MARCOS REY
Marcos Rey, pseudônimo de Edmundo Donato, nasceu em São Paulo, cidade que serviu de cenário para os seus contos e romances, em 1925. Estreou em 1953, com a novela Um Gato no Triângulo. Sete anos depois, publicou o romance Café na Cama, um dos best-sellers dos anos 60. Depois, vieram Entre sem Bater, O Enterro da Cafetina, Memórias de um Gigolô, O Último Mamífero do Martinelli e muitos outros.
Autor de uma vasta produção de obras literárias e audiovisuais, Rey assumiu o ofício de escrever o tempo todo, passando a viver de seus textos e criações. Destacou-se pela qualidade de seus contos e romances de realismo urbano, captando e recriando a atmosfera da grande cidade e de seus personagens, incluindo a aristocracia, a classe média e a vida noturna.
Marcos Rey escrevia como se estivesse filmando o cotidiano e a realidade da metrópole paulista. Desde a infância, foi um inveterado leitor. Publicou o seu primeiro conto aos 16 anos no jornal Folha da Manhã, já fazendo uso do seu pseudônimo.
Habilidoso e versátil, Rey atravessou as décadas de 50 a 90 como cronista, contista e roteirista de rádio, televisão e cinema, além de participações em textos para programas de humor, novelas, minisséries e publicidade.
É autor de uma deliciosa coleção de romances de aventura e mistério para jovens leitores, escritos a partir da década de 1980. Entre os títulos que são grandes sucessos de público estão O Mistério do 5 Estrelas, O Diabo no Porta-Malas e Sozinha no Mundo.
Foi também tradutor de livros em inglês, em parceria com seu irmão Mário Donato. Em 1986 foi eleito para a Academia Paulista de Letras. Em 1994 ganhou o Prêmio Jabuti por seu conto "O Último Mamífero do Martinelli". Em 1996, conquistou o Troféu Juca Pato, premiação que ele mesmo ajudara a criar em 1962, com o romance "Os Crimes do Olho-de-Boi"
Entre 1992 e 1999 foi colunista da revista Veja, produzindo um total de 175 crônicas, que eram publicadas na última folha.
Em 1999, após voltar de uma viagem à Europa, Rey foi internado no Hospital Paulistano para uma cirurgia, não resistindo às complicações. Ele tinha câncer generalizado, falecendo em 1º de abril, aos 74 anos.
A viúva Palma Bevilacqua Donato, com quem ficara casado por quase 40 anos, cumpriu após a morte de Rey dois desejos do escritor: ser cremado e que suas cinzas fossem espalhadas por um lugar que houvesse "pedra e concreto". Assim, Palma sobrevoou com um helicóptero o centro velho de São Paulo espalhando as cinzas do escritor sobre a cidade que foi a grande personagem de toda a sua obra.
E aí Suspensers, já conheciam o Marcos Rey? Já se depararam com alguma obra do autor enquanto estudavam no ensino médio? Diz pra gente.
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