu rosto em silêncio como sempre fazia para que eu não a escutasse, mas o que ela não sabe é que ele deixa a câmera do quarto deles ligada para que eu visse na televisão cada agressão e estupro que ele fazia na minha mãe quando eu desobedecia uma ordem sua.
- Mamãe. - chamei entrando no quarto ao ver o meu pai levantando mais uma vez a mão para machucá-la. Lágrimas desciam pelo seu rosto ao ver que eu estava prestes a presenciar a cena de brutalidade a minha frente.
- Lucca volte para o seu quarto e vá se arrumar para o colégio. - pediu olhando para mim.
Não queria deixar ela sozinha com o monstro do meu pai, não sabendo que ele bateria nela novamente deixando-a com hematomas. Da última vez deixou-a com o braço quebrado e sem andar direito por duas semanas e meia. Quero protegê-la e ajudá-la. Ele só vai bater nela por minha grande culpa.
- Lorenzo, o nosso filho não conseguia dormir, só passei a noite ao lado dele. - ela falou tentando desvencilhar-se do aperto dele.
- Você o mima demais, sua perra. - A chingou dando um soco em seu rosto e um outro em seu nariz. Ele coloca a mão em seu rosto e o aperta fazendo-a olhar para ele. - Preste bem atenção no que eu vou lhe dizer és minha mulher e deve dormir comigo todas as noites, pare de mimá-lo até porque ele não é mais nenhum bebê, ele irá tomar conta de todos os meus negócios, é o meu herdeiro e deve ser tratado como tal. Entendeu?
- Sim...Me... Me desculpe, mas ele é meu filho e é uma criança precisava de mim. Por favor Lorenzo, o meu bebê. - A sua súplica me fez dar um passo a frente com a vontade de ajudá-la, mas olhou para mim com medo e me fez um sinal com a mão para que eu saísse.
Ela preferia apanhar e me proteger, como sempre fez.
Saindo do quarto ouvi o som do baque no chão sabendo que ele acabou de jogá-la, nenhum empregado atrevia-se a interferir na agressão, pois todos tinham medo e temiam por seus empregos. Voltei para o quarto com a raiva me consumindo por dentro.
- Lorenzo, por favor para. - ouvi a súplica da minha mãe mais uma vez.
Dentro do quarto começo a andar de um lado para o outro chorando ao ouvir os gritos dela. Preciso ajudar a minha mãe de alguma maneira, preciso protegê-la. Sai do quarto respirei fundo e segurei o ar devagar, ouvi mais um grito da minha mãe agudo, só me faz sentir mais raiva do meu pai por estar machucando-a. Não aguento mais vê-la sofrer e não fazer nada para ajudá-la.
Fui muito burro por pedir para que ela ficasse comigo até eu pegar no sono, acabei preocupando-a e fazendo com que dormisse comigo. Eu sei que ela sofre com o meu pai e agora esperando um bebê é que a deixa mais com medo do que pode nos acontecer.
Quando entro no quarto vejo o meu pai em cima dela colocando todo o peso do seu corpo sobre ela, ela esta com as mãos amarradas na cabeceira da cama e a penetra com força e com brutalidade sem se importa com os seus gritos de dor, para ele o nosso sofrimento é como música para os seus ouvidos. Quando ele terminasse de estrupá-la ele iria para o meu quarto fazer o mesmo ou pior como todas a vezes quando a deixava desacordada de tanto apanhar. E eu não podia falar nada para a minha mãe para não entristecê-la e não ter que ir tirar satisfação com o meu pai e ser agredida ainda mais e poderia perder o meu irmãozinho com as agressões dele. Dou graças a Deus por ela não ter perdido o meu irmão com tantas agressões que já sofreu. Por que ela já teve cinco gestações.
Ele me viu e continuou a penetrando com mais violência pouco se importando com o seu estado e o com o bebê que já estava no sétimo mês. A fastou-se um pouco da minha mãe e pude ver que o rosto dela estava roxo e o olho direito inchado, a boca cortada e o nariz sangrando.
- Quantas vezes eu tenho que te dizer você é minha mulher tem que estar aqui no quarto pronta para me servir. Porque insiste em me desobedecer? - perguntou apertando o rosto dela já machucado.
- Eu juro que já aprendi a lição Lorenzo. - a minha mãe diz tentando demonstrar arrependimento.
- Você é tão teimosa que nunca irá demonstrar arrependimento e nem adianta tentar fazer essa cara de arrependida porque eu sei que você não está te conheço muito bem e não me convenceu. Agora por tentar me enganar receberá uma punição porque sei que a minha adorável esposinha gosta mesmo é de apanhar e ser penetrada com mais força. Gosta de agressividade, não é mesmo minha perra e bate mais forte na cara dela. - diz a invadindo com muita agressividade e brutalidade fazendo ir para trás com a dor e ele a puxa com mais agressividade e diz para não tentar sair porque será bem pior.
Não aguentando mais peguei um vaso que tinha em uma mesinha no quarto. E aproveitei que ele estava distraído estrupando a minha mãe me aproximei o máximo que pude e joguei com toda minha força na cabeça dele e em um movimento rápido ele me jogou contra a parede e só me lembro de ouvir a minha mãe gritando o meu nome e não vi ou ouvi mais nada.
Só queria que ele sentisse toda a dor que nos causa, por isso o acertei com o vaso.
- Lucca. - Acordo atordoado com a voz da minha mãe saindo um pouco fraca, mas mesmo assim a ouço e a olho.
Olho para ela assustado para o rosto da minha mãe machucado mal podendo reconhecê-la neste momento.
- Que bom meu amor que você acordou. - diz me dando um beijo na testa.
- Cadê ele mãe? - pergunto assustado com a possibilidade daquele monstro entrar no meu quarto.
- Ele já saiu logo cedo.
- Ele te bateu de novo mamãe por minha causa?
- Não meu amor, não se preocupe. Não quero que faça de novo aquilo.
- Já sou um homem mamãe e irei protegê-la.
- Você sempre será o meu menino tenho muito orgulho de você por tentar me defender meu amor. Agora eu e o seu pai sempre resolvemos os nossos problemas eu não quero que você se machuque de novo.
- Ele estava te batendo mãe e estava machucando o meu irmãozinho.
- Nós estamos bem meu amor, agora levante-se e vá se arrumar para o colégio irei levá-lo e de lá irei para a minha consulta.
- Está bem, mamãe.
Dizendo isso ela saiu do meu quarto me deixando sozinho, mas ainda sentia muita raiva do meu pai.
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