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Parte 3

Assim como seu pai, era uma raro momento ter sua mãe em casa, essa sendo outra rotina quebrada por conta da forte e imprevisível chuva que dera à noite.

Maya Hardcastle era uma senhora recatada, que estava na faixa dos quarenta anos. Os cabelos negros contrastavam com a pele clara e eram presos por um grande coque, enfatizando as orelhas, idênticas às da filha. Os olhos castanhos eram penetrantes e a voz suave.

— Que estranho essa chuva, não? Caiu tanta água no aeroporto que nem precisei esperar pelo cancelamento oficial do voo. Uma lástima que essa maldita chuva me tenha prendido lá e só pude voltar esta manhã... — A mãe de Daisy ocupava, como era de costume em suas visitas na própria casa, o papel da incitadora da conversa na mesa de almoço. — O que fez de produtivo nesses dias, querida?

Mesmo em suas pausas de receber tutores em casa, algo que a maioria dos adolescentes chamam de férias escolares, seus pais não deixavam de incentivá-la a sempre fazer atividades que exigissem esforço mental. A mãe era a que mais fazia esse papel direto, enquanto o pai, que aparecia menos ainda em casa, se preocupava somente com as contratações dos professores, fazendo um papel frio e distante.

— Pintei um quadro abstrato do pôr do sol há três dias, li uma parte das cartas de Van Gogh e sua biografia e revisei a última aula de espanhol. — Mesmo com a cobrança, a filha não deixava de mostrar um sorriso para a mãe.

— Ótimo. Mostre-me depois. Madeleine, vá verificar se a chuva já nos deixa em paz. Se sim, avise ao motorista para deixar o carro ligado. Quando eu terminar a refeição, sairei. Não posso me dar ao luxo de ficar mais tempo aqui. — E a expressão triste acabou pousando no rosto de Daisy, dando asas à realidade.

Poucos minutos depois de falar isso, ela partiu de fato. Nada muito anormal para a menina, porém era uma anormalidade que não alcançava sua alma. Passava a maior parte do tempo solitária, mas a sensação de solidão só vinha de fato quando a saída era anunciada, como um vazio que anuncia a chegada, chutando a porta e amargurando o peito, e que logo seria absorvido e dissolvido pelo corpo.

Ela queria que o tempo de dissolução passasse logo, para que a nova dose de saudade fosse também embora e ela voltasse a atenção àquela florzinha amarela que atraia sua alegria.

*

O sorriso amargo que ela soltou ao terminar a segunda reprodução do girassol não era claro do porquê de sua existência. A flor estava perfeita! Nem tão pontuda, nem tão brilhante...

O motivo da insatisfação não apareceu na hora, mas mais pistas de que ele era grande, por mais escondido que fosse. Isso se mostrava nas várias pinturas, dos diversos tamanhos e traços que Daisy fez. E só conseguia chegar à uma conclusão até ali, com o aviso conveniente de Madeleine: a de que estava desperdiçando telas e tinta.

— Não sei mais o que fazer! A cada pintura que concluo, quero fazer outra... Como se a anterior não tivesse ficado perfeita. — Estava cabisbaixa, encarando o vaso com girassol no colo, que era coberto também pelo avental que já nem parecia mais impermeável, tamanha era sua exigência.

— Esta aqui está ótima pra mim. — Enquanto a outra falava isso, pegava a segunda pintura da flor, a primeira que dera certo.

Daisy levantava levemente a cabeça para ela, sorrindo de canto de boca com a compaixão de sempre, mas ainda deprimida pelo que a simplicidade de um plebeu não poderia entender. E nem mesmo a superioridade aparente de uma princesa conseguia decifrar sua tristeza pela planta que expunha o contrário em sua cor.

— Aliás... Onde achou esta flor, querida? Ainda não me disse.

Outra coisa que não podia entender era a insistência na empregada em querer saber da origem daquela apropriação amarela. Será que ela era tão perversa ao ponto de dedurar uma simples aquisição aos pais? A resposta devia ser curta, pensada e falada rapidamente.

— Achei na rua e peguei.

— Achou na rua?... E quando saiu?

Daisy arregalou os olhos, percebendo a furada em que tinha se posto, e começou a gaguejar no início da nova resposta.

— Quando... quando você foi às compras, há alguns dias... Vi da varanda a flor na rua e fui pegá-la. Não era de ninguém! Eu juro! Só... só achei que não faria bem ela ficar no sol desidratando.

Ela rapidamente entendeu, em rosto de inveja: — Você tem sorte...

— Tenho? — estranhava, a encarando.

— E como tem!... Queria eu encontrar uma. Adoro a cor amarela, pois ela me lembra o Sol. O Sol é tão imponente, grande e misterioso... Já parou pra pensar o que pode ter em seu núcleo? Eu já. E viajei longe pensando.

E antes que a mais nova pudesse se sentir mal por mentir, lançava uma risadinha de constrangimento à Madeleine e pensava.

"Acho que inventei uma história furada e egoísta, mas ela acreditou. É um lado dela que eu não conhecia. Ela deve ser enganada facilmente, pobrezinha, como foi por mim..."

A expressão abaixava novamente enquanto a moça se perguntava sobre a existência de ETs na estrela que se faz, ao longe, alegre e amarela.

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