14 - O que foi visto e a nova companheira.
Durante a noite, enquanto Minerva e Virgínia descansavam, Lory e Héctor finalmente chegaram a conversar.
— Príncipe, recebi um pedido estranho no meu último dia em seu castelo.
— E o que seria este pedido? Quem lhe fez? — questionou brevemente.
— A anciã que você designou para me ajudar, me pediu para relatar algo... um tanto quanto suspeito.
— E o que seria?
— Aquela criada, como é mesmo o nome dela? Alina?
— Por acaso seria Aléxa?
— Essa mesma. Eu acabei vendo ela entrar na cozinha, parecia que estava escondendo algo, tinha algo errado com ela, não parecia tranquila. — relatou um tanto confusa.
— Então é isso. — Héctor suspirou.
— Ela me pediu também para que você protegesse a família dela. Disse que você saberia o que fazer com a informação. É, você poderia me explicar o porquê de tanto mistério e meias palavras?
— Princesa Lory, não tenho certeza sobre isso, mas eu e Matias estamos suspeitando que meu pai está sendo envenenado há anos.
— Isso é terrível.
— Sim, suspeitamos quando um dos copeiros teve os mesmos sintomas.
— Agora vocês já sabem quem está fazendo isso.
— Não é suficiente. Precisamos descobrir quem está mandando fazer isso.
— Certo, isso é mais importante.
— Está dizendo que meu pai pode continuar sendo envenenado princesa? Isso não é um tanto cruel até para você? — A princesa riu quando Héctor disse essas palavras.
— Longe disso Príncipe Héctor, apenas disse que é mais importante descobrir o culpado e que a vida do Rei está em segundo plano. Ao menos para mim.
— Cruel, como eu disse, você realmente não tem coração.
— Você sabe nosso segredo, guardo rancor do seu pai.
— Pensei que tudo poderia ser resolvido. — lamentou Héctor.
— Eu acho que pode, mas seu pai não facilita nem um pouco. Você viu do jeito que os dois se trataram. Nem parecem que são irmãos.
— Metade da culpa é minha, não fui capaz de te proteger.
— Eu não preciso de proteção.
— Princesa Lory, você não sabe como me senti quando soube que você estava sozinha nessa floresta, fiquei desesperado.
— Não se preocupe, mesmo se eu viesse a falecer, meu pai não te culparia.
— Eu me culparia. — comentou Héctor irritado.
— Eu estava brincando Héctor. — comentou, tentando aliviar o estresse aparente.
— Esse é o problema, você leva tudo na brincadeira. — ciciou.
— Por que seria um problema? Não quero me preocupar com assuntos que não estão ao meu alcance.
— Acho que no fim você está certa, eu deveria parar de me preocupar também. — comentou Héctor.
— Isso, pare de se preocupar. Chegará a hora que ficaremos cheios de problemas para resolver. Eu só quero aproveitar o tempo antes disso.
— Vou seguir seu conselho. — ele sorriu, pela primeira vez sendo sincero nesses últimos dias.
Lory retribuiu o sorriso de Héctor e antes que pudessem pronunciar outra palavra, Minerva acordou e os interrompeu.
— Obrigada por me trazerem pra casa. É um prazer te conhecer, Príncipe Héctor.
— O prazer é todo meu. Não precisa agradecer. — cumprimentou-a à distância.
— Princesa Lory, tenho um pedido.
— Diga, farei qualquer coisa. — decidiu -se.
— É sobre Virgínia, preciso que você cuide dela para mim por algum tempo. Preciso resolver um problema, não sei em quanto tempo volto.
— Não se preocupe com isso, é algo menor.
— Espero que você possa protegê-la se o perigo se aproximar.
— Não se preocupe Minerva. Cuidarei bem dela. — apertou suas mãos, pedindo que confiasse nela.
— Isso não vai trazer perigo a princesa não é?
— De jeito nenhum. Algumas pessoas podem querer roubar a magia da minha discípula. Ela é muito imatura ainda, confia em qualquer um, espero que Virgínia aprenda um pouco com você Lory. Eu voltarei o mais rápido possível.
— Para onde você vai Mestra? — Virgínia diz, assim que acorda.
— Resolver um pequeno problema. Eu vou voltar, neste tempo, quero que você fique próxima a princesa Lory. Não queria deixar você agora, temo que quando nos encontrarmos novamente você nem precise mais do meu auxílio.
— Sempre precisarei dos conselhos da mestra!
— Virgínia, aprenda a controlar a sua magia, o seu eu interior. Quando você conseguir, certamente me superará.
— Mestra, eu vou conseguir! Quando nos encontrarmos novamente, eu estarei perto de alcançar a sua força. Me esforçarei todos os dias. — decidiu-se, chorando com a despedida.
— Minha querida discípula, espero não me decepcionar com você. — sorriu Minerva. — Tome estes presentes. Neste cristal tem uma montaria rara e um filhote dela, o outro é um artefato místico. Agora você não poderá usá-los, mas conseguirá quando dominar o seu eu interior. Eu confio em você querida. — disse sorrindo. Nesta hora, um vórtice suga Minerva para dentro.
— Mestra! Eu também tinha um presente pra você. Eu encontrei uma erva Sagrada, volte para recebê-la! Mestra! — bradou aos quatro cantos, derramando lágrimas de despedida.
— Acalme-se Virgínia, sua mestra vai voltar. Poderá entregar a ela quando se reencontrarem. — Virgínia abraçou Lory, que estava tentando acalmá-la.
— Princesa Lory, espero que você não me abandone também.
— Jamais! Você já é uma amiga para mim. — sorriu sincera.
— Obrigada Lory. — chorou mais ainda em seu ombro.
O príncipe Héctor as observava um tanto preocupado com o que aconteceu.
— Fiquei curioso, quem era o homem que morreu?
— Um homem malvado, que queria devorar minha magia! Ei! Espera, quem é você? O que está fazendo aqui? Desde quando está aqui?
— Acalme-se Virgínia. Esse é meu primo, Príncipe Héctor. Alguém de confiança.
— Fico feliz que confie em mim. — Héctor sorriu.
— Até agora você sempre foi sincero. — falou Lory.
— Prazer Héctor, quer dizer, Príncipe Héctor. Obrigada por socorrer minha mestra. — diz Virgínia.
— Eu não fiz nada demais, não se preocupe com isso. — comentou constrangido.
— Bom, está na hora de irmos, meu pai vai se preocupar. Virgínia, pegue tudo o que precisar, temos mais algumas pessoas com cavalos um tanto adiante.
— Certo, não se preocupe. Não preciso de muita coisa. — falou Virgínia.
Virgínia começou a fazer suas malas e deixou a realeza que a observava indignados. Ela disse que não precisava de muita coisa, mas seus cavalos mal andavam depois de colocarem todas as bagagens em seus cargueiros.
— Príncipe Héctor, você pode chamá-los para ajudar? Os cavalos não vão conseguir. — disse perplexa a princesa.
— Eu já estava indo. — suspirou surpreso.
Nota da Autora:
Hei! Espero que estejam gostando, fico feliz com cada voto e cada visualização, obrigada por estarem acompanhando.
Beijos!
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