Capítulo 20
- Não se mexe! Esse lobo é meio cego, qualquer movimento brusco ele vai sentir e atacar! - Paula
- Mas como você sabe disso? A quanto tempo está aqui? - Kaíque
- Já perdi as contas, eu não faço ideia de como vim parar aqui, a última coisa que me lembro antes de acordar nesse lugar era uma noite, e eu estava com meu namorado o Alex, a fogueira começa a dissipar suas chamas, suas mãos suavam, eu não sabia o porquê, mas o que sabia que algo muito importante estava para acontecer, aí ouço um pedido de ajuda, me desespero e saio pela mata para ver de onde vem essa voz tão aflita, caminhando por entre as árvores, até que chego na entrada da gruta e a voz se silencia, olhava para dentro daquela gruta e via um vasto breu, de repente ouço novamente a voz clamando por ajuda, esse som vinha de dentro da caverna, e eu entrei, caminhava pelos túneis chamando para ver se alguém me dizia algo como resposta para poder encontrar essa pessoa, e quando menos espero sinto uma pancada na minha cabeça, fico zonza, tento me manter em pé mas caio, e fico de bruços ao chão, quando acordei eu estava nesse lugar tão estranho, não sei onde é aqui, nunca soube da existência, mas já estou há um tempo nesse labirinto aprendi a sobreviver diante dos perigos desse lugar mas como sair daqui eu não sei. - Paula
- Nossa, mas senão me engano você era uma das desaparecidas, vi seu nome na ficha de queixa de desaparecimento na delegacia. - Kaíque lança em expressão de dúvida, pois não estava acreditando que finalmente encontraram uma dos desaparecidos. - E por que você se refere a esse lugar como labirinto?
- Pois essa floresta onde estamos, não tem saída, existe rochas enormes dando contorno a essa floresta, a única maneira de sair daqui é pela gruta que está ao final dessa mata mas lá dentro de encontra vários animais selvagens e sem nenhuma arma pra gente se defender fica difícil a passagem, muitos tentaram passar, ninguém nunca voltou pra contar a história, pelo menos é o que ela diz. - Paula
- Ela? Tem mais gente aqui? - Kaíque
- Tantos que você não faz idéia, e como viemos para esse lugar a gente nem imagina. - Paula responde Kaíque em tom de tristeza, o lobo senti um movimento brusco quando Paula ergue as mãos para enxugar as lágrimas, assim ele ataca, os dois correm, na mata, o lobo vem faminto atrás de sua presa, a espreita para devora-lá, mas quando ele salta para morder Paula, uma fecha é lançada de cima de uma árvore, pega de raspão pelas patas da fera, este recua por entre os arbustos, seja lá quem tivesse sido salvou Paula e Kaíque de morrerem na boca do lobo.
- Mas quem fez isso? - Kaíque
- Foi dela que lhe falei. - Paula
- Dela quem? - Kaíque, nessa feita uma mulher desce da árvore, bela, cabelos cacheados, com um arco e flecha em suas mãos, uma aljava em suas costas, olhos castanhos, pele branca e um semblante de preocupação, por ver que mais alguém apareceu no que eles chamam de labirinto.
- Antes de mais nada, bem vindo ao labirinto!
- Obrigado, eu acho, mas quanto tempo você está aqui? - Kaíque
- Faz mais de 10 anos que estou aqui, nunca achei uma saída, a única possível é a gruta mas por causa dos animais é inviável, poxa nem me apresentei, sou Olímpia. - Olímpia
- Olímpia? A tia da Serena? - Kaíque
- Isso mesmo, você conhece minha sobrinha? - Olímpia, desta vez pelos arbustos estava se achegando uma alcatéia, não era apenas mais um lobo, e sim vários, Olímpia diverge. - Vamos voltar lá com os outros, eles estão nos esperando, se ficarmos vamos ser atacados pela alcatéia. - Olímpia
- Ok, melhor assim, vamos Kaíque! - Paula
- Tá bom! - Kaíque segue com as duas mulheres, e temi onde possa ter ido parar.
Pedrinho vem com Fefa, preocupado pois Marisa não deu nenhum sinal de vida, ele começa a achar que algo muito grave aconteceu. Fefa nota a aflição do guri, e ele está atucanado, ela pergunta o que aconteceu.
- Nada não.
- Pode falar, sei que não tô merecendo confiança, mas se tiver algo em que eu possa ajudar eu faço.
- Marisa desapareceu, ela não dá notícias desde ontem a noite, tô muito preocupado.
- Aquela quenga? Digo aquela moça de cabelos pretos, a Heroína?
- Sim, é ela, a minha irmã.
- Sua irmã? Não sabia disso.
- Pois é, agora onde será que ela se meteu.
- Depois do enterro se você quiser eu vou junto contigo procura ela, caso tu quiser.
- Obrigado, toda ajuda é bem vinda. - diz Pedrinho cabisbaixo, enfim chegam onde vai ser enterrado Camila, mas Mel não estava, e ninguém sabia o paradeiro da loira, não se tinha alguma informação de onde ela tinha ido ou o que estava fazendo, a única pessoa que sabia era Edna, mas esta se encontrava decida de si, sem remorso ou arrependimento do que fez e disse a menina que querendo ou não é sua neta. No enterro, estava todos os familiares e amigos de Camila, Teresa esta sua sogra, Tônia Para-choque que era sua amiga desde sua infância, Carmen sua dinda, e muitas outras pessoas que estavam ali presente em memória de Camila, exceto Mel. Na última rua da cidade, vinha Mel correndo desesperadamente, em prantos, mas desta vez a bebê não estava em seus braços, vinha ela sozinha, quase sem voz de tanto chorar, soluçava e o remorso que estava a sentir pelo que fez era gigantesco, incalculável, ao chegar no cemitério estavam enterrando Camila, e Mel sem chão, como se seu mundo estivesse caído, entrado em colapso, seus amigos, vieram e a acompanharam até onde era possível de se ver eles colocando o caixão na cova. Mel olha para sua mãe e a mesma relança seu olhar como ameaça caso Mel dissesse a verdade sobre a filha de Camila, Mel decide não dizer nada a ninguém, e guardar para si o que ela fez com a bebê.
Na casa de Alex, as coisas estavam estranhas, pois agora as provas que por conjectura tinham foram destruídas, nem o computador houvera de escapar, Deusa desconfia, Léo o indaga.
- Então ? E agora? Você tem como provar que o que falou é verdade? Por mais que a gente queira acreditar em você, diante disso fica duvidoso. - Léo
- Vocês acham que eles iam destruir tudo senão houvesse nada? Eu sabia que isso poderia acontecer, por isso escondi as provas originais. - Alex
- Escondeu? - Deusa
- Sim, eu sabia já antes, de quando contei a vocês, poderia acontecer isso, então presumi antes de esconder em outro lugar as provas, assim pelas câmeras dessa sala, vai ser possível ver quem destruiu tudo aqui, se eles acham que destruíram as provas que tínhamos agora acabamos de conseguir mais uma. Diz Alex comemorando, vai até seu quarto, abre as portas de seu roupeiro, e tira o fundo falso do mesmo, e traz consigo vários documentos, fotos e registros dos encapuzados e dos desaparecidos.
- São os que desapareceram nos últimos tempos, Lana Ferreira a irmã da Darah, Talles Pires o namorado da Camila, Sélia Regina a Selinha uma das garotas de programa, Paula Prado minha namorada, tem registros há mais de dez anos atrás, do desaparecimento de Olímpia Mercury tia da Serena. - Diz Alex, um som de notificação chega em seu notebook que está dentro da gaveta, ele abre o mesmo, e o sistema diz que uma nova ficha de desaparecimento está sendo feita na delegacia, em nome de Marta Rocha. - Léo! Alguém tá dando queixa de desaparecimento!
- Meu Deus quem é agora?
- Marta Rocha tá dando queixa, Kaíque desapareceu!
- Meu Deus, não consigo acreditar mais ele agora que sumiu, temos que ir depressa senão não vai sobrar mais ninguém nessa cidade, vamos pra delegacia, vou conversar pessoalmente com a Marta Rocha.
Já na delegacia estava sem saber o que fazer para ajudar Marta Rocha, e ela já estava perdendo as estribeiras com os policiais.
- Vocês não vão procurar ele ? - Diz ela inquieta
- Amanhã a gente procura, tem que ter mais de 24h que pessoa desapareceu para iniciarmos as buscas!
- Tão de brincadeira né, e se ele tiver correndo perigo, risco de vida, se alguém for atacar ele, ele estiver ferido, não vão esperar 24h para vocês levantarem a bunda dessa cadeira e irem lá socorre-lo! É caso de vida ou morte! - Diz Marta Rocha suplicando
- A gente não pode fazer nada!
- Olha aqui, é o dinheiro dos meus impostos que é feito o salário de vocês, se os bonitos não resolverem pelo menos falar com os moradores e irem atrás eu vou falar com o prefeito e dar queixa dessa delegacia. E vocês sabem que ele está por um triz de baixar o salário de vocês, qualquer reclamação já era. - Marta Rocha
- Ok, calma senhora, não precisa agir dessa forma vamos agir, o melhor que pudermos. Imediatamente!
- Que bom! E depressa!
- Sim senhora.
Marta Rocha da uma prensa nos policiais, colocando eles na parede ela consegue convence-los a ir procurar Kaíque. Saindo da delegacia ela encontra Pedrinho sentado no banco da praça com Mel, Ket, Nando, Abner, e Fefa. Ela vai em direção a Pedrinho, este por sua vez, sai dentre os amigos para conversar a sós com Marta Rocha. Antes deles falarem alguma coisa, Marta Rocha deu seus pêsames a Mel, a mesma assente com a cabeça.
- Pedrinho Kaíque sumiu!
- O bugre? Não acredito ele também!
- Como assim ele também?
- Marisa desde ontem ela não dá as caras aqui, já andei pela cidade inteira, e não a encontrei.
- Você acha que foram eles que pegaram os dois?
- Não acho Marta Rocha, eu tenho certeza que foram os encapuzados que pegaram a Marisa e o Kaíque.
Os olhares de Marta Rocha e Pedrinho se difudem pelo local, temem que o pior possa ter acontecido e nessa onde de mistérios nada é impossível de se acontecer.
Na caverna Darah andava pelos túneis até chegar em um que nele continha água, um riacho dentro de si, Marisa e Serena logo atrás viram que Darah usava a capa dos encapuzados, mesmo as duas temendo o rumo que este caminho estava tomando decidiram não tirar o pé dali até entenderem o que está acontecendo. Darah olhando aquelas águas cristalinas, se vira e diz as duas.
- Então garotas, chegou a hora de vocês entenderem o que está acontecendo, vocês finalmente vão achar o sentido de tudo, o porquê de tanto mistério, e o valor desse segredo imensurável, para isso vocês terão que mergulhar nessas águas, e garanto quando voltarem a terra firme nunca mais serão as mesmas, mas saibam, que essa descoberta pode lhes causar sorte, morte, prisão ou maldição, estará nas mãos de vocês o destino de suas vidas. Preparadas? - Darah
- Sim, estou! - Serena
- Eu não sei, eu tô com medo do que tem nessa água, o que vai acontecer comigo depois? - Marisa
- Você só descobrirá se entrar nas águas, e aí? - Darah
- Ok, eu vou entrar, chega de tanto mistério, vive tanta coisa, passei por tudo o que passei para chegar nesse momento, é agora ou nunca!- Marisa
- Isso ae guria! Agora entrem na água. - Disse Darah as duas, Serena entra na água e mergulha, desaparece nas águas, Marisa vendo isso ficam mais insegura mais coloca seus pés na água, até que aos poucos vai entrando completamente, ficando apenas a cabeça na superfície da água, e quando ela cria coragem ela mergulha, e as duas desaparecem na água, e Darah olha para está cena com contentamento.
- E o destino se cumpre, o que era mistério se torna missão, o que era insegurança se torna força, e o que era temido se torna uma aliança. - Darah diz isso com voz firme, junto de K-won que estava ao seu lado, olhando para aquelas águas cristalinas igual Darah.
Já na mecânica de Tônia Para-choque, estava apenas Natiel trabalhando, ou pelo menos era o que ele dizia que estava a fazer, estava aos beijos com uma mulher aparentemente de sua idade, estes estavam dentro de um dos carros que seria entregue ao dono nesse mesmo dia, Natiel e essa garota estavam sem roupa no carro, haviam transando ali, mas quando ele achou que ninguém o pegaria ele escuta da oficina.
- Natieeel!! Arrumou a bomba de óleo do delegado Marcão? - Tônia Para-choque
- Putz, azedo o cu do frango!!! - Natiel
- Por que você diz isso?
- Por que ? Porque se ela pegar a gente aqui eu tô ralado, ainda mais que a gente tá no carro do cliente, ela me mata. - Natiel
- Tinha que ter pensado nisso antes né, pera aí Natiel, o que é isso?
- Isso o que ? - Natiel
- A camisinha!!! Tá furada!!!
- Não, pelo amor de Deus não brinca com isso!
- Eu tô falando sério! A camisinha estourou, e se eu engravidar!?
- Vira essa boca pra lá! Eu sou muito novo pra ser pai, recém vou fazer 18 anos.
- E eu Natiel, só tenho 17, como vou cuidar dessa criança!!! Tô ferrada!
- Você tá se preocupando atoa, a gente nem sabe se você realmente engravidou, não vamos sofrer antes do tempo, vamo foca no que tá acontecendo agora, se a Tônia pegar a gente, eu sou demitido.
- Sou não! Está demitido! O que que é isso Natiel, pelado dentro do carro do cliente e ainda com uma guria, no local de trabalho, faça me o favor! Eu não tenho haver com sua vida, por mim você pode transar com que você achar melhor mas aqui não, quando qualquer um de vocês três faz algo aqui, a responsabilidade caí em cima de mim, como vou explicar isso pro teu pai? Vou sair eu como errada! E aínda vocês são de menor de idade, eu posso ser presa sabia, e se alguém passa aqui e vê, e a aí? Outra coisa vocês vão tomar aquele sermão dos seus pais, se duvidar eles expulsam vocês de casa, eu não quero bancar a chata, mas poxa eu tô tentando ajudar vocês, mas quanto mais ajudo mais vocês me põem numa confusão maior, assim eu não aguento. - Tônia Para-choque
- Desculpa Tônia, eu sei que eu não deveria ter feito isso peço mil desculpas, realmente eu vacilei feio, eu tinha trabalho pra fazer, e ainda transei em serviço, traí tua confiança, eu não vou ficar chateado se você quiser me demitir, você tem total razão, tenho que ter mais responsabilidade. - Diz Natiel arrependido, de te traído a confiança de sua chefe e agora sem saber o que fazer ele apenas baixa a cabeça e se veste, Tônia Para-choque sente pena do garoto e da guria, assim mesmo que talvez se arrependa depois, decide dar uma segunda chance para Natiel.
- Pode ser que eu me arrependa depois disso? Pode, mas eu te dou uma segunda chance Natiel, mas agora se você vacilar mais uma vez, não vai ter nem conversa, é demissão na certa. - Tônia Para-choque
- Ok, obrigado Tônia, você é um anjo, prometo que você não vai se arrepender. - Diz Natiel recuperando sua alegria e entusiasmo, e Tônia feliz pois tomou a atitude certa. Natiel agora já com roupa e a guria também eles se despedem com um beijo, e marcam que de mais tarde se encontrarem na praça, a garota concorda. Tônia Para-choque achou o rosto da menina familiar, e pergunta a Natiel quem era.
- É a Fátima.
- Irmã do Abner?
- Sim!
- O Abner tá no portão, ele vai ver ela sair, e só tava você aqui.
- Agora sim que eu tô ferrado!!! Se ele ver vai contar por irmão deles o mais velho, e ele vai querer falar com meu pai , e eu vou tomar uma tunda.
- Calma, respira!! Ja sei, vou lá dentro e já volto. - Tônia Para-choque, entra dentro de casa para pegar algo, no portão ia saindo Fátima, Abner vendo isso pergunta o que ela estava fazendo ali, pois só estava Natiel, Abner começa a desconfiar do que sua irmã, fez ali com o mecânico, mas antes que ele dissesse algo e na frente de todos que estavam ali, e Fátima respondessem o que de fato ela veio fazer na mecânica, Tônia chega, em difusão ela vem com um vestido em seus braços.
- Tá aqui Fátima, o vestido que você me pediu ontem, desculpa acabei perdendo a hora no enterro e esqueci que você iria me esperar aqui para pegar o vestido foi mal, desculpa mais uma vez. - Tonia Para-choque
- Obrigada, Tônia pelo vestido, não sei nem como te agradecer por me emprestar ele. - Diz Fátima assentindo com a cabeça, e para a sorte de todos, ninguém desconfiou de nada, e Tônia salvou a pele dos dois.
No carro onde estava Zaqueu e Ilca, ela perguntava como ele perdeu o cassino, pois na época era muito requisitado, apenas pessoas refinadas e ricas frequentavam o lugar e ele respirando fundo começa a contar, mas antes que ele comece Ilca o convida para tomar um cerveja no Bar Hakpub no centro da cidade, os dois vão até lá, pedem uma garrafa de cerveja e ele começa a contar o motivo pelo qual perdeu o patrimônio pelo qual construiu com muita luta e força de vontade.
- Sabe no começo era tudo de boa, recebia meus convidados, monitorava as apostas, quando um cliente bebia demais e causavam desordem no estabelecimento eu o convidava para se retirar, contratei os melhores barman, e também tinha funcionários que entendiam muito de jogo, bem mais que eu, assim me ajudavam a ninguém trapacear. Mas um dia reencontro no local um amigo de infância, e décadas que não via, era banqueiro, e ele me convida a jogar, e em nome dos velhos tempos decidi jogar com ele, na semana seguinte foi a mesma coisa, e as apostas ficavam cada vez mais altas, nenhumas das vezes que eu joguei eu ganhei, sempre perdi, nunca consegui recuperar cada rodada que eu perdia, e era toda semana, um dia meu amigo não apareceu, mas decidi jogar mesmo assim com os clientes e amigos que ali estavam, foi ali que definitivamente começou meu vício por jogo, cada vez eu apostava mais, insatisfeito do que eu já tinha perdido, eu ia lá de novo e apostava um valor mais alto que da rodada anterior, e sempre perdendo, e foi assim todos os dias, mentia pra minha mulher que ia visitar uma tia, e chamava os clientes para jogar em horários que o cassino não abria, se tornou uma compulsão, já não era eu, era um cara insistindo em ganhar, virou uma obsessão, eu dormia pensando em jogo, e passava o dia inteiro pensando na jogada que eu faria a noite, foi aí que o dinheiro foi acabando, já não tinha dinheiro pra viajar, pra comprar aquele móvel novo, pra uma reforma na casa, pro carro do ano, nem pra pagar os funcionários, eles me colocaram na justiça e pegaram o que tinha na minha conta, entendo eles, não tenho raiva era o direito, eles trabalharam por direito tinham que receber o seu salário. Minha esposa fica doente, e eu sem dinheiro algum pra consultas ou medicamentos, a mãe dela fez um empréstimo ao banco, pagou o tratamento e minha mulher se recuperou, mas o dinheiro do empréstimo também era pra dar de entrada num carro semi novo na concessionária aqui da cidade, mas eu compulsivo roubei o dinheiro e perdi tudo no jogo, a família ficou revoltada, e foi ali que minha mulher me abandonou, ela cansou de tentar ajudar e eu não querer ser ajudado, afastei meus amigos, minha família e minha mulher, eu perdi tudo, por causa do meu vício de jogo, e agora vivo por aí mendigando um pão, um pouco de comida, e muitos me recebem a coices, me tratam pior como tratam um animal. - Zaqueu
- Meu Deus, um vício pode destruir toda uma vida de luta, conquistas, e méritos, e a vida é isso, quando a gente cai podemos recomeçar, essa e sua oportunidade de recomeçar, sua chance de mostrar que venceu. - Ilca
- Exatamente, fico muito feliz que além de comprar o cassino você me queira de sócio, vai ser a minha chance de concertar tudo o que fiz de errado durante todos esses anos.
- E por onde anda a sua mulher?
- Ela casou de novo há um tempo, teve um filho com seu novo marido.
- Qual o nome dela?
- Nice, você já deve ter conhecido ela, é uma beata que vive atrás da Constantina.
- A Nice? Conheço sim, quando que eu ia imaginar que ela era sua esposa.
- Pois é né, o filho dela é o Nando, e o Marido é o Magnus. Mas você não acha estranho ?
- Estranho o que?
- Várias vezes quando passei pela casa deles ouvia gritos e coisas batendo lá.
- Será que não era uma briga de casal?
- A Nice nunca foi de brigar, eu acho que tá acontecendo outra coisa.
Zaqueu se preocupa com Nice relatando isso a Ilca, que o que parece ser uma briga de casal pode ser muito mais que isso.
Na casa de Nice estava apenas ela no domicílio, quando chega seu marido bêbado, querendo ter relações sexuais com ela, mas ela diz que não está bem, e também não quer, mas seu marido parece não se importar com a vontade de Nice.
- Você é minha mulher, tem que fazer o que eu quiser, eu mando, tu obedece, eu sou o homem dessa casa, eu agora e vai ser agora! - Diz Magnus num tom agressivo
- Por favor Magnus, eu não tô bem, passei mal mais cedo, não tô com cabeça pra isso agora. - Diz Nice com uma voz trêmula
- Não perguntei, agora ! - Magnus
- Por favor .
- Se não for por bem será por mal, e tu sabe o que acontece.
- Por favor na me bate Magnus, por favor eu imploro. - Diz Nice apreensiva, mas Magnus da um soco nela que a faz cair no chão, começa a espancar ela, chutando e a jogando contra a parede. Do lado de fora se ouvia alguns barulhos remotos do ataque brutal de violência doméstica que estava acontecendo ali, e um grito de socorro e lançado por ela para que alguém a ajude desse ato desumano, machista, e violento.
- Socorrooooo!! - Magnus tampa a boca de Nice, sendo ela mais uma vez vítima de violência doméstica.
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