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39 ! GOODBOY

SALVEEEEEEEEE

Tá cabandooooo

Espero que gostem do capítulo de hoje, comentem bastante, deixem ase isso acontecer e boa leitura 💕


░★░


Laços reconstruindo
Outra chance
Talvez seja um recomeço
★★★

Jungkook levanta e vem na minha direção, mas antes ajuda a mãe a tirar os sapatos, ficar de pé e andar até o carro onde estou encostado. Ele está com a chave – que ficou o tempo inteiro presa ao vestido pelo gancho – quando se aproxima, então destranca antes mesmo de chegar.

Eu abro a porta da parte de trás e Jungkook ajuda ela a entrar no Jeep. Ele fecha novamente quando passa o cinto nela.

E coça a nuca quando me olha.

— Desculpa, amor. Preciso levar ela pra casa — diz bem baixinho, manso. — Eu queria passar a noite toda com você, mas–

Toco os lábios com o polegar e o impeço de continuar falando. Sorrio de lado e acaricio o rosto com o dedo.

— Está tudo bem, não precisa pedir desculpas. — Afasto o toque. — Cuida dela, a gente se fala amanhã.

— Eu te deixo em casa.

— Não precisa.

— Não perguntei.

Grosso.

Jungkook dá a volta no carro para entrar no lado do motorista e eu faço o mesmo, porém no carona. Mas estou com um pé dentro quando chama a minha atenção.

— Vem comigo, temos uma coisa pra fazer antes de ir. — Agora segura algo que pegou no chão do carro. — Aguenta aí, mãe.

O moreno se afasta do Jeep e eu fecho a porta antes de ir também. Ele caminha atentamente pelo estacionamento cheio de veículos, sacudindo a mão direita. É então que percebo que segura uma lata de tinta.

Spray.

— O que tu vai aprontar, hein? — pergunto, parando ao lado dele.

— É um belo X5, né? — diz, inclinando a cabeça sobre o ombro.

Olho para o mesmo lugar que olha e vejo o SUV preto estacionado em uma das vagas, bem à nossa frente. Volto o olhar para Jungkook e ele sorri.

— Acho que está faltando alguns detalhes em vermelho — diz, sacudindo a lata de novo.

— Garoto...

— Jae merece esse presente, vai? Ele não vai chorar por esse. — O sorriso e o tom de voz são diabólicos. Nesse momento, tenho dó de quem é inimigo de Jungkook. — Ele pode comprar quantos quiser.

Eu engulo em seco quando Jungkook se distancia de mim e, consequentemente, se aproxima do carro. Por ser alto, o moreno precisa pisar no pneu para conseguir subir, e só sossega quando consegue ficar em pé sobre o capô.

Minha boca se abre quando o primeiro jato de tinta vermelho vibrante toca o vidro parabrisa. A cada movimento uma letra se forma.

"CUZÃO"

Então pula de cima do SUV.

— Não olha, Jimin, seu assanhado! — me repreende cheio de graça, colocando a mão para trás para segurar a saia da roupa que subiu.

Nego com a cabeça.

— Você é maluco, cara. — Jungkook sorri e estende a lata na minha direção.

— Ele já foi um cuzão com você. Quer? É tão gostoso.

Eu demoro para dizer algo. Ele se afasta e vai até a parte de trás do carro. Picha "ASS: JUNGKOOK ♡" no vidro do porta-malas.

Abano a cabeça de um lado para o outro de novo, indo até onde está.

— Me dá isso aqui. — Tomo a lata da mão dele.

Eu a agito antes de, nas duas portas do lado esquerdo, escrever "O BOLSISTA TBM, FDP ;)" bem grande. Pega toda a lataria do carro.

É gostoso mesmo.

Adrenalina é um bagulho muito louco. É incrível como uma dose a mais na corrente sanguínea mexe com o corpo inteiro.

Eu gosto.

Acho que me empolgo. Perco o controle por um momento ao lembrar das vezes em que fui feito de chacota não apenas por Jae, mas por um grupo de pessoas que se acham superiores a mim apenas por terem números a mais na conta bancária. Quando percebo, estou debruçado sobre o capô do carro, onde Jungkook subiu anteriormente, desenhando os detalhes da cabeça de um pênis.

Enorme. Um pênis enorme.

— E ainda diz que não tem talento para arte — escuto Jungkook dizer. Quando me afasto do veículo e olho para ele, faz um ruído de negação com a boca enquanto balança a cabeça de um lado para outro.

— Viu? Eu também posso desenhar pirocas em lugares que não se deve desenhar pirocas — zoo.

— É, mas eu desenho em mesas escolares. Não em BMW milionárias.

— Uns miram mais alto que outros, o que posso fazer? — murmuro, passando a mão no peito e fingindo desamassar a camisa.

Jungkook empurra meu ombro, gargalhando.

— Agora vamos que a sua mãe tá esperando.

Saio andando na frente e escuto a risada gostosa alheia aumentar atrás de mim, mas segundos depois Jungkook aparece do meu lado.

Quando a gente entra no carro de Seokjin, olho por cima do ombro e a mulher no banco de trás. Ela está com os olhos fechados e a cabeça encostada no vidro da janela.

— Vai pra sua casa ou pro apartamento dela? — pergunto baixo, olhando para o meu amigo.

Quero dizer, meu namorado. Porque Jungkook é meu namorado agora.

Ele é.

Meu.

Namorado.

Jungkook solta uma lufada forte de ar, dando partida.

— Não sei. — E então começa a tirar o veículo da vaga. — Levar lá para casa vai ser um problema, não vai?

— Talvez — respondo, pensando em Seokjin.

— Eu não queria deixar ela sozinha... Bêbada.

— Quer que eu ligue para o meu pai? — Vejo as sobrancelhas franzirem. — A gente deixa ela em casa e liga para ele. E aí ela não fica sozinha. Não precisa falar com ele, eu falo.

Jungkook fica um tempo em silêncio e quando responde é apenas um breve acenar de cabeça. Estico o braço e toco a coxa seminua, acariciando-a por cima da saia do vestido. Então ele dirige pelas ruas noturnas sem pressa, deixando a velocidade do carro inferior à sinalização nas placas de trânsito. Parece mais estar retardando a chegada em casa do que a mão do juízo e do senso tocando a consciência dele.

Já no condomínio luxuoso, o porteiro libera a passagem quando Jungkook explica que veio deixar a mãe e, juntos, conduzimos a mulher embriagada e sonolenta até o elevador. E depois pelo corredor até o apartamento.

Eu nunca imaginei que um dia estaria ajudando Jungkook a colocar a mãe dele (que é diretora da escola) para dormir. E o moreno tira o blazer justo com todo o cuidado do mundo antes de deitá-la sobre o colchão e cobri-la com uma colcha grossa.

Eu resolvo sair do quarto quando ele senta na beira da cama e a encara por um tempo. Ela já está apagada, mas ele continua ali. Então vou para o corredor dos cômodos e fecho a porta.

— Jimin? — Imagino que meu pai esteja cansado do trabalho, minha ligação é atendida com uma voz sonolenta.

— Te acordei?

— Aconteceu alguma coisa? — ele não responde e faz outra pergunta.

— Jihyo. Jungkook não quer deixar ela sozinha. Pode vir para cá? No apartamento dela.

— Hã... Posso. Tô indo. — Pela maneira que me responde dá a entender que saiu de onde estava. — Tá tudo bem?

— Tá sim, não se preocupe. Acho que ela só bebeu um pouquinho a mais. — Vejo Jungkook sair do quarto e fechar a porta com cautela. Então se aproxima de mim. — A porta vai estar aberta quando chegar. — Confirma. — A gente pode conversar amanhã? só eu e você? sobre isso?

— Sim! Claro que sim. — Sorrio mesmo que não possa ver. — Hm... Já tô saindo daqui.

— Tá. Cuidado, não corre.

Eu desligo depois disso. E ofereço um sorriso reconfortante para Jungkook. Ele sorri de volta e estende a mão.

— Vamos?

A seguro antes de sairmos do apartamento. Eu o abraço e o beijo no elevador. Acho que o porteiro vê nas câmeras porque nos olha com uma cara engraçada quando passamos por ele de carro.

O moreno gargalha, provavelmente pensando o mesmo.

— Esse cara deve ver cada coisa no elevador — murmuro e ele concorda.

O carro do advogado chama muita atenção, então peço para Jungkook abrir as janelas e acender a luz interna quando começa a subir o morro, além de abaixar o farol. Eu sei que por mais que as ruas estejam desertas, estamos sendo observados.

Para o Besouro embaçar com isso é dois palito e eu não estou muito a fim de tomar outra taxada.

— Não quer que eu vá pra casa contigo? — pergunto quando para na frente de casa.

Olho para ele, que sorri e estica a mão para tocar a minha coxa por cima da calça.

— Eu quero ficar com você — diz, apertando a carne dali. — Mas eu também quero ficar sozinho. Só um pouco.

Jungkook faz um bico adorável que me arranca um sorriso.

— Desculpa — sussurra.

— Não precisa pedir desculpa. Eu entendo. Mesmo. — Toco a mão tatuada, que solta a minha coxa para segurar a minha mão. — Se precisar de mim sabe que pode me ligar.

Assente com a cabeça.

— E a gente se vê amanhã, não é? — lembro, de repente empolgado. — Não temos mais porque acordar tão cedo. Nem esperar anoitecer pra se ver.

Devo confessar que isso me causa uma sensação gostosa, ao mesmo tempo que sei que vou sentir falta das madrugadas em claro no meio do nada na presença do moreno.

E aí o bico dele se transforma num sorriso enorme. Eu derreto.

O carro só vai embora quando entro em casa. Tento fazer o mínimo de ruído possível para não acordar mamãe que, pela escuridão em que a casa está, já está dormindo. Ela dorme cedo e já são quase uma da manhã.

Eu me deito de barriga para cima na cama com a camisa branca desabotoada até a metade, ainda de calça e meia. Acho que estou sorrindo. Meu corpo está eletrizado como nunca esteve antes. Cenas da noite de hoje, do momento com meus pais e do baile com Jungkook flutuam nas paredes do meu quarto; tudo isso me faz vibrar ainda mais.

Porra, eu não vou conseguir dormir.


Eu:

Hj foi foda|

Obrigada pela noite incrível, como todas com você|

Espero q aprecie sua própria companhia da melhor forma e lembra q eu tô aqui|

Qualquer coisa me liga|

[00:55]


△ི꙰͝꧖๋໋༉◈

Eu acordo com a claridade entrando no quarto. Acabei pegando no sono sem perceber no meio da madrugada, mas me encontro exatamente como lembro de ter me deitado: de barriga para cima, com a roupa da noite anterior.

Cubro os olhos com um dos braços e solto um suspiro longo, sentindo que posso voltar a dormir a qualquer momento.

Só que o meu celular começa a tocar.

Umedeço os lábios e descubro os olhos, fitando o móvel ao lado da minha cama pela greta que abro dos olhos. A tela do celular brilha conforme o toque da ligação.

Meu sorriso cresce devagar ao ver quem é.

— Bom dia — digo, a voz meio rouca pelo desuso.

— Bom dia? São quase uma da tarde. — Arregalo os olhos. — Que voz gostosa... Te acordei, namorado?

Me falta ar por um instante.

— N-não. — Jungkook ri do outro lado da ligação. — Hm... Dormiu bem?

Ele suspira de forma longa e profunda.

— Eu não dormi, gatinho. — Engulo em seco.

— O que houve?

Me sento na cama.

— Nada de mais, fica tranquilo. Eu só fiquei matutando algumas coisas na minha cabeça e quando vi já tinha amanhecido. E nossa, amor, que céu lindo! Você tinha que ver. Tava tão... azul... Com nuvens tão branquinhas... — O tom dele é calminho. Lento. Gostoso.

Franzo o cenho.

— Você tá chapado? — pergunto.

— Talvez um pouco.

— Sem mim?!

Jungkook ri.

— Desculpa, bebê, mas eu precisava desacelerar um pouco. Ou teria que descontar nAquele Arrombado, o que iria contra a promessa que fiz de deixar ele em paz por um tempo.

Faz uma breve pausa. Acho que vai falar mais alguma coisa, mas ele só suspira.

— Quer falar sobre isso? — digo, apertando o aparelho contra a minha orelha.

— Sobre matutar coisas a madrugada inteira ou sobre querer deitar Aquele Arrombado na porrada?

Sopro um breve riso.

— Os dois, namorado.

— Puta merda, você é meu namorado agora... — Parece mais estar se convencendo do que perguntando para mim. — Isso quer dizer que eu posso falar que você é meu namorado para qualquer pessoa que perguntar?

Rio.

— Hmm... Sim?

— Ok... Ô PAI!!!

— Garoto... — Ele continua chamando pelo pai.

Até Seokjin aparecer. Consigo ouvir o advogado gritando de volta.

— Dino, se liga — Jungkook diz. — Seu filhão tá namorando. Ai, papai, apaixonei.

Igualzinho o João Frango.

Ouço um "é mesmo?" bem baixinho. Me faz rir porque é em tom de ironia.

— Duvido você acertar com quem — Jungkook desafia. — Uma dica: ele é lindo que só a porra.

Eu desejo ver essa cena pessoalmente, ainda mais quando Jungkook solta uma gargalhada gostosa.

— Meu pai disse que se não for você ele proíbe o namoro — ele diz, desta vez para mim.

— Depois de ter sido flagrado fodendo com você na piscina e ser chamado de genro antes de ser oficial, isso é o que eu, no mínimo, espero — murmuro, arrancando mais risadas abobalhadas dele.

— Jimin, você está sendo intimado por uma figura de autoridade judicial a comparecer a um jantar aqui em casa. — De repente a voz de Seokjin fica mais alta, como se tivesse tomado o celular de Jungkook, ainda mais porque a voz do moreno fica, também de repente, afastada. — Eu sei onde você mora.

— Eu sei que sabe. O senhor acha que eu não sei que traz a minha mãe no pé do morro quase todo dia, né? Eu não estou em casa, mas sei das coisas. E não é ela que me conta — digo, com um tom um pouco mais firme. Quase sério. — E estou de olho, Seokjin.

— Igualmente, Park Jimin. Não apareça e eu te busco em casa. Se for namorar meu filho tem que fazer direito. Já falei que é precioso.

— Hm... Tá.

— E traz a sua mãe. Não quero ficar de vela.

— Tá folgando demais, doutor, não tô gostando — murmuro, sério de novo. Sério de verdade. — Pisa fofo na minha quebrada, inclusive.

— Vaza, dinossauro. — A voz de Jungkook vai ficando mais perto. — Depois eu quero conversar com você, pode ser? Mas agora eu vou web namorar, me dá lincença. Xispa!

Tenho que cobrir a boca para não rir alto. Consigo escutar Seokjin se afastando aos resmungos.

— Eu adoro seu pai, cara — confesso, voltando a me deitar na cama.

— Ele também gosta de você — Jungkook conta. E suspira. — E a minha mãe também.

Mordisco os lábios, fitando o teto do quarto.

— Como foi com ela? — pergunto, manso.

— Foi... — Leva um tempo para dizer. — Surpreendente.

— De um jeito bom ou ruim?

— Não sei. Os dois, talvez. Ela me contou coisas que anulam qualquer pensamento pré-conceituoso que eu criei na minha cabeça pra juuus...tificar as atitudes de merda dela. A maioria, pelo menos. Hmm... Ela estava bêbada, não sei se vai lembrar do que eu disse. Mas por enquanto eu quero me manter longe e focar no meu pai. Eu tava quase surtando de madrugada por causa dessa conversa e aí eu fumei um pouco.

— Você fumou?

Isso é surpreendente. Jungkook detesta cigarro. Ou qualquer coisa que saia fumaça.

Cheiros fortes irritam ele, na verdade.

— Pois é. Foi a alternativa mais prática. Eram duas da manhã, eu estava inquieto e com muita preguiça de fazer a manteiga. Então foi no baseado mesmo. É péssimo, diga-se de passagem. Meus docinhos são muito mais gostosos. E não preciso me preocupar com os meus pulmões. Pros neurônios eu tô pouco me fodendo.

Consigo imaginar um bico moldando os lábios rosados de Jungkook e isso me faz ter ainda mais vontade de estar com ele agora.

— Ainda me causa raiva. Lembrar daquela noite. Ainda não sei o que fazer, por isso isso quero distância e tempo. Enquanto isso, vou me dedicar a um velho de coração quebrado.

— Trégua e segunda chance? — Jungkook concorda.

— No meu tempo, mas sim. Trégua e terceira chance. — Ele hesita algumas vezes antes de dizer: — Ele faz ela bem. De verdade.

Franzo o cenho, confuso sobre quem exatamente ele está falando.

— Quem? — pergunto. — Meu pai?

— Uhum.

— Ele disse que quer tentar fazer dar certo com você — digo, lembrando da conversa que tivemos na praça, na noite de ontem.

— MAS isso também vai ser no meu tempo. E eu quero ir devagar. Então agora não.

— Justo. — Deito de lado, deixando o aparelho alinhado à minha orelha sem precisar segurar. — Eu... não conversei com ele ainda. Sobre tudo o que aconteceu, sabe?

— Não é um B.O. seu.

— Não da forma que é para você, mas é meu também. Eu quero entender o que rolou.

Então lembro de algo que não contei a ele ainda.

— Moreno, aconteceu uma coisa no começo da semana que eu não falei. — Murmura algo. — Na real que eu nem ia esquentar a sua cabeça com isso, mas como você e a sua mãe já conversaram... — Me ajeito na cama. — A gente conversou no estacionamento do colégio. Ela me pediu desculpas por umas coisas. Eu também pedi por outras. E... Ela me perguntou de você. Perguntou se... se você odiava ela. Ela tava péssima, Jungkook. Tava fumando e... parecia que não dormia há dias, sei lá. Desculpa não falar antes. E desculpa falar sobre isso agora.

Ele não diz nada. A linha fica muda por um tempo.

— Tá tranquilo. Eu só... Caralho, ela odeia cigarro. Sempre odiou — diz, baixinho. Eu fecho os olhos com força.

Jungkook estala a língua no céu da boca e muda de assunto.

— Enfim. Foi isso que rolou. Daqui a pouco vou conversar melhor com ele também sobre isso.

— Me liga se precisar de mim — digo, até rápido demais.

Ou talvez ele que esteja lento demais.

— Tudo bem, namorado — diz e ri. — Namorado. Namoraaaado. Na.mo.ra.do. Essa palavra é muito gostosa. Namorado. — É a minha vez de rir, relaxando um pouco mais. — Desculpa, acho que a onda tá forte ainda.

Mordo o lábio inferior com um pouco mais de força antes de dizer:

— É fofo, meu maconheirinho.

— Ah, malditos pronomes possessivos... Eu perco a postura — ele solta numa versão manhosa do João Frango, todo derretido. Eu acho graça, ao mesmo tempo que me seguro para não levantar de onde estou, ir até lá e amassar aquele moleque de tanta fofura.

O restante do dia eu me mantenho ocupado, apesar de ser domingo. Eu não fico em casa com a minha mãe, descansando da semana agitada. Eu, como combinado, vou passar o dia com o meu pai. Na casa dele. Porque gosto de ficar com ele, mas também porque quero conversar sobre como as coisas chegaram no que são hoje.

Em relação a ele e Jihyo, digo.

Só não aceitei ontem quando quis falar porque de fato não era o momento. Mas agora nada impede. E acho que preciso dessa explicação.

— E aí, como foi o baile? — papai pergunta quando se acomoda ao meu lado no sofá. Ele veio da cozinha com uma tigela de pipoca nas mãos.

Algumas coisas mudaram desde a vez em que o ajudei a fazer a mudança. Alguns móveis já estão em seu devido lugar, novos objetos foram comprados e, de pouco em pouco, a casa ganha a cara do meu pai. É um lugar bastante aconchegante, devo admitir.

— O senhor estava certo sobre não me importar com as pessoas. — Olho para ele, que sorri para mim. — Foi muito bom. E Jungkook disse que eu dancei muito bem, então créditos ao senhor.

Nega com a cabeça e ri.

— Eu só dei algumas dicas.

Olho para a televisão, vendo as cenas de algum programa do horário.

— E... — Aceito a tigela de pipoca quando me oferece. — E meio que podemos dizer que eu estou namorando o seu enteado.

Meu pai não diz nada de imediato.

— Você tá feliz?

— Muito — respondo.

— Então eu também tô. — Sinto a mão dele tocar e acariciar a minha nuca. — E feliz que me contou.

Tiro a atenção da TV e olho para o homem ao meu lado.

— Ele não te odeia, pai — digo.

— Mas também não gosta de mim. — Sopra um riso fraco, sem humor. — E tudo bem, sei que não sou o certinho dessa história.

Suspiro, voltando a olhar para frente.

— O senhor só precisa ter um pouco de paciência, ele precisa de tempo. — Pego uma única pipoca dentro da tigela. — Mas me disse que o senhor faz ela feliz e então meio que está tudo bem. — Volto a fitar meu pai.

— E você? Não tá chateado comigo? — A pergunta repentina me pega desprevenido, tanto que não sei o que responder.

— Hm?

— Eu sabia que ela era casada. Não tá chateado comigo?

— Queria que eu estivesse?

— Não. Eu só... Não é bem uma atitude para se orgulhar, sabe? Achei que... ficaria chateado. Comigo.

— Você a obrigou? — Ele nega com a cabeça. — Pois bem. Eu não vou ficar chateado porque o senhor pegou alguém casado que sabia das consequências do que estava fazendo. O que não quer dizer que eu defenda a sua atitude, ou que faria algo parecido. — Enfio a pipoca na boca. — Eu me agarrei à ideia de que em algum momento me contaria. E eu quero entender.

— Quer conversar sobre isso agora?

Dou de ombros.

— Não sou muito fã desse programa mesmo — digo.

Meu pai se ajeita no sofá. Eu levo, agora, um punhado de pipoca até a boca.

— Certo... — Ele faz um barulho com a boca antes de continuar. — Já tinha quase um ano que a gente decidiu se divorciar. Seoyun e eu. E em uma noite, no final de semana, eu... sei lá, saí pra beber com alguns amigos do meu trabalho. Jihyo, por coincidência, tava sentada no balcão do bar. Ela parecia meio... mal, sabe? Ela não tava bem.

Mordisco o caroço mal estourado, mantendo os olhos na tigela mas a atenção no meu pai.

— Eu cumprimentei por educação, já que conhecia ela por causa do seu colégio, mas acabei me sentando junto dela quando notei que não tava sozinha por opção. — Ele faz uma breve pausa. — Eu juro, Jimin, bastou eu perguntar se tava tudo bem. Ela só... só colocou pra fora. Talvez Jihyo tivesse bebido um pouco além da conta e isso fez ela falar sem medo, eu só sei que fiquei horas ali com ela falando da mãe dela, do colégio, da casa, do casamento, das pessoas, e como tudo isso tava exigindo o que ela já não tinha forças pra dar. No fim da noite me agradeceu por ter escutado. E aí cada um foi pra casa.

Meu pai para de falar de novo. Eu coloco mais pipoca na boca.

— A gente se encontrou algumas semanas depois e ela me chamou pra beber. Eu aceitei. E nós saímos mais algumas vezes, mas só aconteceu alguma coisa meses depois, sem uma única gota de álcool na boca. De nenhum dos dois. A gente se conhece a um tempo, de fato, mas não tem tanto assim que a gente se... envolve.

Ele suspira baixinho.

— E as coisas só aconteceram. Até virar o que é hoje.

Papai fica quieto e o silêncio toma conta da casa. Por um tempo, ninguém diz nada. Eu sem saber o que dizer ou pensar e ele provavelmente esperando que eu diga algo.

— Vocês magoaram alguém — falo baixo, pescando outra pipoca. — Alguém que até hoje acha que o que aconteceu foi porque ele não foi o suficiente. — Olho para o meu pai, que encara o próprio colo. — Espero que saiba onde errou.

— Eu sei. Tem certeza que não está chateado comigo? — pergunta, um pouco mais baixo que antes.

Olha para mim e eu tenho a impressão de que vai começar a chorar a qualquer momento.

— Tenho — garanto. — O senhor vai lidar com as consequências das suas escolhas, e não conhecer o cara que me faz feliz agora é uma delas. — Sai mais sincero do que pretendo. — A mãe conhece e se dá tão bem com ele. Queria... poder apresentar vocês também.

— Eu... Desculpa, tesouro.

Acho que se a gente parar para pensar, a vida é feita de segundas chances. Porque a gente erra e acerta o tempo todo.

Porque a gente é falho e faz merda.

É inevitável.

— Só... Só toma cuidado, ok? — peço. — Para não se machucar também. Quero dizer, ela já fez uma vez...

— Acho que as coisas são diferentes agora — ele diz.

Fecho os olhos, afundando um pouco mais no sofá. Papai suspira.

— Tudo bem — solta, tocando meu ombro por um momento antes de levantar. — Que tal assistir o jogo do timão sem ninguém olhar para trás e se arrepender no futuro?

Sorrio, abrindo os olhos no instante em que pega o controle da televisão e muda de canal. Nosso time está entrando em campo.

— Boa ideia.


░★░


E aí, anjos! Como vocês estão?

Dohyun também revelou a versão dele sobre a mesma história

Traição é um assunto complicado de falar, confesso, e eu espero ter abordado ele da melhor forma possível. Não como a maneira correta de agir nessas situações, mas como ALGUNS dos infinitos jeitos de passar por ela. Cada personagem agiu de uma maneira diferente, numa perspectiva diferente, e nenhuma delas está errada. Muito menos correta. Mas todas humanas

Espero que eu tenha conseguido passar isso para vocês 😨

Com isso, finalizamos todas as pontas soltas? Espero que sim

Os Jikook boiolando por ligação ain 🤧

Jungkook chapadão kkkkkkk

O Jin intimou o Jimin. Ele TEM que comparecer a um jantar na casa do sogrão

Ah e o SUV que os Jikook picharam foi esse aqui e ficou mais ou menos assim (Tá horroroso isso, eu sei kkkkk mas é só pra visualizar melhor)

Esse BMW não é baratinho, viu? Tá na casa dos R$600.000,00. E é lindo, vamos combinar. Todas as gerações dele antes do 5, as mais antigas, são ainda mais (eu tenho um penhasco por carros antigos muito mais do que os atuais, confesso kkkkk)

SPOILER: o próximo capítulo se resume em: boiolagem, marijuana e mais boiolagem. E é a reta final da fic 😭 então aguardem

Se amem. Se cuidem. Se hidratem. Se protejam 💜

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