Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 4: Família: Sinônimo de Confusão!

Sirius

Quando o dia de domingo amanheceu a expectativa pelo festival me atingiu em cheio. Era muito bom ter um corpo outra vez, embora ainda não tenha me acostumado completamente com ele, e ser um adolescente "normal" era mais complicado do que parecia.

--- Rafael ainda não desceu? --- Raquel perguntou entrando na cozinha, onde eu já tomava meu café da manhã --- Ah, bom dia.

A ruiva estava muito bonita, o vestido vermelho era simplis, mas combinava com ela, assim como os cabelos soltos e a maquiagem suave que ela havia passado.

Eu havia me vestido de forma simplis também, Rafael me garantiu: na dúvida vá de jeans! E foi o que eu fiz, além da grossa pulseira que escondia o Selo Celestial em minha mão.

--- Não, quando passei pelo corredor ele parecia estar no banho, ouvi o chuveiro ligado. --- Respondi --- Bom dia! --- Sorri.

--- Não sei como ele demora tanto pra se arrumar! --- Raquel reclamou de sentando num dos banquinhos de madeira ao redor do balcão de mármore --- Viu meu tio?

--- Jasper disse ontem que ia sair cedo, durante o jantar, não lembra? --- Franzi as sobrancelhas e peguei umas torradas, eu estava ficando ótimo na cozinha --- Ele vai a mansão.

--- Acho que não prestei muita atenção. --- A ruiva confessou montando um sanduíche enorme --- Eu ia preferir ver meus avós, a ir no festival.

--- Por que? Achei que estivesse animada, não está? --- Perguntei bebendo metade do café expresso que tinha feito.

--- Os bolos são os únicos atrativos que vejo lá... --- Ela respondeu após me encarar por um tempo --- E estou preocupada com meu avô também, sabe que ele não esta bem.

--- Bom dia, raios de sol! --- Rafael entrou na cozinha e um aroma forte e amadeirado tomou conta de tudo --- Como estão?

--- Tomou banho com perfume? Pra quê tudo isso? --- Raquel franziu as sobrancelhas.

--- Ao contrário de você maninha, eu preso muito por aqueles que estão ao meu lado, principalmente as garotas que terão a honra de sentir o cheiro do meu perfume! --- O ruivo disse convencido, ri dele e tomei outro gole do café.

--- Não é honra se qualquer um em um raio de cem metros consegue sentir seu cheiro. --- Raquel rebateu. Rafael revirou os olhos.

Sophia e Herik nos encontraram aqui, assim como Jonathan, e fomos juntos para o parque. Não pude evitar o deslumbre quando cheguei lá, embora fosse uma decoração simplis, eu achava linda, as coisas humanas sempre me chamaram a atenção, e agora que vivo no meio deles, não é diferente.

--- Onde estão os palcos pra bandas de rock? --- Raquel perguntou espiando por cima do ombro, para olhar em volta.

--- Devem estar do outro lado do parque, acho que vi algo parecido depois daquelas barracas de muffins. --- Sophia respondeu pegando o celular no bolso da saia --- Will acabou de chegar. --- Avisou.

--- Samantha está com ele? --- Rafael perguntou.

--- Que interesse todo é esse, ruivo? --- Sophia provocou sorrindo.

Paramos perto de algumas barracas, Herik, Jonathan e Raquel foram experimentar os pudins e eu peguei mais um refrigerante, era uma bebida muito boa! Embora Herik tenha me dito que eu estava virando um viciado, não entendi bem o conceito.

--- Ele acha que se ela se apaixonar por ele vai conseguir uma vaga no coral! --- Raquel exclamou voltando da barraca --- Mas vai cair do cavalo.

--- Vai mesmo, você não faz o tipo dela, Rafael. --- Herik disse cruzando os braços, o relógio que encobria seu Selo era discreto --- E nem o tipo do coral, acredite!

--- Não é pelo coral! E ela é uma garota incrível e muito bonita. --- Rafael argumentou --- Vamos procurar seu namoradinho, vem loira. --- Ele puxou Sophia pelo braço.

--- Espera aí, vou procurar os palcos! --- Raquel foi atrás deles.

--- Desde quando ela gosta de rock? --- Jonathan perguntou franzindo as sobrancelhas, e comendo mais pudim.

--- Ela não gosta, tá querendo fugir do Yuri. --- Herik respondeu, dei um longo gole no refrigerante --- Ele detesta rock, então não tem chance de ir pra lá.

--- E por que ela iria querer fugir dele? --- Perguntei afastando o cabelo dos olhos, eles ainda estavam compridos, mas não na cor original, cinza --- Eles não tinham um "caso". --- Fiz aspas com os dedos.

--- Ele acha que tem um "caso" com ela. --- O loiro respondeu começando a andar --- Raquel disse que ele não sai do pé dela desde a festa de fim de ano.

--- Então foi com ele que ela ficou? --- Jonathan perguntou, enquanto seguimos atrás de Herik, que assentiu --- Mistério solucionado então! --- Brincou.

Passamos em mais algumas barracas lindas, e por mais que eu quisesse mais refrigerante, Herik e Jonathan me proibiram de beber mais que dez latinhas. Um absurdo. Não vimos mais Raquel, e Sophia só apareceu depois de meio dia, com Will, mas tiveram que ir ajudar a mãe dele com a barraca dela.

--- Acham que vamos sentir falta disso? --- Jonathan perguntou observando a feira --- Quando formos Guardiões de verdade não vamos poder fazer nada disso.

--- Acho que sim, coisas como essa vão fazer falta. --- Falei, Herik assentiu.

--- Eu tentei acreditar que poderíamos ter uma vida normal, mesmo com os poderes, mas agora sei que não podemos. --- O loiro suspirou --- Sabe, mesmo que façamos coisas de adolescentes, como agora, a maior parte das nossas conversas são voltadas a isso, aos poderes e ao que somos agora, o que vamos ser depois dos dezoito. --- Herik encarou as árvores.

--- Você tem razão, é difícil ser normal com algo assim pesando nos ombros, embora eu não tenha uma definição exata de normal. --- Admiti --- Sobre o quê deveríamos falar? Como adolescentes normais, digo. --- Sorri.

--- Seguindo o padrão que conheço... --- Herik pareceu pensar, Jonathan agora comia biscoitos --- Futebol, garotas, jogos, talvez filmes e seriados também, garotas de novo, futebol. --- Herik contou nos dedos.

--- Todos assuntos nos quais eu não tenho experiência! --- Exclamei sorrindo --- Mas se quiser podemos falar sobre Técnicas de Manipulação, ou sobre mapeamento de áreas, eu posso até te contar detalhadamente como aconteceu a rebelião da segunda área.

Herik e eu começamos a rir e Jonathan se engasgou, tendo que correr até a barraca mais próxima para beber água, quando a crise de risos passou e Jonathan voltou, o moreno sorriu e comentou:

--- Realmente somos caras estranhos! Mas isso é bom, pessoas normais não são interessantes. --- Ele sorriu pondo as mãos nos bolsos da calça jeans.

--- Verdade, acho que concordo. --- Assenti devagar --- Isso tudo ainda é meio novo para mim. --- Encolhi os ombros.

--- Isso, exatamente, o quê? --- Jonathan perguntou, ajeitando a corrente simplis no pescoço.

--- Ser normal. --- Respondi --- Estar com outros da minha idade, embora eu seja mais velho do que aparento. --- John sorriu --- Fazer coisas normais e ir a escola, festas, essas coisas. Não fazíamos isso na Província do Céu. --- Contei.

--- E vocês faziam o quê lá? --- Herik questionou --- Vamos sentar, meus pés estão me matando! --- Ele se adiantou para um banco.

--- Nós treinavamos, e estudavamos a maior parte do tempo. --- Falei quando já estávamos sentados --- Desde pequenos era isso que nos ensinavam, ser bem estudado era tão essencial quanto lutar bem, e a maioria só queria ser alguém importante na guarda da sua respectiva área.

--- E o que você queria? --- Jonathan me perguntou pondo os braços atrás da cabeça.

--- Eu queria que tivessem orgulho de mim. --- Confessei --- As Flores tinham acabado de aparecer, acho que já falei sobre isso, e eu era o único adolescente na Força criada por Alvorada, embora muitos outros estivessem participando por baixo dos panos, mas do lado errado.

--- Você queria continuar trabalhando pra Alvorada? Ou tinha alguma outra coisa em mente? --- Herik questionou.

--- Queria continuar na Força, nunca quis um cargo alto, mas quando comecei a trabalhar com Alvorada vi que queria fazer mais pelos outros do que por mim. --- Contei com um sorriso --- Mas vou poder fazer isso como Guardião.

--- Nós vamos. --- Herik garantiu.

--- E seremos ótimos Guardiães! --- Jonathan sorriu.

***

O festival havia sido incrível, muitas músicas boas, embora não vi muito sentido nas letras de algumas. Raquel disse que era melhor me concentrar mais na melodia do que na letra.

--- Que dia! --- Raquel exclamou tirando as sapatilhas e as jogando num canto da sala --- Essas férias serão animadas!

--- Estou contando com isso! --- Rafael se dirigiu ao corredor que leva a cozinha, Raquel e eu fizemos o mesmo --- Tio? Já chegou? --- Chamou entrando na cozinha.

--- Cheguei a tardezinha. --- Japser respondeu perto do fogão --- Como foi o festival? --- Perguntou pegando uma frigideira.

Rafael contou detalhadamente como estava o festival, e sua opinião sobre os bolos, biscoitos, doces e sobre cada banda e cantor que ele ouviu. Raquel escutou tudo enquanto tomava um suco junto comigo.

--- Aproveitem enquanto podem... --- Japser disse pegando um pote com tempero, ele estava fazendo aula de culinária, Ezra até havia dado umas dicas --- Logo, logo os treinos vão voltar, em!

--- Estive pensando e acho que deveriamos começar a treinar com armas, armas de fogo. --- Raquel disse se sentado no balcão --- Elas podem ser mais práticas que as espadas com que você nos fez treinar.

--- Acho precipitado. --- Japser balançou a cabeça, mexendo com uma espátula o que tinha dentro da frigideira --- Mas posso convocar a Assembleia para...

--- Deveríamos fazer isso sem falar com a Assembleia. --- A ruiva o interrompeu --- Eles só iam atrapalhar e se quer saber, minha vontade é de não fazer mais parte dela. --- Raquel encarou as costas do tio.

Rafael se engasgou com o suco que havia começado a beber, e eu arregalei os olhos deixando o copo quase cheio sobre o mármore do balcão. Raquel querer sair da Assembleia? Nunca imaginei tal coisa!

--- A questão não é só a Assembleia, eles são nossa família também, Raquel. --- Jasper se virou com a espátula numa mão e um pano de prato na outra --- Você não pode simplesmente achar que vou fazer as coisas pelas costas deles!

--- Como se eles não fizessem pelas nossas! --- A ruiva rebateu --- Sei muito bem que têm coisas que não contam pra gente, e sei que eles acham que sabem o quê é melhor para o Sirius e os outros, mas eles não sabem!

--- A Assembleia fez tudo por eles, nós fizemos tudo por eles, e foi graças a isso que eles chegaram até aqui, com um treinamento militar e psicológico, além de treinamento médico. --- Os olhos castanhos de Jasper estavam sérios, muito sérios --- Treinar eles com armas de fogo não fazia parte do que combinamos. Vocês são crianças!

--- Nosso treinamento tinha armas bem mais perigosas do que armas de fogo, tio! --- Rafael argumentou pondo o copo de vidro em cima da geladeira.

--- Armas brancas! Não posso deixar vocês usarem armas de fogo! --- Jasper pois a espátula e o pano na pai --- Já fizemos muitas coisas que...que desviaram da lei, colocar armas de fogo nas mãos de vocês não vai ser uma delas.

--- Já fizemos coisas bem piores que segurar uma arma de fogo, tio. --- Raquel disse num tom frio.

--- Estávamos em guerra, não estamos mais.

--- Acho que ele tem razão, Raquel... --- Comecei, tentando amenizar as coisas --- Nos colocar para usar armas de fogo não é a melhor opção, sabe que nem vamos usar isso, não em Orbis Caelesti. --- Falei.

--- Vocês não estão em perigo só lá! --- A ruiva rebateu --- Filhos Das Estrelas vieram aqui ano passado, quase mataram Herik e Sophia! E os dois só tinham adagas para se proteger. Adagas! --- Exclamou descendo do balcão.

--- E os poderes também. --- Jasper pois as mãos na cintura --- Não se esqueça que eles tem os poderes para se defenderem, e eles não têm mais que dois anos aqui, a Ascenção não está tão longe.

--- Por isso mesmo eles deveriam estar mais preparados! --- A ruiva cruzou os braços --- Mervus pode estar morto, mas não sabemos que outras criaturas estão espreitando.

Troquei olhares com Rafael. A briga ia ser feia, o ruivo tentou argumentar, mas Jasper estava irredutível, e seu tom era sério quando respondeu.

--- Eu não vou deixar vocês usarem armas de fogo. Ponto final. Não adianta discutir, nem vou levar isso a pauta, não vale a pena. --- Ele tirou as mãos da cintura.

--- São essas suas atitudes covardes que me deixam tentada a ir embora! --- Raquel exclamou, depois de respirar fundo ela continuou --- Sua sorte é que minha guarda está com você, e não com meus avós.

Levei a mão a boca e Rafael arregalou os olhos. Silêncio. Uma veia se alterou no pescoço de Jasper e ele franziu as sobrancelhas.

--- Está dizendo que queria ir embora? --- Questionou.

--- As vezes sim, mas eu não posso, eu tenho que ficar aqui, tenho uma missão, não tenho? --- Raquel ergueu o queixo --- Faço parte da Assembleia e não sou ouvida, minha opinião não importa!

--- Quel, sua opinião importa sim, a Assembleia que é antiquada, eles não estão prontos pra nós! --- Rafael se aproximou da irmã com um sorriso --- Não pode me deixar aqui, maninha.

--- Eu não deixaria, nunca. --- Raquel garantiu quando ele pois a mão sobre seu ombro --- Mas ficar na responsabilidade de alguém que não se importa com o que eu penso, não é fácil. --- Ela encarou Jasper.

--- Eu me importo com o que você pensa, só que me importo mais com sua segurança. --- Ele rebateu --- Com a de todos vocês. Não são só você, Rafael e Sirius sob meus cuidados, Jonathan, Herik e Sophia também são minha responsabilidade.

--- Então pense na segurança deles! --- Raquel pediu --- Andar com facas e adagas é tão diferente de ter uma arma? --- Perguntou.

--- Claro que é, Raquel. --- Japser respirou fundo e olhei de um para o outro sem saber o que falar --- Não vou colocar vocês para mexer com esse tipo de coisa, nem cogite essa ideia! Eu não abri mão da minha vida para cuidar de vocês e deixar que se metam em uma confusão dessas...

--- Acha que sua vida acabou só por ter que cuidar de nós? --- Raquel o interrompeu --- Largou sua carreira no exército e agora acha que somos culpados?

--- Eu não disse isso...

--- Mas é o que pensa! --- Raquel exclamou indo até a saída da cozinha --- Meus pais não escolheram morrer. --- Ela saiu pisando duro e ouvi a porta da frente bater com força.

Senti o cheiro forte de queimado antes de Rafael desligar o fogo e fumaça subir da frigideira que a pouco Jasper mexia.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro