Saku[Nome] - ESPECIAL
*Esse capitulo é uma resposta ao capítulo ESPECIAL, postado em Redamancy - Sakusa x Leitora
A semana de provas estava me matando e os trabalhos que os professores pediam também, longas folhas explicativas com uma série de itens de obrigatoriedade, de verdade era o pior. Tinha que conciliar estar na quadra, ajudando o time com estar na biblioteca auxiliando Taya e Lâmia. E isso não se estendia apenas aos dias de semana, sábado e domingo a rotina permanecia praticamente a mesma coisa.
Então conseguir um pequeno tempo para que eu ficasse sozinha com os meus próprios foi um presente, o banco de cimento próximo ao campo de futebol tinha se provado um ótimo local para pensar, e também trazia memórias. Já que foi bem ali que eu contei sobre a minha mãe para meus amigos.
Assim como naquele dia o céu estava tingido por tons de laranja e rosa vibrantes lentamente aguardando para que o sol passasse o seu turno para a lua e as estrelas. Foram alguns minutos de pensamentos desconexos até que eu me lembrasse do segundo motivo de estar ali.
Minha entrevista.
Sem perceber um suspiro deixou a minha boca, havia passado o olhar por algumas delas então... Vamos ao trabalho.
Como é ser gerente daquelas crianças?
Crianças, bem, realmente se parecem. Tirando Elijah-senpai que parece ser a única gota de sanidade fixa entre os terceiro anistas, Iizuna-san tem seus momentos mas ele tende a se deixar levar pelo Kurosawa-senpai que geralmente representa o sinônimo de caos.
Lógico que sendo um time com muitas expectativas, durante o treino em si eles se mantêm completamente focados mas nas pequenas pausas às vezes podem sair do controle. Mas é bom, são esforçados assim como o lema do clube fala.
Você e o Sakusa se beijam com frequência?
Desviei o olhar da pergunta olhando para o céu, realmente não parei para pensar... Quero dizer, mal temos tempo para nos encontrar por esses dias então ultimamente com certeza não. Voltei a responder
Kyo pode ser surpreendentemente beijoqueiro, usando aquela desculpa de estar "testando" mas provavelmente o gesto preferido dele é encostar a testa na minha. Ele faz com frequência, ah e deixou escapar uma vez que gosta de andar de braços dados também nas palavras dele "é confortável".
O que você achou da família do Sakusa? Você achou que alguém não foi com sua cara?
Masako, a cunhada dele. Com certeza.
A sensação do olhar dela queimando nas minhas costas ainda me deixava incomodada e algo me parecia bem estranho. Principalmente depois do que Komori disse, eu não sei qual o problema dela comigo e honestamente não sei se gostaria de descobrir. Mas acho que é nevitável já que Ichika e Haruko-san pretendem se encontrar em breve.
Como você lidou com os comentários e olhares dos outros alunos depois do incidente da porta?
No início, foi horrível. Mas os meninos do time sempre se mantinham por perto, fossem os do segundo ano ou os dos terceiro Lâmia também ajudou, minha amiga com certeza já sofre com esse tipo de coisa a mais tempo do que eu, assim como Elijah-senpai.
Não é fácil, longe disso. Mas ter pessoas ao nosso lado foi fundamental, embora Taya ainda tenha um pouco de medo de chegar no prédio e ver a cena se repetindo, já observei a ruiva mantendo o olhar baixo e suspirando de alívio vendo que a porta do nosso dormitório estava limpa. Algumas coisas são difíceis de esquecer, mas vamos conseguir com o tempo.
Qual a sua qualidade favorita no Sakusa?
Acho que eu nunca falei pra ele, mas a habilidade de falar seus pensamentos sinceros, bons e ruins. Como no dia que ele confessou, a frase "não tenho confiança em mim mesmo para dizer com todas as letras que vai dar certo, mas também sou egoísta o suficiente para querer que olhe só pra mim" ainda tem o incrível poder de me deixar com as pernas trêmulas.
Hayato está solteiro?
Não pude deixar de rir, claro que ele já teve algumas namoradas. Mas geralmente elas acabam terminando por não aguentar serem a segunda opção, afinal o sonho dele seria o primeiro até que se realizasse.
Pensando bem... Ele sendo do jeito que é, não duvido que arrume uma namorada no Brasil. Hayo é uma pessoa de contato, falante e com um espírito quente, acho que ele vai se dar bem com uma brasileira.
E a Taya-chan e a Lâmia-chan? Você acha que acontece?
Honestamente, espero que sim. Mas com Taya ainda um pouco insegura, principalmente por conta daquele pai dela (não acho que ele mereça esse título) a mãe é uma pessoa sem muita opinião. Viveu apenas para ser troféu do marido, mas no fundo talvez com um pouco de força de vontade ela continuaria apoiando Taya, mas o pai. Acho que ele preferiria morrer.
Já Lâmia-chan por já ter uma família mais diversificada consegue lidar com essa parte mais facilmente, já a peguei roubando olhares longos demais da ruiva algumas vezes. Acho que as duas apenas precisam estar no momento certo.
-Por onde andou?
Me assustei pela voz repentina que soou atrás de mim – Kyo! Como me achou?
O rapaz estava parado a alguns passos de distância, mas vendo que tinha a minha atenção circulou o banco e se sentou ao meu lado – Taya.
Claro que sim, a minha amiga tinha um prazer em explanar para as outras pessoas onde eu estava. Senti o olhar dele cair sobre o meu colo, mirando a minha folha de respostas e instintivamente eu a escondi, apenas para que o fizesse arquear de leve a sobrancelha provavelmente mais intrigado.
-O que é isso?
-Não é nada – falei – Só umas perguntas que eu estou respondendo.
Sakusa se virou para me encarar um pouco mais de frente – Perguntas sobre o que?
Eu juro que às vezes ele parece uma criança absurdamente curiosa, o que era ruim para mim porque achava estupidamente fofo.
-Coisas.
Ele não se convenceu da minha resposta porque manteve os olhos nos meus, pedindo mais alguma informação. – [Nome] – a fala saiu arrastada e baixa, quase num suspiro – O que você está fazendo?
Não sabia se eu podia falar para ele exatamente sobre o que aquilo era então mantive a resposta vaga – Eu recebi uma série de perguntas, a maioria pessoal, para responder e é isso que eu estou fazendo. Sem grandes segredos.
Pareceu ser o suficiente porque ele se manteve quieto por alguns instantes – Não vai me perguntar mais nada?
-Você disse que é pessoal.
Não pude deixar de rir e voltei o meu olhar para a próxima pergunta, convenientemente o envolvido nela estava bem ao meu lado – Você tem ciúmes do Suna?
Imediatamente a cabeça dele se virou – Não pode ser esse tipo de pergunta que você está respondendo.
-Responda ace-kun – retruquei – Tem ou não?
-Não – e vendo que eu pausei de escrever a resposta esperando ele continuar completou – É seu amigo, não tenho motivos.
Uma resposta madura, não sei se eu esperava algo diferente, mas resolvi continuar – E do Atsumu?
A testa dele franziu de leve, seu rosto dizendo muito mais do que devia. Com certeza ele tinha, o que me fez lembrar da primeira vez que ele conheceu meu pai, e o velho Hisao contou a história de quando o levantador disse que estávamos tendo um encontro.
-É pela história que meu pai contou? – perguntei e recebi a confirmação novamente, então com cautela eu me aproximei o suficiente para que nossas laterais quase se encostassem e passei o meu braço pelo dele apoiando a cabeça em seu ombro.
-Minhas borboletas são só suas.
Não disse mais nada, apenas encostou a cabeça contra a minha enquanto algumas poucas estrelas encontravam seu caminho no céu. Na minha histórias pequenos momentos assim se chamam redamancy.
N/A: Evento especial Saku[Nome] finalizado!
Perguntas não respondidas ou revelavam muito dos planos futuros, se pareciam com outras já respondidas, ou não casavam com a cena.
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