Longo Dia
Lucca
Quando o avião pousa no Aeroporto de Toronto Pearson International Airportéo, o meu corpo estremece de tanta ansiedade com as possibilidades que essa cidade pode me oferecer. A minha ação pode está sendo um pouco exagerada e precipitada, mas é bom saber que estarei longe dos seus cães de caças da cidade, estarei em paz aqui nesse meu novo lar e colocando tudo em prática o que aprendi na residência que começo amanhã. Ando tranquilamente até a saída do aeroporto com as minhas malas, paro e verifico a hora, um senhor se aproxima.
— Hello! Precisa de um táxi?
— Yes, thanks.
— Acompanhe-me, por favor. - O senhor diz pegando as minhas malas e as guardando no porta-mala. O motorista, mostrando-se atencioso, abre a porta do passageiro para que me acomode. Ele entra no carro e se acomoda de frente ao volante.
- Para onde senhor? - Ouço a voz do taxista.
Antes que eu pudesse responder, o meu celular tocar e atendo.
— Lucca já desembarcou? - O meu amigo Aaron pergunta.
— Sim.
— Desculpe por não está aí assim que você chegou, mas o trânsito está um pouco caótico aqui, chegarei um pouco atrasado.
— Aaron não se preocupe, já estou em um táxi e você pode resolver as suas coisas, mais tarde nos falamos,
— Lucca não precisa pegar um táxi estou a caminho.
— Aaron já estou a caminho de casa, vá fazer a sua programação de hoje, depois nos falamos. Deixe uma cópia da chave com o porteiro.
— Tudo bem, então nos vemos mais tarde.
— Até mais. - Nos despedimos e desligo a chamada. Olho para o motorista e faço sinal para ele prosseguir. Ele liga o carro e passo para ele o endereço e seguimos
— Este é o endereço, senhor. - Lhe entrego um pedaço de papel com o endereço da rua Queen Street, n° 226, Toronto - Canadá, onde fica o Suits Prime Street, n° 101.
— Chamo-me Carl Rey. Bem-vindo a Toronto.
— Prazer em conhecê-lo. Chamo-me Lucca de Angelis.
— Então, está aqui para passeio?
— Não. Vim para morar.
— É a primeira vez aqui? - Pergunta sem tirar os olhos da estrada.
— Sim. É a minha primeira vez nesta cidade.
— Tenho certeza que o senhor irá gostar de morar aqui. O Canadá é diferente dos países da América do Norte. Nós adoramos receber estrangeiros, somos bem receptivos e a qualidade de ensino é excelente, além de termos o maior hospital renomado no mundo da nossa cidade de Toronto.
— Não. Em alguns minutos chegaremos ao local desejado.
— Fica muito longe daqui o endereço?
— Não. Em alguns minutos chegaremos ao local desejado se não tiver acidente, congestionamento ou se atirarem em nós. Nós morremos.
— Atirarem?
— Está tendo umas rivalidades entre gangues e máfias.
— Sério?
— Sim.
— O filho de um amigo meu foi confundido com um membro de uma gangue e foi executado. Eu peço a Deus todos os dias para voltar para casa são e salvo todos os dias. Dou graças a Deus por nunca encontrar com eles.
Ele para no sinal e começa um tiroteio, pessoas gritando e deixando os seus carros tentando proteger-se, eu pedi para o senhor abaixar-se, mas menos esperamos ele é atingido por uma bala e o seu corpo vai ao encontro do volante.
Sem pensar, passo paro banco da frente, pego a chave do carro, desço e vou buscar a minha mala, abro o porta-malas, pego a minha mala a abro e tiro o meu kit de primeiro-socorros e volto para o motorista empurro o corpo dele para trás e retyiro o cinto de segurança. O puxo para fora do carro e o deito no chão. Abro a sua camisa e pego o meu kit tiro uma pinça de dente-de rato para retirar o projetil do seu peito e o faço, logo depois estanco o sangue com gases e vou fechá-lo com Vicryl e começo a fazer a sutura e finalizo cortando o fio. Ouço a rajada de tiros mais proxima de nós, tiro o celular do meu bolso faço uma ligação para 911 peço uma ambulância.
Enquanto espero chegarem dou uma olhada para ver de onde estão vindo os tiros e vejo homens armados vindo em nossa direção olhos para os lados e percebo que tem alguns corpos a minha frente, ando até eles verifico se estão vivos, mas todos os sete estão sem vidas. Arrasto um corpo e depois outro e os coloco sobre o Carl. Procuro pelos atiradores para ver se estão próximos e vejo qu em pouco segundos estarão aqui, adianto os meus passos agachado e fico embaixo de umcorpo de uma senhora e tento controlar a minha respiração e acalmar os meus batimentos cardiaos, olho na direção do Carl e três homens estão verificando se há alguém vivo, um deles mexe no Carl para verificar se está vivo, o segundo homem olha os carros e terceiro vem na minha direção e para ao meu lado e me chuta seguro o gemido e tento não fazer cara de dor.
Ouço um dos homens chamand o dois para irem embora e ouço os passos ficarem distante, em seguida ouço som de sirenes aproximando-se empurro o corpo da senhora para o lado e com cuidado olho para verificar se não hánenhum outro homem armado por perto, dou passos em direção do Carl verifico a sua respiração e ela está fraca. Olho para ver a ambulância e eles estão a uma certa distância faço sinal e eles correm na minha direção.
— Sabe o nome dele? - Um dos paramédicos pergunta.
— Carl.
— É parente dele?
— Não. Eu só paguei pela corrida do táxi.
— Senhor Carl consegue me ouvir? Responda se estiver ouvindo.
O paramédico verifica a respiração e a pulsação.
— A pulsção dele está muito fraca iremos levá-lo agora.
— Fiz uma sutura no peito dele
— Você é médico?
— Sou residente.
— Pode vir conosco se desejat.
— Não precisa sei que ele está em boas mãos. Para qual hospital será levado?
— Hospital Geral Gaillard.
— Tudo bem.
Os vejo levarem ele pego o meu kit embaixo do carro e a minha mala ando quatro quarteirões e encontro condomínio onde irei chamar de lar de agora em diante, pego a chave com o porteiro e vou para o meu apartamento.
— Lucca já ia te ligar vi no noticiário sobre um tiroteio.
— Estava no meio do fogo cruzado.
— Você está ferido?
— Não, mas o motorista acabou sendo baleado e tive que fazer uma sutura nele.
— Que sangue frio você teve nesta hora.
— Tive que ter se nao ele iria morrer na minha frente.
— Apesar de tudo você está vivo e bem. Tenho que dar uma saída, mas se você quiser posso ficar.
— Pode ir estou bem.
— Tem certeza?
— Claro que sim.
— Não demorarei. Tome um banho e relaxe. - Diz saindo e fechando a porta.
Desejo que este país torne-se o meu lar. Tenho a sensação que aqui tudo será diferente.Não vejo a hora de começar a minha residência. Fiquei estonteante quando eu e o Aaron conseguimos essa residência no hospital, o Aaron tornou-se como um irmão quando nos conhecemos na faculdade.
Tenho certeza que se a minha mãe fosse viva ela estaria aprovando a minha decisão. Já o meu pai estaria me sufocando para seguir a sua escolha, além de continuar sofrendo os seus abusos, algo dentro de mim afirma gritantemente de que foi o meu pai o mandante do assassinato da minha mãe. Passaram-se mais de 5 anos que fujo do meu pai e de tudo o que ele representa, quando percebo que há uma grande possibilidade dele acabar conseguindo me encontrar mudo de lugar ou de país só para não voltar a cair em suas garras, mas já estou ficando cansado de não conseguir fincar rais em algum lugar. Sinto pavor só de imaginar ele me encontrando, que possa chegar a machucar alguém que eu goste.
xxx
Em poucos segundos me acomodei em meu quarto e ele é grande, confortável, arejado e bem iluminado. Amanhã será o grande dia que começarei a minha residência com o meu amigo e irmão Aaron e estou um pouco ansioso por isso.
Aproveito o dia ensolarado para conhecer um pouco da cidade e quem sabe eu faça até umas compras para casa. Começo a caminhar pela rua prestando atenção nos detalhes, tentando gravar alguns pontos de referências.
Enquanto estava caminhando deparo-me com uma casa que parece mais um castelo, ele transmite uma elegância e é bem localizado no centro de Toronto, ando em sua direção e vejo que está aberto para visitações. Fico admirado com a sua arquitetura. Entro na casa Loma e vejo um túnel que começa a contar a história dos dias mais sombrios de Toronto em fotografias como a praça, o grande incêndio de Toronto e muito mais.
Já na sala de carruagens a uma exposição de carros antigos como o Ford Model T Touring 1924 - 1925, um Maxwell Model Q Standard 1910 e outros.
O cansaço já estava tomando conta de mim, as minhas pernas começaram a doer me lembrando que já tinha caminhado demais de tão entretido que estava nessa casa que nem percebi a hora passar. Não sei nem como, mas vim parar em um dos quartos quando devia estar indo para a saída desse lugar, acabei me perdendo.
- Termine logo com isso. - O meu coração pulsa forte quando ouço a voz grossa desse homem autoritário. Os meus pés não obedecem ao meu comando em vez de voltar contínuo andando em direção à voz desse homem sem fazer se quer um barulho.
Quando fico próximo da porta do outro quarto, vejo um homem ajoelhado todo ensanguentado, mal conseguindo ficar no lugar, com olho roxo inchado, os lábios estourados, é uma cena lamentável. Seja lá o que ele tenha feito, não merece esse tratamento. Há dois homens no quarto bem vestidos ao redor dele em armados.
- A minha mulher esta grávida, preciso cuidar dela, não me mate.
Sinto pena desse homem, tenho vontade de ajudá-lo, mas não tenho ideia de como. Fico impressionado como as pessoas conseguem ser irracionais mais do que os próprios animais ao ponto de tirar a vida de outro.
- Não fui eu que fiz. Armaram para mim. - O homem fala com muita dificuldade, quase não dando para entender.
- Se armaram para você, deveria ter tido mais cuidado. - Responde o homem com uma tatuagem saindo pelo pulso. - O seu tempo neste mundo acabou, Spike. Mande lembranças para o Prince des Ténèbres. - Logo em seguida são feitos vários disparos com armas com silenciadores no homem.
- Por que fiquei aqui para ver isso? - Sem perceber acabei falando alto e o homem da tatuagem fala.
- Parece que temos um convidado. - Só com a sua declaração começo a correr antes que ele se vira em minha direção. - Comece a limpeza sem deixar nenhum vestígio e descarte o corpo no local de sempre. Irei atrás do nosso convidado.
Não consigo raciocinar direito no que devo fazer, só consigo correr a procura de uma saída. O meu coração só falta sair pela boca do tanto que corro, isso aqui parece mais um labirinto sem fim, quando penso que os despistei sinto algo passando de raspão por meu braço e sei que foi uma bala, não sei como, mas encontrei a saída desse inferno e me misturei entre as pessoas peguei um boné em uma banca sem que percebessem e usei. Pedindo a Deus que eu consiga chegar em casa vivo.
- Por que eu tinha que entrar naquele castelo justo hoje? Tenho que chegar em casa e com mais calma faço uma denúncia anônima para a polícia. Entro em uma loja de roupas e fico disfarçando e prestando atenção se continuo sendo seguido.
- Onde ele se enfiou? Não pode ter ido tão longe.
Escuto a voz dele próximo à loja. Pego uma camisa qualquer e uma bermuda e ando rápido para o provador.
- Só são essa das peças? - A atendente pergunta.
- Sim, sim. - Respondi um pouco nervoso.
- O senhor está bem?
- Na verdade, não. É que estou fugindo do meu ex-namorado e ele é abusivo, não aceitou o término. Pode me ajudar se ele aparecer?
- Claro.
- Obrigado. - O que é uma mentira em relação a salvar a minha vida.
Já se passaram alguns minutos e nada dele aparecer, quando já ia sair do provador ouço a voz dele e fico paralisado dentro do provador.
- Olá, por acaso entrou aqui um rapaz afobado e nervoso, sabe ele é meu primo, acabou de chegar e não conhece nada da cidade acabei o perdendo de vista.
Antes que a moça possa o responder, o celular dele toca. O ouço responder.
- Ainda não. Não tem como aquele garoto ter evaporado assim tão rápido, caralho! Ele está por perto, eu tenho certeza. - A voz dele sai ácida e faz a minha espinha gelar.
Alguém está falando com ele, pode ser o companheiro dele ou outra pessoa. Só sei de uma coisa, quero que ele vá embora daqui.
- Eu sei que ele não irá gostar nada dessa novidade... Já estou indo espera aí, depois resolvo esse problema.
Irá ficar tudo bem, então se acalma Lucca. Falo mentalmente para mim. Enquanto tento me acalmar recebo uma mensagem do meu amigo dizendo que hoje teremos uma festa para ir, porque hoje é para apresentar o novo dono do hospital.
- Até mais, senhorita.
Começo a soltar respiração que nem eu sabia que estava prendendo quando ele se foi.
Droga mal cheguei e já me meti em confusão.
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