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Capítulo 42 - A verdade dói

Capítulo com 3900 palavras.

A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar.

Sun Tzu

Nunca tivera que demonstrar calma, se fosse honesto, nunca fora alguém calmo, mas naquele momento tudo que poderia fazer para ajudá-la, era manter a serenidade. Mesmo que seus pensamentos estivessem tomados pela ansiedade e aflição, seus pais ficaram em Wales, provável que o reino tivesse tomado, somando o fato da sua irmã grávida, estar em meio a guerra e com o bônus de sua esposa estar possivelmente grávida, era impossível manter a calma.

Entendia a aflição de Sasuke, seu coração apertava somente de pensar em Karin e Hinata machucadas, enlouqueceria se algo ocorresse a ambas. Por isto, assim que escutara a ordem de Itachi, partira para o nordeste, estava atento em todos os barulhos, evitava fazer movimentos bruscos, pois não sabia o que o esperava nessa área.

Aquele era a enorme desvantagem que tinha, afinal, os inimigos conheciam o reino tão bem quanto os conterrâneos, fato que os aliados não tinham, por estarem em um lugar desconhecido, tinha que guiar-se pela intuição.

Cada som que escutava, seu coração disparava, deixando-o mais aflito, estava enlouquecendo com o passar dos segundos, elas não poderiam ter ido longe.

Onde estavam?!

O largo corredor estava ficando mais escuro, aumentando sua aflição, parecia ser algo sem fim, passou a correr pelo local, quando seu pé enrolou em uma corda, sua queda fora inevitável, fazendo-o gemer ao chegar ao chão, uma espada contra sua garganta o fez arregalar os olhos, fora emboscado sem nem ter chance de defender-se.

- É o Naruto, pare! - a voz desesperada de Hinata ecoou pelo recinto, fazendo-o suspirar aliviado.

- Como você o conhece no escuro?! - Ino perguntou incrédula.

- É meu marido, conheço sua voz - Hinata retrucou brincalhona.

As mãos delicadas foram até as suas, ajudando-o a levantar-se, seu olhar foi até a armadilha feita por elas, claramente as pressas, mas era eficiente.

Segurou-a com firmeza, sentindo alívio em vê-la bem, suas mãos tremiam contra o corpo delicado, somente naquele instante percebera o quão assustado estava.

- Estou bem, não preocupe-se - ela sussurrou contra seu ouvido.

Separou-se delicadamente, para analisá-la por inteiro, após isto, fez o mesmo com as outras, elas não pareciam estarem feridas.

- O que aconteceu?! - perguntou ansioso.

- Um traidor ajudou Arthur a chegar no subsolo, não tivemos chance, meu pai foi atacado ao nos defender - Ino respondeu sem conter as lágrimas.

- Sinto muito!

Suas suspeitas estavam certas, embora quisesse estar errado, seu olhar foi para a filha de Deidara nos braços de Tenten, um inocente no meio de tudo aquilo!

- Onde estão as outras? Estão todas bem? - perguntou ansioso.

- Querido, Deidara achou melhor que nos separássemos, estão todas bem, mas Celeste e Sakura acabaram sendo capturadas - Hinata respondeu num fio de voz.

Seus olhos arregalaram-se em pânico, não queria nem pensar no que aquele maldito faria a ambas, precisavam alcançá-lo!

- Vamos sair daqui, precisamos deixá-las em segurança-

- Isto não importa mais, vamos lutar! - elas falaram em simultâneo, interrompendo-o.

Não conhecia Tenten e Ino para saber como seriam seus gênios, mas conhecia sua esposa, ela não desistiria facilmente daquela ideia, por mais que quisesse ao contrário.

- Tudo bem, mas precisamos deixar a pequena em outro lugar, ou querem lutar com ela nos braços?! - perguntou emburrado.

As três assentiram rapidamente, como se temessem que mudasse de ideia, poderia não conhecer Ino e Tenten, mas sabia como Gaara e Neji eram, duvidava que ambas conseguissem convencê-los a deixá-las lutarem.

Não gostava da sensação que apossou-se de seu coração, estava aflito e seu peito apertado, cada instante sua mente o lembrava de todos os momentos que tivera com Sakura, como se estivesse pressentindo algo.

Seus ouvidos estavam atentos a tudo ao seu redor, cada momento sua garganta apertava, pois, seus pensamentos foram para o dia que Karin revelou sobre um dos planos de Arthur, não era apenas a aniquilação de Wales e Monferrato, ele queria Sakura, havia a possibilidade de algo ter ocorrido a ela!

Um leve cochichar deixou-o em alerta, aproximou-se rapidamente do local, abrindo o que parecia ser uma passagem secreta, suspirou de alívio ao vê-las bem, apesar dos semblantes assustados.

- Não poderia avisar?! - Yoshino resmungou com as mãos sob o peito.

- Não sabia serem vocês, se fosse um inimigo, por que avisaria? - perguntou levemente divertido.

Olhou-as por longos segundos, até notar que as três estavam bem.

- Deidara achou melhor separar-se? - perguntou sério.

- Sim, fomos atacados-

- Itachi, levaram a Sakura e Celeste! - Temari interrompeu Karura fervorosamente.

O pânico tomou conta de cada parte de seu ser, sentiu seus joelhos cedendo, levando-o ao chão, não conseguia acreditar naquilo, não a protegera!

Os olhos abriram-se lentamente, deixando-a tonta, o local era tremendamente escuro, não conseguia observar onde estava, somente vira estar presa contra a parede, tentou puxar as mãos, mas o ferro agarrou mais forte sua pele, fazendo-a gemer.

- Majestade, poupe sua força, essas correntes são fortes - Celeste murmurou cansada.

Olhou em direção da voz dela, mas não conseguia enxergá-la, apesar disto, estava contente em estar perto de alguém conhecido.

- Celeste! Está bem? Onde estamos? - perguntou ansiosa.

- Estou bem, um pouco tonta, também recém acordei, mas não sei onde estamos - ela sussurrou.

O barulho da porta abrindo, a fez pular, um clarão adentrou o recinto, fazendo-a resmungar pela claridade, três figuras entraram, deixando-a tensa, principalmente por conseguir ver o rosto de cada um deles, o que aumentou sua aflição. Arthur olhava malicioso em direção a ambas, como se estivesse deliciado com a visão delas presas, devolveu um olhar de ódio em sua direção, fazendo-o rir.

- É um prazer vê-la majestade, desculpe se os aposentos não estão de seu agrado - Arthur olhou-a malicioso.

Ignorou-o virando o rosto, as mãos fortes seguraram com força seu queixo, puxando-o em direção ao seu olhar, engoliu a seco ao vê-lo de perto.

- Quando falar com você, me obedeça como uma verdadeira dama - ele resmungou irritado.

- O que quer?! - perguntou entredentes.

- No momento, somente me deliciar com a visão, não sabe o quanto meu sangue ferve de vê-las totalmente a minha mercê - ele respondeu com os olhos brilhando em malícia.

Sentiu um medo apoderar-se de seu corpo, fazendo-a se encolher contra a parede, preferia morrer a deixá-lo encostá-la!

- Não preocupe-se, quero tomá-la sem pressa, infelizmente a batalha ainda está estourando, não posso ficar com vocês, por isto, ambas ficaram aos cuidados de Sasori - ele retrucou apontando para o ruivo ao seu lado.

Não sabia se ficava aliviada, ou mais preocupada, pois ele tivera coragem de trair seu próprio reino, o que não faria com ambas?!

Observava a paisagem quase que com uma curiosidade infantil, aquele lugar era totalmente diferente de tudo que já vira, em geral, não tinha nenhum verde, um contraste com Alamar, mas as diversas montanhas rochosas davam um ar lindo para o local.

Após a carta que recebera, sua mãe tomara a decisão de partir para Monferrato, não fora uma viagem longa, pois estavam estrategicamente próximas ao reino. Estava consigo, embora sentisse uma certa euforia por estar em um lugar novo, ainda sentia uma certa melancolia, pois estava ali pelos motivos errados, não deveriam tomar o reino a força.

- É belo, não? - Cateline tirou-a de seus pensamentos.

- Sim, já esteve aqui? - perguntou curiosa para sua mãe que sorriu levemente.

- Há muito tempo, infelizmente nunca mais voltei - ela respondeu saudosa.

Voltou o olhar para a janela, onde já conseguia ver o castelo, claro que ele já estava tomado, então sua mãe agia como soberana do lugar, durante o caminho não vira nenhum soldado de Monferrato.

- Estão todos mortos? - olhou para Cateline que mantinha um sorriso vitorioso em seus lábios.

- Não todos, infelizmente os soldados de Monferrato são leais demais ao seu rei, os que não morreram, estão presos, assim como a corte - Cateline respondeu bem-humorada.

Revirou os olhos diante a fala, preferira não comentar nada, pois apenas brigaria com ela.

Assim que entraram no castelo, sua mãe fora guiada para as masmorras, a seguiu em silêncio, tudo que conseguia pensar era no estrago que o local estava, pois, o castelo estava destruído, pelo visto, a luta ocorrera ali.

A escuridão das masmorras a incomodou levemente, até seus olhos acostumarem-se com o local, na cela jazia dois homens, estes olhavam com fúria para sua mãe. Seu olhar fixou-se em um deles, sentindo-se levemente estranha, conhecia aquele olhar, embora não lembrasse de tê-lo visto antes.

- Mikoto está morta? - Cateline perguntou sem conter o sorriso.

Um dos homens aproximou-se furiosamente das grades, olhando com um verdadeiro ódio para sua mãe.

- Minha esposa é mais astuta que pensa! - ele respondeu entredentes.

- Fugaku, se ela foi em direção a qualquer reino, encontrará morte certa, todos estão sob meu domínio - Cateline olhou-o alegre.

- Sua maldita! Pagará por isso! - Fugaku retrucou irado.

Sentiu-se mal pelo homem, principalmente por ver tanta dor em seu olhar, tudo por culpa da ambição de sua mãe.

- Obito está tão quieto, há tempos que não nos vemos, nem digna-se a me cumprimentar? - Cateline perguntou mudando o tom de voz.

Os olhos do homem voltaram-se em direção a ela, ao contrário de Fugaku, seu olhar refletia apenas nojo, sentiu-se cada vez mais aflita naquela situação.

- Mãe, não estou me sentindo bem aqui - murmurou com o intuito de sair do local.

- Mãe? - Obito perguntou espantado.

As mãos firmes dela seguraram seu braço, mantendo-a no lugar, contudo, não conseguiria sair nem se quisesse, pois, os olhos negros estavam voltados em sua direção, deixando-a paralisada.

- Nunca apresentei a minha filha a você? - Cateline perguntou divertida.

- Sua maldita, você-

- Querida aproxime-se para que ele te veja melhor, afinal como um bom pai, ele deve estar curioso para conhecê-la - Cateline interrompeu-o deixando-a em choque.

- Meu pai?

Os olhos dele eram como um espelho dos seus, não conseguia acreditar no que ouvira, tantas dúvidas surgiam em sua mente, a pressão de seus pensamentos levou-a para escuridão, apagou completamente.

Não fora difícil sair de Yainon despercebido, mas admitia sentir um pouco de culpa de deixar seu povo e sua família, entretanto, sabia que para terem uma chance de vitória, era preciso ter tudo a sua disposição. Os cavalheiros que estavam consigo eram poucos, estavam entre dez homens, contando consigo, isto ajudava ficar invisível, pois chamava pouca atenção.

O som dos galopes ecoavam pelo recinto, Monferrato ficava cerca de uma semana de Yainon, contando com a volta, sabia que todos estariam em apuros, mas ao menos esperava que eles pudessem ter um controle da guerra.

"Aquela fora a primeira vez que vira seu pai daquela maneira, manteve o semblante neutro, apenas a espera de suas ordens, quando Itachi mencionou o fato de chamar os soldados de Monferrato, em questão da guerra, era uma boa opção, mas não deixava de concordar com o rei de Iron, seria muito tempo desperdiçado.

- Kankuro, tome cuidado, é provável que Monferrato esteja tomada - Rasa olhou-o com seriedade.

Também pensava nisto, aquela altura todos os reinos já poderiam estar tomados, mas isto não era nada se os reis estivessem vivos.

- Certo.

- Não vá pelo sul, apesar de ser mais perto, retorne pelo norte, levará mais tempo, mas é mais seguro.

Assentiu perante a fala de seu pai, isto daria um dia a mais de viagem, mas evitava confronto com os inimigos."

As paradas para descanso eram mínimas, tudo para conseguirem chegar a tempo, apesar de estar totalmente focado em sua missão, seus pensamentos não conseguiam deixar Yainon, seu reino era forte, mas o exército inimigo parecia ser mais poderoso.

Ao ver as fronteiras de Monferrato, não conteve o suspiro, quatro dos cavalheiros de sua confiança separaram-se, deveriam cercar o lugar, assim evitaria as armadilhas.

- Mantenham a atenção!

A cada instante, o coração retumbava em seu peito, o medo aumentado em mil, como seu pai previra, o reino estava tomado, estavam avançando com facilidade, isto devia-se pela armadura, fora um golpe de mestre vestirem-se como soldados de Alamar. Seguindo nas sombras, conseguiram chegar até o castelo, para um lugar recém conquistado, ele estava sem nenhuma segurança. Em uma ordem silenciosa, dividiram-se no castelo, vagou cuidadosamente pelo lugar, não poderia ir diretamente para as masmorras, afinal, deveria ser o único lugar seguro.

Seus passos eram silenciosos como uma verdadeira serpente, mantinha o alerta total, Itachi dissera que deveria seguir o caminho mais longo para o subsolo, em Monferrato também tinha um lugar para segurança da corte, este diferia de seu reino, afinal, ninguém além do rei, sabia onde ficava.

Sentia o corpo inteiro doer, lentamente abrira os olhos, notando que estava sozinha, não foi surpresa, sua mãe deveria ter mais preocupações que a saúde da própria filha.

Os pensamentos voltaram-se para o homem preso nas masmorras, seu pai, estava dividida em um misto de emoções, não conseguia acreditar que ele era seu progenitor, pensando nisto, deu um salto para fora do quarto, precisava de respostas.

Os soldados a deixaram entrar, mas mantiveram a guarda, aproximou-se apreensiva do local, assim que perceberam sua presença, os prisioneiros aproximaram-se das grades, olhando-a com atenção.

- Como você é meu pai? - perguntou irritada.

Fugaku riu alto olhando para o irmão, este que estava olhando-a fixamente.

- Ela é como você, parece que estou o vendo, não apenas fisicamente, mas sua personalidade também - Fugaku murmurou deixando-a aflita.

Igual?

Como era igual à um ser a abandonara sem nem pensar?!

- Não sou igual a ele! Não sou igual a alguém abandonou a própria filha! - respondeu furiosamente.

- Não te abandonei! - Obito retrucou chocado.

- Não?! - perguntou sem conter a ironia na voz.

- Escuta, estou tão surpreso quanto você, não estou entendendo o que está acontecendo - ele sussurrou.

Os olhos negros pareciam verdadeiros, apesar de sentir raiva ao mirá-los, pois não queria acreditar nele.

A corte de Alamar escondia a identidade de seu pai, nem mesmo a mãe revelara, pensara qualquer coisa, mas nunca imaginara ser abandonada antes mesmo de nascer.

Não era boa o suficiente para ser filha dele?!

- Você deitou-se com minha mãe e a largou como um covarde, isto que aconteceu!

Sentia seu peito subir e descer em um ritmo alucinante, sentia um ódio enorme, deu as costas, não queria mais olhá-lo, pois sua raiva aumentava.

Seus passos o levaram para a cozinha, esta que estava totalmente abandonada, passou pelo local, indo para a dispensa, caminhou por mais alguns segundos, até encontrar a estante que Itachi falara, empurrou-a levemente.

O corredor estava totalmente escuro, seguiu por mais alguns minutos, até chegar num alçapão, assim que colocou os pés no subsolo, somente teve tempo de desviar da adaga que voou em sua direção, olhou em choque para Mikoto que estava num canto.

- Sou Kankuro, filho de Rasa! - murmurou rapidamente antes que ela lançasse outra adaga.

- Menino, poderia tê-lo matado! - Mikoto retrucou aliviada fazendo-o rir.

- Como saberia que seria atacado ao vir para salvá-la?! - perguntou divertido.

Ela saiu do canto, olhando-o aliviada, apesar de curiosidade no olhar.

- Como sabia?! - Mikoto perguntou confusa.

- Itachi, ele me disse que o reino provavelmente estaria tomado e que você estaria aqui.

Os braços dela foram ao seu redor, abraçando-o fervorosamente, ficou sem graça por alguns minutos, até senti-la chorar, abraçou-a com carinho, ela era uma mãe preocupada.

- Como meus filhos...

A voz dela morreu e o choro intensificou, deixando-o aflito, a entendia, sua mãe deveria estar aflita com seus filhos.

- Não sei, assim que o ataque começou, parti para encontrar ajuda - confessou ansioso.

- Os soldados estão na torre norte, estão todos presos, pelo que percebi, Alamar quer que eles troquem de lado, temos tempo - ela respondeu fazendo-o suspirar.

- Então vamos, mas antes, vista isto - ordenou lhe dando a vestimenta de um dos soldados.

Precisava resgatar os soldados antes de tentar salvar Fugaku e Obito, pois eles estariam vigiados, então seria difícil começar por eles.

Sua mente estava em uma confusão total, não conseguia acreditar que tudo aquilo estava acontecendo, tantas perguntas rondavam seus pensamentos, aquele homem era seu pai, mas por que a abandonou?!

Sim, pois não tinha outro motivo, sua mãe fora abandonada grávida, isto a deixava furiosa, precisava de respostas!

Pensando nisto, partira para os aposentos onde sua mãe estava, sabia que brigariam, mas merecia saber a verdade!

Seu olhar vagou até a porta por onde sua mãe saia, achou sua atitude estranha, principalmente por ela ter um objeto em mãos, seguiu-a silenciosamente, por alguns segundos, até as masmorras, deu um tempo quando ela entrou, fora surpresa ao notar que não tinha nenhum guarda lá, seguiu-a até lá dentro.

- Continua o mesmo teimoso! - a voz de Cateline ecoou pelo recinto, deixando-a em alerta.

- Como tivemos uma filha?! - Obito perguntou furioso, fazendo sua mãe rir.

- Coloquei uma substância na sua bebida, você ficou alterado, após isto, foi fácil levá-lo para cama - Cateline revelou, deixando-a em choque.

Arregalou os olhos com que escutara, não conseguia acreditar no que escutara, sua própria mãe armara tudo?!

- SUA MALDITA! - Obito retrucou furioso.

As risadas de Cateline ecoaram pelo recinto, deixando-a mais aflita, sempre soubera que sua mãe era ambiciosa, mas aquilo era além!

- Confesso que foi um tanto irritante, você passou a noite inteira chamando pela Rin, alucinando que estava com ela, acreditei precisar de um tempo, por isto não informei o acontecido para a corte, mas fiquei surpresa quando um dois meses depois de sua partida, a notícia que casaria-se chegara em Alamar, estava furiosa, então parti para impedir esse maldito casamento, mas cheguei tarde, não consegui desfazer a união, parti novamente para meu reino, onde descobri que estava grávida, pensei que isto fosse deixá-lo alegre, mas você já estava a espera de um herdeiro, isto consumiu meu coração, mandei matar sua querida Rin, junto do seu maldito filho.

O choque preenchera seu rosto ao escutá-la, não conseguia acreditar que sua mãe fora capaz daquilo.

- Acreditava que ficaria com você?! - Obito perguntou furioso.

- Não, apenas queria que sofresse, seu amor nunca seria meu - Cateline respondeu simplesmente.

- Tenho nojo de você! - Obito vociferou furioso.

- Deveria ficar alegre, agora tem duas filhas, sua querida Tenten é igualzinha a Rin, assim como Audrey é você em todos os sentidos, o que é um tanto irritante - Cateline retrucou deixando-a em choque.

Sentia suas pernas bambas, não conseguia ficar ali, não depois de tudo que escutara, tinha uma irmã, uma que quase morrera por culpa do egoísmo de sua mãe, não conseguia acreditar na maldade que ela cometera, isto apenas aumentara sua vontade de virar aquele jogo, não ficaria daquela forma, antes estava um pouco culpada, mas agora, matara todo sentimento que possuía por sua mãe.

Andava as pressas com Mikoto ao seu lado, a roupa ficara enorme, mas ao menos conseguia disfarçar com a armadura, precisavam chegar quanto antes até os soldados, somente assim teriam alguma chance naquele lugar.

Um corpo chocou-se contra o seu, deixando-o em alerta, abaixou a cabeça rapidamente ao notar as vestimentas formais, certamente seria alguém da realeza.

- Desculpe! - murmurou em tom de servidão, evitando olhar na direção da pessoa.

O riso feminino e debochado ecoou pelo recinto, aumentando sua tensão.

- Deveria ter arrumado um disfarce melhor, conheço todos os soldados do meu reino - a voz suave deixou-o em choque.

Levantou o olhar até ela, notando o olhar sério e desdenhoso em sua direção, mas não fora isto que chamara sua atenção, mas sim, o semblante espantado de Mikoto em direção a moça.

- Você... seus olhos... - Mikoto murmurou espantada.

- Uma longa história, mas para deixá-la mais tranquila, não pretendo matar minha própria tia, agora vamos, precisamos deixar esse corredor, não é seguro - ela retrucou deixando-os em choque.

- Quem é você?!

- Princesa Audrey Lehmann de Alamar, mas para minha surpresa, descobri que sou uma Uchiha, filha de Obito, agora por favor, me sigam - Audrey respondeu começando a andar rapidamente.

Trocou um olhar surpreso com Mikoto, não estava entendendo o que estava acontecendo, mas a seguiu cautelosamente, esperava ao menos que não fosse uma armadilha.

Os soldados olhavam com raiva em sua direção, não podia tirar suas razões, era a filha de quem invadira seu território, normal que agissem daquela maneira, ainda mais depois de tudo que soubera de sua mãe.

Sua tia e o príncipe de Yainon a seguia com os olhos cautelosos, manteve o rosto sereno, apesar de sentir um aperto em seu coração, aquela era a primeira vez que ficava efetivamente contra sua mãe.

Com os soldados salvos, partiram para as masmorras, sentiu sua culpa aumentar ao ver os soldados de Alamar serem abatidos com rapidez, caminhou lentamente até a grade, olhando seriamente para seu pai, era estranho pensar nisto, mas era isto que ele era, seu pai.

Abriu a cela rapidamente, Mikoto pulou sobre os braços de Fugaku, fazendo-a sorrir levemente, ao menos alguém estava alegre.

- Como?! - Obito olhou-a em choque.

- O castelo está sendo tomado novamente pelos soldados de Monferrato, agora precisamos ir, Yainon precisa de ajuda - respondeu evitando olhar em sua direção.

- Audrey-

- Poupe-me desse assunto sentimental, sempre fui contra essa guerra estúpida, mas após saber de tudo que minha mãe armou... ela teve a coragem de matar uma mulher grávida... quase perdi uma... uma irmã.

Os olhos arregalaram em choque, ao sentir os braços dele ao seu redor, jamais sentira um calor assim, era estranho, sentia seus olhos arderem.

- Me solta! Sei que não me queria, sou apenas a união da mulher que odeia, não sou a sua amada filha - respondeu afastando-se levemente.

As mãos dele foram em direção a sua face, não conteve as lágrimas ao ver a emoção naqueles olhos negros.

- Não vou mentir para você, eu e a sua mãe nunca... você não foi planejada e nem sabia da sua existência, mas isto não significa que vou renegá-la, é meu sangue, tão minha filha quanto Tenten, vamos nos conectar com o tempo - ele murmurou emocionado.

Não sabia o que dizer, principalmente sentir, pois sempre fora ensinada que sentimentalismo era ruína dos monarcas, embora nunca fosse sangue-frio.

- Vamos logo! - resmungou afastando-se.

Escutou uma leve risada, deixando-a mais sem graça, sentia-se estranha, o que era aquilo?

As tropas inimigas afastaram-se abruptamente, deixando todos tensos, o estrago era tremendamente assustador, mas não conseguia manter a concentração, tudo que conseguia pensar era na sua esposa, o fato de Sakura ser capturada e as tropas afastarem-se, somente demonstrava que o maldito conseguira o que queria.

Todos estavam reunidos, com exceção de seu irmão, não o julgava afinal ele queria proteger pessoalmente sua esposa e filha, esta que nascera em plena guerra, entendia seus sentimentos e o defendia.

O caos estava instaurado pelo local, todos estava no auge do nervosismo, nenhum deles queria permitir que suas companheiras participassem ativamente da guerra, entendia os receios deles, mas naquele momento, precisavam de toda ajuda possível.

- Uma mulher lutando? Não! - Rasa retrucou furiosamente.

- Cala sua boca! - Temari replicou apontando em direção ao pai, este que arregalou os olhos, totalmente surpreso.

- O quê-

- A culpa é um pouco sua, fomos traídos, pois renegou seu próprio filho! - Karura interrompeu-o sem conter o rancor na voz.

Todos olharam espantados para Rasa que mantinha os olhos arregalados.

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