first chapter
P e r d a s
Seul, Coreia do Sul, Maio de 2018.
O senador Jeon morreu às 20 horas da noite de 23 de Maio de 2018. Morreu de Parada Cardiorrespiratória ― logo após dias internado no hospital central de Seul ―, Uma morte calorosa como diria. Talvez se estivesse vivo, no dia seguinte de sua alta estaria na casa do desembargador Wang para um jogo de xadrez, ou talvez, fazer um debate político, ou de ações, ou ficariam na sala ouvindo as mulheres conversarem sobre a relação dos filhos.
No dia seguinte ocorreu o enterro que foi o mais aclamado, já que quase todo o estado se fez presente, para a última homenagem ao grande senador que lutava pelos direitos estudantis, e por igualdade para todos, estava de partida, para outra vida. As câmeras de todo o mundo se fizeram presentes para gravar os mártires daqueles presentes.
O herdeiro do senador juntamente a sua mãe, não saíram um momento sequer do lado do caixão do falecido. Seria eles a ficarem até o último momento. Até tocarem as marchas fúnebres e o rapaz pegar a imagem do pai e colocá-la próxima ao peito e deixarem as lágrimas descerem por baixo de suas orbes negras. Que observaram a terra cobrir o corpo desfalecido do pai, no quão os vermes se alimentariam.
O jovem herdeiro Jeon Jungkook tinha vinte e quatro anos, e sua mãe Kim Soye tinha cinquenta e três anos, mais jovem que o falecido ex- esposo, que permitiu que morassem juntos até o último suspiro. O pai do mesmo, entrou na política após dez anos de se tornar diplomata, e por tamanha insistência de amigos.
Após os flash's encerrarem-se, e os parentes chegarem em sua residência, o menino Jeon entrou no local que era gabinete e escritório de seu falecido pai ― permitindo que somente duas luzes ficassem acesas, e observasse o local que o pai dizia ser proibido quando criança, que só necessário quando adolescente, e urgente perante a lei! Aquilo arrancou um riso, adormecido do jovem, daquele coração de pedra. Até perceber que sua mãe aproximava-se com uma bandeja de comida, que provavelmente arrumou na cozinha.
― Filho, vá descansar! O dia foi longo, e provavelmente amanhã, também será! ― Disse após colocar a bandeja sobre a mesa, e aproximar-se do filho e pegar em uma de suas mãos que estavam sobre a velha mesa de madeira, acariciando, em meio de tranquilizá-lo. E olha-lo e voltar a falar. ― Ele fará falta, o tempo há de suprir a dor e o vazio! ― Suspirava e quando percebeu já lembrava do falecido através de seu filho. ― Sabe que você lembra ele, só os olhos, porque o restante da beleza é minha! ― Riram ambos.
A mais velha não perdia a ironia ao compara-los, era evidente que as orbes e fios negros que estavam alinhados vinham do Jeon mais velho - Já a personalidade é algo inquestinavel já que não derivou de nenhum dos genitores! Outro fato, realmente vinte por cento de sua beleza era vinda da mãe, e os oitenta por cento concluíram apenas por ser apenas ele mesmo.
― A senhora não disse isso antes de se divorciar? ― Pergunta o moreno.
― Não! ― Negou em meio às palavras e memórias amargas. ― Não havia mais amor, não podíamos a algo que me faria ou nos faria, tínhamos só respeito e sinceridade o suficiente para contar o que estava acontecendo! Preservamos a amizade, foi melhor até o momento. Moramos juntos para lhe educar! Mesmo depois do divorcio e quando você completou a maioridade, ele me quis aqui. Homem de índole e de respeito.
― Sim, Omma. Entre todos os assuntos que ouvi, na época me senti triste e questionei o motivo de não estarem mais unidos, mas agora não é o momento de prolongar. Meu appa parecia ser rígido, porém, seu coração era leve como uma pena e grande, igual ao de um elefante. ― Diz em tom divertido e melancólico.
Soye maneia a cabeça logo soltando a mão do mais novo que olhava para as cortinas. ― Era! Tivemos muitas emoções por hoje e creio que a mídia não nos deixará em paz por um tempo. Eles vão como, no velório de Wong, mas, não sei se vai ser leve em nosso caso.
― Omma, não precisamos nos preocupar com isso, deixemos eles se alimentarem das migalhas da nossa vida e pedir que respeitem nosso luto!
O rapaz diz convicto e um tanto triste, já que a mídia sul-coreana parecia uma alcateia de lobos e um bando de abutres, que nem em um momento delicado não dava folga. Às vezes, sua mente buscava motivos para tais ações! Mas, já devia ter se acostumado, pois, desde criança estava sob os holofotes por conta de sua mãe. E a pressão só aumentou quando ganhou posse de uma grande empresa, multinacional, além de na mesma época ter assumido seu relacionamento com a Lee Heyoon, filha de um empresário sul-coreano. O que foi um baque para suas jovens admiradoras, que ficaram quebradas com a notícia, de que o belo CEO tinha dona. Claro, que ambos se gostavam, ao nível de enfrentarem qualquer consequência! Mas, o relacionamento dos mesmos que no início fora sólido, agora, encontravam-se frágil! Já que o moreno, preferiu passar os últimos meses ao lado de seu appa do que fazer os caprichos da ruiva.
― Filho?
― Sim, Omma ― Pergunta desnorteado.
― E como está Heyoon? Falou com ela? ― Pergunta a mais velha, que tinha grande apreço pela namorada do filho. Mal sabia ele, que o relacionamento atual, fora planejado a muito tempo.
Com uma surpresa e aperto em seu peito, pôs um sorriso meio amargo em seu rosto e limpou a garganta. ― Sim, está perfeitamente bem. Ouvi suas palavras de conforto e vazias! ― Finaliza em sussurro e engoli a seco, apenas ele sabia o quão conturbada estava a situação, e se perguntar quem merecia conforto no momento. Ele ou Heyoon? ― Este não é o momento para falar sobre ― Diz se levantando da cadeira. ― Boa noite. ― Diz após dar um beijo na destra de sua genitora e seguir para fora dali, rumo ao seu quarto.
A morte do pai, fora uma fatalidade, e juntando aos seus desentendimentos com Lee, tornou-se uma bola de neve! Sua mãe queria a união dele e Heyoon, a qualquer custo, e parecia que a dor da perda para Jungkook, não existia.
O moreno adentrou seu quarto e pegou seu boneco que ganhará a anos atrás de seu falecido pai, no intuito de trazer lembranças, após pensar e passar a mão em suas têmporas. Caiu sobre a cama, fechando os olhos desejava que aquilo não passasse de um sonho ruim.
Notes de Jeon : É como se eu também tivesse visitado o amanhã de alguém. Meus sonhos estavam confusos, tinha apenas dezesseis anos quando o mundo me olhava com maldade ― E eu apenas o ignorava, enquanto buscava um amor platônico em meio a multidão e encontrava uma amizade de longo prazo com um sorriso quadrado ― Mas é rápido demais? Viver assim! Acho que nas contas onde somava completo. Errei muito feio. Agora anoto o que sou e reflito: Quais 'Traços do que eu perdi'! Seria idiota afirma, mas hoje não posso te abraçar perola perdida, pois não mereço mas sua presença, já não sou o mesmo e você já não me amaria!
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