Alguns minutos depois, uma figura branca entra pela porta. Ele me encara sério e se senta na poltrona a minha frente.

- O que você quer? - Ele pergunta frio.

- Eu não sei de você se lembra de mim... - Ele ri.

- Quer dinheiro? É isso que você quer? - Arqueio uma sobrancelha.

- Não, eu...

- Diga a quantia que eu pago.

- Eu não quero o seu dinheiro. O que tenho pra te falar é sério.

- Então diga logo!

- Isso, - Entrego o teste a ele - É o problema. - Ele vê o teste e me encara.

- Não é meu. - Ele deixa o teste na mesinha entre nós.

- O que?

- A criança, não é minha. - Ele cruza os braços.

- Como não?

- Espera mesmo que eu acredite que fui o único a me deitar com você? As chances de eu ser o pai são mínimas.

- O que está dizendo? Você foi o único com quem me deitei!

- Atrás de que? Dinheiro? Reconhecimento?

- Eu já falei que não quero seu maldito dinheiro!

- Então é isso. Eu não posso afirmar que o bebê é meu filho. - Suspiro.

- Eu fiz minha parte. - O encaro - Eu só tinha que vir te avisar, a decisão de participar da vida dessa criança é sua.

- Se está dizendo a verdade, não se importaria de fazer o teste de DNA. - Ela semicerra os olhos.

- Tudo bem, eu faço.

- Ótimo. Vou marcar os exames. - Ele se levanta.

- Mas, a criança não tem que nascer primeiro? - Ele revira os olhos.

- Nunca ouviu falar de teste de DNA não invasivo? - Nego, ele bufa - Eles coletam o meu sangue e o seu e analisam o DNA do feto que estão disponíveis no seu sangue.

- E quanto tempo isso vai durar?

- O teste demora sair. Mas eu não estou preocupado, sei que essa criança não é nada meu.

- Eu já disse que...

- Não quero ouvir. - Ele me encara - Preciso do seu número pra entrar em contato sobre os exames. - Pego um papel e uma caneta que estavam em cima da mesinha e anoto meu número - Quando forem coletar nosso sangue eu te aviso. - Ele sai da sala.

Olho para Sarah que está alheia a toda a situação. Suspiro e olho para as mãos.

- O que aconteceu? - Ela pergunta.

- Ele acha que o filho não é dele.

- Como assim!? Ele te engravida e ainda acha que o filho não é dele?!

- Ele acha que eu me deitei com outros homens além dele. - Cubro o rosto com as mãos - Ah Sarah, o que foi que eu fiz?

- Calma, Manu. Mas e agora? O que vão fazer?

- Vamos fazer um tal exame de DNA. Teste de DNA não invasivo.

- Já ouvi falar. Mas vai ser ótimo quando ele ver que o filho é realmente dele.

- Isso prova que ele vai estar errado. - Sorrio.

▪Yoongi▪

Entro no quarto e no mesmo momento os meninos vêm correndo me fazendo várias perguntas.

- Quem é Emanuelly e por que ela estava com um teste de gravidez lá em baixo? - Namjoon pergunta.

- É uma garota que conheci no dia em que fomos para aquela boate.

- Aquela em que você sumiu? - Hoseok pergunta.

- Sim.

- Tá. Sabemos que você conheceu a menina na boate. Mas, e o teste de gravidez? - Jin pergunta.

- Ela veio com uma história de que sou pai da criança que ela está esperando.

- VOCÊ ENGRAVIDOU UMA MENINA!? - Taehyung diz.

- Quem engravidou quem? - Bang PD entra no nosso quarto.

- Ah... Não é nada...

- Hyung está sendo acusado de ter engravidado uma garota. - Jimin diz.

- Jimin! - O repreendo.

- Desculpa, hyung. Mas uma hora ou outra ele teria que saber.

- Yoongi, você tem noção do que fez? - Bang PD pergunta.

- Eu tenho certeza que não sou pai da criança.

- E se for?

- Vamos descobrir. Vou fazer um teste de DNA não invasivo.

- É só isso que você diz? Acha que cuidar de uma criança é facil? Como você engravida uma garota em outro país?

- Eu já falei que essa criança não é minha!

- Yoongi, a questão é, você se deitou com ela, se ela contar isso para a mídia nós estamos arruinados!

- Eu pago o quanto ela quiser pra ficar de boca fechada.

- Acha que dinheiro compra tudo? - Ele suspira - Eu vou correr atrás desses exames aqui no Brasil. Por sua causa teremos que ficar mais tempo aqui.

- Vocês estão preocupados atoa.

- Se essa criança for sua - Bang PD me encara - Você vai se responsabilizar por tudo. Essa garota não pode cuidar de uma criança sozinha. Eu posso ser tudo, menos irresponsável. Você terá que arcar com as consequências. - Ele sai do quarto batendo a porta.

- E agora? - Jungkook pergunta.

- Se essa garota estiver mesmo grávida de você, ela terá que morar conosco, não é? - Namjoon pergunta.

- Eu não sei. Se vocês disserem que não eu arrumo uma casa pra ela morar ou coisa assim.

- Claro que não, hyung. Ela pode morar com a gente! Eu adoraria cuidar de uma criança. - Jimin diz.

- Eu não me importo de tê-la conosco. - Jin diz.

- Não é preciso pensar nisso agora. - Digo - Na verdade, nem sei se será preciso pensar nisso.

- Você está mesmo confiante de que a criança não seja sua. - Hoseok diz.

- Não é. Eu tenho 99,99% de certeza.

- Ainda temos 00,01% de esperança. - Taehyung diz.

•Emanuelly•

- O que acha que vai acontecer? - Sarah pergunta assim que chegamos em casa.

- Eu não sei. Mas confesso que estou com medo. - Digo de cabeça baixa.

- Medo de que? - Ela me encara.

- De cuidar dessa criança sozinha.

- Você não vai cuidar dela sozinha. Tem eu! - Ela aponta para si própria.

- Eu sei, Sarah. Mas por mais que eu tenha sua ajuda, eu sei que a criança vai sentir falta de um pai. Eu cresci sem minha mãe e sei bem o que é não ter alguém do seu lado pra te aconselhar e dar carinho. Eu amava o papai, mas sentia falta de uma figura materna.

- Você acha que ele vai mesmo entrar em contato com você?

- Não sei. Mas se ele não entrar em contato eu não vou correr atrás.

- Assim que se fala. Mas saiba que eu vou sempre estar aqui. - Ela me abraça.

- Eu sei, Sarah. E muito obrigada por estar comigo nesse momento.

- Eu acho que tenho que te pedir desculpa. Eu que insisti pra você ir até a boate comigo, mesmo você não querendo. - Ela abaixa a cabeça.

- Você não tem culpa, Sarah. Era pra acontecer. - Ela sorri.

- Já está pensando em nomes?

- Ainda está muito cedo pra isso.

- Eu não acho. Posso até fazer uma lista de nomes femininos e masculinos. Se o pai quiser posso até procurar nomes coreanos.

- Eu não sei se ele vai se importar com isso, mas se você quer tanto. - Dou de ombros.

- Você quer que seja o que? Se for uma menininha podemos colocar um monte de roupinhas e lacinhos no cabelo.

- É uma criança, não uma boneca. - Ela ri.

- Seria muito fofo. Mas se for um menino, podemos comprar um monte de roupa de super herói. Eu gosto muito do homem aranha.

- Sarah! Já disse que é uma criança, não um brinquedo.

- E se comprarmos roupas iguais para você e para a criança?! Vai ficar muito fofo!

- Sarah! - Ela gargalha.

- Tudo bem. Vou parar. - Ela me encara - Será que vai nascer com o olhinho puxado ou mais aberto?

- Eu não sei, Sarah. Do jeito que essa criança vir ao mundo, eu vou a amar do mesmo jeito.

- Eu sei. Mas imagina se vir um coreaninho? O Yoongi não é feio e você também não. Vai ser uma ótima mistura. - Ela ri.

- Claro. Agora preciso descansar.

- Vá dormir. Eu faço alguma coisa pra você comer quando estiver acordada. - Assinto.