Cap.57
- Faça essa garota calar a boca! - o homem dizia.
- Eu não sei o que fazer! Já dei o leite e troquei a fralda mas ela não para de chorar! - Ming diz.
- Olha, eu não sei o que você vai fazer, mas se essa criança continuar chorando eu acabo com ela! - Yun Hee diz.
- Nem tente por as mãos na minha filha, sua vadia!
- Chega! - o homem grita - E suma com essa garota da minha frente!
Ming se retira da pequena sala com a bebê em seus braços. Yun Hee já não aguentava mais ter as duas em casa, desde que Liz tinha chegado a menina não tinha parado de chorar, tirando o sossego da casa.
- Não sei se aguento mais. - ela diz - Temos que nos livrar dessas duas.
- Isso não é você quem decide. - o homem a encara - Ou já se esqueceu que a Liz é a nossa única chance de conseguir o que nós dois queremos?
- E a Ming? Já não era pra ter se livrado dela?
- No momento eu não acho apropriado. Ming é a única que sabe cuidar de uma criança, ou vai me dizer que você sabe?
- Eu não, odeio essas pestes. - ela bufa.
Assim como o homem naquela sala, Yun Hee tinha seus próprios planos particulares. Assim que Yoongi estivesse em suas mãos ela mesma daria um jeito de se livrar de Emanuelly e Liz, para que nada possa sair do lugar. Mas ela não sabia do que aquele homem era capaz, durante suas viagens à Londres, ele aprendera muito com um mafioso, que agora era um de seus melhores amigos. Ele sabia torturar muito bem uma pessoa, e em meio aos seus pensamentos ele sabia que tanto Yun Hee quando Ming queriam dar um jeito de tirá-lo do mapa, mas se caso fizessem, ele o faria primeiro.
- Espero que esteja satisfeita com o que estou fazendo, Yun Hee.
- E por que não estaria? Você está me ajudando e de certa forma eu também estou lhe ajudando. - ele se aproxima.
- Ótimo. - os dois se encaram.
Um brilho sombrio e quente surge em ambos os olhos. A mulher não podia negar, aquele homem era o próprio pecado em pessoa. Suas saídas à tarde para caminhadas e academia o mantém em forma e bem saudável, mas ela sabia o quão perigoso era manter outro tipo de relação com tal gente, embora fosse seu único desejo agora ela colocara seus sentimentos por Yoongi acima deles.
- Eu preciso saber se o plano está seguindo como combinado. - a mulher desvia seu olhar.
- É questão de dias para os dois se separarem, não se preocupe.
Mesmo sabendo que Yun Hee era apaixonada por Yoongi, o homem já não aguentava mais estar naquele país sem uma garota em sua cama. Dias se passaram e ele não achava nenhuma que se parecesse ou que chegasse aos pés de Emanuelly, mas Yun Hee tinha uma beleza peculiar que o chamava a atenção. Com seus olhos fixos um ao outro, o homem avança em seus lábios, segurando sua cintura e prendendo contra a parede. Um beijo com tamanha ferocidade e desejo os fazia suspirar entre pausas, pequenos beijos e chupões eram distribuídos no pescoço de ambos, o que se formava entre eles era a própria cova. Ali, em um quarto de um apartamento luxuoso, dois corpos se fundiram em busca de prazer, duas mentes vazias incapazes de pensar em seus atos e consequências.
No final do corredor, em um quarto, Ming olhava para a pequena Liz adormecida e sorria segurando seu dedinho.
- Nunca gostei do nome que o Yoongi te deu, acho estranho. Por isso vou escolher um outro nome pra você. Deixa eu pensar... - ela pondera em múltiplas escolhas que lhe passam pela cabeça - Sun Ho é perfeito, me lembra o Chung-ho. Ele é seu papai agora, meu amor.
Mesmo tendo se passado anos após o término dos dois, Ming jamais deixara de pensar em Chung-ho. Ela ainda tinha esperança de reatar seu relacionamento, mas antes, ela sentia que tinha de cumprir uma grande tarefa, que era ter seu bebê de volta.
- Ei, tive uma ideia, que tal ligarmos para o papai e dizer que podemos ser uma família nós três? - ela sorriu, contente em ter tido a ideia.
O telefone chama duas, três e quatro vezes até cair na caixa postal. O ato se repete mais duas vezes até Chung-ho atendê-lo.
- Alô?
- Chung-ho! Eu estava com saudade.
- Quem está falando?
- Minha voz não mudou tanto durante os anos, ainda sou eu, sua mulher. - ouve-se um silêncio do outro lado da linha.
O que ele mais temia acabara de acontecer. Foram meses fazendo com que Ming sumisse por completo de sua vida, e agora, que estava prestes a se casar com a mulher dos seus sonhos, o seu pior pesadelo vem à tona.
- O que você quer, Ming?
- Quero dizer que finalmente consegui! Nós podemos ficar juntos agora, meu amor.
- D-do que exatamente está falando? O que conseguiu?
- Para de ser tolo, Chung-ho, eu consegui o nosso bebê de volta!
Um frio subiu em sua espinha, Chung-ho não imaginaria que Ming chegaria a tanto. E então, ele se recordou dos homens que havia encontrado há alguns meses antes, seriam eles a terem perdido a criança?
- Ming, eu sinto muito te dizer isso mas... o nosso bebê morreu.
- Não, você está enganado! Ela está bem aqui nos meus braços.
- De quem é o bebê que você está? Me diga, nós podemos tentar resolver isso da melhor forma possível.
- Eu já disse, Chung-ho, é a nossa bebê!
- Não, Ming, não é! O nosso filho morreu, você tem que devolver essa criança para os pais dela!
- Os únicos pais que ela tem somos nós! - ela suspira - Sei que é muita coisa pra processar, eu ligo quando achar que você está melhor. - Ming finaliza a chamada.
[...]
Todos estavam à mesa de jantar com seus próprios pensamentos quando um policial adentra o local. Yun Hee se assusta com a presença do homem da lei e se levanta, assim como Ming.
- Senhor Cardoso? - ele se refere ao homem.
- Sim? - responde sem parecer afetado.
O comportamento do homem não condizia a ocasião. Ambas mulheres estavam assustadas e claramente nervosas.
- Fiz como me pediu. - Yun Hee o encara sorrindo.
- Contratou um policial pra estar do nosso lado?
- Acha mesmo que eu iria para a guerra sem uma arma secreta? - Ming relexa e volta a se sentar.
- As provas foram destruídas e ninguém sabe do rastro da Ming e nem da enfermeira que a ajudou.
- Ótimo trabalho, Lee. - o policial se curva e se retira.
- Você pensou em tudo. - Yun Hee diz com um sorriso provocador.
- Eu disse que conseguiria. Emanuelly está em minhas mãos.
- E se o seu plano tiver falhas? - Ming pergunta.
- Eu vou conseguir o quero, Ming, ou não me chamo Roberto Cardoso.
Uuuuhuul!
Pra quem criou suas teorias e achava que era o tóxico do Roberto, parabéns, vocês acertaram!!!
Eu não vou mentir, tô tão envolvida nessa série que tô pensando no desfecho pro terceiro livro, eu sei, parece loucura, mas aguardem que tô pipocando ideias!
Eu vejo muuita gente comentando (gosto muito de ler, aliás), e sei que há pessoas que estão sempre dando suas opiniões e comentando sobre alguns trechos, quero agradecer em especial a essas pessoas porquê eu já ri bastante com muitos comentários.
Espero que gostem, bjs❤
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