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Parte 14

Foi um abraço apertado de sua mãe que fez Daisy fortalecer a crença que punha na mente. Um mal para o bem... Seu pai foi o único que se importou em questionar os motivos do comportamento. Ele bronqueou e resistiu em demonstrar-se preocupado, mas a fraternidade que não saía dele saía da mãe em excesso, e isso fazia a filha furar o muro que se formava na cara rústica e enxergar em seu comportamento uma espécie de preocupação. Os dois se completavam.

Daisy se sentia como a filha mais amada do mundo. Sabia que o sentimento existia por toda a carga emocional que os últimos acontecimentos a causaram e não porque de fato era a filha mais amada. Mas não alimentava esse pensamento nos dias em que sua mãe estava por perto, a primeira vez que ouviu um pedido da filha. O pai não estava, mas tudo corria tão bem e era tão diferente com a mãe ali que nem se importou. Esqueceu-se de Madeleine, do girassol que ela levou, da carta contraditória... E sequer pensava como uma noite fora fez a mãe mudar tanto, largar o emprego e dispensar a srta. Morris. Ou será que ela já era assim, mas não tinha incentivo em demonstrar? Ela só precisava de um teste para afirmar o que já existia? Só uma noite fora? Daisy era comportada demais para ser tão amada? Como Madeleine, o oposto, era por sua mãe? A menina não pensava em nada disso. Só queria aproveitar.

*

Passou-se poucas semanas até que seus pais começassem a demonstrar confiança em deixá-la sozinha em casa, e completou um mês para que a matriculassem num colégio. A atenção que a mãe dava à filha a fez perceber que ela não era mais uma garotinha que precisava ficar debaixo de sua asa ou de uma asa postiça. O pai ainda era relutante, mas suportava a ideia com doses frequentes de boas palavras da esposa, que tentava convencê-lo.

Daisy sentiu, pela primeira vez, os dramas colegiais que tivera acesso somente por estereótipos de livros. A preocupação com as notas, com o destaque social, com as várias regras de convivência... E adorava tudo aquilo! Seu primeiro dia foi maravilhoso, e queria que chegassem logo o segundo, o terceiro, o quarto... Esta vida durou somente um ano, já que entrou no último grau possível. A menina já estava melhor que o mais avançado aluno daquela escola, e nem desse período ela precisava, mas os pais fizeram uma força financeira para que o diretor a aceitasse. Daisy não sabia do suborno, mas percebera logo que todas as matérias eram muito fáceis para ela.

Quando ultrapassava os dezessete anos, recebia, finalmente, confiança plena dos pais, e começava a aproveitar as amizades que fizera na escola. Era convidada para festas de aniversários e jantares, e descobriu uma nova personalidade quando começou a se cansar de lugares muito silenciosos, entediando-se com facilidade nas últimas vezes que os frequentou. Saiu do círculo de amigos e buscou novos contatos, e estes a levaram a locais que reativaram seu ânimo. E foi aí que Daisy teve sua primeira experiência com a bebida. Já ouvira falar sobre os vícios, mas sentia-se segura e pensava que um só gole não a levaria a ele, tendo a confiança reforçada pelos outros mais experientes na prática.

Um só golinho foi o responsável por cimentar a mudança total da garota. O primeiro foi maravilhoso e logo vieram o segundo, o terceiro, o quarto... E adorava aquilo! Sentiu uma tontura e um enjoo, mas quem se importa com isso quando se é paparicada, elogiada, cantada por garotos... Nem lembrava do nome do primeiro garoto que beijou, nem do segundo, do terceiro... Foi de zero a cem muito rápido, e quando percebeu já estava em casa, sendo ancorada pela veloz motorista até a porta. Subia as escadas de maneira lenta, quase se arrastando no corrimão. Teve sorte de aquela ter sido uma noite rara em que os pais não estavam em casa. Pela primeira vez, a falta deles ali a aliviou.

*

O clima na na região mudava bruscamente. Ventava fortemente o dia todo e a noite variava entre fortes tempestades e nevascas. Daisy pouco saía, e seus pais decidiram passar um tempo em casa, até o clima melhorar. 

A vida estava tão positiva que até em confinamento a menina estava sempre de bom humor, fazendo brincadeiras, tocando piano e cantando... Não pintava mais como antes, pois transformara-se numa pessoa agitada, e não tinha mais a paciência e serenidade que a arte exigia. Algo que também abandonara foi a rotina de acordar cedo. Agora dormia tarde assistindo séries e filmes e acordava tarde, quase que ao meio-dia. Recebia mimos da mãe, que aprendera a cozinhar, e sempre tinha um café da manhã diferente. O pai conversava com ela quase toda a manhã sobre aulas de direção e da promessa de um carro quando ela completasse 18 anos. Começaria a ter as aulas assim o céu se acalmasse. Mas, assim como sua personalidade, ele não tinha mais aquele sol brilhante de antes, nem as estrelas que iluminavam uma lua grande e descoberta das nuvens. Ele foi ficando mais violento, até que chegasse um ponto que fosse impossível de continuarem vivendo ali.

E assim os três mudaram-se para Londres, bem distante do raivoso céu, embaixo da estável névoa que era cortada pelo arranha-céu onde agora moravam. O moderno apartamento era enorme, apesar de plano. Daisy não achava tão bonito quanto a antiga casa, mas o luxo dali compensava. Os pais começaram a trabalhar em Londres e investiram em várias empresas por lá, o que garantiu a estabilidade financeira para continuar a bancar tudo isso. Contratarem até uma empregada e uma cozinheira, já que agora pouco ficavam em casa.

Daisy envelheceu mais um ano e ganhou um carro, como prometido. A felicidade dela durou até aí, pois a possibilidade de locomoção livre resgatou algo que em pouco tempo ela esqueceu.

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