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Capítulo 33: Primeira Discussão Entre Guardiões: A Localização do Inimigo

Jonathan

--- Você não vai nos ensinar como achar nosso Ponto Principal de Magia, não? --- Sophia questionou a Lisandro --- Não sabemos como fazer isso, caso não tenha percebido!

--- Ah, claro. Certo. Uma pequena explicação antes.

Ele se sentou no chão, as pernas cruzadas.

--- Bem, uma pessoa não pode, obviamente, escolher qual será seu Ponto Principal de Magia, é a sua Corrent Magic que escolhe. Depois de ter controlado ela, a pondo para fora, como vocês fizeram, fica bem fácil achar o Ponto Principal de Magia, basta concentração, você vai sentir sua magia e ela vai escolher qual parte do seu corpo é um melhor Condutor Mágico. Como eu expliquei, para fazer uma esfera de magia, vocês precisam achar seu Ponto Principal de Magia, mas, por que? Porque, o Ponto Principal de Magia controla a quantidade de magia que vai sair de dentro para fora de você, ele é como um calibrador, vai manter sua magia em um nível que você possa controlar. --- Explicou.

--- Então ele serve para garantir que não vamos nos machucar? Ele regula nossa magia? --- Sophia perguntou.

--- Sim. Além do que, sem o Ponto Principal de Magia, vocês não poderiam usar Técnicas de Manipulação, já que, sem ele, sua magia não consegue se moldar para fazer algo assim, como a esfera que quero que façam. --- Lisandro respondeu.

Magia é uma coisa muito complicada.

--- Mas, e se, por exemplo, o Ponto Principal de Magia de alguém, for o pé, como ele vai fazer uma esfera? Ou usar Técnicas de Manipulação? --- Perguntei franzindo as sobrancelhas.

--- Da mesma maneira que qualquer outro que tiver as mãos como Ponto Principal de Magia. É possível usar os pés para fazer Técnicas de Manipulação, isso não seria um empecilho. --- O Emissário respondeu, como se fosse óbvio.

--- A Regente Lancaster fez isso, lá no Porto, ela usou os pés para nos levar para dentro do Sereia Negra... --- Herik comentou --- Mas, não tem como passar a magia do Ponto Principal para outra parte do corpo? Para fazer um ataque diferente. --- Perguntou.

--- Existem Provincianos que conseguem, no Concelho da Terra, por exemplo, todos sabem fazer isso, eles passam a força mágica de um ponto para outro com muita facilidade, serve para evitar danos, aumentar a eficiência, pode até salvar sua vida... --- Explicou, ele encarou o teto e voltou a falar --- Vocês precisam aprender isso, junto com seus poderes, será uma combinação ótima.

--- Então vamos começar! --- Exclamei decidido --- Como sabemos se achamos ou não, nosso Ponto Principal de Magia? Faz cócegas, ou da um arrepio? Rola um brilho de novo? --- Perguntei com um sorriso.

--- Não. Nenhuma das opções. Você vai sentir a magia nas veias, correndo, sendo sugada, para esse determinado local, depois disso, imaginem a magia que está lá, se transformando em uma esfera. Assim.

Lisandro fechou os olhos. Suas mãos estavam com a palma para cima, apoiadas nos joelhos. Menos de cinco segundos após ele fechar os olhos, uma esfera começou a se formar nas pontas dos dedos de cada mão dele.

Elas eram brancas e aumentavam de tamanho a cada segundo, rodopiando magia em uma velocidade absurda, até que, por fim, ficou do tamanho de uma bola de beisebol.

--- Uau...não pareceu difícil. --- Sophia falou, a loira fechou os olhos --- Vou tentar. --- Herik também fechou os olhos e, logo eu fiz o mesmo.

Então eu vou sentir a Magia correndo? Veremos. Controlei minha respiração, fiz ela ficar num ritmo calmo e tentei sentir algo como uma corrida de magia pelas minha veias.

Então eu senti. Algo fervilhando em minhas veias, algo gélido, meu ombro formigou, então eu soube, a magia tinha escolhido meu ombro como Ponto Principal de Magia. No mesmo lugar onde estava meu Selo Celestial.

--- Achei! --- Minha voz não exclamou sozinha, abri os olhos, Sophia e Herik também tinham achado seus Pontos Principais de Magia.

--- Olha só, achaste junto com os outros. Quais são seus Pontos Principais de Magia? --- Lisandro perguntou.

--- Ombro! --- Respondi.

--- Ante braço! --- Sophia contou.

--- Pulso. --- Herik respondeu --- Nossos Pontos Principais de Magia estão no mesmo lugar que nossos Selos, coincidência? --- Perguntou arqueando a sobrancelha.

--- Os Selos de vocês são feitos de Magia Celestial, apareceram depois do contato de vocês com magia, é normal que seja o melhor condutor de Magia em vocês, não foi uma surpresa. --- O Emissário respondeu cruzando os braços --- Agora a esfera, se não conseguiram, sem treinamento sobre os Estilos amanhã.

--- Tá, não precisa repetir... --- Sophia murmurou --- Só uma coisinha, acho bem difícil que eu consiga fazer uma esfera direito em cima do meu ante braço, okay?! --- Ela fez careta.

--- E eu, tenho que fazer uma no ombro, no ombro! --- Exclamei --- Pro Herik está fácil, no pulso é fácil fazer isso, está perto da mão. --- Falei cruzando os braços.

--- Não coloque a culpa no seu Ponto Principal de Magia... --- Herik disse fechando os olhos --- Se você não conseguir, a culpa não será dele.

--- Delicado como um cavalo, você em... --- Falei, Sophia sorriu e fechou os olhos, sem muitas opções, fiz o mesmo.

--- Pode ser difícil para vocês no começo, mas, se esforcem. --- Ouvi Lisandro falar. Fiz como da última vez e alguns segundos depois eu já conseguia sentir a magia acumulada no meu ombro --- Teremos que treinar a troca de condutor mágico, para que vocês possam usar outras partes do seu corpo... --- Lembrou.

Tentei imaginar uma esfera, imaginar era fácil, fazer ela com magia era o que estava sendo o problema. Franzi as sobrancelhas, concentração, Jonathan! Concentração! Uma esfera, vamos, você consegue! Senti a pele no ombro formigando, a magia parecia estar saindo de lá, era bem estranho. Abri um só olho para ver meu ombro. Uma esfera do tamanho de uma bolinha de gude girava sobre meu ombro. Eu estava conseguindo!

Olhei para Sophia ao meu lado, a loira ainda tinha os olhos fechados, uma esfera, quase do mesmo tamanho que a minha, girava sobre seu ante braço, Herik, que estava ao lado de Sophia, também já tinha uma esfera girando sobre o pulso.

Respirei fundo mais uma vez, Lisandro ainda nos observava em silêncio, não precisei fechar os olhos, a esfera cresceu, cresceu e cresceu até estar do tamanho de uma bola de beisebol. Sorri. Tentei me concentrar para aumentar o tamanho dela. Percebi que a esfera de Herik estava brilhando e aumentando de tamanho assim como a de Sophia. Éramos bons afinal.

Se continuarmos nesse ritmo, em breve, seremos um só com nossos poderes, e, assim Mervus não terá chance! Podemos salvar todo mundo! Claro que eu não devia ser tão otimista, mas, podemos mesmo conseguir! Isso é ótimo!

Um sorriso cresceu em meus lábios. Senti meus olhos brilharem, a esfera se desfez, senti a magia correr ainda mais gélida pelas minhas veias, o que estava acontecendo? Eu estava sem controle? Não conseguia enxergar com clareza, estava tudo embaçado. Senti algo em minha testa, alguma coisa clareou em minha mente e minha visão focou.

Agora eu podia ver com clareza. Lisandro estava parado a minha frente, o corpo curvado e um dos dedos apoiado na minha testa, Sophia e Herik estavam logo atrás dele, a loira apertava com firmeza a bolsa com Sirius.

--- O quê... --- Franzi as sobrancelhas, Lisandro se afastou, sua mão estava envolvida por uma névoa branca que serpenteava entre seus dedos --- O quê aconteceu?

--- Você aumentou muito sua magia, no que estava pensando? --- O Emissário perguntou. Percebi que eu nem tinha me movido.

--- Aumentei? Como assim? --- Questionou confuso, Sophia sorriu de canto e se sentou, Herik não se sentou, mas seu olhar pra mim era calmo --- Eu só...estava pensando que temos chances de vencer, eu estava feliz. --- Contei.

--- Entendo...seu Ponto Principal de Magia ainda não está bem controlado, ele se desregulou, passou mais magia do que devia para você, deve ter sido esse sentimento de alegria que você sentiu. --- Lisandro explicou, também se sentando --- Quando estiver usando sua Corrent Magic você deve se manter neutro, como um...como um juiz. Você não pode favorecer uma parte do seu corpo, deixar um braço mais forte enquanto suas pernas não podem sequer correr, e como um juiz, você também não pode se abalar caso algo aconteça aos jogadores, você deve se manter neutro ou pode desregular sua magia, como acabou de acontecer. --- Ele falou sério.

--- Então eu não posso ficar nem com raiva, nem feliz? --- Perguntei --- Ou ficar triste se acontecer algo com um amigo? --- Lisandro assentiu.

--- A diferente entre amigos e aliados. Lembram do que o Jasper disse? --- Herik começou antes de se sentar --- Temos que controlar nossos sentimentos, ou pode acabar muito mal, por isso é ruim lutar ao lado de um amigo, ver alguém importante morrer pode descontrolar nossos poderes... --- Ele encarou o chão.

--- Lisandro... --- Sophia chamou --- Você não poderia nos ajudar com isso também? Sabe, ajudar a nos controlar, treinamos nosso psicológico, só que, é bem mais fácil ver o corpo desfigurado de um estranho do que o de um amigo... --- Falou apertando a bolsa com Sirius.

--- E como eu poderia ajudar?

--- Qual o lance que você fez com o dedo na minha testa? --- Perguntei pondo o indicador na testa --- Me fez parar, como fez aquilo?

--- Eu usei magia para te bloquear, cortar a ligação da Corrent Magic com seu Ponto Principal de Magia, é como um paralisante, não é tão agressivo. --- Explicou --- O quê você fez aqui, foi um descontrole causado por alegria, não é difícil de parar, se você se descontrolasse por raiva eu não ia conseguir te parar. Ninguém ia. Nos vemos amanhã. --- Ele se levantou --- Se preparem para achar seus Estilos.

***

Após o jantar fui direto para o meu quarto. Eu estava bem cansado depois do treino que me quebrou todo. Controlar a Corrent Magic não era tão fácil assim. Tudo que Lisandro explicou só me deixou mais nervoso e apreensivo. Vesti meu pijama e me escondi debaixo dos lençóis adormecendo rapidamente.

--- Jonathan!

Toc, toc, toc...

--- JONATHAN!

Toc, toc, toc, toc, toc...

Me assustei com o barulho de batidas, ao tentar levantar da cama acabei caindo de costas direto no chão, os lençóis não deixavam eu me mover direito, sai engatinhando com um lençol preso no pé até conseguir chegar perto da porta.

--- Mas que diabos... --- Sacudi a perna com o lençol e abri a porta, encarei as duas figuras paradas lá com apenas um olho aberto, mas que saco --- Que foi? O que...aconteceu?

--- Nós precisamos conversar! --- Sophia decretou me empurrando para o lado e entrando no quarto, com Herik logo atrás --- Agora! --- Me encarou séria.

Franzi as sobrancelhas. Os dois tinham expressões bem sérias, fechei a porta e tirei o lençol do pé. Herik vestia uma calça preta de tecido leve e uma blusa aberta de botões, Sophia, que tinha os cabelos presos em um coque, vestia uma blusa de manga longa, tão grande que encobria parte do short que ela estava vestindo.

--- O quê houve? O quê é tão grave? --- Perguntei indo até eles, puxei a cadeira da escrivaninha e me sentei, os dois já estavam sentados na minha cama. Ousadia.

--- Precisamos te contar uma coisa! Já era para termos falado, mas...era algo incerto, John, tente entender que, guardamos isso para não dar esperanças a você e aos outros... --- Sophia começou torcendo as mãos uma na outra.

--- Do que estão falando? --- Questionei confuso --- Não me digam que estão namorando?! --- Arregalei os olhos.

--- O quê? Não! Não é isso! --- Sophia negou balançando a cabeça.

--- Você entendeu errado, John, estamos falando sobre uma ideia que eu tive, sobre Mervus e sobre a minha visão também. --- Herik esclareceu revirando os olhos verdes.

--- An? --- Franzi as sobrancelhas, bocejei --- Não...entendi ainda, estou meio lerdo por causa do sono... inclusive que belo jeito de vir me acordar! --- Reclamei cruzando os braços. Herik passou a mão no rosto e voltou a falar.

--- John, o assunto aqui é sério. Sophia e eu estávamos pensando que, a pessoa que eu vi na minha visão, de alguns dias atrás, pode ser Mervus, e que ele pode estar na Brecha, entendeu?

--- Era isso que estavam fazendo a essa hora da noite? Criando teorias? Quanto desempenho... --- Falei admirado pelo fato dos dois estarem tão empenhados na busca por Mervus.

--- Não, na verdade não, já estávamos com essa ideia a alguns dias, só decidimos te contar agora, Sirius insistiu, e ainda estávamos pesquisando... --- Sophia respondeu.

--- Por que não me chamaram para ajudar? --- Perguntei descruzando os braços.

--- Nós ainda não tínhamos provas concretas, e também...

--- Não precisavam de provas concretas pra me contar! Eu também sou um Escolhido para Guardião, sabiam?! --- Exclamei interrompendo Herik. Como eles puderam esconder isso de mim?

--- Jonathan... --- Sophia sussurrou --- Nós, nós não...queríamos que você achasse que nós estávamos te excluindo, é só que...

--- É só que vocês preferiram fazer as coisas sozinhos e me deixar de fora! O quê custava me falar? Eu não faço parte da equipe não?! --- Perguntei, apoiei as costas no encosto da cadeira e cruzei os braços outra vez.

--- Ah, John, não precisa reagir assim, eu até queria contar, mas, é que... - Sophia começou torcendo as mãos uma na outra, Herik arqueou a sobrancelha --- Olha, só não queríamos dar falsas esperanças para você...foi só pra te proteger!

--- Iam me proteger mais se tivessem me contado! A questão não é o assunto, a falta de consideração que é! Podiam ter me contado, caramba! --- Exclamei irritado.

--- Te contar não ia mudar muita coisa. --- Herik falou --- E se quer saber, Sophia queria mesmo te contar, eu disse que não, falei isso para proteger você, e se estivéssemos errados, an? Cara, não podíamos simplesmente acender um luz pra vocês e depois coloca-los em uma escuridão maior!

--- Que belo argumento! --- Exclamei com sarcasmo --- Se nós somos uma equipe deveríamos ter mais confiança uns nos outros! Não é assim que vamos resolver as coisas! Se ficássemos no escuro...se ficássemos no escuro, poderíamos procurar uma luz juntos... --- Falei abaixando o tom de voz --- Pelo menos eu penso assim. --- Me levantei.

--- Olha eu posso até tentar te entender, não vou julgar você, John, mas não se faça de vítima! Tivemos motivos, okay?! E estamos contando agora, não estamos?! --- Sophia exclamou, me virei e ela estava de pé.

--- Estão. Só não sei porque. Vai ver é só porquê Sirius insistiu ou precisam de ajuda, só sou útil assim, não é? --- Encarei a loira nos olhos.

--- O quê está querendo dizer?! --- Ela exclamou vindo até mim --- Que nós excluimos você? Que não nos importamos? John! É claro que nos importamos com você! O quê tem na cabeça?! --- Exclamou. Parecia que ia pular no meu pescoço a qualquer momento.

--- Vocês dois bem que podiam falar mais baixo. Vão acordar o terceiro andar inteiro assim! --- Herik exclamou, o loiro continuava sentado. Respirei fundo, Sophia cruzou os braços indignada --- Será que eu posso falar? Ou vocês querem terminar a discussão? --- Perguntou arqueando a sobrancelha.

--- Fala. --- Sophia assentiu parecendo irritada, eu dei de ombros e o loiro voltou a falar.

--- Nós somos uma equipe. Então coloquem isso nessas cabeças duras de vocês. Eu estou me controlando... mais um pouco e eu dou um chilique! E vocês não querem isso, querem? --- Ele estreitou os olhos. Nós dois negamos --- Ótimo. --- Ele sorriu.

--- Você se sente tão ofendido assim? Por não termos te contado... --- Sophia perguntou --- É meio estranho vindo de alguém que lê mentes, você pode descobrir o que quiser, com seus poderes. --- Ela me encarou, me desafinado com o olhar.

--- Ler mentes não é algo fácil, e eu nem considero algo bom, invadir a mente de uma pessoa sem permissão não é legal, só faço isso quando é necessário. --- Falei cruzando os braços --- Eu não ia vasculhar a mente de vocês!

--- Tá, a gente sabe que você tem princípios, todos temos... --- Sophia começou se encostando na escrivaninha --- E invadir a privacidade de alguém não parece mesmo legal, só quebvocê sem dúvidas, é muito importante para nós, justamente por fazer isso.

--- Então só sou importante por causa dos meus poderes? --- Questionei arqueando a sobrancelha. Não acredito no que estou ouvindo.

--- Não foi o que eu quis dizer, você... você é único, John, e eu não falo isso só pelos seus poderes, tá? Vai muito além disso, todos nós vamos muito além dos nossos poderes... --- Falou na tentativa de se desculpar --- Não somos só armas, somos pessoas, eu não queria te ofender...

--- Antes que vocês continuem com essa emocionante, troca de sentimentos, será que eu posso falar? --- Herik interrompeu.

--- Falar o quê? --- Sophia perguntou.

--- Acho que essa discussão de vocês me deu uma ideia, pode ser loucura, mas, acho que sei como fazer pra comprovar minha teoria sobre Mervus. --- Contou.

--- A teoria que vocês esconderam de mim? --- Perguntei. Eu realmente tinha ficado triste por eles esconderem isso de mim.

--- Vai começar? --- Sophia me encarou séria --- Fala Herik, o que foi que você pensou? --- Ela se virou para o loiro.

--- Vamos precisar do John. --- Falou, ele tinha um meio sorriso estranho no rosto. Eu em...

--- De mim? Pra quê? --- Franzi as sobrancelhas.

--- Olha, a única pessoa que pode nos dar respostas sobre Mervus, é a Morgan, ela estava infiltrada, sabe mais que qualquer um, as respostas de que precisamos estão todas com ela! --- Falou o óbvio. Onde ele quer chegar com isso?

--- Espera aí, Morgan está em estado de coma, você quer usar os poderes do John para vasculhar a mente dela? É isso? --- Sophia perguntou assustada.

--- É sim. Se John procurar na mente dela, vai achar todas as respostas, com isso finalmente poderemos montar a estratégia e atacar, para pôr um fim nisso. --- Explicou --- Como eu não pensei nisso antes...? --- Sussurrou.

--- Vocês estão se esquecendo de um detalhe: minha opinião, ela não conta? --- Perguntei --- Afinal, são os meus poderes, eu devia falar o que acho, não?

--- Achei que você faria de tudo para ajudar. --- Herik disse me encarando.

--- E eu faria, Herik, faria sim, só queria que as pessoas tivessem mais consideração, quando estou na mente de uma pessoa sinto tudo que ela sente, entrar na mente de Morgan significa ver e sentir a tortura pela qual ela passou. --- Contei.

--- John...v-você nunca nos contou isso, achei que você visse pensamentos e lembranças, não que sentisse também. --- Sophia falou num tom baixo.

--- Não achei relevante contar, nunca estive em uma mente tão conturbada que precisassem contar, mas agora eu sei que com a Morgan vai ser bem difícil. --- Falei encarando o chão.

--- Eu sei que vai ser difícil, mas Jonathan, você é a única esperança que temos agora, sem seus poderes... nunca vamos saber o que a Morgan descobriu. --- Herik disse finalmente se levantando.

--- John... --- Sophia começou.

--- Tudo bem. --- A interrompi --- Eu faço!

***

--- Confesso que achei a ideia um absurdo. --- O Regente Aron falou pondo as mãos atrás das costas.

No dia seguinte a conversa com Sophia e Herik, domingo, conversamos com o Concelho e debatemos a idéia de eu vascular a mente de Morgan.

--- Não é de bom tom ficar entrando na mente alheia.

--- Achei brilhante. --- A Regente Nayla falou sorrindo, ela andava saltitante pelo corredor a caminho da Enfermaria.

Herik e Sophia iam cada um de um lado meu, os gêmeos vinham atrás com Jasper e Megan, os outros da Comitiva estavam espalhados pelos Continentes ajudando com os Times de Elite junto com os Ministros, só a Ministra Samira que não tinha ido, a Regente Aliciana foi no lugar dela, Lisandro já estava na Enfermaria e tinha cancelado o nosso treino, não seria mais a tarde, seria a noite.

Quando paramos em frente as altas e brancas portas duplas que levam a Enfermaria, senti um arrepio, não gostava muito da ideia de invadir a mente de uma pessoa que estava inconsciente, mas, não tinha muitas opções. As portas se abriram em salão de recepção, uma bancada simplis estava a direita, e a esquerda era um corredor, "SUBITIS" (Emergência) estava escrito em letras grandes na parede do corredor.

--- Por aqui. --- A Regente Nayla indicou o corredor, seguimos calados logo atrás dela. Após passarmos por várias portas, todas iguais, a Regente parou na frente da última porta --- Samira? Está aí? --- Ela bateu de leve na porta.

A Ministra Samira abriu a porta, sua postura séria e superior parecia abatida, entramos no quarto, era simples, uma janela pequena, fechada por cortinas brancas, uma escrivaninha e uma cama de solteiro, que estava cercada por uma cortina. Lisandro estava ao lado do cama e abriu as cortinas.

Morgan estava deitada, pálida, as mãos enfaixadas, algumas cicatrizes pelos braços e rosto, a cabeça raspada. Os olhos estavam fechados e os lábios pálidos. Parecia um cadáver.

--- Hum. Está pronto Jonathan? --- A Ministra Samira perguntou, eu fui o único que tinha se aproximado da cama.

--- Estou. --- Respondi.

A Ministra esboçou um sorriso. Coloquei a palma da mão sobre a testa de Morgan e fechei os olhos. Senti como se tudo estivesse rodando, e então, comecei a ver flashes de imagens.

Eu via com os olhos de Morgan. Ela estava deixando o Concelho Da Terra para trás, foi levada a um grande Castelo de pedras pretas e torres altas, onde foi presa, colocada em uma sela escura, ela estava observando alguém na sela a frente. A imagem mudou.

Estava acontecendo uma confusão. Uma parede explodiu, várias pedras voaram, e uma grande quantidade de prisioneiros estava fugindo pela abertura. Morgan também corria, eu estava correndo, eu era ela. Não foi possível ver direito, mas, vários clarões estavam acontecendo, então algo escuro explodiu e uma fumaça cobriu todos os fugitivos, um urro alto rasgou o silêncio, uma porta azulada se abriu e todos começaram a passar por ela, ao lado da porta estava o corpo morto de um Zuriken, um leopardo ensanguentado.

Eu vi areia roxa no chão, e muitas montanhas, por toda parte, uma era pontuda e bem escondida, subimos a montanha, eu só observava, coletando informações, escutei coisas, vi coisas.

"A magia negra pode matar qualquer um, até um Zuriken."

"Elas não quiseram fugir, ninguém entendeu o motivo."

"Ele sabe o que está fazendo, vai matar os Escolhidos."

"Vamos esperar aqui, quando as forças militares passarem vamos atacar."

"Ninguém vai vir ajuda-los."

Chegou um momento em que, de uma hora para outra, todos pararam de falar comigo, em seguida eu estava amarrado por correntes, queriam saber quem eu era, queriam os planos do Concelho.

Cortaram meus cabelos. Lançaram magia em mim, queimava, doía, me cortaram uma, duas, três vezes e outra vez, e tudo de novo. A dor era lancinante. Eu estava perdendo sangue. Eu ia morrer.

Então, fingi desmaiar, eles pararam, usei magia para paralisa-los e abri um portal com a corrente de prata pendurada em meu pescoço, e depois cai no chão da Sala do Concelho.

Senti um solavanco.

Minha respiração estava ofegante, o coração martelava contra o peito. Eu estava na Enfermaria, no chão, com os olhos arregalados, mas consigui dizer quatro palavras, antes de tudo escurecer.

--- Mervus...está na Brecha...

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