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IV

Desculpem a demora, fiquei gripada semana passada e não tinha vontade nenhuma de escrever e nem de fazer nada somente queria ficar deitada, por isso só consegui concluir o cap ontem - já de madrugada - e terminei de revisa-lo hoje - e mesmo assim ainda deve conter alguns errinhos, por isso já peço desculpas adiantado caso tenha erros ^^

Cap dedicado a todas as meninas do grupo no whats, vocês são muito especiais pra mim <3

Boa leitura!

***

Respire e inspire, assim, desse jeito, lenta e calmamente. Apenas... Apenas se deixe levar.

Eu acho que... Que isso é um sonho. Sim. Se parece muito com um sonho, um sonho em que eu estava caindo no céu. Não faço a mínima ideia de como fui parar ali, mas agora eu me sinto bem atravessando nuvens e mais nuvens, com os braços e as pernas totalmente esticados e os olhos fechados, sentindo o vento contra mim, jogando o meu cabelo pra trás. Eu não sinto medo. Somente a sensação de liberdade que o vento contra meu corpo trazia consigo.

Abri meus olhos. Não consigo ver nada a minha frente, na verdade a única coisa que eu vejo são nuvens e mais nuvens e quando eu as ultrapasso outra surge no seu lugar. Embora eu não consiga ver o chão e esteja claramente em queda livre pra morte, não consigo sentir medo.

Olhei em volta e não vi nada a não ser as nuvens, que estavam tão brancas quanto a neve, talvez seja cedo ainda pra o céu estar tão azul e as nuvens parecendo algodão doce.

Quando foi que parei de pensar que isso era um sonho?

Forcei meu corpo a virar, foi um pouco difícil, mas eu consegui, o ar nessa hora parecia estar contra mim e não ao meu favor como estava antes. Observei o céu acima de mim, às nuvens que eu havia ultrapassado ficavam com o meu formato, como se fosse um desenho animado, mas aos poucos observei elas ou a voltarem ao normal ou a se separarem e se dissiparem, como se nunca estiverem existido. É curioso como uma coisa pode estar lá e no momento seguinte não. O tempo, criado pelos homens como uma forma de acharem que podem controlar algo que não pode ser controlado, é algo muito... Inconstante, não se pode medi-lo, mas ainda sim o tentam.

Há quanto tempo estou caindo?

Os homens certamente tentariam me responder que estou caindo há alguns segundos, ou minutos, ou até mesmo horas, mas quando foi que eles aprenderam há contar o dia e a noite? E porque existe tal definição do tempo? A vida já é corrida demais sem o tempo pra nos dizer quando devemos fazer tal coisa ou chegarmos em tal lugar.

Suspirei, fechando os olhos e abrindo as minhas mãos e esticando meus dedos o máximo que eu podia, sentindo as nuvens passarem por eles.

Humanos são tão complicados e difíceis de entender.

De repente eu senti alguma coisa se aproximando rapidamente de mim, abri os meus olhos e eles pareciam mais... Potentes. Agora eu estou conseguindo enxergar ainda mais longe e, não sei o que aconteceu pra ter tamanha diferença no alcance da minha visão em tão poucos... segundos? Não sei ao certo dizer quanto tempo se passou e também, pouco me importa em saber, ao é como se fosse fazer alguma diferença na minha vida.

Senti algo se aproximando pela minha direita, e virei o meu rosto naquela direção rapidamente, assustada com o que quer que esteja se aproximando, mas relaxando automaticamente ao ver somente um vulto branco - muito branco - passar rapidamente por mim, um vulto branco muito familiar. A velocidade que essa coisa - seja lá o que for - acabou me fazendo virar o corpo novamente e agora eu encarava as nuvens abaixo de mim, eu estava agora com o meu rosto apontado pro chão e minhas pernas pra cima, com os braços encostados no meu corpo, aumentando a velocidade da minha queda. O vulto branco se estabilizou e começou a descer junto comigo, e por mais que eu não conseguisse ver exatamente o que era, novamente, eu não senti medo, pelo contrário eu senti foi alivio.

Estendi meus dedos tentando conseguir alcançar a "massa" branca perto de mim e quando eu estava quase conseguindo, escutei alguém chamando o meu nome. Várias vezes. Várias e várias vezes.

Tori...

Tori...

Tori!

_Tori!

Acordei assustada com alguém me cutucando, ou melhor me sacolejando com toda a força com o intuito de me fazer acordar enquanto gritava o meu nome no meu ouvido. Bom, funcionou.

Pisquei algumas vezes tentando focar a minha visão e enquanto tentava me lembrar aonde eu estava, e depois de um tempo, com a minha cabeça mais clara que antes eu consegui distinguir onde estava: na nave, com Ally e Skye na minha frente, me olhando atentamente, esperando na certa, que o estupor do sono passasse.

_O que foi? - questionei me endireitando no meu assento e olhando elas com mais atenção, percebendo seus olhares confusos e curiosos ao mesmo tempo.

_É que... Você estava murmurando umas coisas estranhas enquanto dormia - Ally explicou lentamente - Ai decidimos te acordar, não sabíamos o que estava acontecendo com você direito.

_Coisas... Estranhas?

_Sim. Parecia outra língua - Skye comentou se sentando no banco ao meu lado, esticando as pernas e cruzando os braços sob a sua barriga - Não sabia que falava outra língua.

_E não falo.

_Bom, então acho que bati na sua cabeça com força de mais ontem enquanto treinávamos. Devo ter tirado algum parafuso do lugar.

_Como se isso realmente fosse possível.

Ela deu de ombros - Vai saber. Já parei de duvidar do que o mundo é capaz, ou melhor do que as pessoas são capazes.

_Mas isso não faz sentido algum... - Ally comentou a olhando confusa e inclinando levemente sua cabeça pro lado mostrando o quanto estava confusa com a frase da loira.

_Depois quem bateu forte com a cabeça fui eu - balancei a cabeça em negativa soltando uma pequena risada - Ally, ela só quer dizer, a maneira confusa dela, de que tudo hoje em dia é possível e não se pode duvidar de nada.

_Ahhh... Eu acho que eu entendi.

Bati no banco ao meu lado, sinalizando para Ally se sentar ali e ela o fez. Nós três ficamos em um silencio confortável, em que cada uma de nós estávamos presas em seus próprios pensamentos, por fim,depois de um tempo indeterminável, Skye rompeu o silencio.

_E aí? - ela bateu de leve o seu cotovelo na lateral do meu corpo como que pra chamar a minha atenção, e quando eu o fiz ela continuou - Com o que você estava sonhando?

_Pra falar a verdade, eu não me lembro direito.

_Não? - foi à vez de Ally questionar de forma surpresa.

Neguei com a cabeça - A única coisa que eu me lembro é de ver um par de olhos azuis me encarando.

_Olhos azuis? De quem?

_Não de quem, mas de que, não eram olhos humanos.

_Tá... E era do que então? - Skye perguntou dessa vez, parecendo estar mais interessada do que antes na nossa conversa.

Dei de ombros, me levantando e me espreguiçando, sentindo varias partes do meu corpo protestarem devido ao fato deu ter dormido em uma posição não muito confortável.

_Vocês me acordaram antes que eu pudesse ver o que era.

_Ah. Que droga.

_E não é? Agora vou ficar curiosa - Ally fez bico e cruzou os braços, nos fazendo rir da mesma que estava chateada por não obter uma informação. Se tem alguém curioso nessa nave, essa pessoa com certeza é a Ally, que quer saber de tudo o que acontece no mundo, e não se dá por satisfeita enquanto não o souber. É. Parece que essa é uma coisa que ela não vai saber tão cedo, já que eu não posso controlar os meus sonhos.

Sonhos. Tudo aquilo me parecia tão real, como pode ser apenas um sonho?

Suspirei cansada, parece que quanto menos eu durmo, mais sonhos estranhos assim me aparecem.

Olhei em volta tentando assimilar melhor onde eu estava, vi Thomas e Alex sentados lado a lado do outro lado da nave, Alex parecia mostrar alguma coisa a Thomas em seu computador, que sorria animado com qualquer coisa que estivesse vendo e hora ou outra gesticulando apontando para algo nas telas fazendo Alex ou confirmar animado ou meio confuso, variando as reações. Esses dois parecem estar se dando bem ultimamente.

Continuei correndo os meus olhos pelo resto da nave, a observando, meus olhos pararam em um canto onde vi todas as bolsas amontoadas umas nas outras, e sentindo minha garganta seca, me dirigi até lá e peguei uma garrafa de água sorvendo o seu conteúdo rapidamente, sentindo com alívio a água ainda gelada por ser uma garrafa térmica. Agora não teríamos problemas consumirmos em abundancia a água, já que iramos fazer uma pausa em um vilarejo de acordo com Anthony e lá abasteceríamos as garrafas antes de seguirmos viagem, depois, teríamos que racionar água, minha garganta já protestava só de pensa nisso. É claro que eu já havia acampado algumas vezes, e feito alguns exercícios de sobrevivência na floresta enquanto treinava na Ordem e com a tia Serenity, mas não quer dizer que seja uma coisa muito agradável de se fazer.

Não havia janelas na nave e ao constatar isso eu me lembrei que não cheguei a ver o sol nascer no dia seguinte como eu queria, porque já estávamos dentro da nave muito antes disso, pois, como tia Serenity não havia aparecido no dia anterior, nós partimos na madrugada seguinte para não corrermos o risco de sermos vistos por ninguém. Skye deixou um bilhete codificado em um lugar no quarto de sua mãe que sabia que se ela fosse até lá o encontraria, e saberia decifrar o que ela colocou lá, além de poder achar o lugar pra qual estávamos indo... Quer dizer, uma aldeia próxima, pois não somos loucos de dar a localização exata do lugar pra onde iremos, vai que alguém que não a tia Serenity encontre essa mensagem e nos encontre? Vai ser um verdadeiro desastre.

Elric e Anthony assumiram os controles da nave, mas qualquer um de nós podia substituí-los caso eles ficassem cansados demais ou caso qualquer outra emergência aconteça, havíamos sido treinados pra isso. Antes de adormecer, me lembro que Seth estava deitado no meu colo, cochilando, me lembro que ele parecia ter se acostumado com o sacolejo da nave e como que não tinha nada pra fazer dentro da mesma ele acabou por dormir no meu colo, não que eu ligasse, passar as mãos em seu pelo em uma forma de carinho me distraia e ate mesmo me acalmava um pouco,e foi assim que eu dormi, mas agora, pensando bem, quando eu acordei Seth não estava no meu colo. Onde será que ele foi parar?

Como que se respondesse a minha pergunta não verbalizada, Seth apareceu do nada subindo por uma das minhas pernas rapidamente, me escalando até que chegasse no seu objetivo: o meu ombro. Ele se segurou na minha cabeça e começou a passar suas patinhas pelo meu cabelo como se estivesse me acariciando, ri com o ato, ele sabia ser bem fofo às vezes. Retirei a outra garrafa que estava presa na minha mochila e dessa vez a entreguei a Seth que sorveu o líquido dela feliz, parecia estar realmente com sede.

_Senhores passageiros, aqui quem fala é o seu capitão, por favor, sentem-se em seus lugares e coloquem o cinto de segurança, que iremos pousar dentro de quinze minutos - a voz do meu irmão mais velho soou pelos auto falantes da nave, fazendo um sotaque engraçado que fez todos nós soltarmos uma risada enquanto fazíamos o que ele havia dito.

Elric parece gostar de pilotar uma nave, e parece se divertir ainda mais ao anunciar as coisas como se fosse o "capitão", ri ao perceber que alguém - nesse caso Anthony que era quem estava pilotando o avião junto com o meu irmão - havia batido no meu irmão, fazendo soltar um protesto alto que soou pelos auto falantes que ainda estavam ligados, fazendo a gente rir mais uma vez, antes dele perceber que ainda estava ligado e o desligar, provavelmente entrando em uma discussão com Anthony.

Não demorou muito para que pousássemos em uma floresta há apenas alguns minutos de uma cidadezinha em uma pequena ilha no meio de Westland e de Southland, de acordo com Anthony, que nos comunicou aonde estávamos depois de desligar todos os motores e abrir a porta da nave. Um vento frio tomou conta da nave que antes eu não havia percebido que estava quente comparado ao clima dessa ilha, por mais que estivesse com o uniforme da Ordem, por baixo das roupas de inverno que havíamos comprado antes, o choque térmico ainda estava lá, e nessa hora me senti feliz por estar tão agasalhada já que nessa parte do planeta é bem frio, e o lugar pra qual pretendemos ir tende a ser mais frio ainda.

_Nós temos que conseguir um barco agora - meu irmão anunciou depois que todos haviam saído e ele havia trancando a nave, além de ativar um mecanismo que a fazia ficar camuflada na mata, assim não correndo o risco de ninguém acha-la e tentar rouba-la ou qualquer coisa do tipo.

_Um... barco? - questionei enquanto começávamos a andar, havíamos deixado às bolsas dentro da nave já que nossos planos seriam de voltar pra mesma, mas se eles querem um barco, significa que iremos sair da ilha então porque não ir com a nave?

Skye pareceu escutar a minha pergunta feita mentalmente e a que eu falei em voz alta e respondeu a ambas as perguntas antes que Anthony ou Elric pudessem dizer algo:

_Eles querem deixar a nave e seguir com um barco que não pode ser rastreado pelos computadores da Ordem - explicou - Sinceramente, acho a melhor opção apesar de não ser muito fã de barcos ou de água.

Ri, me lembrando de uma vez que viajamos pra as ilhas do leste, são as ilhas mais bonitas do planeta, com vários animais típicos daqui e alguns vindo da Terra, cheia de plantas e flores maravilhosas, parques aquáticos e passeios turísticos entre as ilhas de barco, além de muitas outras atrações turísticas maravilhosas. Havíamos tirado duas semanas de férias de todo o treinamento intensivo que tia Serenity estava fazendo conosco e por ideia da mesma, nós arrumamos as malas e viajamos m direção às ilhas. Foi uma semana muito divertia, exceto pra Skye, que passou quase o tuor inteiro do barco colocando as tripas pra fora, logicamente, depois disso nós não repetimos a dose, mas a situação dela ainda me diverte.

Skye tentou me dar um soco no braço, mas por sorte eu consegui desviar, provavelmente ela sabe no que eu estou pensando e seu soco foi uma forma "amigável" de dizer pra que eu ficasse quieta. Claro que eu entendi o recado, mas acontece que novamente estaríamos em um barco rumo a Southland, o que provavelmente demoraria algumas dias, talvez até mesmo semanas até que conseguíssemos chegar lá, o que significa que durante esse meio tempo, Skye vai colocar suas tripas e tudo mais que estiver dentro dela pra fora por conta do enjoo enquanto isso. Acho que estou começando a sentir dó de certa pessoa, não que ela vá saber disso, pois nunca direi em voz alta, mas ainda sim sinto dó só de imaginar e é nessas horas que fico feliz por não sentir enjoo no mar.

Nós chegamos ao pequeno vilarejo depois de alguns minutos de caminhada. Elric e Anthony pareciam conhecer bem o local e logo eles nos guiaram pela pequena cidade enquanto rumavam em direção ao cais. Os meninos foram em direção onde alguns homens robustos estavam conversando e Ally, eu e Skye ficamos pra trás visto que essa ultima queria ficar o mais longe do mar quanto o possível e acabamos sentado em um banco em frente a uma floricultura enquanto aguardávamos eles voltarem com uma possível solução para o nosso problema de transporte.

Nós ficamos conversando e rindo sobre coisas aleatórias, até os meninos voltarem, eles nos disseram que haviam arrumado um barco e um cara disposto a nos levar até Southland, mas que nós não tínhamos como pagar as passagens de todos nós por assim dizer, já que estávamos economizando todo e qualquer dinheiro que tínhamos, então eles estavam pensando em dar a nave em troca do dinheiro e vieram perguntar se seria uma boa ideia deixar uma nave daquela nas mão de um civil comum, mas depois de muito refletir, nós chegamos a conclusão que essa era a melhor opção que teríamos e todos concordamos que a troca podeia ser feita, já que não usaríamos mais a nave pra não corrermos o risco desnecessário de sermos pegos.

Alex assegurou que havia mexido no sistema da nave no mesmo dia que havíamos chegado na casa da tia Serenity pra que não pudéssemos ser rastreados, mas é claro que se a nave entrasse no campo de visão de alguma câmera na capital nós correríamos um risco, mas como não voltaríamos a capital com ela não haveria problema. Thomas e Anthony voltaram até o marinheiro dono do barco e começaram a conversar com ele pra acertar os últimos detalhes enquanto Alex e Elric iriam na frente pra que Alex pudesse mais uma vez mexer no sistema da nave e programar a mesma para que nenhuma das armas fossem utilizadas já que a deixaríamos na mão de um civil, ele havia assegurado que caso qualquer uma das armas fossem ativadas, o sistema iria ativar uma contagem regressiva que iria explodir a nave caso a "ordem" para o lançamento de mísseis ou qualquer outra arma disponível da arma fosse acionada e não desligada durante a contagem regressiva.

Claro, isso era perigoso, mas temos que nos certificar que esse senhor não vá fazer qualquer coisa perigosa com a nave que estamos colocando em suas mãos, e é claro que iríamos avisar desse sistema de proteção pra que ele possa desligar a nave antes que a mesma exploda ou que saia de dentro da mesma antes que qualquer coisa aconteça.

O acordo pareceu ter sido fechado e Thomas e Anthony guiaram o senhor pela cidade e indo em direção à nave, nos dizendo que poderíamos esperar ali que eles voltariam com todas as coisas.

_É nessas horas que eu me sinto feliz em ser mulher - Ally comentou enquanto nós os víamos desaparecer de nossas vistas.

_E que o sentimento de cavalheirismo não tenha morrido - completei fazendo Ally e Skye sorrirem e assentirem.

Enquanto esperávamos eles voltarem nós decidimos tomar um chocolate quente em uma lanchonete ao lado da floricultura, e nessa hora era mais que bem vindo. Nós havíamos saído mais ou menos às três horas da manhã e por mais que tivéssemos tomado o café da manhã todas nós estávamos com fome além de ser quase a hora do almoço, já que havíamos demorado cerca de sete horas e meia até ali.

Como o lugar estava vazio, foi fácil convencer a doce senhora dona do estabelecimento a deixar que entrássemos com Seth, prometi que ele não sairia do meu colo e que não tocaria em nada e nem sujaria nada, e depois de um tempo nós conseguíamos a convencer e logo estávamos tomando chocolate quente enquanto Seth comia uns biscoitos que também havíamos pedido.

Meio que perdemos a noção de quanto temo havia se passado desde que entramos ali até que avistamos os meninos do lado de fora da lanchonete com as mochilas nas costas nos procurando. Pagamos a conta e agradecemos a doce senhora e fomos ao encontro dos meninos que pareciam aliviados por nos encontrem e eu quase ri ao ver que eles já estavam quase entrando em desespero por conta disso.

_Ai estão vocês! O que estava fazendo? - Alex questionou quando nos viu.

_Nós estávamos tomando chocolate quente - respondi tranquilamente enquanto caminhávamos ate eles.

_Que?! E nem pra esperar a gente! - exclamou indignado.

_Vocês estavam ocupados e nós cansadas de ficar sentadas naquele banco sem fazer nada, ainda mais no frio que esta fazendo aqui - Skye pegou a sua mochila nas costas de Elric e agradecendo, eu vi que a minha estava com Anthony e a de Ally com Thomas, logo, nós duas também pegamos as nossas mochilas e agradecemos.

Thomas nos chamou, dizendo que devíamos ir logo que quando mais cedo essa viagem começasse mais rápido chegaríamos ao nosso destino e sem falar que dentro das cabines do barco deveriam estar mais quentes que aqui fora.

Os meninos foram os primeiros a subir no barco, mas antes que eu e as meninas pudéssemos subir nós escutamos um grito de longe:

_Ali, irmão, foram elas que estavam caçoando de mim! - eu me virei a tempo de ver um cara enorme, cheio de músculos olhando furiosamente pra gente há alguns metros do cais e ao lado dele estava aquele garoto ou garota, ainda não sei o que é aquele ser que apontava pra gente.

Nós não demos a chance do cara grandão chegar perto da gente, claro que venceríamos uma luta caso ele queira partir pra cima da gente afinal temos treinamento pra lutarmos contra monstros maiores que ele, mas nós não ficaríamos lá pra ver o que ele pretendia fazer e nem queríamos entrar em confusão já que nosso plano é passarmos despercebidos por todas as cidades que passássemos e se nos metêssemos em uma briga somente porque Skye não sabe ficar de boca fechada os meninos iriam encher a gente de sermões depois, então fizemos a coisa mais sensata naquela hora: corremos em disparada pras cabines do navio antes que o brutamontes nos alcançasse.

Só paramos de correr quando estávamos dentro do barco em um dos corredores do mesmo, me debrucei na parede tentando recuperar o fôlego e vi as meninas fazerem o mesmo, quando havíamos acalmado nossa respiração nós olhamos umas pras outras e começamos a rir, admita, a situação foi um tanto quanto inusitada e divertida ao mesmo tempo.

Cada uma que nos metemos!

Quando nos acalmamos, cada uma pegou a sua mochila que estava no chão e seguimos pelo corredor procurando um quarto disponível. Seth, havia se agarrado fortemente a mim quando eu havia começado a correr e me surpreendo por não o ter derrubado no meio disso tudo, mas acho que ele já esta acostumado com as loucuras de sua dona, então ele estava bem tranquilo no meu ombro.

Graças aos deuses, não precisaríamos dividir uma cabine porque o que havíamos "contratado" era um navio de viagens e tuor's então era razoavelmente grande, mas não do tamanho de um transatlântico, e mesmo que cada um de nós tenha ficado com uma cabine ainda sobraram algumas outras livres, mas havíamos pedido que somente nós fossemos nessa...viagem, para caso termos problemas no caminho não ter muitos civis por perto fora os que estão encarregados de cuidar do barco.

A cabine em si até que era bem espaçosa, com uma cama de casal, uma penteadeira no canto do quarto, um pequeno guarda roupa e um banheiro. Sinceramente não sei o porquê do guarda roupa, acho meio desnecessário, mas deve ser pra quando tem viagens mais longas ou qualquer coisa assim.

Não demoramos muito pra zarpar, somente o tempo suficiente para que todos os preparativos estivessem concluídos. Depois de deixar minha mochila no meu quarto e ter certeza que o brutamontes não tinha entrado no navio e que já estávamos longe o suficiente da costa pra que ele resolvesse fazer alguma coisa tipo contar pro meu irmão que ia nos ar uma bronca por mexermos com desconhecidos na rua, eu subi para o deque junto com Seth que ainda estava no meu ombro, mas depois que chegamos lá em cima, ele começou a escalar umas cordas e algumas outras coisas sumindo da minha vista parecendo bastante animado em explorar o local, não me importei muito, visto que não tem como ele sair do barco agora que ele já esta entrando em alto mar.

Me debrucei na grade e fiquei olhando a água cristalina que tremeluzia agitada quando o barco passava, se as condições da nossa viagem fossem mais agradáveis eu com certeza desfrutaria mais e relaxaria mais, mas minha mente esta trabalhando a mil por hora pensando no que pode acontecer daqui pra frente, porque agora que os Guardiões estão sendo caçados pelos amotinados que se rebelaram contra o sistema que era imposto ate agora a sociedade nós não estaríamos seguros em nenhum lugar, e mesmo no mar, essa sensação inquietante de perigo ainda se apossava de mim e eu duvido muito que ela irá passar tão cedo. Só espero, que todos consigamos sair bem dessa no final de tudo.

***

E aí gente? Acham que vai acontecer alguma coisa nessa pequena viagem de barco deles???Não falo nada kkkk

Espero que tenham gostado do cap ^^

Até o próximo!

Bjss da Angel

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