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CAPÍTULO 3 - A dor da verdade

Paulo estava desconsolado, ficar desempregado não estava em seus planos, era algo totalmente assustador. Ele não sabia o que fazer, tantos anos de dedicação, e aquele cargo de gerente que tanto almejava? O que seria agora dele? Como colocaria comida na mesa? Como pagaria o aluguel? E o carro que tanto sonhou com Estela, conquistado com muito suor e ainda tantas parcelas para pagar?

Infelizmente, essa é a realidade de muitos, todos os dias, milhões de pessoas ficam desempregadas. E como consequência, os índices de criminalidade aumentam absurdamente, a violência, os roubos, pessoas entram na criminalidade por falta de condições de trabalho, por falto do básico. E o governo? O governo não parece se preocupar muito com as pessoas. E Paulo? Ele acaba de se tornar uma estatística, mais um desempregado.

Para Paulo, tudo parecia estar em câmera lenta, sua respiração ofegante, sua pulsação forte. Passou no RH e saiu pela porta de trás, ao lado do supermercado tinha uma pequena praça, e lá resolveu se sentar. Colocou as mãos na cabeça e começou a chorar.

- Por que meu Deus, por que comigo? O que vou fazer agora desempregado? Contas prestes a se vencer, aluguel, prestação do carro, e minha esposa, que quer engravidar. Tudo estava indo tão bem! Se pelo menos eu tivesse a minha mãe aqui para me consolar. Me dá um abraço...

Nesse instante, como em um piscar de olhos, por força da atração vibracional e do pedido de ajuda e consolo, eis que ao seu lado surge a sua mãe, conhecida por Dora, desencarnará a três anos e trabalhava em uma colônia espiritual voltada para crianças, como professora.

Dora foi uma mulher simples, abandonada pelo marido, grávida, lavava roupa para conseguir o pão do dia. Sofreu, mais sofreu com resignação. Não teve a possibilidade de estudar, passava pelas escolas, via os alunos, as professoras e dizia pra si mesma: “- Um dia ainda serei professora!”. E ali estava ela, realizando seu sonho, professora na colônia pequena esperança, era responsável pela educação de crianças recém desencarnadas, ensinando-as o Evangelho e ajudando a contar a saudade dos pais que ficaram na terra. Dora era uma mulher vencedora, aproximou-se do filho, e tentando lhe intuir bons pensamentos lhe falou:

- Filho? Eu estou aqui, sou eu, sua mãe!

- Oh mãe, como eu gostaria de sentir seu abraço, estou desesperado, preciso tanto de você...

- Não se desespere Paulo! Sempre que posso venho lhe visitar, te dar conselhos para que você prossiga firme na caminhada. Sinta o meu abraço meu filho, e lembre-se que Deus é o nosso melhor amigo, Ele é quem nos sustenta... Ele é o caminho, a verdade e a vida.

Como se sentisse o abraço da mãe, Paulo sente paz, fecha os olhos e mentaliza a sua mãezinha.

- Mãe, obrigado por nunca me abandonar, sei que estás sempre comigo. Devemos confiar em Deus, afinal, tudo tem um propósito, nada é por acaso...

- Isso mesmo Paulo, cultive bons pensamentos! Não deixe a dor tomar conta do seu coração meu filho querido, sempre que precisar de mim, eu estarei aqui se me for permitido. Mas quero te dizer uma coisa, algo bom estará para acontecer e você vai ter que ser forte, certo?

- Sinto como se a senhora estivesse aqui mamãe, não posso deixar a dor tomar conta do meu coração. Não posso... Mas como vou contar isso para Estela? Não vou ter cara de dizer que perdi o meu emprego, estávamos planejando até viajar juntos, não tivemos lua de mel e eu devo isso a ela.

- Você saberá o momento certo. Tudo no seu tempo, certo filho?

- Eu saberei o momento certo. Tudo no seu tempo.

- Isso mesmo filho, obrigado por me escutar, mas agora tenho que ir, não posso deixar as minhas crianças sozinhas, sou mãe de muitos filhos, foi a missão que aqui recebi. Fica com Deus meu filho, eu vou com Ele.

Paulo se levantou, agora mais revigorado e equilibrado, resolveu ir para a casa, ele tentaria encontrar o momento certo para dizer a Estela. Abre a porta do carro, e segue. Um turbilhão de pensamentos preenchiam o seu ser, não sabia como proceder, orando, pedia a Deus que lhe ajudasse.

Chegou à rua em que morava, uma casinha simples, porém muito bem limpa e organizada, algo que Estela caprichava. Pintada de um amarelo clarinho, tinha uma área com uma cerca branca e algumas flores plantadas nos canteiros. Desceu do carro, seu coração pulsava, não sabia a reação de Estela ao vê-lo tão cedo em casa. Será que iria questionar? Talvez não, mas e se questionasse, o que responderia? Não sabia... Abriu a porta e foi logo pronunciando.

- Estela?

- Estou na cozinha meu amor. Chegou cedo por quê?

- Hoje fui liberado mais cedo do trabalho, não está tendo muito movimento.

- Que bom meu bem, estou fazendo aquela sopa que você ama, era pra ser surpresa, mas já que você chegou.

- Hum... Que cheirinho ótimo, você cozinha tão bem, sabia? Você é minha princesa!

- Aprendi com a mamãe, ela é uma ótima cozinheira, muito melhor do que eu.

- Falando na minha sogra, eu não estou muito disposto a ir ao centro hoje. Você poderia ir só com a sua mãe?

- Ah Paulo, tanto tempo que a gente programa isso, aconteceu alguma coisa hoje no trabalho? Você saiu tão otimista pela manhã! E estou notando você um pouco tenso, aconteceu algo que não quer me falar?

Paulo gelou naquele momento. Contar a verdade e estragar aquele momento tão agradável com a sua esposa ou ficar em silencio e pensar melhor no que fazer? Paulo estava vivendo uma dualidade, pensamento longe foi trazido de volta por Estela.

Paulo? Paulo meu amor, aconteceu algo?

- Nada não Estela, não se preocupe, ok? Apenas estou cansado, um pouco indisposto, acho que seja uma gripe. Gostaria apenas de tomar um banho e me deitar se possível.

- Já que está se sentindo mal, posso desmarcar com a mamãe e ficar para cuidar de você, parece até que eu estava adivinhando ao fazer a sopa.

- Não desmarque, por favor, vá com ela, é apenas uma pequena indisposição, eu estou bem, além do mais sua mãe vai adorar sua companhia, há tanto tempo vocês não saem juntas!

- Verdade, eu sentindo falta de um tempo com mamãe. Mais eu gosto tanto de cuidar de você, ficarei preocupada!

- Serão apenas algumas horas longe meu amor, quando você voltar prometo que vamos assistir um filme juntos. Eu faço a pipoca! (risos).

- Está certo, já que você insiste tanto eu irei, vou com a mamãe! Prometo que logo estarei em casa, fica com o celular ligado, pois qualquer coisa eu te telefono.

- Vem cá meu bem, me dá um beijo! Adoro essa sua preocupação, você é a melhor esposa do mundo.

- E você o melhor esposo que uma mulher poderia ter!

- Eu te amo Estela.

- Também te amo Paulo!

Era perceptível o amor desses dois, muitas vidas partilhadas juntos, obstáculos vencidos, lições aprendidas. O sentimento era imenso, quando estavam juntos suas áureas se misturavam, se pudesse ser vista por olhos humanos, era de uma cor vermelho brilhante, intensa e linda. Mal sabiam o que estava por vim...

- Agora vou tomar um banho e dormir um pouco, mais tarde eu janto.

- Certo, eu vou terminar aqui, e vou pra casa de mamãe, faz tempo que não tomo um chá com ela. Aproveito e de lá vou para o centro.

- Ok amor, até mais tarde, diz a minha sogra de mandei um grande abraço.

- Até meu bem, se precisar de qualquer coisa me telefona, certo?

- Pode deixar.

Paulo entrou no banheiro, ligou o chuveiro, medida que a água escorria pelo seu corpo sentia o peso dos pensamentos voltarem. Sentou-se no chão do banheiro.

- Eu deveria ter dito a verdade, mas não consegui, ela estava tão feliz. Não queria estragar tudo. Mas uma hora eu vou ter que falar. Uma hora ela vai saber, meu Deus me ajude.

O choro foi incontrolável. As lágrimas se misturaram a água que descia pelo chuveiro. O que será de Paulo e Estela? Veremos o que o futuro reserva a esse casal mais a frente...

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