VII: PAIN AND HEALING
A senhora Granny foi me puxando pelos cabelos até estarmos na sala da guilhotina, ela puxava meus fios de cabelo com tanta força que quase os arrancava, ela me colocou deita na guilhotina, e eu clamava por misericórdia, mas ela simplesmente ignorava, foi aí que ela puxou a alavanca e...
— S/n...S/n acorda — Senti uma voz doce mas com um tom de preocupação me chamar, meu corpo estava sendo balançado suavemente, abri os olhos e me sentei rapidamente, estava com as mãos tremendo, corpo inteiramente suado e chorando, observei ao meu redor e vi que estava no meu quarto, enfim caiu a ficha que foi tudo um pesadelo, mas um... _ Está tudo bem?
— Ela ia conseguir, Sam, ela ia conseguir me matar, mas... — Ele me puxa para um abraço aperto enquanto eu me derramava em lágrimas, a essa altura eu fico me perguntando, como ainda não estou desidratada de tanto chorar?
— Mas ela não conseguiu, você está bem, está segura — Ele sussurra em meu ouvido.
Ele me puxa para voltar a ficar deitada, ainda me abraçando ele cantarola bem baixinho uma música e acabou deixando o sono me guiar novamente.
Ouvi um barulho calmante do canto dos pássaros e abri meus olhos agradecendo por ter conseguido descansar sem nenhum pesadelo, olhei para o lado e não havia ninguém, Sam deve ter se levantando mais cedo, como sempre...
Me levantei da cama, troquei minha roupa e fui até o banheiro me cuidar, depois de fazer tudo de necessário, estava indo até a cozinha quando passo em frente a porta da biblioteca e vejo as malas da Senhora Granny em cima da mesa, como a curiosidade me acompanha desde sempre, fui até ela dar uma olhada.
Assim que abri a bolsa vi um livro grosso de tortura medieval, na capa havia uma foto de uma cadeira repleta de pregos afiados, nem quis ver o conteúdo do livro, apenas o joguei em cima da mesa, na bolsa também havia algumas facas, frascos de remédios totalmente cheios e uma pasta, ao abrir a pasta observei os papéis onde continuam fotos e algumas informações sobre as vítimas já feitas pela Granny.
1° vítima - Slendrina Granny, Uma adolescente do último ano do ensino médio.
2° vítima - Hasan Granny, um lindo menino recém nascido.
3° Vítima - Arnold Hall, um jovem rapaz fugitivo da polícia que estava a procura de um lugar para passar a noite, no dia seguinte ele iria para outro país ilegalmente.
[...]
34° Vítima - S/n S/s, uma bela jovem que apareceu de repente com um problema em seu carro, e até agora, a que mais deu problemas.
34 Vítimas e 33...33 pessoas mortas, ela matou pessoas da própria família e entre elas, um bebê recém nascido, eu imaginaria isso de um demônio, de um vampiro, Lobisomem ou de qualquer criatura sobrenatural, mas não de um ser humano.
A dor no meu coração ficou ainda mais forte, não estava mais suportando, as cenas se repetem na minha cabeça sem o meu consentimento e agora só consigo pensar nas coisas que ela fez com as pessoas antes de mim. Sam disse que podíamos vencer isso, juntos, mas a única maneira que vejo de acabar com isso é me livrando dos pensamentos, e para me livrar deles acho que tenho que terminar o trabalho da Granny, é o fim da linha para mim.
Peguei meu celular e digitei os nomes dos remédios na barra de pesquisas, abri a bula deles e vi que eram medicamentos extremamente fortes, guardei tudo rapidamente dentro da bolsa, peguei os frascos de remédio e corri para meu quarto, me sentei na cama e novamente comecei a chorar, retirei a tampa do remédio, tremendo por sinal, e despejei metade deles em minhas mãos, peguei o copo de água que havia em cima do criado do mudo, e quando ia levá-los a boca alguém bate na porta, coloquei os comprimidos novamente na embalagem e joguei os frasco em baixo do travesseiro, me ajeitei na cama enquanto fingia estar apenas bebendo a água.
— Bom dia — Sam diz com um sorriso no rosto enquanto entrava no quarto.
— Bom dia.
— Dormiu bem?
— Graças a você, sim, ah e obrigada.
— Não precisa agradecer, meu bem. Vamos tomar café?
— Eu acho que vou tomar um banho primeiro.
— Vai querer ajuda?
— Vou tentar sozinha, qualquer coisa te chamo.
— Tá Bom — Me levantei saindo do quarto e Sam permaneceu lá sentado na cama.
Depois de vários e vários minutos, com muita dificuldade, e negando a mim mesma que eu precisava de ajuda, eu termino o meu banho e volto para o quarto, encosto a porta, e quando me viro tomo um susto ao ver o Sam parado ao lado da cama com uma expressão séria, ele olha para mim e ergue uma das mãos mostrando o frasco do remédio que estava em baixo do travesseiro.
— Onde pegou isso? — Ele mantém a expressão séria em seu rosto.
— Eu não...
— Responde a minha pergunta, onde você pegou isso?
— No fundo da bolsa da Granny — Respondo depois de um longo suspiro.
— Você sabe que esses remédios são extremamente fortes e que um uso errado deles ou uma dose a mais pode fazer estragos.
— Eu sei, essa era a intenção.
— Não acredito que iria fazer isso.
— Eu ia, Samuel - Falo um pouco mais alto — Não dá para viver com toda essa dor em mim, não depois que aquela velha fudeu com o meu psicológico, não depois de descobrir que ela matou 33 pessoas antes de mim. E nem você, nem ninguém pode mudar isso, então me devolve os remédios.
— Não, eu não vou devolver para você, não vou deixar você acabar com sua vida, você sempre foi forte, não pode desistir agora.
— Sam vai ser melhor.
— Você pensa que vai ser melhor, mas como nós ficamos? Dean e eu? Você está achando que acabar com sua vida vai acabar com sua dor, mas não vai, a morte vai trazer uma dor pior, tanto para você quanto para as pessoas que te amam — Foi nesse momento que percebi o quão egoísta estava sendo, os meninos estavam cuidando muito de mim, e em nenhum momento eu pensei neles. Me aproximei do alce e deu um forte abraço nele.
— Eu sinto muito — Olhei para seu rosto e vi que ele estava chorando, juntei nossos lábios em um beijo rápido e delicado, depois colei nossas testas enquanto passava a mão pelo seu rosto — Eu não queria que ficasse assim, me perdoa por favor.
— Tá tudo bem, só me promete que não vai tentar isso de novo, sempre que precisar converse comigo.
— Eu prometo.
3 dias depois
Os meninos acharam melhor eu começar a fazer um tratamento psiquiátrico, desisti no primeiro minuto de contestar por que sabia que eu precisava de ajuda.
— Então eu sou uma garota "comum" que trabalha em uma loja de roupas, meus pais morreram em um acidente de carro — Digo enquanto no três entravamos no elevador do prédio.
— Exatamente, você conta o que realmente aconteceu, sem tocar no assunto de criaturas sobrenaturais, qualquer coisa você inventa.
— Tá Bom — Dou um suspiro quando chegamos ao andar.
— Vai dar tudo certo.
Alguns minuto depois de chegarmos a doutora Ashley Carter me chama e eu entro no consultório.
— Olá, S/n, como vai?
— Gostaria de estar melhor.
— Quer me contar o motivo de estar aqui?
— Promete não acabar estranho?
— Meu trabalho é ajudar você, não vou te julgar — Tomo coragem e conto a história com todos os detalhes, desde o meu carro quebrado até a parte da guilhotina, é claro que dando uma modificada na parte que o Dean matou ela e nesse tipo de coisa que ela não precisa saber.
— Ela realmente machucou muito você — Ela diz olhando para todos os meus curativos.
— Não só físico, mas também no meu psicológico, por isso estou aqui.
— Fique tranquila eu vou te ajudar.
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