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1.14 | Combate

07/03/2022

Segunda-feira. Finalmente, estamos livres das restrições que nos impediam de sair da universidade, mas ainda temos que voltar antes das 8h da noite. Fico imaginando como deve ser complicado para os diretores se manter cientes de quem está do lado de dentro e quem está do lado de fora. Mas já que temos nossos cartões de estudante, ninguém entra ou sai sem passá-los no scanner, deve facilitar as coisas.

É nosso primeiro dia com a nova grade curricular e para melhorá-lo, teremos ele inteiro de aulas práticas. Falando por mim, estou ansioso, mas preocupado com Hansel. Os alunos ainda não sabem da mentira do oráculo e saberão apenas hoje. Hansel contou ao professor Ivor antes da aula, mas não há como esconder dos colegas, umas vez que começar a dobrar água. Eu confio que Hansel seja forte e corajoso o suficiente para lidar bem com as críticas, ele sempre fez isso bem. Exceto por quanto eu o acusei de mentir, mas aqui foi outra história...

Estamos todos no campo de treinamento. Este lugar é imenso, uma das maiores áreas da universidade. Já perdi a conta de quantas ferramentas de treinamento há aqui, seja com água, terra, etc. É uma loucura! Mas para um ser do fogo animado como eu, é como um parque de diversões!

– Bom dia, alunos! – Professor Ivor começa a falar, assim que vê todos da turma reunidos. – Como segunda aula prática de vocês, iremos realizar um teste de nivelamento de combate. Mas, primeiro, alongamento! Não queremos ninguém se machucando!

Nós começamos com alguns exercícios básicos, como esticar as pernas, os braços, coisas que já tenho costume de fazer. Observo os alunos enquanto fazem seus movimentos, alguns parecem familiarizados, mas outros, nem tanto. Hansel parece ser um pouco desengonçado quanto o assunto é manter o próprio equilíbrio; deve ser um tanto complicado para ele ter que se envolver em tantas atividades físicas, quando estava acostumado apenas com papeis. E pensar que ele, de todas as pessoas, é o mais poderoso de todos nós... O universo consegue ser um tanto travesso, de vez em quando.

Me aproximo de Hansel, ficando ao seu lado.

– E aí, como está indo? Tudo bem? – pergunto a ele.

– Parece que eu estou bem para você?! – responde ele irritado.

– Ei, não precisa ser grosso! Eu só perguntei... – digo. Hansel suspira, parecendo um pouco envergonhado.

– Desculpe... Estou um pouco nervoso pela aula de hoje... – responde ele, se ajeitando.

– Tenho certeza de que vai se sair bem! É de você que estamos falando!

– Muito inspirador, Enji!... – diz ele com um sorriso falso. Acho que minhas tentativas de o acalmar só vão causar mais dado, não sou muito bom nessa área...

Nós todos terminamos a sequência de exercícios que professor Ivor passou. Nos juntamos em uma fila ombro à ombro, esperando suas instruções. Até agora, tem sido moleza, quero saber qual vai ser o desafio real. Há muitas opções aqui, seria um desperdício se ficássemos apenas nos alongamentos.

Ele se aproxima de nós, pronto para falar.

– Certo, para início, quero dois voluntários seres da água para uma demonstração de combate – diz ele, deixando a maioria dos alunos um pouco ansiosa.

– Mas, professor, nós não sabemos lutar! – diz um dos alunos usando o uniforme de ser da água.

– Não há problemas, quero apenas ver como estão em sua sintonia com seus poderes. Se não souberem o que fazer, apenas sigam seus instintos! – diz ele. O professor parece estar um tanto animado para a aula, assim como eu. Talvez seja algo em comum com todos os seres do fogo. O silencio cai sobre a turma, ninguém se atreve a se voluntariar. Se eu fosse um ser da água, já teria levantado a mão, mas não é o caso. – Vamos lá, pessoal, será que eu vou ter que escolher?

Eles se entreolham, tentando evitar contato com o professor. Até que no meio dos alunos, ouço um suspiro alto e um deles saindo da fila, se aproximando da frente.

– Tudo bem, eu vou... – diz Hansel. Os alunos cochicham entre si, perguntando uns aos outros por que um oráculo está se oferecendo para lutar contra um ser da água.

Qual é, Hansel, por que você adora se envolver em encrencas?!

– Espera, mas não são apenas seres da água? – pergunta um dos alunos.

– Sim, exatamente, como nosso colega Hansel – responde professor Ivor, direcionando sua mão a Hansel. – Foi um erro de sua parte dizer que era um oráculo, mas tudo já está resolvido. Portanto, espero que todos esqueçam do assunto.

Mais cochichos se alastram. Hansel permanece de cabeça abaixada, olhando para o chão, enquanto vários olhares estão sobre ele. Alguns julgadores, outros sem entender por que de uma mentira. Mas todos focados nele, o tão famoso sucessor, o melhor assunto para se criar uma fofoca. Hansel vai precisar de apoio depois da aula de hoje, estou sentindo. Imagino que seja aí que eu entre, mesmo que não seja o melhor...

– Está bom, então. Nesse caso, eu vou enfrentá-lo... – diz o aluno que havia feito a pergunta antes. Volto minha atenção a ele, observando suas características. Ele é alto, talvez da minha altura, negro, cabelos curtos, pretos, e olhos azuis.

O restante dos alunos parece interessados em ver como essa luta vai se sair. Eu só estou preocupado, não com a segurança de Hansel, mas com a do outro aluno. Sem inibidores, tudo pode dar muito errado. Mas confio nele, confio que vai conseguir se sair bem.

Os dois se posicionam em uma área de combate para seres da água, uma tal que possui dutos aquáticos ao redor, para que consigam usar seu elemento. Nós todos ficamos de fora da área de luta, longe o suficiente para não sermos atingidos por acidente.

– Lutar contra um ser de outro elemento pode ser um tanto desafiador, é preciso conhecimento sobre a força e a fraqueza do oponente. Mas lutar contra seu próprio elemento pode ser ainda mais, pois você é acostumado a usá-lo como ofensa; porém, como proceder quando a sua ofensa é usada contra você? – Professor Ivor para seu discurso, olhando para Hansel e para o outro aluno; os dois a alguns metros de distância um do outro, esperando as ordens. – O primeiro a empurrar o outro para fora da linha de segurança do campo de combate, vence. Valendo, agora!

O oponente lança um ataque de água. Hansel desvia, dando uma cambalhota para o lado, e contra-ataca logo em seguida, jogando um jato contra o outro. O rapaz também desvia, dando oportunidade para um outro ataque. E assim, eles continuam, atacando um a outro e desviando de seus ataques. Mas não parecem estar chegando a lugar algum, apenas gastando a própria energia. Eu não sou um especialista em lutas entre seres da água, mas sinto que estou fazendo algo de errado, pois apenas estão anulando os ataques um do outro.

O oponente de Hansel lança uma veloz bolha de água. Hansel tenta pará-la no ar, mas assim que chega perto de sua mão, ela explode, espalhando água para as laterais. O impacto lança Hansel para trás, derrubando-o apenas poucos metros da linha de segurança. O rapaz de pele escura lança um ataque vindo de cima em direção a Hansel, mas ele contra-ataca ao mesmo tempo, fazendo as duas rajadas de água colidirem e se espalharem por todos os lados. Ele se levanta rapidamente, recuperando sua firmeza, e lança uma parede de gelo em direção ao seu oponente, crescendo do chão até o rapaz. Mas sendo tão rápido quanto o tão famoso filho do direto, o rapaz quebra o gelo e lança pequenos pedaços, mas ainda assim perigosos, contra ele. Hansel se defende, redirecionando os pedaços de gelo para as laterais, quando chegam perto de si. Até que no último, o maior, ele o redireciona, em um giro, de volta para seu oponente, que é atingido e lançado para fora da linha de segurança.

O restante da turma faz sons de dor, como se pudessem sentir o impacto que o aluno recebeu, mas alguns aplaudem ao espetáculo que acabaram de ver, como se fosse algum tipo de show. Não vou mentir, foi incrível vê-lo em ação assim. Apesar de ser um tanto desengonçado enquanto luta, Hansel ainda manda muito bem! É possível perceber que a grande maioria dos alunos está levando tranquilamente a vitória de Hansel, mas alguns parecem aborrecidos. Imagino que seja pela mentira, ou talvez pela própria reputação. Mas eu acho que esse pessoal deveria ir cuidar da própria vida!

Hansel ajuda seu oponente a se levanta, estendendo a mão. O oponente dá um tapinha em seu ombro, um que diz "boa luta", e volta para junto da turma. O vitorioso ser da água vem até mim.

– Olha, eu posso dizer que me impressionou! – digo sorridente. – Para alguém que mal podia manter o equilíbrio numa luta, você evoluiu!

– Bom, que bom que estou chegando ao seu nível, não é? – diz ele, tentando me provocar. Mas que palhaço...

– Meus parabéns aos dois corajosos que decidiram mostrar as próprias habilidades hoje! Vocês se saíram muito bem! – diz professor Ivor, frente a todos os alunos. Eles voltam a sua atenção a ele. – Mas, como principiantes, é claro que houve erros em suas técnicas. Alguém aqui consegue apontar algum?

– Eu sei! – Uma aluna ser da água levanta a mão. – Os dois estavam sempre tentando atingir um ao outro com ataques próprios, em vez de redirecionar os ataques um do outro.

Alguns alunos parecem impressionados com a observação da aluna, outros agem como se fosse a coisa mais óbvia.

– Exatamente! – professor Ivor confirma. – Vocês dois estavam usando técnicas de combate contra seres de outro elemento. Prestem bastante atenção, seres da água: em uma luta de água, vocês devem usar a defesa como ofensa, redirecionando o ataque do oponente contra ele mesmo, como Hansel fez no fim; esse foi o motivo que fez a luta acabar antes do meu previsto. Discutiremos sobre o assunto mais para frente. Agora, quero dois voluntários seres do ar.

Desta vez, vários estudantes levantam a mão ao mesmo tempo, eles parecem muito mais animados, agora que viram uma primeira luta. Eu olho para Hansel, quieto em seu lugar, parece estar cansado. Ele lidou muito bem com tudo hoje, acho que não preciso me preocupar que perca o controle, sabe o que está fazendo. Não precisa de mim como babá.

São 6h da tarde agora. Hansel e eu estamos de volta no quarto, após um longo dia de aula prática. Foi um tanto emocionando, apesar de eu ter torcido o pé depois de ter me voluntariado para lutar na vez que professor Ivor chamou os seres do fogo. Odeio que tenham me visto perder de forma tão besta, mas meu oponente era de outro mundo! Ele era um pouco menor que eu em tamanho, mas muito mais ágio. Quando vi, já estava no chão, machuquei o pé na queda, tentando me equilibrar...

– Você tem certeza de que não quer ir a enfermaria? – pergunta Hansel, me observando com desaprovação.

– Eu já disse, estou bem! Foi apenas um pequeno machucado! – digo, tentando andar, mas toda vez que dou um passo com o pé direito, uma imensa dor sobe pela minha perna inteira, é pior do que eu imaginava, mas não quero passar horas na enfermaria, seria entediante demais.

Me aproximo da minha cama e me sento no colchão, tentando não deixar transparecer a dor que sinto.

– Você está ridículo tentando ser durão assim... – diz Hansel, com os braços cruzados e com cara de irritado. – Se não vai ajudar a si mesmo, pelo menos me deixe fazer algo.

Hansel se aproxima de mim e se ajoelha perto de minhas pernas, tocando a parte de baixo da minha calça. Minha alma sai do corpo por um momento, deixando espaço para o espanto, que se invade loucamente.

– Ei, ei, ei! Que droga está fazendo?! – pergunto assustado.

– Vou curar seu tornozelo, ué?! – Ele me olha como tivesse feito uma pergunta idiota. Meu rosto se esquenta; se fosse um fósforo, estaria completamente em chamas agora. Olho para cima, tentando disfarçar a vergonha que sinto.

– Poderia pelo menos ter avisado antes... – digo com a mão contra a boca, tentando controlar as loucas batidas de meu coração, que parece tentar sair.

– Sério, Enji, você é o ser do fogo mais dramático que eu já conheci! – diz ele, levantando parte da perna de minha calça até meu joelho. Hansel remove meu tênis e minha meia, tocando suas mãos frias em meu tornozelo machucado. Eu seguro fortemente o lençol de meu colchão e fecho meus olhos, tentando não soltar um gemido de dor, por causa do frio e do machucado. Eu nunca fui preparado para lidar com algo desse tipo na vida.

– Você já fez algo assim antes? – pergunto com voz trêmula. Estou tão nervoso que meu corpo está tremendo levemente, não sei se por estar envergonhado ou com medo de perder o pé.

– Sim. Eu curei a mim mesmo, inconscientemente, quando fui esfaqueado na montanha e curei você quando te atingi com as rochas – responde ele. – Então, não se preocupe, eu tenho experiência na área.

– Espera, você me curou no ferro-velho? – pergunto surpreso.

– Eu não tinha te contado? – pergunta ele. Eu não acho que sabia disso... Bom, agora eu me sinto um tanto feliz por saber que Hansel ajudou a salvar a minha vida, mesmo que ele tenha sido a causa de eu quase ter morrido.

Ele tira de dentro de uma garrafa um pouco de água e a coloca sobre meu tornozelo. Um frio sobe por minha espinha, fazendo meu corpo se arrepiar.

– Ei, vá devagar com isso! – deixo escapar, mais de medo do que de dor real.

Hansel não fala nada, apenas continua com suas mãos sobre meu pé. A água logo deixa de ser fria para ser calorosa, aconchegante. Ela brilha levemente, como se luz estivesse sendo refletida sobre ela. A dor em meu tornozelo aos poucos desaparece, sendo substituída por calor e os movimentos do sangue internamente. Assim que termina, consigo mexer meu pé normalmente, como se nada jamais tivesse acontecido.

– Vê? Não foi ruim, foi? – pergunta Hansel, se levantando.

Eu me levanto também, me apoiando em meu pé antes machucado, mas não há qualquer dor, está novinho.

– Hansel, mas que dom incrível! Obrigado! – Impulsivamente, eu o abraço. Hansel se encolhe, dando tapinhas nas minhas costas.

– Oh, claro, por nada... – diz ele desconfortável. Assim que diz isso, me dou conta do que fiz.

– Desculpa! – Me afasto dele, tentando não o deixar perceber minha vergonha. – Esqueci que você não é muito fã de contato físico...

– É, não sou... – diz ele. Desvio meu olhar, Hansel não é uma pessoa fácil de lidar, mesmo depois de ter se aberto mais. Sempre acabo me esquecendo de até onde posso ter liberdade. – MAS... Você, eu posso deixar...

– Mesmo...? – pergunto de forma animada, deixando um sorriso infantil aparecer em meu rosto.

– Mas não se acostuma! – diz ele, se virando para mim e indo até sua cômoda de roupas.

Nos aproximamos bastante nas últimas semanas. Estou finalmente encontrando nele a pessoa que tinha expectativas de encontrar logo no início das aulas: um parceiro de crime. Mesmo que ele seja basicamente o policial que resolveu se desviar da lei por um tempo...

Ainda não tivemos a chance de focar muito no segredo que estamos mantendo do restante da universidade. Eu provavelmente deveria me juntar a Helena, Sarah e Caio para conversarmos sobre como será nossa linha de estudos para ensinar Hansel a dobrar os outros elementos. É um trabalho complicado a se fazer, mas somos os únicos que podemos ajudar. Só espero estar à altura de ser prestativo... Ser o melhor aluno em prática na classe é algo que leva certo tempo, mas que posso fazer sem muitas dificuldades, mas ensinar... o Avatar, basicamente, a dobrar fogo?! Isso é algo de outro nível! Eu preciso dar meu melhor, Hansel está contando comigo.

– No que você está pensando? – pergunta ele, segurando algumas roupas limpas. – Está quieto demais, isso é raro.

– Só estava pensando no seu poder – respondo sem pensar.

– O que tem ele? – pergunta Hansel, desta vez, mais sério que antes. Não posso deixá-lo saber que não estou muito confiante em ensiná-lo a controlar o fogo, não posso decepcioná-lo.

– Oh, apenas tentando encontrar uma explicação para sua hibridade – respondo, me sentando em minha cama. Hansel suspira, parecendo aborrecido com o assunto. – Você conseguiu chegar a alguma conclusão?

– Além de que eu sou uma completa anomalia para a ciência? Não – responde ele, colocando suas roupas limpas em cima do colchão e se sentando também. Hansel parece mais preocupado do que aborrecido, agora que estou olhando melhor.

– Olha, eu sei que tudo parece loucura nesses dias, especialmente depois de você descobrir aquele rolê com o seu pai, mas eu quero ajudar, se você permitir – digo, tentando confortá-lo. Se eu quiser ajudá-lo, preciso entender o que está rolando com ele, isso inclui entender os seus pensamentos. – Então, por que você não me fala o que está pensando sobre tudo isso?

Ele desvia seu olhar, parecendo mais exausto do que chateado, agora. É incrível a quantidade de emoções que Hansel consegue transparecer quando remove sua máscara.

– É assustador, se você quer mesmo saber... – responde ele finalmente. – É cativante, intrigante, te faz querer mergulhar, mas é insanamente assustador. Às vezes, eu sinto que sou mais do que uma coincidência, mas algo "criado" para servir a um propósito maior. Só não sei o que, ou se estou no caminho certo.

– Bom, eu acredito bastante que nada aconteça por acaso, então, sim, talvez você faça mesmo parte de um propósito. E vai encontrar seu caminho até ele, vou fazer tudo ao meu alcance para que chegue até lá – digo, sorrindo. Hansel sorri de volta e nós ficamos assim, em silêncio.

Quem se importa com universidade quando se tem algo de tal nível em frente a si? Se Hansel faz parte de um propósito, quero fazer parte dele também, estar junto a ele.

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