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Capítulo VII

Capítulo VII

Caminho devagar na areia a espera de algum sinal, mas está tudo quieto. Lembro-me da última vez que estive neste lugar, nesta praia segurando-a em meus braços, morrendo por minha causa.

De repente, o sol que cobria o céu desaparece e imensas nuvens escuras surgem. Sons de trovoadas ecoam pelas nuvens no céu, como se estivesse prestes a cair uma chuva forte e tempestuosa. Porém eu sinto o meu poder se fortalecer cada vez mais, sinto a magia de Nyda presente em minha espada por perto e chamando por mim. Viro-me e somente então, uma mulher surge diante de mim, com o seu corpo coberto por uma capa roxa por fora e preta por dentro e o capuz da capa cobrindo a cabeça tornam o momento ainda mais intenso. Tiro a minha espada e fico em posição de ataque, ela não se intimida pelo meu movimento e continua vindo até mim.

Ela para a uns metros de mim e tira o capuz. O estrondo que soou das nuvens há minutos atrás para e o céu volta a ficar limpo e azul. Os seus olhos possuem um brilho cintilante, a cor dos mesmos é avermelhada, característica estranhamente familiar.

Ciarubra é uma grande cidade separada do resto do mundo por uma barreira mágica e invisível, a cidade é dividida em outras quatro cidades menores. Elupia – a cidade dos magos; Akron – a cidade dos feiticeiros e por fim, Yallei – a cidade das bruxas.

Todos aqui sentem a magia, alguns humanos a possuem e por isso mesmo o lugar foi separado, pois houve época em que todo o ser da Terra não dividida que possuísse alguma magia era exterminado, e os seres mágicos cada vez mais diminuíam.

A barreira mágica impede a passagem de cada ser, mágico ou não, para o outro lado, com a excepção dos anjos, demônios, e magos. Esses possuem uma magia universal, possibilitando-os de atravessar para qualquer parte do mundo.

Neste lugar, foi aqui que tudo começou. A minha prisão, a prisão de Isadora, a minha espada... Tudo.

─ É bom revê-lo Azazyel. – diz a mulher. – Eu sou Hyrtra, a pequena aprendiza de Nyda.

─ Você cresceu bastante criança. – digo enquanto devolvo a espada.

─ Foi-se um milênio desde a última vez, eu tinha doze anos. – lembro-me perfeitamente do nosso encontro, ela era só uma criança ambiciosa desejando a imortalidade, ser bruxa nunca foi o suficiente para ela – E agora você precisa da minha ajuda.

─ Na verdade eu tenho tudo controlado. – minto. Não me agrada trabalhar com ela, embora tenha tido a melhor bruxa como mestre, eu não confio nela, os ambiciosos geralmente só pensam neles mesmos.

─ Confie em mim Azazyel, Nyda foi muito mais do que uma bruxa, ela profetizou grande parte da sua trajetória pela busca por uma substituta de Isadora. – Hyrtra vira-se e caminha pela praia. Não faço outra coisa além de segui-la e escutar o que tem a dizer. – Ela confiou a mim a missão de guiá-lo, não só a você, mas também ao seu filho.

Que absurdo! Filho.

Ela sente através da sua magia o meu temor pelas suas cruéis palavras e me encara sorrindo, maquiavélica. Deve estar se divertindo com essa brincadeira.

─ Não se assuste. – ela coloca a sua mão em meu peito, e de repente, imagens de Jéssica grávida e correndo perigo surgem na minha mente. – Infelizmente para você já não podemos mudar isso, ela já carrega um filho seu em seu ventre.

As palavras que saem da sua boca de uma maneira tenra, me atingem agressivamente. Sinto os muros que levantei ao longo desse tempo em que me permiti escapar do meu passado amargurado, caírem em questão de segundos.

Isadora foi morta porque esperava um filho meu, o fruto desse amor que me consumiu por milênios. E agora, Jéssica pode estar grávida e correndo perigo. Por minha culpa.

─ Não posso arriscar perdê-la, não a ela. – falo irado. – Você precisa evitar isso.

─ Não posso – diz fria. – mas existe uma forma de manter a sua mulher e filho vivos, todavia, terá que estar pronto para dar tudo de mais valioso que possui.

─ A Jéssica é o mais valioso que possuo. – explico.

─ Além dela. - mesmo que eu me esforce para decifrar os seus mistérios eu não consigo, mas se a vida de Jéssica e do meu filho estiverem em perigo, eu prometo que darei tudo que ela exigir de mim. – Agora venha.

Usando a sua magia, Hyrtra, faz surgir o cajado de Nyda, feito de metal, cuja ponta possui uma lua vermelha. Ela o levanta e sussurra palavras em garkar*, uma língua que Nyda a ensinou e um tornado de fogo surge diante de nós, levando-nos para o antigo castelo de bruxos, onde a magia das pedras rubis foi fundida a minha espada e ao meu elmo.

Retira o capuz da sua cabeça e por fim a capa toda e a deixa sobre uma mesa ao lado do trono feita de diversos ossos. O lugar permanece imutável, tudo aqui é antigo e antes que eu perguntasse o porquê, a pequena bruxa responde esclarecendo as minhas dúvidas.

─ Este lugar possui a magia e força de cada bruxo que o habitou desde que foi construído. – explica sentando-se ao trono. – Você devia saber disso, afinal é imortal.

Observo com atenção a grande sala e com pouca luz a procura de alguém além de nós, porém não consigo sentir a presença de nenhuma alma viva por aqui. Os bruxos possuem seus truques, mas às vezes consigo me adaptar a alguns deles.

─Agora vamos ao que interessa. – falo. – Você sabe onde está a minha espada?

─ Eu sei de tudo, foi por isso que o trouxe de volta a este lugar. Não está pronto para enfrentá-las sozinho, pois você está perdendo o seu poder, por isso, primeiro terá que ficar neste castelo para recuperar toda a sua força.

─ Sabe que não posso, não tenho tempo. – rebato – Tenho que proteger as pessoas que eu amo. A Jéssica, Valentina e as filhas dela dependem de mim e, agora esse filho que terei.

Hyrtra me encara no silêncio e tão pouco reage as minhas palavras. A sua reação me deixa nervoso, principalmente irritado, decido que irei ignorá-la completamente e seguir com os meus planos. Não preciso dela, sou um demônio e tenho mais séculos de existência em relação a ela. Viro-me e caminho em direção as duas portas metálicas que dão acesso à sala do trono, entretanto, ambas fecham-se de imediato por causa do vento que quase me derruba.

─ Você não é mais o Azazyel que o mundo dos humanos conheceu. Aquele que ensinou e mostrou todas as coisas que eram secretas, feitas além desta terra. – a pequena bruxa fala com um brilho indescritível, ela mostra-se grande admiradora do meu antigo eu, como se quisesse que eu me lembrasse de todas as coisas que fiz a humanidade desde que cai. – O seu amor obsessivo por Jéssica o torna fraco e humano. A diferença entre você e a espécie que por milênios se empenhou em corromper e levar a autodestruição, agora ela é bastante pequena.

Pude ver através de suas palavras, tudo o que um dia eu fui. Meus ensinamentos aos humanos levou grande parte deles a insanidade, antes aquilo me divertia e me fortalecia cada vez mais. E foi por essas memórias que eu me dei conta que a minha maldição, a qual foi imposta a mim por causa dos meus atos considerados macabros, era a minha fonte de poder. A escuridão na qual fui condenado aos poucos deixou de fazer parte de mim á partir do momento em que Jéssica me mostrou a sua luz.

─ Essa mulher ofusca tudo que o tornava o guerreiro que foi destinado a ser. O poderoso guerreiro das trevas, o qual através dele a humanidade descobriu uma das melhores formas de domínio, a matança e a guerra. – sua voz fica cada vez mais sombria fazendo-me arrepiar. Neste momento, entre os dois, ela parece mais demoníaca do que eu. A joia esculpida em formato de lua na sua testa começa a ganhar um brilho cada vez mais intenso, assim como o sangue, e na sequência os seus olhos também. – Eu preciso daquele Azazyel.

─ Quais são os seus interesses pelo meu antigo eu? – questiono intrigado perante tamanho desejo. – Porque idiota eu nunca fui.

─ Eu tenho em minha posse todas as respostas de que precisa. Em troca, eu quero que me dê apenas uma coisa.

Questiono-me quais seriam as tais respostas que ela possui. Surge-me em mente a possibilidade de aceitar assim que souber o que ela tem a oferecer, pois sei até onde é capaz de chegar a ambição de uma bruxa obcecada por imortalidade. 

Na posição em que estou não posso fazer exigências, apenas aceitar a melhor opção que surgir para achar a minha espada e impedir Kesabel de infernizar as meninas.

─ E como você poderá me ajudar? – questiono.

─ Como eu já disse, preciso daquele anjo caído que foi condenado a escuridão. – Hyrtra caminha até mim e me encara. – Para isso, você precisa deixá-la preenchê-lo novamente. A escuridão é a sua fonte de poder. Quando você foi condenado a ela, foi-lhe dado o poder para dominá-la e você, Azazyel, é muito mais poderoso do que imagina. – enquanto a pequena bruxa fala, o clima que completa a sala do seu trono fica cada vez mais gelado e o lugar em si mais escuro do que já estava. Eu reconheço ser arriscado demais confiar nela, porém eu preciso dela para derrotar Kesabel e acabar com os seus planos malignos para com a Jéssica e a Valentina. – Tudo o que você precisa fazer é renunciar ao seu amor por Jéssica pela escuridão que o guiou em suas jornadas, muito antes de conhecer Isadora.

─ Mas se faço isso por Jéssica, por que terei que renunciar ao amor que sinto por ela?

─ Ao longo dos seus milênios, você, Azazyel deve ter percebido que os humanos que amam verdadeiramente sabem renunciar o que mais desejam em suas vidas curtas por algo que eles chamam ‟o bem maiorˮ. Embora para mim tal ato seja sinônimo de desistência, eu acredito que possamos neste momento levar em consideração a essa atitude. –finaliza a sua frase e usando a sua magia, ela abre as duas portas e se retira da sala.

Assim que Hyrtra deixa o lugar, tudo fica mais leve, como se por detrás daquela beleza, que às vezes se torna assustadora, tivesse muito mais escuridão do que eu algum dia possui. E isso me faz perceber de que eu, não sou mais o demônio de antes.

Sigo o mesmo corredor que a bruxa, mas no final do mesmo, eu desvio o caminho seguindo em direção à varanda que dá visão de toda a região de Ciarubra, a cada uma das três cidades. O castelo foi construído nesta floresta há mais milênios do que muitos contam, por isso, a sua magia pode ser sentida por qualquer um que caminhe a redores do mesmo. Todo mundo sente o poder que flui por aqui, seja mago, feiticeiro, bruxo, ou até mesmo humano, porém apenas alguns manipulam essa magia sem a intenção de fazer o mal.

Suspiro tentando livrar a fusão de emoções humanas que sinto e penso se existirá uma forma de recuperar a minha força, enfrentar Kesabel e Isadora sem renunciar ao que sinto. Depois de tudo eu não posso me render dessa forma e desistir do meu amor por Jéssica, não depois de todo o trabalho que tive para gostar de alguns humanos para além dos meus amigos. 

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