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Parte 4

A manhã de Daisy era novamente movimentada e mudada pela chuva. No dia em que a falta de tutores acabaria, ela teve um trovão como despertador. Na noite passada não dormira tarde, pois o único motivo que a causaria tal mal era novas pinturas da flor, atividade essa que Madeleine a convencera a deixar de lado.

Não adiantava. A insatisfação não sumiria. A pausa das versões da alegre planta podem tê-la acalmado externamente, mas por dentro ela continuava aflita.

"A fantasia foi refeita várias vezes, mas não me satisfiz... Por quê? Não importava quantas pinturas eu fizesse, essa sensação estranha não ia embora... Por que isso não resolveu? É saudade de meus pais? Mas normalmente já passaria... É parecido com saudade... Mas... acho que todo sentimento ruim se parece... A fantasia original me satisfez, mas não as cópias. Uma tragédia que nem o imaginário pode reverter", pensou, pouco depois de ser compelida pela empregada.

A primeira coisa após o sono que fazia, depois da recente rotina bagunçada, era olhar para o girassol na cabeceira, o que foi impedido pelo horário no qual acordou. Virou a cabeça para o lado, mas viu somente escuridão na flor que sempre apontava e se mostrava para a luz. Levantou e guiou-se por um relâmpago até a janela. Abriu a cortina e assustou-se com o cenário.

Não se podia mais ver claramente os ladrilhos da rua, pois estava coberta por alguns centímetros de água. Jardins das fachadas das casas ao longo da calçada estavam num mar de lama, e algumas flores apareciam na superfície, como se pedissem ajuda para não morrerem afogadas. Alguns postes de luz de madeira estavam atirados para o meio da rua e outros para quintais, numa mesma direção, aparentando terem sido derrubados pelo vento, e os outros que iluminavam aquilo tudo lutavam para não terem o mesmo destino.

Outro susto apareceu no quarto, mas não de um trovão. Madeleine surgiu de pijamas e toda descabelada, abrindo a porta com agitação, gritando: — Não vai parar de chover! Foi o que falou um plantão na rádio!

Daisy acendeu a luz e respondeu, estranhando: — Não vai parar de chover? Como assim?

— Sim! Sabe o que é isso? O fim do mundo! Apocalipse! — Ela andava pelo quarto, aflita, olhando para o nada.

— Ajeite a postura, Madeleine! Acalme-se e fale, em vez de somente falar!

Os olhos vazios encararam Daisy e deram-na razão. Ela se sentou na cama enquanto piscava lentamente e respirava fundo.

— Tem razão. Perdoe-me.

 A mais nova se sentou do seu lado, o que a incentivou a falar.

— Eu estava ouvindo música no meu radinho, preparando-me para dormir, quando pararam a programação para informar que a chuva não pararia.

— Mas por que interromper a programação para dar essa informação? Que esquisito... Sabe quem deu essa notícia? Foi desse jeito mesmo que falaram?

— Era uma voz feminina que soava ruidosa, assustadora e... falhava... Lembro das palavras em exatidão: "Não parará de chover, por tanto, não saiam de suas casas."

A menina encarou a moça com olhar de compaixão, já certa do que se tratava, usando a fraqueza anteriormente vista como atenuante de tal certeza.

— Não pode ter sido alguma interferência no sinal feita por alguém que queria pregar um trote?

— Não! — Levantou-se bruscamente, gritando. Mas pensou por alguns segundos e acalmou-se novamente, dando ouvidos ao pensamento da outra. E falou com sorriso constrangido: — Você deve estar certa, querida. O tempo está estranho, mas não é pra tanto. Acabei me exaltando... É uma mania...

E saiu lentamente do quarto, sorridente e soltando palavras autodepreciativas para disfarçar o constrangimento.

Daisy achou graça da situação, e os minutos de risada que a empregada a proporcionou impediram a consciência de atrapalhar sua tentativa de sono.

Olhou feliz para a flor, como se ambas expressões se refletissem, fechou os olhos e dormiu, anestesiada de pensar no pior.

*

Daisy foi acordada novamente pela natureza. A luz do sol batia forte em seu rosto, o efeito de ter esquecido a cortina aberta após a cena de Madeleine.

Levantou-se apressadamente e olhou para a rua. Limpavam-na, e os postes caídos já não estavam mais lá, o que a fez questionar o tempo que dormiu. Olhou no despertador e se alarmou com as três horas a mais que passou na cama. O relógio sequer foi programado no dia anterior, cuja culpa disso foi claramente das horas que dedicou às pinturas, ocupando a mente por inteiro da garota.

Foi fazer apressadamente a rotina, não parando um minuto para pensar no clima que mudara novamente, algo incomum para a época do ano e região.

Ao descer para a sala de refeições, não viu seu café sobre a mesa. Preocupou-se, e não com a rotina da manhã que não seria novamente completa, mas com o fato que nunca ocorrera até ali: Madeleine não atrasava o café.

Então subiu e foi até o quarto da moça, e a surpresa veio novamente. Ela não estava lá.

Daisy deu uma volta no cômodo com o olhar, o que a fez encontrar um papel com algumas palavras na cama:

"Querida, tive que ir embora. Estou sendo ameaçada há algum tempo por uma pessoa, e acabei de descobrir que essa pessoa já sabe que trabalho e moro aqui. Não posso arriscar sua segurança, por isso estou indo. Seu sono é muito importante, por isso não entrei em seu quarto para me despedir. Desculpe sobre o café. Espero te ver novamente. Adoro muito você, minha princesa."

O olhar de desgosto ao terminar as últimas palavras expressavam quão frustrada foi a tentativa de Madeleine de amenizar sua partida. As lágrimas que acompanhavam o rosto de Daisy e se desfaziam por conta da corrida até seu quarto esperavam ser acabadas ao chegar no destino. Esperavam ser congeladas nos olhos quando eles brilhassem na alegria da flor amarela.

Mas a espera não se justificou, pois o girassol não estava na mesinha. A nova quebra de rotina fez Daisy se esquecer de encará-lo ao levantar. A pressa ao saber que acordara tarde a fez não perceber o vazio de luz que tinha no móvel, configurando uma nova alteração nas suas manias matinais.

A buscadora da luminosidade que a acordou fez de recordação seu retrato pintado na parede acima da cama. A motivadora de certa falta de controle em sua vida se fora, mas levara junto o sentimento que ela mesma provocou.

Gotas pingavam em seu colo. Ela não sabia o que mais a fazia chorar. Não sabia que tragédia gostaria de desfazer primeiro em fantasia. A falta da flor, de Madeleine ou a volta repentina da inconfundível saudade fraternal.

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