Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

16 - Quando presenciamos o ciclo da vida

— Tia!? Que surpresa – falei, me apressando a levantar.

— Ah, não se incomode, vocês são até bem pudicos perto da Isa e aquele garoto louro – comentou rindo.

Não quero nem saber o que aqueles dois estavam fazendo...

— Vim apenas avisar, que a Rachel entrou em trabalho de parto e está na ala hospitalar – informou, ainda nos olhando com aquele sorrisinho.

— Já? Mas ela não estava de sete ou oito meses? – ergui a sobrancelha.

— Bem, se forem gêmeos, eles costumam nascer antes – ela gargalhou.

— Mais uma dupla? Seriam o que, sete no total? – brinquei.

— Lucky é o com certeza um irmão coelho – comentou, divertida.

— Vá ver sua tia, eu guardo tudo aqui – incentivou Noah.

— Mas você será parte da família em breve, enviaremos alguém para fazer isso, venha. Junte-se ao seu futuro – tia Katherine, passou um de seus braços ao meu redor e o outro por ele. Puxando-nos consigo, permanecendo entre nós, com uma expressão de puro deleite.

— Talvez o Noah, não esteja preparado para a família reunida, ele precisa de mais instrução... – tentei livra-lo disso, olhei para ele, que parecia assustado e ao mesmo tempo fascinado.

— Bobagem! Uma hora ou outra terá que lidar com isso, que seja agora. Aproveitando que a família está reunida e todos morrendo de vontade de conhece-lo, o mais novo membro da família – discursou, alegremente.

— Tecnicamente, os novos membros da família são dos bebês da tia Rachel e Grace, se levarmos em conta a idade – desviei tentando ser engraçadinha, ela me olhou sagaz.

— Bem a filha do Shal, cheia de graça, não funcionou mocinha. – ela gargalhou – Antes mesmo de você nascer, já lidava com seu pai, boa tentativa.

Vencida, deixei que ela nos conduzisse até a ala hospitalar, lotada... De família. Estremeci com aquela visão.

Nem havia o anuncio oficial e Noah estava sendo abraçado, cumprimentado e atormentado (pelos priminhos), como se já fosse da família. Isso me deixou bem feliz, pois minha família sabia ser acolhedora, além de barulhenta.

Noah se sentiu ligeiramente intimidado com a quantidade de pessoas importantes que o cumprimentaram, ele confessou que nunca havia parado para pensar que tudo isso faria parte da vida dele, agora.

Então o lembrei que, apesar dos títulos da nobreza, somos uma família grande que se ama muito, adora se encontrar e festejar, mas acima de tudo são apenas pessoas. Ninguém aqui se importará caso ele cometa alguma gafe, ou fale alguma bobagem, pois Tio Lucky e tia Kath são os reis nesse quesito.

O lembrei que tem também a parte mais "normal", os de Honduragua, impossível dizer apenas os "Silsbay", pois todos os amigos da família que moram ao nosso redor, de certa forma fazem parte da família, pois os consideramos dessa forma. E desse lado não temos apenas a tia Kath e o tio Lucky para serem os inoportunos.

Contei a ele que Isa e eu, apelidamos a tia Emma como "A tia do pavê", aquele parente que sempre faz a piada do pavê, sem graça e batida, porque a tia Emma é dessas, como por exemplo chamar o Ori de biscoito.

Tio Zack, que tem o dom de dizer a coisa errada na pior hora possível, sempre amedronta os possíveis namorados nossos e da Trice, além de fazer piadas a lá tia Emma, quando está inspirado.

Então temos o tio Zed, que em escala de bizarro, está abaixo do tio Zack, porque se ocupa com seus filhos ainda pequenos (idades de cinco e sete anos), então pega menos no pé das sobrinhas, mas faz as mesmas piadas sem graça e mantem o grau de sem noção dele.

Ele riu, percebi que parecia menos tenso, minhas palavras o deixou mais confiante e calmo, em relação a minha família.

Isa se juntou a nós, ladeada de Ryan, que parecia bem envergonhado de estar ali, prontamente se sentou ao lado do Noah, provavelmente sentindo-se feliz por ter um rosto amigo ali no meio.

Enquanto Isa, dizia para o Ryan deixar de ser "tão bundão", entre outras coisas. Olhei adiante e vi tia Amberly com tio Zack, conversando mais afastado dos outros.

Terei de salvá-la dele, provavelmente ele está sendo mané. – pensei, suspirando.

Me virei na direção dos dois, mas cheguei a dar apenas dois passos, até Isa me deter.

— Onde pensa que vai? – questionou, colocando-se à minha frente.

— Salvar a tia Amber, tio Zack possivelmente está atormentando ela – ergui a sobrancelha, como se fosse obvio.

— Ah, minha doce e inocente Audy, tão bobinha – ela deu uma risadinha, balançando a cabeça em negativa, aquela expressão odiosa que diz "Você não sabe de nada, inocente", estampada em seu rosto.

Estreitei os olhos, ela passou seu braço ao redor dos meus ombros, e nos virou, para retornarmos ao ponto onde estávamos.

— Dê uma boa olhada, mas seja discreta, então me diga se eles realmente precisam que você vá lá se intrometer – disse suavemente.

Assim que paramos de andar, ela posicionou-se diante de mim, deixando que eu ficasse de frente para eles, mas parecesse que estava olhando para ela, com aquele sorriso indulgente nos lábios. Os espiei por alguns instantes.

Para minha surpresa, tia Amberly não parecia brava, aparentemente estavam apenas conversando, havia até um sorrisinho os lábios dela e...

— AH MEU DEUS! – não me contive.

— Shhhh! Fale baixo. – bradou ela.

— Eles estão flertando? – questionei incrédula, baixando o volume para um sussurro, ela riu satisfeita.

— É o que parece.

— Quando isso aconteceu? Tem seu dedo nisso, não é?

— Que absurdo! Só uni o útil ao agradável, tia Amberly está na flor da idade ainda, não é porque tio Antony se foi há cinco anos que ela precisa ficar sozinha pelo resto da vida. Então tio Zack, separado, amargurado por ter sido trocado por outra, sempre me infernando e pentelhando, por não ter nada melhor a fazer, então pensei "Por que não?", ambos estão sozinhos, podem encontrar o que lhes falta se estiverem juntos – ela parecia muito satisfeita, consigo mesma.

— Você bebeu? Tia Amberly é uma mulher fina, elegante, educada, inteligente, gentil... Enquanto tio Zack é grosso, pentelho, obtuso e ficaria a noite inteira aqui citando adjetivos para ele – resmunguei.

— Vê? Perfeitos um para o outro – ela gargalhou.

— Não vejo nada de perfeito.

— Os opostos se atraem Audy. – citou – Tia Amber, esteve a vida inteira ao lado de um homem certinho, perfeito e etc., tio Zack é tão errado que acaba se tornando certo.

— Não tem lógica aí, você só fez isso em benefício próprio, os dois vão se matar e... Ah, isso dará muita merda!

— Eles vão é transar loucamente, brigar bastante, se acertar transando e serem felizes – ela deu de ombros.

— Ugh, Isa, você é podre, sério. Que coisa mais bizarra de dizer! – olhei para os meninos, torcendo para que não tivessem escutando, por alguma razão, tinha vergonha de falar essas coisas, principalmente perto deles. Por sorte os dois estavam distraídos conversando, sem se dar conta de nós.

— O que? Acha que ela não transava? Audy, acorda! Tia Emma disse isso tantas vezes que se tornou normal, todos eles transam, nossos pais fazem isso, se bobear o vovô e a vovó fazem isso, é normal – explicou, como se eu fosse uma criança.

— Isa, pare de falar, por favor. Minha nossa, terei pesadelos. Realmente não queria pensar a respeito da vida sexual alheia – me abracei.

— Estou apenas ajudando você – ela piscou para mim, enquanto a olhava feio – Relaxa, se a tia Amberly não quiser, não vão ficar, mas se quiser... bom já sabe – ela riu.

Tio Lucky finalmente apareceu, dos filhos dele, apenas Adrian estava ali, por ser o mais velho, ao ver o pai correu para juntar-se a ele. Lucky estava branco feito um papel, senti um aperto no peito.

Ele se sentou, completamente atônito, logo todos nós o rodeamos e tia Grace se sentou ao lado dele, falando em seu ouvido. Estávamos todos apreensivos, então ele finalmente falou algo.

— Puta que pariu, um par de meninas, são sete agora – ele riu, meio atordoado.

Todos nós gargalhamos, quem diria que justo ele que sempre pregou "não querer filhos", que "ficaria apenas com um", teria logo sete?

Obviamente a família inteira festejou o nascimento de "Fanny e Gabrielle", afinal seguindo a linha dos nomes, Adrian, Bruce, Charles, Daimon e Emily, obvio que ele usaria nomes com F e G, tão tio Lucky!

No dia seguinte todos os selecionados retornaram ao palácio, com exceção do Connor, pois segundo fiquei sabendo estava preso, aguardando julgamento.

O grande salão ficou proibido para todas nós, eles estavam fazendo uma baita festa, todos juntos, os homens da família se juntaram a eles, até mesmo o vovô foi, sob o pretexto de "ficar de olho nesses meninos". Vovó Meri, riu de sua desculpa, mas não se opôs.

Como os próximos dias seriam cheios, hoje era a folga da Olive, assim me arrumei sozinha, sem nada muito grandioso, afinal as reportagens estariam prontas amanhã, hoje preferi algo simples.

Uma batidinha na porta, me fez virar em direção a ela, Isabella adentrou, timidamente.

— Vai ver as novas primas? – questionou ela.

— Estava me preparando para isso. Onde estão a Lee e o Ori?

— Lee escapou com o Fernando e o Ori com o Hunter, parece que a festa não é tão obrigatória assim, para os que não estão na final – ela riu.

— Falou com o Vincent?

— Sobre o que? – ela olhou para as próprias unhas.

— Sobre a escolha, ué.

— Não! Nem poderia, está escrito nas regras! Durante a final apenas anunciamos nossa escolha, sem que os finalistas saibam a respeito – ela me olhou assustada, provavelmente não queria lidar com isso.

— Eu falei com o Ethan. Noah sabe minha escolha e que conversei com o Ethan. – dei de ombros.

— Mas você quebrou as regras – ela se aproximou, chocada.

— Pode ser, mas não queria deixar nada no ar, gosto o Ethan, quero que ele seja meu amigo, se fizesse a escolha amanhã sem sequer dizer nada, acho que ele ficaria chateado, nunca mais iria querer falar comigo novamente...

— Acha que... – ela engoliu em seco – O Vincent, é importante, tenho muito carinho por ele... Se eu apenas anunciar minha escolha amanhã, ele ficará chateado?

— Me coloco no lugar deles, eu teria ficado...

— Mas o vovô apenas anunciou sua escolha, assim como o Josh e o Rick... – argumentou.

— Sim, mas a vovó fez questão de se manter amiga da Kriss que foi finalista do vovô, no caso do Josh, a outra moça sumiu, Erika foi escolhida e eles nunca mais falaram com a outra moça, já o Rick, não deu moral para ninguém, o mundo dele girou o tempo todo pela Tara, então a segunda colocada não se importou, sabia que era apenas uma regra. Nosso pai teve muitos problemas com o final, mas tia Holly já sabia da escolha dele e ficou feliz. – expliquei.

— Faz sentido... Não quero que ele saia da minha vida... Vou falar com ele mais tarde – prometeu, resoluta.

Sorri, pegando sua mão, a conduzi para o quarto de hospedes onde tia Rachel repousava.

Assim que entramos, tia Rachel estava dormindo, enquanto tia Katherine conversava com mamãe, Eri, Sat e Liz olhavam os bebês felizes, uma delas nos braços de tia Grace e para minha surpresa tio Lucky com a outra.

— Pensei que o senhor ia para a festa dos meninos – comentei olhando para a pequena Fanny nos braços dele, que a ninava carinhosamente. Soube que era a Fanny, porque havia um bordado no cobertorzinho dela com um grande "F".

— Sempre permaneço com eles assim que nascem, não seria diferente com elas – ele sorriu.

— Quem te viu, quem te vê – riu tia Grace, entregando a pequena Gabrielle para a vovó, que estava ansiosa para segurá-la.

Havia um "G" bordando na roupa dela também.

— O senhor esperava gêmeos? – questionou Isa, acariciando a mãozinha da Gabe.

— Não, mas podia acontecer, então a Rachel pediu uma peça com bordado de "G" – ele riu.

— Na época da seleção do Lucky, nunca pensei que ele seria um bom pai, tinha minhas dúvidas até mesmo que encontraria o amor. – admitiu vovó.

— Encontrei, uma louca e produzi uma trupe de maluquinhos – ele comentou, olhando carinhosamente para Rachel, que dormia na cama do quarto deles.

— Acha que meu bebê, será uma dupla de gêmeos? – questionou Grace, sorrindo para ele, enquanto beijava a mãozinha da Fanny.

— Tomara, assim não serei o único com família grande – deu uma risadinha, olhando-a com carinho - Só não sei dizer qual das duas duplas é mais terrível, afinal, oficialmente tenho dos três tipos, dois meninos, um menino e uma menina, agora duas meninas – ele gargalhou.

Tia Kath se aproximou, querendo pegar a Fanny, mas tio Lucky não queria soltar a filha, eles discutiram brevemente e ele cedeu, para então postar-se ao lado da tia Rachel.

— Onde está a tia Amberly? – perguntei, vovó e tia Kath trocaram um sorrisinho entre si.

Ocupada – responderam juntas, mamãe gargalhou, aproximando-se.

— Audy, digamos que ela está superando a morte do Antony – mamãe passou o braço ao redor dos meus ombros.

— Céus, não me diga que ela e o tio Zack...? – estava prestes a perguntar, quando Isa me interrompeu.

— Eu te disse – ela deu de ombros, todas riram.

— Poxa, o Zack é legal demais para a chaterly – resmungou Lucky.

— Deixe-os serem felizes – Grace de um tapa na cabeça dele.

Passei a tarde inteira entre as mulheres da família, enquanto admirávamos as novas integrantes da família e fofocávamos. Tia Rachel acordou, então todos os cinco filhos entraram no quarto felizes por vê-la, enquanto tio Lucky ralhava com eles para serem menos agitados, pois ela ainda estava cansada.

Assim que tio Lucky saiu para levar as crianças de volta ao berçário, me sentei ao lado de tia Rachel.

— Sente-se bem? – questionei, ela assentiu lentamente.

— Bom, dar à luz a gêmeos não é uma tarefa fácil, revigorante ou mesmo indolor – ela deu uma risadinha fraca.

— Nem posso imaginar – ergui a sobrancelha, fazendo-a rir mais, algo que a fez sentir dor, transformando a risada em uma careta – Desculpe.

— Imagine, meio que escolhi isso – ela disse, olhando com carinho enquanto vovó Meri pegava a Fanny, deixando a Gabe com mamãe.

— Se contar que o tio Luc não poderia fazer sozinho, acredito em você – brinquei, esquecendo que não deveria faze-la rir, ela riu e tornou a fazer careta.

— O Luc não queria filhos – explicou, então prosseguiu – Quando meu pai faleceu, fiquei devastada, era a família que me restava...

— Tem a nós, sempre teve – apertei sua mão, ela sorriu – Ok, entendi, era sua família biológica, somos os agregados, e moramos no seu coração.

— Isso. – ela acenou com a cabeça – Foi quando ele cedeu, alguns meses depois segurava o Adrian nos braços, tão pequeno... Lindo, uma mistura de nós dois – havia carinho em sua voz.

— Adrian tem os olhos Singer, como eu – dei uma risadinha, ela encostou a cabeça no meu ombro.

— Ficaríamos apenas nele, mas não há nada nesse mundo que o Luc não faça por mim, para me deixar feliz. Ele sabia que queria uma família grande, então quando percebeu que me apeguei a pequena Aasha, tornou a me dar exatamente o que queria, mais um filho. Obviamente não esperávamos que seriam Bruce e Charles – lembrou, com a voz carregada de bom-humor.

— E o que mudou para ele ceder depois de três filhos? – questionei, sem me controlar de curiosidade.

Nunca tive a oportunidade de falar com ela sobre isso, não costumava passar muito tempo na casa do tio Lucky, normalmente visitas, com meus pais apenas, tio Lucky sempre esteve ocupado com muitos filhos, trabalhando ou sendo devoto a tia Rachel, algo que ele fez desde o dia do casamento segundo mamãe contou.

— Eu já lhe disse – ela se afastou, me olhando travessa. Pisquei algumas vezes, ela alargou o sorriso – Queria uma família grande e não há nada que ele não faça para me ver feliz, assim depois dos gêmeos meninos, vieram o casal e agora as meninas. Eu não esperava três pares de gêmeos, claro! Mas os amo e não me arrependo.

— Tia, se a senhora queria uma família grande, já tinha cinco na equação – comentei, brincalhona.

— O sexto era o final, prometi para ele e para mim, mas... Bem, veio a sétima também – ela deu uma risadinha.

— Por que queria uma família grande? Nossa família é enorme, só seu marido tem mais quatro irmãos, todos com mínimo de dois filhos cada, dos quais alguns já produziram bebês, além da família informal e os que estão do lado do vovô Maxon, como os primos que vieram da parte da bisavó Amberly, da vovó Meri, é muita gente! – lembrei.

— Eu sei, amo todos vocês. Sota, está localizada quase no meio de Illéa, mais ao norte que ao sul, contém um clima instável, invernos rigorosos, verões muito quentes, com a péssima administração, o povo passava por condições precárias, tive duas irmãs mais novas, eram gêmeas. – contou.

Pisquei algumas vezes, não sabia o que deveria dizer, ou onde ela queria chegar com isso, mas segurei sua mão apertando encorajando-a a falar. Seja o que for, ela quer falar, então escutarei.

— Uma mãe amorosa, dois primos que moravam conosco, porque os pais haviam morrido de alguma doença respiratória... Mamãe tinha problemas para engravidar, ela sempre quis uma família grande, mas apenas eu e elas nascemos, todos os outros foram natimortos. Quando tinha doze anos, durante um inverno rigoroso, sem comida, poucos agasalhos, metade das pessoas da nossa cidade morreram, incluindo minhas irmãs, elas eram pequenas, apenas sete anos. Hoje sei que foi pneumonia, mas na época não sabíamos o que era, mesmo passando fome por elas, nada adiantou. Mamãe ficou devastada, morreu dois meses depois. Haviam alguns revolucionários, que queriam derrubar a coroa, para eles esse era o motivo de tudo – ela exalou.

— Seus primos juntaram-se a eles, juntamente com seu pai? – questionei, ela assentiu.

— Papai tornou-se um dos líderes, um ano depois, atacaram o palácio, mas eles só queriam recursos, foi um assalto. Sabiam como invadir o palácio, pois alguns revolucionários do sul juntaram-se a causa e ensinaram o caminho. – ela engoliu em seco – Só queríamos ter o que comer, dinheiro para agasalhos, uma vida menos miserável.

Apertei sua mão, e afaguei seu cabelo.

— Tia se isso lhe incomoda, não precisa... – ia falando, mas ela continuou seu relato como se não me escutasse.

— As províncias vizinhas, Kent, Midston e Labrador, souberam da revolução, se juntaram a eles. No começo só roubávamos quando era preciso, então alguns extremistas dos antigos ataques ao sul e algumas pessoas ricas para investir na revolução, se juntaram a causa. Os extremistas queriam o fim da monarquia por acreditarem em um sistema utópico e igualitário, os ricos estavam descontentes com a dissolução das castas que lhes tirou do topo.

Ergui a sobrancelha, ela parecia olhar para frente vidrada, lembro que li sobre isso em um livro sobre a última revolução de Illéa. Ela prosseguiu.

— Bem, tudo saiu do controle, passou a ser violento. Papai contornou a revolução, queríamos apenas recursos, nada mais. Era pacifico, ele me mandou para seleção, deveria descobrir mais sobre a coroa. Eu concordei, graças a alguns infiltrados no palácio que garantiram minha seleção, vim para me tornar uma espiã. Mas os ataques tornaram-se violentos, duas selecionadas pereceram, Lucky matou meu primo que estava prestes a lhe matar, porque tudo havia saído do controle... Depois de todo esse caos e confusão, ele me escolheu, toda a família me acolheu, apesar de tudo, me amaram.

— Sempre vamos amar você – sorri, ela deu um sorrisinho fraco.

— Me casar com o seu tio não foi apenas vencer a seleção, foi ganhar uma família maravilhosa e um marido esplendido.

— Controverso escutar isso do tio Lucky – brinquei, ela deu uma risadinha, acompanhada de uma careta.

— As pessoas que o conhecem bem, sabem como ele pode ser espetacular quando abaixa as muralhas. – ela piscou para mim, assim que ele retornou ao quarto, olhando diretamente para ela com um sorriso carinhoso nos lábios.

— Confesso que nunca tive uma interação muito boa com ele, o máximo que fiquei com vocês, foi durante as visitas a Labrador, aquelas semanas que permanecemos ao seu lado depois da chegada dos pequenos – confessei, me sentindo um pouco culpada, por conhecer tão melhor os outros tios que o Lucky, costumava passar mais tempo na Rússia, com tia Grace do que com ele.

— Você é uma ótima sobrinha Audy, de todos. É a única que está sempre por perto, haja o que houver, viaja o mundo para passar um tempinho com cada um, nem que seja espaçado, mas se esforça para dar atenção a todos. – ela sorriu carinhosamente para mim, me fazendo corar.

— Não fiquei tempo suficiente com vocês, não mereço o elogio.

— Te garanto que foi mais que todos os outros – ela piscou.

Fiquei em silêncio, sem saber o que dizer, ela beijou minha testa, sorridente.

— Finalizando sua pergunta, à medida que o Adrian crescia, percebi que queria uma família grande como a minha mãe quis ter e não pode. Terminei de crescer sozinha, e garanto que ter irmãos faz toda a diferença. Ter alguém para ser chato com você, aquele que você vai infernar e ser inoportuno, que vai brigar com você, mas no fim sempre irão se amar... Então por que não uma família enorme e barulhenta? – ela sorriu.

— Você é uma das mulheres mais corajosas, fortes e maravilhosas da família, não apenas pela questão de dar à luz a sete filhos, mas por tudo que passou. Tenho muito carinho e orgulho de você – a olhei com admiração.

Ela sorriu, me abraçou com os olhos cheios de lágrimas. Tio Lucky veio até nós preocupado, ela disse a ele que se emocionou com algo que disse, mas ele me olhou desconfiado. Resolvi ir ver as bebês, não queria que ele pensasse alguma bobagem como, eu destratar tia Rachel. Antes de deixá-la, ela apertou minha mão com um sorriso.

— Lembre-se do que acabei de lhe dizer, sobre ser a melhor.

Assenti para ela, enquanto ele olhava para nós duas sem entender.

— E você do que eu falei, a respeito de coragem, força e todas essas coisas – sorri – Incluindo a parte fofa – pisquei.

Ela riu, fazendo aquela careta de dor, tio Lucky foi todo prestativo com ela, olhando feio para mim, me afastei rapidamente.

Tia Grace contou a todos que tio Lucky iria morar na Rússia agora, depois de tantos anos tentando convencê-lo, ele finalmente cedeu, pois agora vovó poderia ficar mais tempo com ambos e todos os bebês novos, sem contar que segundo ele, não havia mais nada aqui em Illéa para ele.

— Mas você é um chanceler – lembrou Eri.

— O Shal e Zo, fizeram minhas sucessoras, ambas inteligentes e prontas para assumir esse cargo – ele piscou para Isa e eu.

— Tio... Eu... – sequer sabia o que dizer.

— Mal sei cuidar de mim, que dirá ajudar como chanceler – alarmou-se Isa.

— Não se preocupe, iremos ajudar vocês – mamãe garantiu, passando suas mãos em nossos ombros, postando-se entre nós, com um sorriso nos lábios, a vi piscar para tio Lucky, que sorriu, aliviado.

Mais tarde mamãe nos contou que ele não foi com tia Grace quando se casaram, porque precisava ajudar aqui em Illéa.

Me lembrei do relato de tia Rachel, sobre os ataques e entendi os motivos que o fizeram permanecer aqui.

Mamãe explicou também, que ele tinha planos de passar essas tarefas a nós desde nossos cinco anos. Eles fizeram os planos de contingencia, para que no momento certo isso ocorresse.

As aulas sobre política, tantos estudos, a urgência que papai tinha com relação a universidade, tudo fez sentido. Desde sempre estiveram nos preparando para assumir cargos importantes em Illéa.

Agora adultas, podemos assumir essas responsabilidades e tio Lucky poderá finalmente permanecer ao lado a irmã com quem cresceu.

Mamãe nos contou que eles eram tão próximos que ser separado dela era doloroso para ambos, pois eram irmãos e melhores amigos desde o útero da vovó ... Foi então que percebi o que ainda não me dera conta...

Isa e eu nos entreolhamos, o que viria agora? Moraríamos em províncias distantes, tudo seria diferente...

Não havíamos pensado a respeito disso, morar longe da Isa, ou dos meus pais...

Sei que não posso viver para sempre a sombra deles, quero fazer as minhas coisas, ser independente, mas também sei que tudo será diferente e uma parte de mim já se sentiu triste apenas com a perspectiva de tudo que virá.

"Os pássaros devem voar com suas próprias asas, mas cair do ninho ainda os assusta" – pensei metaforicamente.

*****♕*****

Nota: Olá Duquezetes!! ♕

Sei que comentei que a att viria semana que vem, porem eu n terei tempo, então vim com a att hoje, algumas de vocês vão viajar também, e eu tenho certeza que com esse capitulo enoooooorme, vocês terão algo para ler =]

Espero que tenham gostado das resoluções e coisas que não foram ditas antes nas fanfics, uma porque esqueci e outra pq n havia pensado a respeito. A parte da Rachel eu sabia, mas não houve brecha para contar, agora arrumei uma =]

Lucky fofo, Ambs apaixonada novamente, Kath sendo a Kath, Bebês, a família que amamos reunida novamente, tudo para se amar em um único capitulo!!

Eu faria um post duplo, mas esse capitulo já é duplo de tão grande, então será só ele.

Na semana do ano novo retorno, estamos na reta final desse curta, faltam apenas 2 capítulos e o epilogo =]

Desejo Feliz natal e um Próspero ano novo para todas as Duquezetes!!!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro