Capítulo 9
Serena e Marisa ficam perplexas, não fazem ideia de como, ou melhor quem está as perseguindo. Um mistério é de como uma cascavel parou aqui, ou mais precisamente para onde ela foi? Era o pensamento das suas diante aquela cena, que não fazia ao menor sentido. Quem está por trás disso? Seria um serial killer ? Mas o que só o destino e o tempo serão capazes de responder. E essa galera não vai descansar enquanto não desmascararem estes criminosos.
A cascavel foi se arrastando para a praça da cidade onde tinha a entrada do esgoto, onde ela iria pelo boeiro, mas indo nesta direção , sai do boeiro uma muçurana faminta e voraz ela vê a sua presa, e vai atrás dela, a cascavel se arrasta até uma rua, lá se percebe que há uma casa com as luzes acesas a cascavel vai e fica na varanda desta, a muçurana perde o alvo e some. A porta da varanda abre. Era Camila se despedindo de Melissa.
- Boa noite Mel.
- Boa noite Mila, se cuida que agora você não é mais uma né, carrega um ser humano tão incrível aí dentro.
- Ah haha, nem nasceu e a tia já é bábona ?! Haha
- O que? Eu ? Nunca! Tá só um pouquinho. Hahaha
- Hahaha, vou nessa.
- Até quando você chegar em casa manda mensagem!
- Tá.
Quando Camila se vira ela pisa na cobra, se assusta e cai pra fora da varanda, a varanda tinha a distância de seis degraus do chão e Mila cai de barriga nas pedras do jardim.
Mel vem ajudar Mila a se levantar, Mila faz mel prometer que o que houve ficará entre elas, Mel assim promete. A cascavel desaparece.
Semanas depois
Na igreja Católica de Nossa Senhora da Luz, as beatas, na ausência do padre Samir e sem o consentimento dele, planejam uma procissão.
- Nós somos as escolhidas de Deus pra purificar está cidade, expulsar aqueles que ameaçam a paz e os bons costumes. - Disse Constantina em alto e bom som.
- Isso mesmo vamos varrer a cidade, e tirar a todo custo, o mal que persegue a nossa família. - Disse Ilca
- É isso aí Ilca, vamos escurraçar essas biscateiras, quengas, marafunas, que corrompem os homens das nossas famílias, nossos sobrinhos, irmãos, filhos. - Constantina
- E maridos de umas aí . - Nice
- O que você quis dizer com isso dona Nice ? Se a muitas noites a vejo o seu marido sair na rua bater perna por aí e o que ele foi fazer ninguém sabe não é?! - Ilca
- Olha aqui não admito que fale deste modo de Magnus, que é um bom homem que não deve nada a ninguém diferente de uns aí que deve tanto, e quando recebe gasta o dinheiro lá na rua das Palmeiras, e não precisar ir lá pra saber que serviço ele recebeu! - Nice
- Meninas parem com as picuinhas, e vamos expulsar de uma vez por todas essas Jasábeis que tanto sujam a nossa cidade.
- Avante !!! - Ilca
- Vamos lá! - Nice
As beatas saem da igreja numa marcha, alarmando a cidade inteira, sobre as mulheres de vida fácil, como assim as proclamam, a cidade veio ver o tendeu que já já vai estourar.
- Vão embora suas filhas de belzebu, o lugar de vocês não são aqui. - Voz de Constantina a algumas quadras.
- Ouviram isso?
- Ouviu o que Marta Rocha?
- Escuta Selinha!
- Os dias de vida fácil estão contados, suas biscas! - Ilca
- O que ? As ratazanas de sacristia resolveram estufar a crista e vir aqui nos peitar ?! Haha é piada né.
- Calma Marta Rocha! Tá muito nervosa. - Selinha
- Nervosa vão ficar é elas quando eu sentar a minha mão na cara delas se acham que vão botar a gente pra correr dessa cidade. Vamos garotas vamo ver quem ganha essa briga, Selinha? Jussara?
- Eu tô nessa e não abro! - Jussara
- Ah tô vendo que vai dá Zika essa guerra! - Selinha
- Não foi elas que começaram ?! Pois então depois que o leite azedou não adianta tentar tomá lo .
A guerra entre beatas e prostitutas estava as estribeiras de se estourar, mas Marisa não havia chegado ainda.
Camila estava em sua casa tomando banho quando ela olhou pra baixo, e sangue pingou no chão, apavorada desliga o chuveiro, na mesma hora pensou, " perdi a criança" , assustada ela sai do banheiro, se veste e sai, sem pensar duas vezes pega dinheiro para a passagem de ônibus para ir ao UPA ( unidade de pronto atendimento), indo ela contando o dinheiro sem olhar para onde anda esbarra em alguém, era em Marisa toda avoada por causa das loucuras das beatas, o dinheiro cai no chão , mas moedas caem e vão girando até que caem no boeiro.
- Ah não era o único dinheiro que tinha para ir consultar!
- Olha me desculpa foi erro meu, fui preocupada demais comigo, que esqueci que não vivo sozinha nessa cidade. Faço questão eu pago a passagem.
- Que isso não se chega a tanto, acontece. Pera aí você não é a Heroína?
- Eu mesma! Nos conhecemos?
- Não , li a matéria no jornal do incêndio da prefeitura, e as moças?
- Estão ótimas Serena caminha muito bem, e Darah permanece em coma.
- Sinto muito.
- Tudo bem, mas tá aqui o dinheiro da sua passagem! Quantos meses você está?
- 5 Meses! É uma menina!
- Ah que lindo ! Espero que dê tudo certo pra vocês !
- E pra vocês garotas também!
- Obrigada.
- De nada.
As duas se despediram, e Marisa corre para o fusûe que estava se sucedendo na rua das Palmeiras
- Saiam daqui suas pecadoras imundas! - Ilca
- Mas vem tirar maracujá de
gaveta! - Marta Rocha
- Como ousam se dirigir a palavra a uma mulher virtuosa !
- A mesma ousadia que vocês vieram aqui no nosso local de trabalho querendo nos expulsar aqui de Camaquã!
Neste momento as coisas já estavam longe demais, tanto beatas quanto as garotas estavam a ponto de se degladiar , a polícia é convocada.
A briga piora quando Marisa chega, quando ela afronta Constantina Barreto, esposa do vereador Herbert.
As coisas esquentam.
Camila chega no consultório para pegar os exames da semana passada e dizer ao médico que ainda corre sangue pelo órgão genital feminino, quando ela chega o médico já a chama, com um rosto não muito agradável.
- Boa tarde Camila.
- Boa tarde doutor.
- Então o sangue parou de escorrer?
- Não , hoje no banho aconteceu novamente.
- Não tenho boas notícias para você Camila.
- O que houve?
- Nos exames foi constatado que naquela queda daquele dia que você me contou, o bebê sofreu um sério impacto, que se conclusão da gestação o bebê nascerá deficiente e doente.
- Ah não doutor!
O médico deixa Camila a par de tudo e que o bebê corre sérios riscos de vida, apavorada, chora.
Na guerra de virtudes a loucura é juíza.
- Será que as galinhas vão parar de cacarejar? - Disse policial
- O que ?! - Ilca
- Galinha é tua tia ?! - disse Marta Rocha
As duas batem no policial, e vão presas por desacato e agressão a autoridade.
- Não podem me prender ! Sou uma mensageira sacerdotisa! - Ilca
- Isso é injusto, tem direito de me defender! - Marta Rocha
- As duas vão pianinhas , tudo o que disserem pode ser usado contra vocês !
- Não!! - disseram as duas
Marta Rocha e Ilca são levadas a delegacia e presas na mesma cela.
No consultório o médico em lágrimas pergunta a Camila.
- Você tem duas escolhas Camila, concluir a gestação e a criança nascer deficiente e com graves problemas, ou o aborto?
A próxima decisão poderá mudar o destino de muitas vidas, e depois dela a vida não será mais a mesma. A dúvida não é uma opção.
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