Cap.60
Ao descer, Chung-ho nos encara e assim desliga a ligação.
- Ela quer me encontrar. - ele diz.
- Isso é ótimo! Onde?
- Pelo que eu vi ela não confia muito em mim porquê me mandou ir sozinho à um bar numa estrada deserta.
- Isso é muito específico. - Hoseok diz.
- Ela quer me ver. - ele suspira - Não vou mentir, eu não quero vê-la, mas faço o que for necessário pra salvar a Liz.
- Rafael disse alguma coisa, Sarah? - Emanuelly pergunta.
- Não, vou tentar ligar de novo. - ela pega o celular e se afasta.
- Eu conheço o local onde ela quer me encontrar, nós fomos lá apenas uma vez.
- Vocês foram à um bar deserto? - Namjoon pergunta - É um tipo de encontro romântico estranho.
- O lugar é uma parada pra caminhoneiros, Ming quis me levar porquê foi lá onde os pais dela se conheceram.
- O pai dela era caminhoneiro? - Hoseok pergunta.
- Não, a mãe dela era.
- E o que o pai dela fazia? - Jungkook pergunta.
- Ele servia comida.
- Estamos perdendo o foco de novo. - digo - Há algum lugar onde possamos nos esconder?
- O lugar é considerado deserto pela falta de comércio e casas, más há muitas árvores envolta da estrada.
- E quão longe isso é daqui de Seul? - Jin pergunta.
- São quatro horas de viagem.
- Merda. - Do Yoon diz - E quando ela quer te encontrar?
- Amanhã.
- Wow. - Hoseok diz - Agora eu tô nervoso.
- Precisamos nos preparar.
- Boa notícia, meus amores. - Sarah diz - Rafael conseguiu pra gente as armas, mas só conseguem o acesso à elas se eu for junto.
- Tudo bem, por que não? - digo.
- Ótimo, se arrumem, crianças, vamos conseguir alguns brinquedinhos.
[...]
Saímos de casa por volta das duas da tarde. O bairro onde tínhamos que encontrar os caras era em uma parte mais perigosa da cidade, as pessoas nos encaravam por onde passávamos e a nossa maior preocupação era sair de lá vivo.
- Vocês precisam de alguém pra vigiar o carro? - Hoseok pergunta - Acho que vou ficar por aqui mesmo.
- Tá com medo, Hoseok? - Sarah pergunta - Fica tranquilo, esses caras nem parecem perigosos... ih alá, olha o tamanho da cicatriz daquele homem!
- Eu não quero participar disso não. - ele diz.
- Colocar a Sarah no lugar do Hoseok é lucro. - Do Yoon diz.
- A Sarah não vai. - Jin diz.
- Quanto mais eu passo meus dias perto de você, mais ódio cresce em meu ser. - ela diz - Escreve uma música com isso.
- Talvez eu escreva. - ele rebate.
- Dá para os dois ficarem quietos? - Namjoon diz.
- Eu acho injusto não me levarem.
- Nós já explicamos pra você, precisa ficar do lado da Manu. - digo.
- Pensei que se eu desse mais tempo vocês inventariam uma desculpa melhor.
- Esquece, Sarah, você não vai. - ela cruza os braços.
- Chegamos.
Chung-ho, que havia vindo de moto, nos esperava do lado de fora do que parecia ser um estúdio de tatuagem.
- E agora? - Jin pergunta.
- A gente entra.
- Sarah, calma. - Namjoon diz.
- Ter trago ela não foi uma boa ideia. - Jin diz.
- Sem mim vocês não conseguiriam as armas, e se estiver incomodado segue reto - ela aponta pra rua - e vai pra casa do caralho.
- Vamos entrar logo. - digo.
O estúdio parecia um lugar normal. As pessoas nos encararam assim que entramos, o que não me admirava, perto daquelas pessoas nós éramos os estranhos.
- Com licença, - Sarah diz à um homem grande e barbudo - Eu tô procurando o Bianchi.
- Da parte de quem? - o homem pergunta.
- Sarah Mello.
- Sarah? - um homem pergunta saindo da porta onde dava os fundos do estúdio - Sarah!
- Eurico? Oh meu Deus, homem! - eles se abraçam - Eu pensei que você tinha morrido! Você desapareceu.
- A polícia tava atrás de mim, então tive que dar uma sumida.
- E então, com quem falamos pra ter acesso aos brinquedos daqui.
- Comigo mesmo.
- Como assim? Você é o irmão Rafael?
- Você não nos disse que era o irmão do Rafael que iria nos ajudar. - Namjoon diz.
- Sorry por não contar, meu amor, o Rafa tem suas razões. Mas eu não sabia que o Enrico era irmão dele.
- Temos o mesmo sobrenome, Sarah.
- E daí? Italianos tem muitos nomes iguais. - o homem sorri - Mas e aí, vai nos ajudar?
- Vou, mas o polícial não entra. - ele diz encarando Do Yoon com os braços cruzados.
- Ele está com a gente. - Namjoon diz.
- E quem me garante que ele não vai me prender?
- Do Yoon - o encaro - Tem que guardar esse segredo por nós.
- Eu não estou trabalhando com a polícia aqui. - ele diz - Prometo não dizer nada do que vi.
- Ótimo, me sigam.
Enrico nos guia até a parte de trás do estúdio. Fomos levados até um grande espaço onde havia uma sala de treinamento para armas. Nos aproximamos de um painel onde várias armas estavam encaixadas.
- Aqui estão as minhas belezinhas. - ele aponta pra elas - O Rafa me contou a situação de vocês e então eu resolvi fazer esse favor de graça.
- Muito obrigada, Enrico.
- Mas creio que vocês não sabem mexer com isso.
- Eu nunca nem pus a mão em uma coisa dessas. - Hoseok diz encarando as armas.
- Diz que pelo menos uma delas é legalmente usada. - Namjoon diz.
- Até parece. - o homem responde - A maioria foi resgatada.
- Ah, tadinhas, elas estavam em perigo? - Hoseok pergunta.
- Elas foram roubadas. - Do Yoon diz.
- Aquilo é uma M1911? - Sarah pergunta.
- Sabe alguma coisa de armas? - Namjoon pergunta.
- Sarah sabe até demais. - Enrico diz.
- Você se surpreenderia se eu te contasse sobre minha vida. - ela diz piscando.
- Mas respondendo sua pergunta, aquilo é sim uma M1911.
- Ah essa gracinha custa muito caro.
- Todas essas armas foram roubadas? - Jin pergunta.
- Nada de perguntas sobre as coisas aqui dentro. Peguem uma pistola e os equipamentos de segurança.
- Nós vamos aprender a mexer com isso hoje? - Hoseok pergunta.
- Não precisam disso pra amanhã? Quando pretende aprender?
Os meninos ficaram um bom tempo analisando algumas pistolas enquanto eu peguei a primeira que vi.
- Ótima escolha. - Sarah diz - A CZ 85 tem mira ajustável.
- Como se tornou amiga da Emanuelly? Vocês duas são tão diferentes.
- Tá falando isso por que eu sei um pouco sobre armas?
- Tô falando por causa de tudo. - me aproximo - Ela não é nada como você.
- Por isso somos boas amigas. - ela carrega a pistola em sua mão - Sabe como nos conhecemos? - nego - Quando éramos crianças a Manu não tinha nenhum amigo na escola, eu não era diferente, mas ela era quieta e vivia isolada enquanto eu batia em quem chegava perto de mim. Havia algumas garotas que adoravam implicar com as meninas mais fracas e bom, a Manu era uma delas. Um dia, meu irmão mais velho me ensinou a golpear, eu sei que isso é super errado e tudo mais, mas não ligo. Naquele mesmo dia eu entrei no banheiro da escola e vi a Manu no chão toda encharcada de água e as mesmas garotas rindo dela.
- Por favor, me diz que você não golpeou elas. - Sarah ri.
- Arranquei o dente de uma e a outra saiu com o nariz sangrando. Naquela tarde a Manu me apresentou o pai dela quando ele foi buscar-la na escola, ela me chamou de super-heroina por uma semana. Desde então não eu vejo a Manu como minha irmã.
- Obrigado por proteger a mini Manu. - digo.
- Agora é sua vez de proteger ela. - Sarah leva sua mão até meu ombro - A minha Manu cresceu, mas sei que ela ainda é a mesma menininha sensível de anos atrás, então eu te peço do fundo do meu coração, não deixe que a magoem, ela é preciosa demais pra ser ferida.
- Se depender de mim, ninguém tocará nela.
Quero abrir um momento pra vocês elogiarem a Sarah, essa mulher só me dá orgulho.
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