III: THE ESCAPE
Comecei a vasculhar as gavetas do quarto, tentei ter o máximo de cuidado para não fazer barulho, em uma delas achei um alicate, tomei coragem, coloquei a mão na maçaneta da porta do quarto, e a abaixei devagar, olhei ao redor, não havia ninguém, andei delicadamente para o quarto ao lado, entrando... Fiz a mesma coisa com o outro, procurei em todas as gavetas, e não encontrei nada de relevante, fui indo para o próximo quarto, e acabei esbarrando em um cabide, que logo fez um TAC no chão.
— Merda! — Tentei correr mas já era tarde demais, a senhora Granny havia me acertado novamente com o taco de beisebol.
Me levantei, estava novamente no quarto que estava a princípio, "no meu quarto", depois que minha visão voltou ao foco, procurei pelo relógio para observar as horas, 08:10, caramba! Esse taco tem um cronômetro?
Do lado da cama havia uma pequena caixa de papelão, decidi que iria colocar tudo que fosse encontrando lá dentro, novamente abri a porta com leveza e avistei a Granny subindo as escadas que aparentemente davam no sótão, essa era a oportunidade perfeita para vasculhar no primeiro andar na casa. Fui descendo as escadas, segurando firmemente no corrimão, a minha cabeça latejava de dor e precisava de apoio, fui em direção a cozinha, e comecei a olhar nos armários, estavam vazios, havia apenas um melão em um deles, que eu claramente não iria comer aquele troço, vai que estava envenenado, voltei para a parte da escada e vi a porta principal, havia um cadeado com números, que eu provavelmente teria que achar a combinação, outro cadeado normal, um pedaço de madeira e enfim a fechadura comum de uma porta.
Passei pela porta, indo para a sala, mas fui parada por um fio que acabei tropeçando, na hora que esbarrei nele o sino de cima da porta começou a tocar, eu só vi a Abigail correndo escada abaixo e me dando outra paulada.
E foram assim as:
09:10
10:10
11:10
12:10
13:10
14:10
15:10...
Durante 4 dias, nesses dias eu passei por poucos e boas, que de boas não havia nada, eu não sei como estava aguentando ficar de pé, devo ter levado pelo menos umas 90 bancadas na cabeça, isso não é o suficiente para uma pessoa morrer?
Não aguentava mais, eu queria desistir, para mim a morte era melhor que tudo aquilo, a dor era tão forte, sem contar o que eu tive que passar para poder sobreviver, o que eu tive que comer, dá ânsia de vômito só de lembrar, mas mesmo com tudo isso algo me mantém de pé para continuar, minha família, Sam e Dean, saber que eles me amam e que devem estar de cabelo em pé, dando o máximo de si para me encontrar, eu não posso desaponta-los, prometi para Sam que eu voltaria, e eu vou voltar, ele já perdeu tantas pessoas que ele amava, não posso ser a próxima, não posso causar dor em uma pessoa que amo mais do que a mim mesma.
Pus os pés firmemente no chão, e comecei a caminhar de novo pela casa, já havia encontrado o código do cadeado, e um martelo para tirar a madeira, agora só faltava duas chaves, já conhecia aquela casa mais do que a minha própria, e posso arriscar a dizer, que ela parece pequena, mas por dentro pode até ser maior do que o bunker, nela escondiam, uma enorme garagem, um porão, um sótão, três quartos, um banheiro e mais uns sete cômodos com coisas aleatórias.
Parece que acabei de encontrar o oitavo, não sei como, mas, vim parar em um local onde continha um mini poço, uma casa de bonecas feita de ferro e uma...isso e uma...GUILHOTINA? Será esse o meu fim? Morrer decapitado assim como todos os vampiros que matei durante minha vida caçadora?
Olhando para o lado, eu vi um boneco pendurado, como se tivesse enforcado, ele tinha cabelos longos, e usava a camisa do Sam que estava na minha bolsa, foi uma cena horrível, coloquei a mão na boca e comecei a chorar de soluçar, como? Como ela sabia da aparência do Sam?
Fui caminhando pelos local até estar bem próxima do poço, olhei para dentro dele e só vi um caminho de escuridão, mas nele havia uma corda, tentei puxar a corda e...91 pancadas... Granny havia entrada pela porta, mas dessa vez ela não me acertou na cabeça, e sim na minha perna, e quando ela fazia isso era por que tinha coisa pior vindo por aí, tortura, mais tortura.
Ela me pegou pelos cabelos com força, e foi me arrastando.
— Eu estava louca para usar essa guilhotina, consegui ela tem pouco tempo e nunca tive a oportunidade se usar — Ela foi me levando até a máquina cortadora de cabeças, e me colocou sentada nela.
— Você... Você disse que eu tinha 5 dias, ainda falta um - Digo tremendo e chorando.
— Você acha mesmo que vai conseguir sair daqui?
— Eu ainda tenho esperança.
— Vou poupar você da guilhotina, por enquanto... Mas ainda quero me divertir — Novamente ela me pegou pelos cabelos foi me arrastando casa a fora, até chegarmos em um lugar que parecia uma sauna, ela me jogou lá dentro e ligou ela no máximo, meu corpo estava todo cortado, pois a um dia atrás ela havia passado uma lâmina nele durante uma hora, UMA HORA! sendo esfaqueada, eu realmente não sei como estou viva, eu gritava de dor por aquele valor quem estar em contado com meu corpo machucado, e foi assim durante um tempo, suava e já não conseguia mais respirar, mas aí vejo a Granny abrir a porta e me puxar de volta, me jogando no chão, ela sai deixando uma armadilha de urso bem na escada, só sei que acabei apagando, de novo.
Quando acordei estava no mesmo lugar, era a hora de subir as escadas, fui com muito cuidado desviando da armadilha, e com muito cuidado consegui passar, voltei para o cômodo da guilhotina, e novamente tentei puxar a corda do poço, quando ela estava toda em cima, peguei o balde e nele havia uma havia escrito "Playhouse", corri para a casa de bonecas e a abri, dentro havia um sistema com engrenagens girando, puxei a manivela e uma chave saiu de dentro dela, provavelmente é a chave do cadeado, agora só falta uma.
Voltei a andar pela casa, sem saber onde procurar, já havia olhado em tudo e essa chave não estava em lugar nenhum, acabei entrando em um quarto que não conhecia, tipo um escritório, em cima da escrivaninha havia vários papéis, e me surpreendi quando encontrei um que tinha uma anotação.
"Hoje é meu 5 dia aqui, e não sei se vou conseguir sair, ela me persegue em todo lugar que eu vou, estou escrevendo essa nota para caso haja mais vítimas, ela gosta muito de coisas difíceis, e esconde uma coisa em lugares inusitados, olhe dentro das frutas, talvez haja algo. Desculpa não poder ajudar mais, estou ouvindo passos e tenho que sair daqui"
Então parece que eu não sou a primeira vítima, quantas pessoas ela já matou antes de mim? Já lutei contra todos os tipos de coisas sobrenaturais, mas nada se compara a uma psicopata que quer te matar a todo custo. Decidi fazer a mesma coisa, peguei os papéis que estavam em cima da mesa e comecei a escrever.
"Estou aqui a quase 5 dias, e ainda tenho esperança de sair, falta tão pouco, apenas uma chave, e acho que ela está dentro do melão, passei por tanta coisa que nunca havia passado antes e não sei como ainda estou viva, se caso houver mais vítimas, tenha fé, e não desista, depois que sair daqui eu quero fazer com que essa mulher pare, eu não sei se ela esconde as coisas no mesmo lugar sempre, mas para facilitar, o código do cadeado é 4680, se eu estiver certa a chave da porta está dentro das frutas, partes de uma shotgan estão escondidas pela casa, não consegui monta-la, mas você pode tentar, e se caso eu não sair daqui, faça um favor para mim, entreguei a carta ao lado para minha família, procure sem cessar por Sam e Dean Winchester e entregue para eles."
E foi assim que decidi escrever também uma carta para os meninos, eu posso até conseguir sair daqui, mas do estado que meu corpo se encontra não sei se vou sobreviver por muito tempo.
"Oi meninos, não dá tempo de explicar como eu vim parar aqui, mas se caso vocês estão recebendo essa carta é por que eu não sobrevivi, uma senhora psicopata tortura pessoas, e comigo não foi diferente, eu só peço uma coisa a vocês, achem ela e dêem um jeito para ela nunca mais fazer isso com ninguém, meu corpo está completamente machucado, meu psicológico está abalado, o medo se instalou em mim de uma forma que eu nunca havia sentindo antes.
Só quero deixar bem claro que vocês são as pessoas que mais amo nessa terra, agradeço por tudo que fizeram por mim, admiro muito vocês, não se sintam culpados por nada, ouviu Samuel? Nada disso é culpa sua, e nem façam pacto para me trazer de volta, eu estou perto de sair dessa casa, mas as chances de eu sobreviver são pequenas, só sejam felizes, e tenham lembranças boas de mim, saiba que amei vocês como ninguém, e sei que vocês também vão me amar eternamente.
Com amor, sua querida S/n."
Deixei as cartas em cima da mesa, e fui caminhando cuidadosamente até a cozinha, procurei por uma faca mas não havia nada, como eu vou corta essa merda desse melão? Ouvi barulho da Granny vindo e corri para o porão de novo, fiquei sentada pensando em como iria cortar ele, foi então que lembrei da guilhotina, corri lá para baixo e fiquei escondida até a Granny subir para o sótão, depois que ela subiu, coloquei o melão na parte onde fica a cabeça, e puxei a alavanca, metade da fruta foi para o chão, e dentro dele havia uma chave "Master key", tentei conter minhas lágrimas de felicidade, e rapidamente fui para a porta principal, estava tremendo mas consegui tirar o cadeado, e coloquei a chave na fechadura da porta, avistei a senhora Granny em cima e fiz contato visual. Votei a focar na porta. Enquanto ouvi os passos apresados dela vindo até mim, rodei a chave e consegui abrir, corri para meu carro, que realmente estava na frente da casa, e rezava na minha mente para ele estar mesmo consertado. Entrei nele, girei a chave, e imediatamente o carro se ligou, a única coisa que fiz foi pisar o pé no acelerador, olhei pelo retrovisor e vi a senhora Granny correndo atrás do carro, mas quando ela percebeu que não havia mais como, ela parou.
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