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Capítulo 13- As aparências enganam...

Este capítulo em especial será focado em Temari e Shikamaru.

🚨🚨 Será um capítulo especial, pois conterá cenas sensíveis de violência contra a mulher, tentei amenizar não deixando tão explicito. 🚨🚨

É uma história medieval, nesta época as mulheres não eram muito ouvidas, apesar de tentar romantizar muito este período, é o que vai ser retratado aqui.

Esse capítulo possuí 3491 palavras.

Boa leitura ❤

Sem as mulheres nós não existiríamos, elas tornam os homens melhores do que seríamos sem elas, diferente de nós, até a mais forte não tem medo de ser gentil com o homem que ama.

Shikaku Nara - Naruto

Os seus olhos abriram assim que a luz do sol preencheu o ambiente, era uma surpresa acordar daquela maneira, era como se todos seus instintos o instigassem a isto, não gostava daquela sensação, em uma guerra significava a morte, mas aquilo deveria ser besteira, só uma noite mal dormida que resultara em acordar cedo.

Era o que gostaria de manter em mente, mas ao entrar na sala de jantar e ver o rosto alegre de sua mãe, acreditou que algo estava acontecendo, ela jamais era tão sorridente aquele horário.

— Querido precisa se aprontar, vamos ao castelo! — Yoshino fala animada fazendo-o olhar sem entender para seu pai que mantinha o rosto completamente neutro.

Suspirou descontente, mas atendera seu pedido, estava com suas roupas mais pomposas indo para o castelo sem nem saber o que aconteceria, a propriedade que morava ficavam longas horas de distância, tempo suficiente para analisar a situação, seu cérebro dava inúmeras voltas, mas não conseguia pensar nos motivos de tudo aquilo.

Olhou para janela com interesse, já notando o castelo em sua mira, a medida que iam aproximando-se, notava cavalheiros espalhados pelo local, as bandeiras que carregavam não era pertencente ao reino de Aegon.

Um longo arrepio cruzou seu corpo ao perceber de onde era, pelo sorriso no rosto de sua mãe, só poderia significar uma coisa.

— O rei de Yainon está aqui? — perguntou sem conter uma certa fúria em sua voz.

— Sim, ele vai acertar o casamento de seu filho mais novo com a princesa — Shikaku respondeu fazendo-o olhá-lo com desconfiança, seu pai nem ao menos olhava em sua direção.

— Apenas isto? — perguntou com seriedade vendo a troca de olhares entre seus pais.

— Não, o rei trouxe a princesa, creio que queira fazer uma união com ela também — Shikaku falou depois de longos segundos.

Não tornou a falar, sabia muito bem o motivo pelo qual ela estava ali, sentia-se traído por todos, principalmente a sua família, não teria como negar o pedido de dois reis!

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Não conseguia impedir a carranca em seu rosto, principalmente ao ver o sorriso sem graça de Ino, ela sabia bem que a culpa de tudo aquilo era exclusivamente dela, afinal fora por sua ideia de tirar a princesa para uma dança que agora estava com a corda no pescoço.

Os reis de Aegon olhavam-no com esperanças, algo que estava o irritando, ao menos percebeu que a realeza de Yainon não estava presentes, pelo que soube, eles estavam descansando da viagem, algo que agradeceu, pois, teria alguns minutos antes de ver a sua fadada noiva.

— Shikamaru, gostaria de falar antes da presença da família Sabaku no — Inoichi fala tirando-o de seus pensamentos.

— Sim, majestade.

— Não é surpresa que eu gostaria de uma união entre meu filho e a princesa, mas ao que parece, o rei gostaria de uni-la a você, fico feliz por isto, afinal é como um filho para mim — Inoichi fala deixando-o completamente sem saída.

Não tinha nenhum carinho em sua voz, era uma ordem disfarçada, não queria ser dado como um desertor apenas por negar ao casamento, pois sabia que não seria expulso apenas do reino, mas sim de sua família também, provavelmente morto por sua própria mãe, o que não conseguia acreditar era nos motivos que levaram a princesa a pedir seu pai a isto, principalmente quando deixou claro que não queria um casamento.

Os seus instintos acalmaram-se quando viu seu pequeno irmão em frente a sua noiva, jamais vira seus olhos brilhando com divertimento como se ambos compartilhassem de uma piada interna, naquele momento percebeu que seria inútil ficar contra, fosse qual motivo que o levou a pedi-la em casamento, não foi por uma atitude impensada.

Aquilo aliviava de uma certa forma seu coração, agora poderia pensar em seus problemas sem culpa, seu pai estava certo em fazer uma oferta ao duque pela sua mão, ato que a ofendeu, o homem deixara claro que não estava nenhum pouco interessado nela, mas seu pai não quis ouvir seus motivos, como sempre teve que assistir calada.

A viagem até Aegon fora feita num entediante silêncio, estava brava demais para conversar, mesmo que a paisagem chamasse a sua atenção, nunca sairá de Yainon, fora criada com muito rigor pelo seu pai, aprendendo tudo que uma moça deveria para ser uma boa esposa, para seu desespero, pois não era tão delicada como as demais, felizmente seus irmãos não compactuavam com a maneira que era tratada, aprendera a lutar com eles, hoje orgulhava-se em ser melhor que ambos.

Apesar de a alegria em estar conhecendo um lugar novo, seu ânimo morreu ao ver a cara de desespero do príncipe ao vê-la, como se temesse que houvesse um enlace entre ambos.

Ela era tão terrível assim?

Não que sonhasse com um conto de fadas, mas era triste ver o quanto eles a julgavam mal, não era tão durona como parecia demonstrar, mas apenas seus irmãos conheciam-na totalmente.

Os seus pensamentos foram gradualmente se acalmando, não ficaria noiva, afinal o duque não se deixaria levar pelos reis, não parecia ser um homem que era manipulável, ao menos isto a deixava tranquila.

— Tema? — a voz suave de seu irmão caçula tirou-a de seus pensamentos.

Ao olhá-lo seu coração apertou, era ele quem iria embora, os reinos eram muito distantes, demoraria para vê-lo, ao pensar nisso, seus olhos marejaram de imediato, ele apenas sorriu abraçando-a com carinho, como se entendesse os anseios de seu coração, era muito apegada a ambos irmãos, de maneiras diferentes já que as personalidades deles não eram iguais. Kankuro era muito energético, falador em demasiado, por isto sua relação com ele era intensa, até mesmo pelo ciúme que ele demonstrava, já Gaara, este era mais tranquilo, ambos eram tão opostos que se tornavam complementares, era sortuda por tê-los em sua vida.

Agora seu irmão caçula faria a sua vida longe dela, teria que aprender a viver longe dele, sem a sua calma e tranquilidade, aquilo a deixou momentaneamente triste, não conseguia imaginar a vida sem ele.

— Não vou abandoná-la, mesmo longe, estarei sempre com você — ele falou fazendo-a fungar, era incrível como seus irmãos a conheciam tão bem.

— Eu espero que ela te faça feliz, pois eu serei presa, mas eu mato ela! — respondeu furiosamente arrancando uma risada brada dele.

— Certo, estão a nossa espera — a fala dele a deixou tensa, sabia o que aconteceria e não estava gostando nada disto.

Apenas assentiu enlaçando o braço no seu, o rosto assumiu a costumeira cara desinteressada, assim como a sua, o caminho até a sala de jantar fora longo, mas isso lhe deu tempo para clarear as ideias.

Todos estavam lá, incluindo o duque e sua família, pelo olhar em sua direção, ele já sabia o motivo de ser chamado ali e não estava contente, olhava como se a culpa fosse sua, devolveu o olhar com fúria fazendo-o desviar de imediato, não ficaria calada perante a ele, se pudesse não estava ali, não queria a união tanto quanto ele.

Ao sentar-se a mesa, seu rosto contorceu-se ao notar que ficara em frente ao duque, ato que ele compartilhou consigo, apenas seu pai não conseguia ver com clareza o quanto um enlace com ele seria errado?!

Observou os rostos contentes tanto dos reis de Aegon, como dos duques, assim como seu pai, todos pareciam estar em êxtase, como se já tivessem tudo conversado, poderia apostar que seu pai fizera a proposta sem a sua presença temendo uma resposta negativa de sua parte.

— Então Rasa, como bem sabe nossas famílias são como irmãs, somos parentes distantes — o rei de Aegon inicia referindo-se a família Nara.

Os seus olhos foram para o duque a sua frente, ficara em choque ao vê-lo com um olhar de raiva em sua direção, sentia o sentimento como brasa em sua pele, não compreendia o motivo dele agir desta maneira, ele nem ao menos sabia os motivos que a levaram para ali.

— Por isto é uma honra, Shikamaru é como um filho para mim, faço gosto dessa união — o rei continuou a falar para seu desespero seu pai sorriu, ele que não costumava a demonstrar sentimentos, estava ali sorrindo.

— Majestade, saiba que é de nosso gosto uma união com nossos filhos — um homem falou, ao que parecia era o pai do duque.

Olhou para Shikamaru a espera que ele dissesse algo, mas ele mantinha-se quieto com um olhar de ódio.

— Shikamaru, você está contente? — Rasa pergunta deixando-a em alerta.

A sua esperança estava na negativa dele, afinal se ela falasse algo, provavelmente seu pai a mataria, mas não o duque, ele era homem, poderia muito bem negar o casamento sem sofrer nenhuma consequência.

— É uma honra para mim, majestade — ele respondeu fazendo uma raiva crescer em seu ser, ele era um maldito covarde!

O seu pai riu, assim como os demais, ninguém se dignou a perguntar o que ela queria, aquilo deixou-a em fúria, apesar de sentir a mão firme de seu irmão na sua, como um modo de impedi-la de se pronunciar, aquilo já fora demais, aguentou calada a sua vida inteira, não deixaria que sua vida fosse decidida daquela maneira, o duque não a queria, estava ali obrigado, mas mentira por pura covardia, levantou-se como um vendaval, a raiva preenchia cada célula de seu ser, era como brasa queimando-a.

— Já que ninguém se digna a perguntar o que eu quero, eu digo mesmo assim, não desejo casar com ele e com ninguém, se me obrigarem eu fujo! — respondeu entredentes.

Sentia os olhares em choque em sua direção, assim como a fúria não contida de seu pai, sabia que estaria perdida, mas não estava arrependida, sentia-se livre, mesmo que isto custasse a sua vida.

Saiu do local sem esperar por represálias, seus passos a levaram para o quarto em que estava hospedada, o único local que conhecia, não fora surpresa ao escutar passos em seu encalço, aquela fora a sua decisão, teria que arcar com as consequências de seus atos, pela primeira vez não estava com medo, não conseguia sentir nada.

O seu braço foi segurado com uma brutalidade sem igual, os olhos de seu pai eram como fogo devido a fúria que emanava de seus poros, somente percebeu que a porta estava fechada quando escutou os apelos desesperados de seu irmão contra ela, seu pai sabia que Gaara não o deixaria encostar nela.

Sentia o contato dos punhos dele contra a sua pele, mas recusou-se a soltar um som sequer, o ato pareceu enfurecê-lo mais, pois o viu retirar seu cinto, jogou-a com brutalidade no chão, ao sentir a dureza contra seus joelhos, não conteve o arfar, aquilo doeu, suas costas ardiam a medida que ele lançava o cinto contra ela, sua pele parecia estar em carne viva, mas recusou-se a soltar um som sequer, não demonstraria a dor que sentia, aguentou cada golpe sem fraquejar, ele somente parou quando um grande barulho preencheu o local, seu irmão quebrara a porta e agora o olhava com ódio.

— Nunca mais encostara um dedo nela! — Gaara falou com tanta raiva que seu pai ficara momentaneamente surpreso, jamais vira seu irmão daquela forma.

O ódio que estava nos olhos de Gaara eram maiores que de seu pai, isto desestabilizou por completo Rasa, ele não contava com aquilo, jamais fora repreendido e não esperava esta atitude de seu próprio filho.

— Ela tem que aprender a obedecer! — Rasa responde saindo de seu torpor.

O irmão ignorou-o por um momento, lentamente foi em sua direção segurando-a com cuidado, sentia a dor preencher a sua alma apenas ao levantar do chão, com extremo carinho ele ajudou-a sentar-se em uma poltrona.

— Não compreendo o motivo de tratá-la desta maneira, mamãe sempre fala que quando segurou Temari pela primeira vez, seus olhos brilharam mais que as estrelas, agora usa a sua mão para espancá-la dessa forma?! — Gaara perguntou sem olhá-lo, mas seus olhos encontraram os de seu pai, pela primeira vez em anos o via arrependido.

— Amanhã se desculpará pelo seu comportamento, vai casar com o duque e isto não está em discussão! — Rasa respondeu depois de um tempo.

Olhou-o incrédula, mas ele não a olhou, simplesmente saiu deixando-a sozinha com o irmão.

— Você ficara junto comigo, não vou deixá-la sozinha — ele fala pegando-a no colo, não falou nada, apenas assentiu em silêncio.

Ao sair do quarto, deram de cara com os príncipes de Aegon e o duque os olhando em choque, estava tremendamente envergonhada de ser vista daquela maneira, sentia-se vulnerável.

— Céus! Deidara abre a porta do quarto dele, Shikamaru, pegue as bagagens dela! — Ino ordenou para ambos que assentiram rapidamente sem falar nada.

O quarto em que o irmão estava, era igual ao seu, mas sentia-se mal por tirá-lo de seu conforto, era óbvio que o castelo tinha mais aposentos, mas ele não ficaria longe dela, delicadamente fora colocada sentada, estava a cada instante mais nervosa ao vê-los olhando-a como se fosse quebrar a qualquer momento.

— Estou bem — sua voz saiu mais baixo do que pretendia, conseguia sentir o choro perto, mas não derramaria nenhuma lágrima, não em frente a eles.

O duque entrou nesse momento, colocando as suas bagagens ao lado das de seu irmão, ele parecia estar furioso, não entendia o motivo, ele saiu novamente em silêncio, certamente não queria envolver-se mais, ficou longos minutos encarando o vazio, estava mortificada, nunca pensou que seu próprio pai fosse agir desta maneira.

Da mesma maneira que ele saiu, chegou em silêncio com um pequeno pote em mãos, olhou-o sem entender, mas ele somente o abriu mostrando uma espécie de pasta contida nele.

Quando chegara no castelo, teve a certeza que o rei de Yainon estava ali com a sua filha por um pedido da mesma, acreditava fielmente que ela se iludira com aquela dança e queria o casamento, a única chance para isto acontecer era forçando-o, mas ao vê-la falar com tanta raiva que não se casaria e que se mesmo assim a obrigassem, ela fugiria, percebeu o quão errado estava.

Desde que ela chegara naquela sala, olhou-a com fúria, não conseguia conter a raiva, isto não passou despercebido, quando fora perguntado sobre o que pensava do enlace, percebera os olhos verdes dela, voltados para ele, acreditou que fosse esperança, mas não era esperança de uma resposta positiva, ela também se sentia presa, era burro por não perceber isto.

Quando a vira levantar-se com tanta fúria, percebeu o quanto ela era diferente, uma verdadeira força da natureza, jamais viu nenhuma princesa enfrentar o próprio pai desta maneira, nem mesmo Ino o fazia, admirou-a por isto, mas quando viu o pai dela levantar-se e ir atrás com uma fúria desmedida, temeu por sua vida, Gaara os seguiu a passos apressados, observou Ino levantar-se, mas foi preciso apenas um olhar de Inoichi para que ela sentasse.

Estava em completo choque, a culpou tanto sem nem saber seu lado da história, agora a culpa o preenchia, se algo acontecesse a ela, a culpa seria toda sua, não estava aguentando a demora, sem pensar se levantou vendo o rei suspirar resignado como uma permissão, saiu a passos rápidos, esperava evitar uma tragédia, não fora surpresa ao notar que fora seguido por Ino e Deidara.

— Acredita que ele fara algo? — Deidara perguntou preocupado.

— Espero que não, mas conhecendo a cultura deles, temo por ela — Ino respondeu aflita.

— Como assim? — perguntou sem entender, sabia que era uma cultura muito rígida com as mulheres, mas não esperava que o pai dela fosse de fato fazer algum mal.

— Shika, eles presam pelo costume do filho homem, são uma cultura patriarcal, Temari é a primeira mulher a ser rainha de nascença, nunca houve outra, isto deixou todos chocados, infelizmente para eles não existem leis que a proíbam de ser rainha — ela respondeu olhando-o de canto, pela surpresa em seus olhos, ela não precisou falar mais nada, entendeu com perfeição tudo.

Os seus passos ficaram mais apressados, assim como os de Ino o guiando pelos corredores, estava preparado para tudo, mas nada em sua vida o chocou mais que vê-la completamente machucada no colo do irmão, a raiva preencheu cada célula de seu ser, não conseguia perdoar um ser daqueles.

Como ele teve a coragem de tocar na filha daquela maneira?

Um ser que era a própria natureza dada a sua fúria e sede de viver, agora estava acuada como um animal ferido, aquilo não deveria ser assim, confessava que sua mente era limitada em questão de mulheres, via o casamento como uma prisão, mas jamais ousaria bater em uma, aquilo era covardia demais!

Fez o que Ino mandou, colocou todas as bagagens da princesa no mesmo quarto de seu irmão, apesar de querer que ela ficasse o mais longe possível daquele homem. Saiu do quarto sem dizer nada, não precisou olhar para suas feridas para perceber o quão funda elas eram, sorte que sua mãe sempre andava com as suas pomadas para emergências.

Um silêncio sepulcral preenchia o salão, não precisou falar nada, sua mãe apenas acenou para que a seguisse até a carruagem onde jazia o pequeno baú, os olhos dela eram tristes, pois apesar de não perguntar, ela sabia exatamente o que aconteceu com a princesa.

— Peça para Ino passar com delicadeza, pois vai arder no início — sua mãe fala colocando o pequeno pote em suas mãos.

— Diga ao rei que o casamento acontecerá, não vou desistir dela — falou fazendo a mãe olhá-lo com surpresa.

— Shikamaru?!

— Ele não encostara um dedo nela, isso eu prometo! — falou lhe dando as costas, não queria descontar a raiva que estava sentindo em sua mãe, no momento era a princesa quem precisava de ajuda.

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Aqueles olhos verdes que sempre emanavam tanta vida, pareciam tão tristes agora, aquilo deixou-o por completo desconcertado, não sabia o que falar ou fazer para melhorar aquela situação, jamais se imaginou naquele cenário, mas falara a verdade, não a deixaria a mercê de um louco qualquer.

— Minha família conhece algumas ervas, mamãe sempre carrega consigo, isto é para as suas costas — falou com uma gentileza que a deixou desconcertada.

Ela pegou o pote sem entender, não tiraria a sua razão, afinal instantes atrás não fora muito cortês com ela, arrependia-se disto, pois apostava que isto fora o combustível para que ela explodisse, afinal ela teve a coragem que ele não possuía.

— Não deveria ter enfrentado seu pai daquela forma, foi muito imprudente — fala fazendo-a bufar, a culpa não era dela, mas não deixaria de adverti-la quanto a isto.

— Não finja que esta preocupado comigo, eu sei que me odeia — ela respondeu num sussurro.

— Mas eu estou, sei que está assim por minha culpa — responde sem conter a raiva na voz.

— Sua culpa?

— Sim, eu descontei minhas frustrações em você, deve ter percebido que eu não queria este noivado, então agiu daquela forma — falou com pesar, toda aquela confusão fora por culpa dele, cada machucado em sua pele era culpa dele.

— Acontece Duque que não importa quem fosse meu noivo, eu protestaria da mesma maneira, não quero passar minha vida em outra prisão, então não fique com pena, pois nada é culpa sua — ela respondeu com raiva.

— Temari-

— Para você é alteza, não gosta de ter intimidade com ninguém, não é mesmo? — ela perguntou sem conter a ironia, o ato arrancou um pequeno sorriso de seu rosto, lembrou-se do que disse a ela, quando dançaram, não queria deixar de chamá-la pelos seus títulos para evitar uma confusão, ela o cutucar com isto o divertiu.

— Acontece que somos noivos, então já possuímos intimidade suficiente para isto — replicou irônico para a surpresa dela.

— Não estamos noivos! — ela resmungou contrariada.

— Estamos, mesmo não sendo o que queremos, mas não se preocupe, não estou obrigado, pelo contrário, faço gosto do nosso noivado — respondeu com tanta firmeza que o surpreendeu.

— Não quero a sua pena! — ela replicou levantando-se com rapidez, ao ficar ereta não conteve a careta, ficou preocupado de imediato, aquilo deveria estar doendo.

Contentou-se ao segurar sua mão sem conter um sorriso doce em seu rosto, o carinho era incomum até mesmo para ele, nunca sentira a necessidade de fazer isto, ser gentil para com outra pessoa, não estava a subestimando e muito menos sentia pena dela, queria apenas demonstrar o quanto a estimava.

— Pena é algo que nunca terá, não de mim, nunca conheci mulher tão forte, sua força é admirável, por isto estou honrado, pois, sei que ficarei ao lado de uma soberana sem igual — respondeu levando sua mão para seus lábios onde plantou um suave beijo.

— Soberana? — ela perguntou com surpresa em sua voz, sabia que ela nunca ouvira aquilo, afinal mesmo sendo a herdeira ao trono, fora criada apenas para ser a reprodutora, aquela que cuidaria do castelo e se encarregaria dos filhos.

— Sim, eu serei apenas a sombra da rainha — respondeu piscando maroto em sua direção.

Aquela seria a sua promessa, não deixaria que ninguém ocupasse seu lugar por direito, assim como não permitira que ninguém a tocasse daquela maneira, mesmo sendo seu pai, ela não seria ferida, aquilo era sua promessa.

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