Cap.30
Yoongi
Os meninos me deixaram sozinho com minha mãe na sala e Emanuelly insistiu que também ficasse já que todos nós sabíamos que assunto também era com ela. A mulher em pé a minha frente não tinha cara de bons amigos, eu na verdade conhecia aquela expressão, eu estava morto.
- Mãe, eu posso...
- NÃO ME VENHA TENTAR JUSTIFICAR SEUS ATOS, MIN YOONGI! - Ela grita - Engravidou uma moça desconhecida e ainda por cima de outro país? ONDE ESTAVA COM A CABEÇA, MENINO?
- A senhora quer mesmo saber?
- Yoongi! - Emanuelly dá um tapinha em meu ombro - Sabemos que fomos irresponsáveis, senhora Min, mas...
- Isso é um assunto meu e do meu filho!
- Mãe, ela precisa estar aqui, é ela quem está grávida.
- Por causa de uma burrice sua!
- Acho que já ouvimos o suficiente sobre nossa irresponsabilidade.
- Você tem ideia do que fez, meu filho? - Ela tentava acalmar a respiração - Acabou com seu futuro, sua vida, sua carreira!
- Eu virei pai não assassino! - Grito - E não me arrependo, desde que recebi a notícia de que eu teria um filho essa casa não para mais. Os meninos estão felizes, eu estou feliz. Um bebê não é uma desgraça, mãe, é um bênção. - Encaro Emanuelly - E ela veio pra mudar a minha vida.
Minha mãe se senta no sofá aborrecida.
- Foi errado? Foi. Não fiquei feliz quando soube, ninguém gosta de ser surpreendido com uma notícia dessas, mas eu aprendi a amar essa criança, mãe, e vou cuidar dela. - Ela me encara.
- E sua carreira?
- Nossos fãs não precisam saber agora.
- E a BigHit sabe disso?
- Sabe, não se preocupe. - Vou até ela e me sento ao seu lado - Eu me viro com tudo, não sou mais uma criança.
Emanuelly se senta ao meu lado e segura minha mão. Mamãe suspira e me encara.
- Vai ser uma netinha ou um netinho? - Sorrio.
- Uma menina, o nome dela vai ser Liz.
- É um belo nome.
- Nós escolhemos juntos.
- Ótima decisão. Mas... vocês pensam em se casar já que vão ter uma filha?
Encaro a menina ao meu lado que se encontrava apreensiva.
- Sabe o que é, senhora Min, nós... - A interrompo.
- Quem te disse que eu teria um filho?
- O quê? Ah, isso... bom, uma garota me ligou hoje cedo e disse isso. Mas o número era privado e ela não disse quem era.
Bufo. Nem era preciso dizer o nome pra saber quem era. A imagem de garota compreensiva que eu tinha daquela mulher foi toda para o buraco.
Minha mãe ficou mais um tempo conversando com a Emanuelly sobre a gestação e depois foi embora. Pensei em voltar para o quarto e continuar o que estávamos fazendo mas a mãe da minha filha estava sonolenta e cansada, e eu teria que adiar minha noite perfeita.
Pela manhã voltamos para a empresa e vimos as fotos tiradas. Organizados algumas coisas para os próximos shows e na hora do almoço voltamos para a casa. Essa rotina até que não era tão tediosa, nada fora do comum, mas agora sempre que nós saímos de casa sabemos que terá alguém para nos esperar, e daqui à alguns meses, duas pessoas.
1 mês depois...
- Essa coisa fede... - Taehyung fala segurando a meia que achamos na sala.
- Me diz o que do Jimin não fede?
- Xiii, eu quero dormir. - O mais novo reclama deitado no sofá.
- Eu disse pra ir dormir cedo ontem, mas você como sempre me ignorou. - Reviro os olhos.
- Sua filha é a Liz, não eu.
- Deixa ele dormir um pouco, é sexta! - Jungkook sorri.
- Vai lá falar com sua mulher que eu sei que ela tá te esperando. - Taehyung me empurra em direção as escadas.
Subo até o quarto de Emanuelly, que poderia estar dividindo comigo mas a teimosa não cede. Abro a porta e a vejo deitada na cama sorrindo com lágrimas nos olhos.
- Tá tudo bem? - Ela me encara.
- Ah, você finalmente chegou. Vem cá! - Ela faz sinal com a mão e eu me aproximo.
- Aconteceu alguma coisa. - Ela limpa os olhos.
- Aconteceu.
Emanuelly segura minha mão e leva até sua barriga, ainda me encarando com emoção.
- Vai filha, mostra pro papai.
E de repente um chute. Sorrio. Liz começa a se mexer no ventre de Emanuelly me fazendo também ficar com lágrimas nos olhos.
- Ela começou já faz um tempinho, mas eu queria ter certeza que era um chute mesmo.
- Isso é maravilhoso, Manu. - Ela sorri.
- Primeira vez que me chama assim.
- É o máximo que você ganha, não sou de apelidos carinhosos. - Digo sorrindo.
- Posso me acostumar.
Me deito ao seu lado e acaricio seu rosto.
- A gente pode sair amanhã se você quiser.
- Combinei de sair com a Ming, ela tá doida pra sentir a Liz.
- Ah, eu posso ir com vocês.
- Acho melhor você ficar, é só uma saída entre amigas.
- Desculpa mas... eu não consigo confiar nessa Ming. - Emanuelly revira os olhos e se senta.
- Lá vem você de novo.
- Eu só não confio nela, custa sair com alguém junto?
- Não sei porquê essa sua cisma com a Ming, ela não fez nada com você.
- Eu sei, Manu, mas tem algo nela que não me passa confiança.
- É coisa da sua cabeça.
- Meu sexto sentido diz que não.
- Seu sexto sentido é uma merda.
- Talvez seja, mas custa ir junto com alguém?
- Já disse que é algo entre amigas, a Ming é a única garota que eu conheço aqui, se eu levar um dos meninos vai ser chato.
- Mas que mulher teimosa!
- Você que é teimoso. Isso é insegurança de pai de primeira viagem, logo passa.
- Tem certeza?
- Claro. Os meninos amam a Ming e nenhum deles nunca reclamou dela.
Por um lado Emanuelly tem razão. Ming anda presente em nossas vidas ultimamente e os meninos viraram grandes amigos dela. Mas eu não consigo confiar naquela mulher. Algo na maneira como ela age ou olha... não sei, só não gosto. E se isso for coisa da minha cabeça vou ter que dar um jeito de me livrar dessa coisa logo, a garota é amiga da Manu e eu não posso agir dessa forma com as amigas dela.
- Talvez eu seja o problema mesmo.
- Não encara dessa forma, eu sei como você está ansioso com a gravidez e eu também estou. Mas a Ming me apoiou até agora e foi uma ótima pessoa. Fica calmo, ok? - Assinto e sorrio - Vou tomar banho. - A encaro.
- Eu sei que faz isso de propósito. - Ela sorri.
- Faço o que?
- Essas provocações.
- Não sei do que está falando.
- Sabe. Resolvemos esperar até o período de resguarda acabar para fazermos isso mas você provoca.
- Você que põe malícia em tudo, eu só disse que vou tomar banho.
- E toda vez que você diz isso as poucas memórias que eu tenho do seu corpo me vem à cabeça.
- Vai ter que se contentar com isso, querido. - Ela pisca e vai para o banheiro.
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