1 - A doença e a visita.
A relação entre os dois reinos era pacífica, o povo desejava paz. Com o passar dos anos, exatos dez anos depois, Storm foi atingido com uma doença sem cura e ficou muito debilitado, os curandeiros não sabiam o que era de fato. Seu filho, o Príncipe Héctor, dividia seu tempo em aprender diplomacia com os anciões e a arte da espada com o comandante do exército Finn.
A doença de Storm não foi divulgada, até porque os reinos que os rodeavam desejavam as terras ricas de Triwland, apenas um pequeno grupo de leais servos sabiam sobre o que acontecia com a realeza.
Héctor foi criado com o amor de sua mãe e não era nada parecido com o pai, todos os nobres elogiavam a sua sabedoria desde muito novo, com seus dez anos, já era convidado a comparecer às reuniões do exército não apenas como um expectador.
Os nobres ouviam sua opinião, respeitavam e admiravam sua sabedoria. Com a idade atual de doze anos, era um estrategista em batalhas e já venceu algumas pequenas batalhas com suas estratégias.
O Reino de Triwland do Sul constantemente estava sendo invadido por bandidos o que deixava a Rainha Hanni com o coração apertado, ela tomara várias decisões em nome de seu marido nos últimos tempos, desde que o rei ficou doente, ele ainda estava bem em suas raras aparições ao público, mas sua doença ia e voltava e cada vez que voltava era pior, estava consumindo seu corpo.
Algumas vezes o Rei Storm sentia tanta dor que acabava perdendo a consciência, e seu filho, apesar de sábio, ainda era apenas uma criança, ele ainda não tinha experiência para governar e seu pai sentia muito pesar por isso, não queria partir até que seu filho fosse considerado digno aos seus olhos.
Storm apesar de não ser um bom governador para o povo, tinha a sua esposa como conselheira e ela o colocava no caminho correto por diversas vezes, apesar de ainda ter muitas pessoas que não aceitavam seu rei como tal, aceitavam a sua esposa como Rainha e seu príncipe como herdeiro.
A Rainha Hanni ensinou o rei a amá-la e apesar de não começarem de um jeito romântico, se apaixonaram ao longo dos vários anos que estavam juntos até agora.
O Rei Storm disse que o pai dele estava certo em não cogitá-lo para ser rei no passado, mesmo sendo um bom guerreiro, o peso da coroa não era algo que qualquer cabeça pudesse carregar, ele atribuía sua doença como uma punição pela sua ganância, se ele acreditasse nos deuses, diria que os deuses o estavam punindo.
Storm pediu a sua esposa, que caso a morte lhe levasse antes do filho ser coroado rei, que buscassem a paz com todos e não mais guerra, ele não queria que seu filho fosse punido como ele.
O príncipe Héctor já lera quase todos os livros da biblioteca do palácio e perguntou ao pai onde ele encontraria mais conhecimento, seu pai disse que apesar de ele e o irmão ter alguns desentendimentos que o filho seria bem-vindo ao Reino de Triwland do Norte para adquirir conhecimento.
E assim o Príncipe Héctor fez após terminar de ler o último livro daquela biblioteca, ele e dez bons homens se dirigiram ao outro extremo de Triwland para buscar conhecimento.
Reino de Triwland do Norte
Uma garotinha estava usando a espada do lado de fora do palácio do rei com maestria, a Princesa Lory não gostava muito dos assuntos do reino e a etiqueta lhe faltava bastante, mas as pessoas que a conheciam sabiam que ela saberia se portar se assim quisesse, ela era levada por que queria, sua mãe não tinha pulso firme com ela, então ela só se comportava em frente ao seu pai.
A princesa Lory estava treinando espada com um dos homens do seu pai e por mais que o homem tentasse, Lory era rápida e habilidosa com a espada, ainda era nova, tinha muito o que ser lapidado em suas habilidades, mas em uma guerra em meio aos soldados, não seria considerada um soldado raso, seria considerada uma Elite.
Lory tinha um sorriso enorme e seus olhos azuis da cor do oceano, brilhavam quando ela praticava. Ela não tinha nenhuma experiência de guerra, seu pai não permitia que ela participasse das pequenas batalhas pelas regiões sem dono, ela só poderia participar de uma batalha depois dos seus dezesseis anos e ela estava tão ansiosa, contava os dias que faltavam e sorria toda manhã, quando levantava e dizia a si mesma: "Logo mais trarei glória ao meu reino, em nome do meu pai".
Sua mãe, Gisela, vivia como concubina do rei, essa era forma que o Rei Abba e o Rei Joráh encontraram de proteger Gisela de Storm.
Como concubina, Gisela levava uma vida boa, mas não tinha o prestígio que merecia, ela nutria ódio por Storm e sempre que podia, lembrava sua filha da injustiça que sofreu na mão desse rei indigno, fazendo com que Lory não gostasse nenhum pouco das pessoas de Triwland do Sul.
Enquanto Lory treinava no pátio do Castelo, avistou um grupo de cavaleiros chegando, logo em seguida, o Rei a chamou a sala do trono, para receber alguns convidados.
— Filha, esse é o príncipe Héctor, seu primo, filho do meu irmão Storm. — Junto dele estavam cinco guardas de elite e cinco anciões. — Príncipe Héctor, essa é minha filha, Princesa Lory. — os apresentou.
Lory apenas cumprimentou os visitantes fazendo um leve aceno com a cabeça e não abriu a boca. Enquanto os olhos de Héctor brilharam com a beleza de Lory.
— Desculpe a indelicadeza Rei Abba, mas a princesa não deveria estar vestida com trajes apropriados? Não é correto uma princesa usar uma armadura e empunhar uma espada.— proferiu o Primeiro Ancião de Triwland do Sul.
— Lory tem um talento enorme com a espada e como eu não sabia que vocês estavam vindo, ela não foi avisada com tempo de sua chegada, ela estava treinando quando a chamei. — informou o Rei.
— Seu reino não tem homens suficientes Rei Abba? — perguntou o Segundo Ancião de Triwland do Sul, de modo zombeteiro.
— Temos muitos homens, minha filha é a única mulher que empunha uma espada, mas não somos contra mulheres no exército ancião, temos uma divisão de arqueiras maravilhosa. — respondeu Abba, sem perder a paciência.
— Desculpe a ousadia de meus mestres tio Abba, vim ao seu Palácio em busca de conhecimento em sua biblioteca, mas estou encantado com as suas palavras, se o tio me permitir, gostaria de conhecer sua divisão de arqueiras e as técnicas de minha prima. — falou Héctor, animado.
— Fique à vontade para ir onde quiser, nossos servos podem te levar a onde desejar, a Princesa Lory estará no campo de treinamento se você quiser um sparing. A chefe das criadas, Drisa, vai lhes mostrar onde ficarão. — Aponta para uma criada no canto do salão.
— Obrigada Tio Abba. Estamos cansados de nossa viajem, cairia bem pra nós descansarmos. Esse último mês de viajem foi um pouco exaustivo.
— Imagino Príncipe Héctor. Sua viajem deve ter durado uns quarenta dias à cavalo, é exaustivo para qualquer um. — comentou compreensivo.
Neste momento, o Comandante da Guarda Real, Luolin, entra na sala do trono para dar informações ao rei.
— Com sua licença majestade, temos assuntos a cuidar. — disse Luolin.
Essa foi a deixa para que o Príncipe e seus homens saíssem da sala do trono, acompanhados da Chefe das criadas Drisa, que os levou cada um para os seus devidos aposentos.
Nota da Autora:
O que acharam de nossa talentosa Lory?
E do primeiro ancião? Chato pra caramba né?
Melhore ancião. Seja menos, bem menos.
Depois de longos quarenta dias Héctor ainda teve tempo de apreciar a vista. Huhuhuhuh
Esse Héctor....
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