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Capítulo 2

Amanheceu, e Darah está encana, não conseguiu pregar o olho a noite inteira, pensando no que aconteceu, até que o polícia chega e fala.

- Darah Ferreira Rodrigues!
- Eu!
- Você está liberada. Pode ir pra casa!
- Tá bom!
- Mas antes de ir passe na sala do delegado, ele quer ter uma palavrinha com você.
- Pois bem, vou lá sim.

Ela sai da cela, e é acompanhada pelo policial Léo até a sala, onde uma troca de olhares acontece.

- Uma garota tão linda drogada ?
- Eu não estava drogada, falei a verdade, Lana gritou por mim, as provas existiam, tinha um vulto naquela floresta eu sei disso.
- Eu acredito em você, é por isso que vou te ajudar a encontrar sua irmã.
- Sério? Nossa não acredito que alguém acredita em mim.
- Sabe de uma coisa, tem um registro de pessoas desaparecidas lá na prefeitura mas porém, é vigiado pela secretária, nesse documento está escrito que muitas pessoas desapareceram na floresta ou perto dela, lá pode ter uma pista de onde Lana pode estar.
- Mas como a gente vai conseguir pegar este documento, de dia é guardado pela secretária e a noite os policiais ficam na porta fazendo vigia.
- Mas eu sou policial, tenho carta branca pra entrar e sair de lá, contudo precisaria de uma ordem pra mexer na papelada.
- E se eu distraísse ela enquanto você pega!?
- Boa ideia, ela pode achar que não quero incomodar, e vou reto pegar o papel, mas não podemos ratiar, ela é uma águia, não deixa passar nada mas se fizermos certo ela não vai desconfiar.
- Vamo então, por que o tempo não para.

Léo e Darah botam o plano em prática, mas ela sente pressentimentos estranhos, sem saber o que é direito ela arrisca e vai.
Serena, a secretária encruada e guarda caixão da prefeitura, uma mulher doce e ao mesmo tempo ácida, manja de tudo em informática, ela foi testemunha do desaparecimento de sua tia Olímpia, que desde de 2005 não se tem notícias sobre ela, a única coisa que se sabe é que procuravam pelo cachorro que se perdeu na floresta, e foi lá onde pela última vez viu sua tia, Serena desde então nunca mais foi a mesma, o que ninguém sabe é que naquele dia o suposto vulto que atacou Olímpia, deixou sua capa presa num dos galhos da floresta, e Serena guarda essa capa até hoje, na época ela foi considerada louca, e presa no senatório Altiva Albuquerque, que fica na última parada rodoviária, antes da fronteira com a outra cidade, foi diagnosticada insana, e mantida internada por três longos anos, depois quando voltou sua personalidade já não era a mesma, hoje trabalha como secretária da prefeitura, cuidando dos registros de nascimento, mortalidade, casamento, divórcio, processos, e desaparecimento.
Léo conta a Darah que anos atrás Serena viveu um caso parecido, Darah pensa na possibilidade de tentar pedir ajuda a Serena, mas Léo não acha boa ideia e ela desiste.
Assim eles vão para o departamento de registros da prefeitura, lá Darah viu alguém entrando pelos fundos alguém misterioso, Darah entra pela porta e comprimenta Serena.

- Bom dia, eu gostaria de falar com a Serena!
- Eu mesma. Pois não?
- Eu gostaria de ver um registro de nascimento.
- Nascimento? Ok de quem ?
- De uma médica muito famosa aqui em Camaquã, ela foi conhecida por abrir um hospital para pessoas com transtorno de personalidade antissocial (TPA), faremos uma homenagem a esta incrível mulher a Sr. Altiva Albuquerque.
- Desculpe mas essa doutora não é nativa daqui ela veio da Bahia. - Disse Serena meio trêmula , disfarçada com olhar profundo.
- Tem certeza?
- Tenho! Não insista.
- Mas eu achei que ...
- Você não achou nada, pare de atazanar a minha cabeça e saia daqui , se você não tem o que fazer eu tenho, não precisa vir aqui me lembrar coisas que eu quero esquecer. - Disse Serena irritada e muito nervosa.
- Eu sei o que você passou, você perdeu sua tia naquela floresta, um vulto a atacou, eu passei pela mesma coisa , minha irmã gritou por ajuda e eu não cheguei a tempo e agora ela está desaparecida, fui considerada drogada, dopada, eu sei, você sabe que aquilo é real.
- Mas você não foi escurraçada da cidade, presa num senatório, por três longos anos, ver a sua família te desprezar por achar você uma doente mental e ser acusada de suspeita de ter feito algo com minha sua tia .
- Eu sei Serena, mas eu sou a única que sabe que você não é louca, eu sou a única testemunha daquilo , além de você, acredite juntas podemos encontrar minha irmã e poderemos descobrir o que aconteceu com a sua tia, mas para isso você vai ter que nos ajudar, os registros de desaparecimento, com esses registros poderemos achar pistas de onde elas estão.
- Eu posso perder meu emprego, mas não iria conseguir viver sem ter tentado , eu topo mas fica entre nós duas isso. Ok?
- Na verdade Serena, quem sabe isso tudo é o Léo. Ele também vai nos ajudar mas será preciso confiança.
- Eu vou confiar, mas será só entre nós três ninguém mais pode saber.
- Eu topo.
- E eu também. - Disse Léo entrando na prefeitura.
- Então vamos logo que o tempo urge. - Disse Serena
- Onde fica os registros?
- Disse Serena
- Nos fundos, lá na última sala, vou pegar a chave e entramos.
- Léo você vigia a porta ?
- Tá eu fico ali fora, caso apareça alguém eu aviso.
- Ótimo, vamos logo.

Darah e Serena entram na sala dos arquivos, mas alguém aparece lá dentro da prefeitura, o vulto, ele tranca a porta, e vai até caixa de eletricidade e desliga a luz, ele entra na sala onde elas estão onde pela lanterna do celular de Serena elas vêem o vulto mas não o seu rosto e ele com gasolina joga por todas as caixas com os arquivos, e com a caixinha de fósforo, o acende e joga na gasolina e pega fogo, e o tal encapuzado sai e fecha a porta deixando as duas presas no meio das chamas. O vulto desaparece.

- Socorro ! Nos ajudem ! - Disse Serena
- Por favor alguém!?

As duas desmaiam por inalarem tanta fumaça, o fogo aumenta até que o teto desaba.

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