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1.17 | Olimpíadas

21/03/2022

Dor... Tanta dor... É só no que consigo pensar agora.

Movo minha cabeça de um lado para o outro, cobrindo meus olhos com meu braço, tentando evitar a ardente luz do sol vinda da janela. Eu não faço ideia de que horas sejam agora; e sinceramente, não quero saber, só quero passar o dia inteiro aqui. Não deveria ter bebido tanto ontem, nem mesmo me lembro como acabei chegando nos dormitórios.

– Bom dia, raio de sol! – ouço a familiar voz vinda de algum lugar do quarto; é claro, esqueci de que não vivo aqui sozinho...

– Bom dia, Hansel... – respondo desanimadamente, não com ele especificamente, mas com minha situação atual.

– Segunda-feira, mais uma semana de aula se iniciando! – Sua voz soa mais cheia de energia do que o normal, é até estranho vindo dele. Mas não sei dizer se isso é algo positivo ou não... – A próxima será às 9h, você tem uma hora para se arrumar! – Sinto algo feito de tecido ser jogado em cima de mim, parece ser uma toalha.

– Eu preciso mesmo ir para a aula hoje...? Minha cabeça está girando... – Uso a toalha para cobrir meus olhos com mais eficiência.

– Oh, puxa! Será que o ser humano precisa de água para viver?! Será que seres do fogo são capazes de criar fogo do nada?! Pare de fazer perguntas bestas e se arrume, ou vai se atrasar! – Ouço o som da porta do quarto invadir meus ouvidos, causando mais dor ainda à minha cabeça. Bem, eu suponho que a energia na voz dele não seja de bom humor...

Suspiro profundamente, ainda juntando o máximo de forças que tenho para me levantar. Se eu matar aula hoje, Hansel vai ficar no meu pé pelo resto da semana; não seria muito saudável para minha sanidade. Vamos lá, eu não preciso prestar atenção na aula, não é? Só tenho que estar lá. Fingir estar ouvindo. Isso vai deixá-lo feliz.

Aos poucos, coloco um pé para fora do colchão. Depois, o outro. Até estar totalmente de pé; apesar de sentir que a minha alma ainda está lá, deitada. Parece que o mundo inteiro está girando, havia me esquecido de como era a sensação da ressaca.

Certo. Tudo certo! Só mais um início de semana, mais cinco dias para conquistar! Moleza!

Ando até a cômoda, para pegar roupas limpas. Assim que chego em frente a ela, me deparo com meu reflexo no espelho. Cabelo bagunçado, cara amassada, parece que saí direto de um filme de terror... Espero que uma hora seja suficiente para ficar ao menos apresentável na hora de sair. Acho que vou ter que pular o café da manhã.

Olho para baixo e percebo uma garrafa com água sobre a cômoda, a garrafa de Hansel; ele deve ter esquecido de levá-la. Vou precisar de bastante água hoje. Pego a garrafa e mando para dentro um grande gole, na tentativa de que isso me ajude a acordar.

Está com um gosto estranho, meio salgado...

Não me atrasar para a aula de hoje não será o maior dos meus problemas, aparentemente. Tudo ao meu redor parece estar mil vezes mais luminoso, barulhento, perturbador. As vozes dos alunos andando pelas calçadas da universidade, a luz do sol, tudo está fazendo minha cabeça girar. Quanto eu bebi ontem?!

Enquanto ando em direção à entrada do prédio principal da S.E., vejo um amontoado de jovens em frente ao quadro de avisos; estão discutindo sobre alguma coisa. Assim que vejo Hansel e meio a eles, me aproximo para saber o que está acontecendo. Coloco minha mão levemente sobre seu ombro, fazendo-o olhar para mim. Não consigo decifrar se está aborrecido ou não, pois sua expressão, como na maioria das vezes, está neutra.

– O que está rolando? – pergunto.

– Novo anúncio da administração – responde ele sem desviar seu olhar do quadro.

Levando minha visão ao anúncio que ele observa, entendo por que tanta comoção de todos os alunos: "Preparem-se, alunos, a temporada das Olimpíadas de Quintessência está vindo!" Olho em meu celular, no aplicativo da universidade, e está lá também. Está acontecendo mesmo.

Antes que eu consiga dizer alguma coisa, Hansel se move para longe do grupo, entrando no prédio. Eu me apresso para acompanhá-lo.

– Ei, ei! Espera! – digo, tentando alcançá-lo, mas Hansel não para. – Você sabia das Olimpíadas?

– Todo mundo sabia das Olimpíadas, Enji, é uma tradição, lembra? – responde ele.

– Sim, sim! Mas você viu o que o anúncio falava sobre o primeiro ano, não? Sabia disso? – pergunto. Hansel para de andar bruscamente, me fazendo quase esbarrar nele.

– Sim, eu sabia! – responde ele, se virando para mim. Sua expressão, dessa vez, é viva, emotiva. Posso ver a preocupação em seus olhos. – Só não esperava que fosse tão cedo...

Enquanto estamos parados no corredor, alguns alunos passam olhando para nós, cochichando uns para os outros. Mais especificamente, cochichando sobre Hansel. E mesmo que ele não demonstre, tenho total certeza de que está frustrado em relação a isso.

– Entendo... – deixo escapar de meus lábios em voz baixa.

– Os alunos do primeiro ano têm obrigação de estar no estádio das olimpíadas para assistir, assim como também tem permissão para competir. Mesmo que competir não seja obrigatório, você consegue ver os olhos deles sobre mim, não é? – pergunta Hansel, apontando com os olhos para os alunos ao redor.

– Expectativas... – digo, compreendendo a situação.

– Exatamente. Como filho do diretor e aprendiz de sucessor, eu devo sempre estar integrado nas atividades importantes da S.E., incluindo minha participação nos jogos – diz ele, suspirando.

– Mas eu não consigo ver como isso pode ser algo ruim! Vamos estar em constante treinamento, vai ajudar você a aprender mais sobre os seus poderes! – digo, tentando trazer o lado positivo da situação.

– O treino ou as expectativas dos alunos não são o problema, Enji... – diz ele, suspirando aborrecidamente. – São as olimpíadas em si! Os jogos são muito mais intensos que os treinos, vão além de tudo o que a gente já viu! E eu tenho seis poderes diferentes para controlar. E se por acaso acabar levantando uma rocha do chão em vez de atirar água durante um desafio?

– Então, você tem medo de que acabe sendo descoberto enquanto participa das olimpíadas, é isso? – pergunto.

– Bom... Sim! – responde ele finalmente.

O sino perto de nós toca, indicando que estamos no horário de início da aula, já. Nós dois andamos em direção à sala.

– Você tem conseguido ótimo controle sobre outros elementos, Hansel, não acho que deixaria algo passar durante os jogos – digo, tentando animá-lo.

– Eu mal peguei o jeito de dobrar a terra, ainda, tenho um longo caminho pela frente até estar certo de que estou no controle – responde ele. Nós dois continuamos andando, sem dizer mais nada.

Ele está certo, ainda não passamos para o nível de fogo e ar. Mesmo que um ser-éter não saiba como controlar seu elemento, não quer dizer que ele não possa ser manifestado inconscientemente durante um momento de emoção intensa. Um acidente pode, sim, acontecer... A menos... que ele tenha total controle até o início das Olimpíadas...

– E se... nós não treinarmos um elemento de cada vez, mas todos eles ao mesmo tempo? – pergunto a ele. Hansel me olha com confusão.

Hansel e eu chegamos, finalmente, à sala de aula.

– Como assim? – pergunta ele, colocando sua mochila ao lado de sua carteira e se assentando.

– Se montarmos uma rotina de treino, um elemento em cada dia, poderemos ensinar todos eles ao mesmo tempo para você! Vai adiantar as coisas para quando chegar nos jogos – respondo, fazendo o mesmo que ele. – Nós podemos ensinar pelo menos o básico, para que você não perca o controle.

– E se essa ideia não funcionar? – pergunta ele preocupado.

– Bom, não há nenhuma regra dizendo que você precisa aprender um elemento de cada vez, não é?!

– Esse não é o-

– Bom dia, meus alunos! – Professor Ivor adentra a sala, com seu clássico humor, fazendo os alunos se aquietarem em seus lugares. Hansel e eu paramos de conversar e nos voltamos a ele.

Eu realmente acho que essa ideia vai funcionar. Só precisamos acertar as rotinhas com Sarah, Helena e Caio para que cada um possa ensinar o que sabem ao Hansel em cada dia da semana, enquanto ele aprende a água na universidade. E o fogo... Bom, esse é comigo...

Acabo, então, percebendo o que fiz. Adiantei as aulas de dobra de fogo que vou dar a ele. Droga, não havia me lembrado disso!

Mas está tudo bem... Eu preciso ser mais corajoso do que isso, há muita coisa em jogo. Como o atendente do bar me disse, se Hansel é mesmo meu amigo, não vai me descartar caso não consiga ajudá-lo mais do que pretendo. Coragem, Enji! Hora de ter coragem!

– Então, seu plano é que cada um de nós treine Hansel em um dia da semana? – pergunta Sarah. Nós todos estamos reunidos em nosso quarto, à noite, depois do jantar. Enji levou um tempo para explicar a ideia a eles, mas acho que entenderam.

– Exatamente! – confirma Enji. Eu tive que ajudá-lo a criar uma rotina de treino para mim mesmo, já que Enji não é uma pessoa das mais organizadas. Já que sei a agenda acadêmica de todos eles, não foi complicado, especialmente por minha agenda também já estar adaptada para os treinos de dobra da terra.

– Bom, eu apoio. Vai até facilitar as coisas para mim, já que não vou ter que treiná-lo todos os dias – diz Caio, balançando seus ombros.

– Eu também estou de boas! – diz Sarah. – Já até tinha pensado em como começar, só estava esperando que vocês me desse o sinal.

Nós todos olhamos para Helena, que está com seus braços cruzados, pensando. Ela havia concordado em nos ajudar antes, mas agora que os preparativos para as Olimpíadas vieram mais cedo, a pressão sobre os ombros dela vai estar maior do que o previsto. A agenda dos seres psíquicos é a mais apertada de todos nós, já que eles têm um tratamento diferente de seres elementais, por serem mais raros. Por esse mesmo motivo, a expectativa da participação nos jogos de estratégia das Olimpíadas de seres psíquicos também é bem grande, quase todos sempre participam.

– O quê? – pergunta Helena, olhando para cada um de nós.

– Você vai nos ajudar? – pergunta Sarah.

Helena olha para mim, deixando um suspiro sair. Me sinto um pouco mal por dar tanto trabalho a eles assim. Durante toda a minha vida, sempre fui capaz de fazer tudo por conta própria, ser a pessoa que resolve os problemas, a carta coringa, que sempre conserta tudo no fim. Mas desta vez, sou eu quem preciso dessa ajuda. É frustrante, muito frustrante, mas preciso.

– Tudo bem! – diz ela, finalmente, revirando seus olhos e se dirigindo a mim. – Mas só porque é você!

– Obrigado – digo aliviado, mas tentando não deixar transparecer.

– Ótimo! – Enji bate uma única palma. Ele abre sua mochila e tira de dentro um caderno, que contém a escala impressa em três folhas soltas. – Nossa nova agenda de treinos deve começar nesta semana, ainda. Não podemos perder mais nenhum tempo. – Ele entrega uma folha para cada um dos nossos três amigos.

Enquanto olho para a mochila de Enji, algo chama a minha atenção.

– Aquela é a minha garrafa de água? – pergunto, fazendo-a flutuar para fora da mochila e trazendo-a a mim, usando a água dentro.

– Oh, eu ia dá-la a você durante a aula, mas acabei esquecendo – diz Enji, sem prestar muita atenção.

– Você não bebeu a água que estava aqui de manhã, né? – pergunto, olhando para ele. Enji de repente olha para mim, mostrando preocupação.

– Por que a pergunta...? – Sua voz soa hesitante. É claro que ele bebeu, Enji não é do tipo que costuma pensar antes de agir.

– Oh, nada de mais, era só a água que eu usei para limpar você ontem, já que havia derramado álcool por todo o seu corpo – respondo casualmente, tentando manter minha vontade de rir contida.

Helena Sarah caem na risada, enquanto Caio tenta fingir não achar graça. Já Enji, sua expressão de desgosto se sobrepõe. Queria poder filmar sua reação agora, sua cara é impagável!

– De repente, acho que estou com vontade de ir ao banheiro... – Ele sai do quarto rapidamente, mantendo sua mão sobre a boca.

Me sento em minha cama, deixando meu corpo relaxar um pouco.

– Sinceramente, não existe tédio com vocês dois por perto! – diz Sarah entre risadas.

– Não é?! Ainda esperando eles perceberem que foram feitos um para o outro! – acrescenta Helena. Oh, ótimo, lá vamos nós de novo...

– Vamos lá, pessoal, nós já falamos sobre isso! Enji é meu amigo, apenas... – digo, tentando desviar do assunto. – Tenho certeza de que essa ideia de "feitos um para o outro" é imaginação de vocês duas. Caio concorda comigo, não é?

Olho para ele, esperando que me apoie. Mas em vez disso, Caio desvia seu olhar e passa sua mão atrás da cabeça. Estou vendo que tenho um ótimo sistema de apoio...

– Cara, o Caio literalmente disse que vocês parecem um casal velho! – diz Helena, estalando os dedos da mão direita. – Você é o único que ainda está em estado de negação!

Toda essa conversa está me dando nos nervos! Estou começando a me irritar com a pressão que este grupo coloca sobre mim em relação a Enji.

– Isso é ridículo! – digo irritado, cruzando os braços.

– Bom, eu tenho uma maneira de descobrir... – diz Sarah, cruzando seus dedos em suas mãos e se sentando na cama de Enji, de frente para mim. – Vamos brincar de um jogo!

– Boa sorte... – diz Caio, tocando em meu ombro.

– Imagine o seguinte cenário: Enji tem uma nova namorada e passa mais tempo com ela do que com você. Como você se sente em relação a isso? – pergunta ela.

Por um momento, me sinto desconfortável com a ideia, mas não é um problema. Ele tem o direito que sair com quem quiser e eu não tenho nada a ver com isso, teria meu apoio.

– Não tenho nenhum problema com isso – respondo firmemente. Helena me observa com cautela, mas não fala nada. Ela, então, cutuca o braço de Sarah.

– Certo! Próxima pergunta: o que você faria se, de repente, Enji se recusasse a falar com você? – pergunta ela.

– Não faria nada, porque essa ideia é ridícula! Primeiro, Enji jamais faria algo do tipo. Se por acaso ficasse bravo comigo, bateria de frente, não faria um tratamento de silêncio! – respondo aborrecido. – Você está trabalhando com um cenário impossível aqui...

Helena segura uma risada, me deixando ainda mais aborrecido. Não sei qual é a graça, mas claramente não é algo que ME faz rir.

– Certo, certo! Foi mal! – diz ela, levantando as mãos. – Vou testar este cenário então: Enji te chama para sair para algum lugar e diz para você escolher, para onde vocês iriam?

– Eu diria para ele escolher, não me importo para onde vamos, ligo apenas para a companhia – respondo honestamente. Na verdade, essa é uma pergunta boa, nunca havia parado para pensar no caso, apesar da resposta ser extremamente óbvia.

– Oh, pelo amor de Deus, dá um tempo! – Helena revira os olhos. – Será que você precisa ser tão denso assim?! Só falta um de vocês fazer oficialmente o pedido, porque já namoram indiretamente!

Sinto uma grande ansiedade crescer em mim. Isso já está começando a sair do controle.

– Pessoal, qual é? Deixem-no em paz – diz Caio calmamente. – Não é legal forçar algo na cabeça de alguém assim!

– Não é culpa minha que o Hansel é tão lerdo quanto uma lesma para entender o obvio! – diz Helena, jogando os braços para cima.

– Eu concordo com os dois, sinceramente... – diz Sarah, parecendo estar confusa, sem saber qual lado tomar.

Os três entram em uma discussão sem nexo, me fazendo apenas observar, sem saber como reagir. Mas a sensação dentro de mim só cresce. Como se uma panela com água estivesse fervendo em um fogão. As bolhas estourando, o vapor subindo. Me fazendo sentir como um balão se enchendo de ar.

As luzes do quarto, subitamente, piscam e se apagam. A discussão cessa, deixando pairar no ar o silêncio do grupo que não tem certeza do que acabou de acontecer. Olho para fora, pela janela; tudo escuro. U.S.E. possui geradores de energia, para que nunca fique sem, caso haja algum apagão. É literalmente impossível que tudo fique escuro sem um motivo.

– O que aconteceu? – pergunta Helena confusa. Faço um chiado com os lábios para que ninguém fale mais nada.

Lentamente me levanto, tentando manter minha concentração no silêncio. Se estiver acontecendo alguma coisa lá fora, a melhor forma de saber é esperar para escutar algum tipo de movimento suspeito. Não consigo deixar de ver as imagens do ataque de dias atrás em minha mente. Só o que sinto é a ansiedade da possibilidade de algo parecido estar acontecendo mais uma vez.

Na velocidade de um piscar, sinto as vibrações na fechadura da porta enquanto ela gira para se abrir. Como num instinto, me viro para ela e lanço minhas mãos em sua direção.

Pois é, então... Guard Me voltou! Depois de uma pausa fudida kakakakaka

Vou fazer o máximo pra postar com frequência, que eu tô estourando de loucura pra terminar esse babado logo.

Se vocês virem algum furo de roteiro, me avisem, please! Que esse final de ano foi corrido!

Beijos no rabo~

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