Capítulo 12
Serena sem expressão alguma, fica paralisada, diante da presença dominadora do bichano. Um acidente de carro com um ônibus acontece bem no meio da esquina onde estava Serena de um lado, e Flavinho do outro, ao passar dos veículos o gato e rapaz desaparecem no vento. Deixando assim Serena com suspeitas de estar ficando louca.
No colégio, as coisas estavam meio complicadas, Mel caminha nós corredores procuram a sua sala, ela a acha, e vai em sua direção, porém ela acaba tropeçando e sem querer empurra uma garota no bebedor que a faz molhar toda a roupa, deixando assim essa suposta guria enraivada, ou melhor louca.
- Não olha por onde anda garota?
- Desculpa, foi sem querer.
- Sem querer!- tom irônico
- Eu te ajudo a limpar!
- Tira as tuas mãos nojentas de cima de mim! E faz um favor pra si mesma se afasta!
- Não precisa me tratar assim!
- Vai se catar! Fubá! Volta pras grotas onde você saiu!
Mel fica possessa, abre sua garrafa e despeja toda a água no cabelo da guria, e todos os alunos as olhando e num silêncio, as duas rangem os dentes, e eles aplaudem Mel por ser a única, que finalmente deu o tratamento merecido da tal.
Os professores chegam e os alunos entram para as salas, e por pura coincidência ou azar as duas estudam na mesma turma.
- Eu não acredito que aquela anta mágica tá estudando na mesma turma que eu!
- Relaxa Fefa, é uma Zé ninguém, todo mundo caga pra ela, tu que é a influencer aqui.
- Todo mundo caga, mas aplaudiram ela né!
- Gente nova no pedaço, sempre é assim! É só questão de tempo eles esquecem essa aí!
Fefa cria ranço de Mel, por ela ter a humilhado em público, e isso se espalha pela escola inteira. Mel sentou no fundão da sala, onde ela estava atrás de uma garota gorda.
Que se vira e fala:
- Eu não acredito que tu fez aquilo ?!
- Aquilo o que ?
- Como o que guria ? Haha Humilhou a jiboia no grau!
- Jiboia ? Hahaha.
- É como chamam aquela patricinha. Menina tu não sabe quantos ela já humilhou daquele jeito, e ninguém teve coragem de dar o troco pra ela.
- Apenas fiz o que achei justo porque afinal ninguém merece ser tratado daquela maneira, ela provou do próprio veneno.
- Tu lacrou!
- Obrigada!
- Eu sou a Ketlen, mas todo mundo me chama de Ket.
- Eu sou a Melissa, mas me chamam de Mel.
- E eu sou o professor Ezequiel, e todo mundo fique em silêncio porque estou no meio da chamada! - diz em alto tom de voz
As duas tinham se empolgado na conversa, e o volume estava um pouco alto, as duas ficaram com vergonha e Ket deitou a cabeça na classe e a escondeu com os braços, já Mel fechou seu semblante e não disse nada. Nesse momento batem na porta, o professor vai até ela, e era a supervisora Rosecler uma mulher bem mal humorada com a cara fechada, ela disse a ele que um aluno havia entrado na turma errada e o conduziu a sua certa, o professor balança a cabeça e abre mais a porta para o aluno entrar , e ele diz em alta voz.
- Turma este é o seu novo colega! Qual o seu nome?
- Pedro, mas pode ser Pedrinho.
- Pedrinho.
Mel fica surpreendida pois seu mais novo amigo agora é também seu colega, e ela sorri quando o vê, e recebe dele o sorriso de volta, havia um cadeira vaga na frente da mesa de Fefa, ele a pergunta:
- Tem alguém aqui?
- Ta vendo alguém sentado aí por acaso? É claro que não tem.
Ela disse isso, e olhou para o rosto de Pedrinho, e acabou num olhar decisivo ela se apaixonou por ele. Marisa nervosa e preocupada caminha até a delegacia para dar queixa do desaparecimento de Selinha, e quando ela entra, esbarra em Léo que se olham e se abraçam fortemente. Marisa fica muito feliz por ter visto seu amigo vivo, e ele de sua heroína não ter sido a próxima vítima. Ele conta a ela que vai iniciar a investigações na floresta, em busca de resgatar pistas do paradeiro dos desaparecidos, ela sugere que não somente a polícia mas juntamente com os cidadãos Camaquenses irem para ajudar e facilitar que consigam descobrir onde aquelas pessoas estão.
- Mas onde já se viu uma mulher fazendo trabalho de um homem! Lugar de mulher é no fogão, o que ela quer se mostrando e aparecendo para os outros? Não se dá o menor respeito! - Edna
- A senhora não vai começar com a ladainha de novo né mãe!
- Mas é verdade, a culpa não é minha se ela é uma bisca!
- Mãe, a senhora não tem cérebro?
- Aí Camila, isso é jeito de falar comigo? Que falta de respeito!
- Falta de respeito é da Senhora! Cria vergonha na cara mãe, para de falar da vida dos outros!
- Isso vai! Começa a me maltratar de novo! Aliás nunca tive valor pra ti mesmo! Se eu cair dura aqui agora tu nem vai ligar!
- Já acabou ?
- Aí! Não digo mais nada também!
- É? Vamos ver por quanto tempo!
- Olha lá a Tônia Para-choque se exibindo arrumando aqueles carros, ela não tem um pingo de noção né?
- Ela não tá sozinha!
- É ? E quem mais?
- Estou olhando pra ela.
Edna se cala, e entra no quarto, Camila fica irritada pelos comentários indelicados de sua mãe. No outro lado da rua estava Tônia Para-choque de macacão, com as mãos com graxa, cabelo preso rabo de cavalo, de óculos, ela tem três ajudantes, Nando, Natiel e Abner, e os mesmos estavam babando por ela enquanto apenas ela trabalhava, até que num grito os três voltam do devaneio.
- O bonitos ! Só eu trabalhando e os queridos olhando, depois tem a cara de pau de dizer que estão cansados, mas não fazem nada! - Tônia Para-choque
- Não é isso Tônia, a gente tava admirando você trabalhar! - Natiel
- É? Então me admira pegando uma chave de roda automático e desparafusar para trocar que o dono do carro logo logo vem aí pra pegar o carro! - Tônia
- Pode deixar, tudo o que você mandar eu faço! - Abner
- Puxa saco! - Nando
- Tá! Favor! Mexam se !
- Ok! - Disseram os três
Entre os três Abner era o mais dedicado ao trabalho na mecânica, isso se dá pelo fato dele ser apaixonado pela chefe, que não tinha comparação. Muitos a confundiam com a Digital Influencer Bifão pois a semelhança é absurda, mas é apenas uma mera semelhança. A vó de Tônia estava procurando Brigites, para quem não sabe era a sua gata.
- Brigiteeees ! Cada você minha filha? Onde você tá? Vem com a mãe vem!
- Vó, a Brigites foi levada pra veterinário!
- Atah por isso que ela não me escuta, fiquei chamando ela, e ela nem aí pra mim, peguei no colo e ela nem miou, achei estranho até o cheiro não parecia dela!
- Mas que hora foi isso?
- Faz uma meia hora mais ou menos.
- E onde a senhora pegou a gata?
- No pátio dos fundos, por que?
- Vó, não era a gata era o guaxinim morto!
- Aí meu Deus, eu até beijei aquele bicho que nojo!
- Hahaha
- E tu ri aínda?
- Vamo ri pra não chorar.
Tônia ri da proeza que sua avó Carmen fez, e Carmen lava a boca com Desinfetante para sair às bactérias do animal morto.
Do outro lado da cidade, estava Deusa a beira do muro do orfanato observando o mesmo garotinho, aí chega Ilca.
- Ele é seu parente? - Ilca
- Não! - Deusa
- Filho de um amigo?
- Nem isso!
- Tem alguma relação com aquele guri?
- Tenho, uma muito forte!
- o que ele é seu ?
- Ele é ...
Deusa pensa se realmente vai falar para a beata o que realmente tem haver com aquele pequeno, mas já viveram coisas juntas, e Ilca ganhou a amizade de Deusa, ela decide contar.
- Ele é meu filho!
- Seu filho?
- Sim!
- Mas porquê não o pega e leva para a casa?
- Porque quando ganhei ele na maternidade, o pai pegou a guarda do filho, alegando que eu era mulher da vida, o juiz deu a guarda pra ele, eu não podia nem chegar perto do meu filho, por causa dele. Mas logo ele morreu de uma doença, e sem parente nenhum a criança veio parar aqui, eu não posso ficar com a guarda dele, aliás nenhuma das minhas amigas pode pelo fato da nossa profissão.
- Entendo você, mas pensa pelo lado bom, ele não tá sendo maltratado, ele come e dorme bem, estuda, brinca com os amiguinhos.
- Só queria abraçar ele e dizer o quanto eu o amo.
Ele é muito especial pra mim .
- Olha se você quiser eu entro na justiça pra pegar ele, e você o vê quando quiser ele pode mora até com você.
- Sério? Faria isso por mim?
- Pra uma mãe vale tudo por seu filho, sim eu faço sim, se é pra unir esse laço incrível de amor de mãe.
Ilca vai entrar na justiça para conseguir a guarda provisória do filho de Deusa, e Deusa começa a notar que Ilca quer realmente ser sua amiga e não uma simples conhecida. Ilca acompanhou de perto o drama das garotas, e como um incentivo e força ela decide ajudar as gurias.
Serena caminha na rua e se depara novamente com o gato preto caminhando na outra quadra, porém desta vez sozinho. Ela estranha mas segue viajem, ela começa a sentir olhos a observando, mas esses olhos não eram do gato, ela olha pra trás e está o encapuzado a observando, e ela se desespera e começa a correr.
Léo, vai até a praça e anuncia, a passeata pela floresta em defesa dos direitos naturais e também para investigação e apuração de pistas, muita gente se oferece para a mesma, e Léo fica contente em ver que o começo de seu plano foi realizado com sucesso. Alguém misterioso e encapuzado caminha até a fonte de energia da cidade, e corta os fios principais, logo em seguida incendeia, cortando assim a energia de toda a cidade, tornando assim um vasto breu.
Serena apavorada com o apagão, continua a correr pela cidade até que chega em casa , ela entra e tranca a porta , e quando olha para a sala está lá o gato negro olhando cada movimento de Serena, Serena fica totalmente imóvel, e o gato olhando profundamente para ela, e no mais silêncio absoluto ouve se um miado, num jogo de olhares, Serena passa mal e desmaia.
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