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Desi havia ficado o dia todo no quarto, então não tinha necessidade de fazer um feitiço de escuridão, mas ainda não era noite e íamos sair agora. Depois de gastar alguns segundos com isso, cada um colocou sua mochila nas costas e andamos em fila pelo corredor apertado e finalmente sair da estalagem. 

Sentiria falta do lugar, tinha sido a primeira vez em pouco mais de duas semanas que dormia em uma cama. Olhei para a pracinha, as pessoas em roupas simples, assim como eu, que um dia havia usado os materiais mais finos e caros.

Pensei em minha mochila, que no fundo guardava meu vestido branco rosado da minha cerimônia de maturidade, uma das poucas coisas que me permiti trazer em meio ao caos de sair em busca de minha família. Era um luxo e desperdício de espaço, eu sabia, mas foi a última grande comemoração que tivemos juntos e ao mesmo tempo uma situação em que todos ainda estavam vivos.

Como em apenas 10 anos perdi meu pai e meu irmão mais velho? Essa guerra maldita arrancou os dois de mim. Meu irmão não tinha nascido para ser guerreiro, mas como tinha um talento extraordinário, se sentia na obrigação de fazer parte do exército, como meu pai.

Até nosso pai tentou fazê-lo mudar de ideia, que ter talento não significava ter vocação e que ele não deveria fazer algo que o deixasse infeliz. Ele nunca nos obrigou a ser guerreiros, pelo menos até o sequestro de minha irmã mais velha.

Meu pai já tinha mudado muito quando descobriu que Lacius sequestrava bebês, mas quando minha irmã foi um deles, ele simplesmente deixou a revolução acontecer. Pode não ter matado o rei com as próprias mãos, mas deu todos os horários dos guardas e convenceu  os que estavam insatisfeitos a ficarem parados se ocorresse um atentado.

Durante a confusão, meu pai pegou todas as crianças, coisa fácil de se fazer, já que eternos não têm uma forma física até fazermos 50 anos. Quando completamos essa idade, deixamos de ser bebês e passamos para a primeira infância. Durante esse momento ganhamos um corpo completamente aleatório, que pode ser de qualquer raça.

Apesar de ter o corpo de uma elfa, minha irmã mais velha é uma fada-dragão. Não temos nenhuma das outras características dessas raças, apenas o formato do corpo. É algo muito estranho, mas é um disfarce desnecessário que a natureza nos deu. Apenas aqueles que já conheceram muitos eternos conseguem distinguir outros pela sensação que passamos.

Tínhamos chegado na praia. Para variar, estive perdida em pensamentos, parece que estar em meio a pessoas desconhecidas me trouxe nostalgia.

Havia uma feira na beira da praia, os itens vendidos ali eram diferentes do que deveria ter em uma vila daquele tamanho. Apesar dos outros não parecerem interessados, me dirigi até as quatro barracas.

-Boa tarde, linda mocinha.

Levantei a sobrancelha, deveria ter a idade para ser sua ancestral, mas segurei o riso. Era bom parecer jovem.

-Boa tarde.

-Para de se engraçar com ela seu velho caduco, você tem idade para ser o avô dela. Desculpe meu irmão, senhorita.

Os dois idosos eram bem fofos, ela era uma senhora de uns 60 anos, mas bem conservada. Ele já parecia mais velho e tão magro que o vento poderia levar.

-Esses são meu esposo e meu filho, paramos aqui assim que saímos de Pridânia. Tínhamos planos de ir para Nilema, a cidade mais perto daqui, mas disseram que lá tem um monstro matando dezenas de pessoas. Então, por via das dúvidas, decidimos vir para cá.

Tentei pensar em um monstro capaz de se esconder entre os humanos e escravos em uma cidade tão grande quanto Nilema, mas não lembrei de nenhum. A maior possibilidade era que fosse um serial killer.

-Bem _ cortou o senhorzinho, marido da que falava _ trouxemos produtos muito diferentes de tudo o que vai ver por aqui.

-Percebi, onde conseguiu essas coisas?

-Uma das maiores caravanas de sereia foi destruída, a da Lacia.

Wanin  que tinha chegado com os outros logo após terem visto que eu não estava mais lá, ficou pálida. Suas mãos formaram punhos e com minha boa audição, a ouvi apertar os dentes. Eu e Marina seguramos suas mãos para dar algum apoio moral.

-Como isso aconteceu? _ perguntou a sereia.

O filho continuou a história do pai, indiferente a situação da ruiva.

-Aparentemente Pridania está comercializando um novo medicamento, extremamente caro. Porém, as sereias da caravana da Lacia estavam cortando a rota. O governo pridaniano enviou algumas armas extremamente poderosas para lidar com as sereias. Mesmo assim eles perderam. Elas são quase imbatíveis no mar. Porém, sofreram grandes perdas. Só que aquelas armas poderosas destruíram muitas coisas ao redor da luta, incluindo a toca de um ser extremamente forte, o que o acordou de sua hibernação. O que tinha sobrado dos pridanianos, a Lacia e mais da metade de sua caravana. As que ficaram vivas fugiram e deixaram seus tesouros e os dos navios de Pridânia para trás.

-Só que se fosse um dragão ele teria recolhido tudo para seu espaço, mas aconteceu o contrário, o ser empurrou tudo para longe, além de ter feito isso sem quebrar qualquer das coisas que ainda estava inteira. Algo tão poderoso que não é um dragão é um eterno. Dizem que eles odeiam ainda serem perturbados do seu sono do que os outros. Foi muito azar, os eternos são tão raros, ainda conseguiram encontrar um em hibernação _ terminou o irmão

Senti os olhares do meu grupo em mim, principalmente o da sereia. Infelizmente para ela me senti apenas um pouco incomodada, não tinha responsabilidade nenhuma pelo que tinha acontecido. Nenhum de nós obrigou as sereias a atacar Pridânia que também não foi chantageada a usar armas de combate em grande escala. A maior parte das mortes foi causada pelos dois grupos, não iam nos fazer de vilões e muito menos me responsabilizar pelos atos dos outros .

Comecei a olhar as quatro barracas. Uma tinha roupas e acessórios, a segunda armas, a terceira joias e a última, frutos do mar. Porém havia um caranguejo enorme vivo.

-Não conseguimos matá-lo, ele é muito mais forte do que parece, mas também não tentou fugir. Colocamos para vender, mas não temos muita expectativa nisso _ disse o filho, que se mostrou bem mais falante do que pensei a princípio.

O animal tinha os olhos mais inteligentes e tristes que já tinha visto. Estiquei a mão para tocá-lo, mas todos da família gritaram porque ele era arisco. Porém, ele beliscou a mão do jovem que tentou afastá-lo de mim e simplesmente me deixou passar a mão em sua casca.

Eu comprei o tal caranguejo, Wanin e Cirdan roubaram uma joia cada, a sereia justificou que os pertences eram dela já que vieram de uma sereia e os irmãos compraram ainda mais armas.

Decidimos ir para a entrada da floresta para que ninguém me visse fazer magia ou Mari se transformar.

O caranguejo, que decidi chamar de Sebastião, era muito pequeno para andar no chão sozinho, mesmo que fosse grande para sua espécie, poderia ser pisoteado. Tentei carregá-lo no colo, mas era desconfortável. Então, depois de pensar enquanto caminhávamos até a floresta, resolvi colocá-lo na cabeça, como um chapéu, o que se provou a solução perfeita.

Quando ouvi a risada de Cirdan, seguida pela dos outros, corei um pouco, mas continuei com ele assim.

-Você é a coisa mais fofa que eu já vi, Rosinha. Esse chapéu combinou muito bem contigo.

-Obrigada _ falei enquanto fuzilava o ladrão com os olhos.

-Não me olhe assim, Rosinha, me parte o coração.

-Então que fique com ele partido.

Cirdan enrolou meu cabelo no dedo e ignorei seus toques. Se deixa ele feliz  e não me atrapalha por que não? Assim que Arod veio para o meu lado, fiquei um pouco tensa, não sabia como ele iria me tratar. Mas teco apenas andou ao meu lado.

-Chegamos _ falou tico.

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