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04/07/2022
As Olimpíadas de Quintessência começam exatamente hoje à noite; nos foi dado o dia inteiro de folga por causa disso. Pelos últimos três meses, tudo o que viemos estudando foi relacionado ao uso dos nossos poderes para os jogos. Tivemos que adiantar várias matérias que veríamos apenas no segundo semestre do ano. Acho que nunca estudei tanto em minha vida. Mas, finalmente, o verdadeiro desafio começa.
Foram três meses treinando terra, água, fogo e ar. Depois de todo esse tempo, estou com ótimo controle sobre os elementos, o que já alivia meu estresse para as olimpíadas. Mas os elementos não são mais o principal problema do momento.
– O truque que vou ensinar a você é extremamente difícil, que só os seres do ar mais habilidosos conseguem performar – diz Sarah, me fazendo olhar para ela. – Me levou minha vida inteira para aprendê-lo e ainda há momentos que consigo falhar.
– Para um ser do ar que só descobriu seus poderes três meses atrás, isso é muito reconfortante – digo sarcasticamente.
– Yep, eu imagino, mas você tem mandado bem, é capaz de aprendê-lo mais rápido que o normal – diz ela, me dando um leve soco no ombro.
Deixo crescer um leve sorriso em meu rosto. Além da água, ar tem sido o elemento mais fácil de aprender, graças às aulas da Sarah. Qualquer pessoa que a conheça no dia a dia, não diria que ela tem tanta habilidade com ensino, por causa de sua natureza desapegada e festeira.
– Bom, qual é o truque? – pergunto.
– Uma das características da personalidade de seres do ar é a liberdade. Alguns de nós conseguem ser tão livres quanto às coisas da vida que são capazes de se desprender das correntes que nos mantém presos ao chão – responde ela, se virando de lado –, o que nos dá a habilidade de voar. – Sarah é erguida do chão lentamente, me deixando surpreso.
Eu a observo com a boca aberta, vendo o vento balançar seu cabelo preso num coque e suas roupas. Já ouvi falar dessa habilidade, li em algum livro também, mas nunca havia conhecido ninguém com ela.
– Por que nunca nos contou que podia fazer isso?! – pergunto a ela. Sarah sorri e se coloca de volta ao chão.
– Como eu falei, é uma habilidade difícil, muito rara. Não quero que outras pessoas pensem que estou me amostrando, então, prefiro manter em segredo – responde ela. – Mas definitivamente é útil em algumas situações específicas.
Minha mente é levada para alguns meses atrás, ao dia que lancei o Encantamento da Faísca, que é como resolvi chamar o feitiço que está no livro antigo. Nas duas vezes que interagi com aquele livro, objetos ao meu redor começaram a flutuar.
Olho ao meu redor, vendo os objetos intactos no ar. Talvez eu não devesse ter lançado esse feitiço, não deveria mexer com o que não entendo. Se qualquer outra pessoa entrar aqui agora, não vou saber como explicar isto.
Vejo a maçaneta da porta girar e ela se abrir, fazendo meu coração acelerar com o susto. Tento correr para barrar a porta de ser aberta, mas acabo tropeçando e caindo no chão; ainda estou fraco.
– Hansel! – Ouço uma voz vinda da entrada.
Passos se aproximam rapidamente de mim e sinto mãos em volta do meu corpo. Só quando olho para o rosto da pessoa que sou capaz de reconhecê-lo.
– Enji... – digo com voz fraca.
– O que aconteceu?! O que você fez?! – pergunta ele assustado. Enji me puxa para uma das camas, não sei dizer de qual, e me ajuda a me sentar. – O seu nariz está escorrendo sangue, Hansel!
Sinto, então, o gosto ruim do sangue adentrar minha boca, vindo de minhas narinas. Não havia percebido antes de Enji mencionar. Sinto, então, um pano ser passado onde o sangue escorre. Tudo ao meu redor parece estar girando, nunca estive tão tonto na vida.
– O livro... – tento falar. Sem forças, fecho meus olhos e ouço o som de objetos caindo no chão.
Por um momento, me sinto desconectado da realidade. Tudo escuro, apenas ouço vozes diferentes, vozes que não consigo identificar. E assim, fico, por minutos, horas, dias, semanas, não sei dizer. Até que, enfim, um surto de energia vem ao meu corpo novamente e abro os olhos num espasmo.
– Ei! Está tudo bem! – Ouço a voz de Enji. Percebo estar ainda na mesma posição que estava quando ele me colocou na cama, porém, está com seus braços em volta de mim, me abraçando.
Meu coração bate forte, na adrenalina de perceber onde estou e o que está acontecendo. Olho em volta, o quarto está uma bagunça, como se um furacão tivesse passado dentro dele. Me desencosto de Enji e suspiro profundamente, olhando para ele, que não muda sua expressão de preocupação.
– Por quanto tempo eu...
– Uns cinco minutos, acho. – Enji me interrompe. – Agora, você poderia me explicar o que fez nesses menos de dez minutos que deixei você sozinho com aquele livro?!
– Lancei um feitiço – respondo. Enji franze suas sobrancelhas.
– Cara, sério, no dia que você usar seus poderes e não explodir alguma coisa, vou te dar um prêmio! – diz ele. Reviro meus olhos, aborrecido.
– Por que você voltou mesmo? Eu disse que precisava ficar sozinho – digo em tom leve.
– Bom, eu estava na rua, até ver o vidro da janela do nosso quarto ser espedaçado para fora. Vim correndo – responde ele. – E ainda bem que vim, sabe lá o que teria acontecido com você se eu não estivesse aqui!
– Oh, por favor! Eu sou um ser da água, não me machuco, lembra? – digo, me levantando da cama.
– Hansel, isto é sério! Até eu sei que é! Por que está sendo tão imprudente? Geralmente você que pensa duas vezes antes de fazer algo! – diz Enji, se levantando da cama também.
Por um momento, sinto meu sangue ferver e se espalhar pelo meu corpo.
– Você não sabe como é para mim! – respondo gritando. Os objetos no quarto balançam levemente e as luzes piscam. Enji dá um passo para trás, assustado. Eu faço o mesmo, não tinha a intenção de causar isso.
Nós dois ficamos em silêncio por um momento. Eu me sento em minha cama, me sentindo culpado por gritar com ele. Enji está certo, eu não sou imprudente assim, não devia ter agido sem pensar. Tudo está acontecendo tão rápido, parece que não consigo mais ter um minuto de pensamentos de paz, só o que sinto é pressão.
– Tem razão, não sei como é – diz Enji, se aproximando de mim e se sentando ao meu lado. – Por que você não me conta, então?
Sinto minhas emoções sendo jorradas para fora. Tento contê-las ao máximo, mas não consigo. Aos poucos, elas vão saindo, no formato de lágrimas que escorrem de meus olhos. Vejo a luz de relâmpagos brilharem do lado de fora, enquanto o vento frio adentra nosso quarto.
– Algo me diz que tudo está conectado. As olimpíadas, meu pai, os seres do fogo que atacaram a universidade, as pessoas que tentaram me sequestrar, os animais fora de controle, Aquele da Destruição e o livro. Sinto que é tudo parte da mesma história – começo a falar, sem saber exatamente como estou me expressando, apenas deixo meus pensamentos saírem. – Mas não consigo criar nenhuma conexão entre tudo isso além de uma...
– Qual conexão? – pergunta ele. Sua voz me conforta, porém, não o suficiente para afastar o meu maior medo.
– Eu – respondo finalmente. Enji me olha confuso.
– O que está tentando dizer, Hansel? – pergunta ele.
– Eu sou a pessoa com seis poderes. Tentaram me sequestrar, atacaram nossa universidade provavelmente por minha causa. As olimpíadas foram adiantadas para o primeiro ano por causa disso, me forçando a participar e satisfazer a expectativa do meu pai e do Conselho. Os animais vieram até mim, o livro que conta sobre Aquele da Destruição foi trazido até mim. Não tem como ser só coincidência! – digo de uma vez. – Eu sou a pessoa trazendo caos para todos ao meu redor.
– Hansel... – Enji toca meu rosto gentilmente, me fazendo olhar para ele. Sinto um nó em minha garganta, as emoções dentro de mim fervem como água, fazendo meu peito doer e esquentar. Mas seu rosto, seu olhar de compaixão e amor. Posso ver o quanto ele se importa comigo. – Isso não é verdade! Você não está causando caos para ninguém! Nada disso foi sua escolha! Você não pode se culpar por aquilo que não pode controlar! Eu melhor que ninguém sei.
– Como...? – pergunto curioso.
– Quando era adolescente, costumava culpar a mim mesmo por ter sido abandonado por minha mãe – responde ele, desviando seu olhar de mim. – De alguma forma, acreditava que era minha culpa. Devia ter algum defeito que fez com que ela não me quisesse.
– Eu não sabia que se sentia assim... – digo, pensando sobre o assunto. Todo este tempo, tudo tem sido só sobre mim, nunca parei para pensar nas dores de Enji. Estive sendo egoísta sem perceber.
– Está tudo bem, já faz um tempo – diz ele, voltando a olhar para mim. – Às vezes, ainda sinto isso, mas, então, me lembro do que aprendi um tempo atrás: se sou rejeitado, não é porque há um problema comigo, necessariamente. Talvez, a outra pessoa simplesmente não queira. E no seu caso, não é por que algumas coisas giram ao seu redor que tudo que der errado vai ser sua culpa. Você está fazendo o seu melhor, não está?
– Sim, estou – respondo.
– Isso é o que importa. – Enji me puxa para mais perto e beija minha testa, me envolvendo em seu abraço.
Passamos um tempo assim, juntos. Logo, o frio do vento já não importa mais, pois o calor de seu corpo compensa. Olho para fora da janela, as nuvens de chuva estão ficando escuras, uma tempestade está vindo. Mas não me sinto mais com medo, Enji é o meu sol e está comigo, me mantendo seguro.
Depois de lançar aquele feitiço, meus poderes começaram a aumentar muito. Achei que estava começando a afetar a gravidade de alguma forma, mas vai um pouco mais além do que isso. A luz azul que é emitida de meu corpo não é uma luz qualquer, é quintessência em formato de energia cósmica. Eu sei porque afeta eletrônicos. Quando o ambiente é elevado em energia cósmica, sou capaz de interagir com a quintessência presente em átomos de objetos, fazendo-os flutuar assim como faço com a água, terra e ar. Em outras palavras, é como uma telecinese dos filmes. Estive fazendo o possível para manter essa habilidade escondida.
Agora que Sarah está mencionando a habilidade de flutuar, me pergunto se seres do ar são capazes de fazer algo parecido com o que faço para levantar seus corpos no ar. Se for o caso, corro o risco de levantar não só meu corpo...
– Bom, então, como exatamente isso funciona? – pergunto finalmente.
– Para conseguir flutuar, você precisar deixar sua mente livre de preocupações, livre de emoções negativas. O mundo não existe mais, é só você e o vento. Precisa sentir o ar ao ser redor, se tornar como o ar: leve – responde ela. – Depois, é só empurrar o vento para onde quer que ele leve seu corpo.
Fecho os meus olhos, sentindo o vento soprando sobre meu corpo. Tento afastar de minha mente minhas preocupações, meus medos, toda a pressão que sinto em meus ombros, me tornando um com o vento, leve.
Quando faço o vento soprar sobre meu corpo, empurrando-o para cima, meus pés não saem do chão. Abro meus olhos, percebendo que não saí do lugar.
– Bom... Nada aconteceu.
– Não se preocupe, parece simples, mas nunca acontece como pensamos! – diz ela, rindo. Sarah olha para seu relógio, conferindo a hora. – Olha só, está quase na hora da abertura das Olimpíadas. É melhor nos apressarmos para ir. O treino de hoje rendeu!
– Sim, acho que sim – digo pensativo.
Se tornar um com o vento, leve. Com tudo o que vem acontecendo, será que vou ser capaz de me desapegar das preocupações da terra? Não me surpreende que essa habilidade seja tão rara, não é qualquer um que consegue não ser afetado por coisas do dia a dia.
Mas posso dizer que gosto do conceito dessa técnica. Se tornar um como vento, desapegar. Um com o seu poder...
Estamos todos reunidos para a abertura das Olimpíadas de Quintessência na arena esportiva da cidade. Todos os estudantes que irão competir estão aqui obrigatoriamente, enquanto os que não irão têm a opção de simplesmente não vir; porém, não podem sair do campus da universidade, como forma de proteção. É por volta das 17h agora, o sol ainda está se ponto.
As Olimpíadas irão durar o mês inteiro, porém, as competições dos alunos do primeiro ano durarão somente a primeira semana. Depois disso, serão anunciados os vencedores. Há muitos outros alunos de outras universidades aqui, não sei dizer com quantas pessoas cada um de nós vai ter que competir num único dia.
Como a arena é extremamente grande, será possível que várias modalidade sejam apresentadas ao mesmo tempo. Enquanto combate com elementos acontecer em uma área de um lado, atletismo estará acontecendo do outro. Essa foi a forma que encontraram de fazer tudo no período de uma semana. Funciona assim há bastante tempo, já.
– Está nervoso? – pergunta Enji, sentado ao meu lado. Nós todos decidimos nos sentar próximos durante a abertura, já que mal teremos tempo para nos ver quando os jogos realmente começarem.
– Eu estou animada, parceiro! – diz Sarah ao lado de Enji antes de eu falar algo. Ela agarra os ombros de Enji e o balança.
– Ei, ei, ei! Desencosta! – diz ele aborrecido.
Solto uma leve risada. Estou um pouco nervoso, porém, a atmosfera de estar com meus amigos deixa o clima mais leve.
– Eu estaria nervosa no lugar dele – diz Helena, se olhando em seu espelho de bolso. – Mas, como não estou, está tudo numa boa.
– Você é sempre tão sensível, Helena... – diz Caio sarcasticamente, sentado ao meu lado. – Não ligue para ela, Hansel, você vai ficar bem.
– Só estou sendo honesta, Hansel é doido de escolher a modalidade de luta para participar – diz ela, fechando seu espelho e olhando para mim. – Sério, você se sairia tão bem nos jogos mentais, ainda assim escolheu o mais arriscado!
Ela não está errada. Sabia do risco que estava correndo quando escolhi entrar na categoria de combate. Porém, tenho meus motivos para tê-la escolhido.
– Boas-vindas à nossa octogésima primeira edição das Olimpíadas de Quintessência! – Uma voz soa dos alto-falantes da arena, chamando a atenção de todos para uma plataforma montada exatamente ao meio dela; é a plataforma que acontecerá o combate a partir de amanhã. Eu conheço muito bem essa voz. – É uma honra estar aqui com vocês em mais um ano como subcoordenador deste evento...
– Ainda acho difícil de acreditar que seu pai esteve nessa posição por pelo menos uns dez anos – diz Enji, me fazendo olhar para ele.
– Ele é o diretor da universidade que proporciona a maior parte dos alunos para competir, então, as únicas pessoas com mais poder sobre as olimpíadas do que ele são as do Comitê Olímpico da ilha e o presidente – digo, voltando meu olhar para meu pai, que continua seu discurso.
Desde minha última reunião em sua sala, não falei mais com ele. Papai tem feito exatamente o que disse para fazer, se mantido longe de mim e dos meus amigos. Mas isso não é suficiente, eu quero que ele me veja na arena, quero que ele veja que suas tentativas de bloquear meus poderes deu errado, por isso escolhi o combate. Eu vou lutar contra qualquer adversário e vou ganhar apenas usando água. Vou mostrar a ele que estou, sim, no controle.
Por um momento, vejo papai olhar para a direção de onde estou sentado. Ele se manteve distante, mas sei que jamais tirou seus olhos de mim. Conheço meu pai o suficiente para saber que ele jamais me deixaria fora de vigilância. Se ele não fez nada ainda é porque não fiz nada que precisasse de sua intervenção. Mas assim que fizer, ele vai saber.
– [...] Espero que este seja um tempo de entretenimento para todos e que o espírito esportivo esteja em nós. Que os jogos comecem! – finaliza ele.
As pessoas sentadas nas arquibancadas todas comemoram com gritos a abertura das olimpíadas. O show, então, começa.
– Esta é umas das minhas partes favoritas! – diz Helena.
Quatro seres-éter, um de cada elemento, entram na arena, performando truques com seus poderes, fazendo todos assistindo vibrarem em emoção. Todos, exceto por mim. Eu não me importo com os jogos, nunca me importei. Mas me importo com o que eles representam para mim. A pressão que eles colocam sobre meus ombros e o que significaram quando verem que eu sou capaz de aguentá-la.
O ser do fogo lança chamas no ar, fazendo-as tomar o formato do brasão da U.S.E. Logo em seguida, o ser da água faz o mesmo, porém, mostrando o formato da bandeira da ilha. Eu sei que eles são, acho que todo mundo sabe, na verdade. São os quatro atletas mais poderosos da ilha, cada um com uma carreira já montada e apreciada.
Após terminarem seu show, os atletas saem e uma mulher sobe na plataforma do meio, ela é a chefe do Comitê Olímpico. As pessoas voltam a se sentar em seus lugares, enquanto ela começa seu discurso, contando sobre a história das olimpíadas e como tudo surgiu.
Olho ao meu redor, observando os alunos animados, todos prontos para os jogos. Eles não sabem o que se passa nos bastidores de todo este evento, nem mesmo eu sei. Só sei o que é conversado na universidade. Ainda assim, sei que o motivo pelo qual estamos competindo é por causa do ataque. Os que estão animados, não tem noção de que tudo foi feito a partir de uma situação de emergência.
Já tive a chance de pesquisar sobre a história das olimpíadas. Muitos livros de história mascaram o evento como algo feito para trazer o espírito esportivo ao povo. Porém, revistas antigas ainda existem hoje em dia, apesar de raras, elas mostram o verdadeiro gatilho que causou o evento. Segunda Guerra Mundial, o presidente da ilha precisava de pessoas capacitadas em combate para lutar na guerra. As olimpíadas eram mais como um filtro para separar os bons dos ruins, um campo de treinamento. Foi assim que a U.S.E. foi criada, para início de conversa.
Tudo funciona como uma mensagem ao restante dos países para evitar guerras com nosso país. Se tentarem, terão que lidar com um exército de seres-éter com poderes treinados para todo tipo de combate. É tudo sobre política.
– Você está quieto demais, Hansel – diz Enji em meu ouvido, me fazendo desperta de meus pensamentos.
– Só estou perdido nos pensamentos – respondo sem olhar para ele.
– É exatamente esse o problema, quando você fica pensando demais, quer dizer que vai ter confusão depois – diz ele. Olho para Enji aborrecido. – Desculpa, mas é verdade.
Decido não responder, apenas volto a observar os discurso da presidente do comitê. As horas logo vão passando, seguidas de apresentações e mais apresentações, cada uma recheada de animação das pessoas das arquibancadas. Logo chegamos ao fim, quase às 20h.
– As olimpíadas finalmente começaram, senhor. Como devemos prosseguir daqui para frente?
– Mantenham tudo de acordo com o plano. Certifiquem-se de que o garoto chegue na final, não importa o custo.
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