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37 ! GOODBOY

SALVEEEEEEEEE

A roupinha do Jimin está nas notas finais, assim como fiz com a do JK no capítulo passado. Se vocês quiserem descer e ver as fotinhos fiquem à vontade, só recomendo não ler as notas porque vai tomar spoiler do que acontece

Espero que gostem do capítulo de hoje, comentem bastante, deixem ase isso acontecer e boa leitura 💕


░★░


Pai, mãe, meus amigos
Ciúmes?
Muito mais do que um corpo sarado
★★★

Sabe quando você faz uma coisa achando que, naquele momento em específico, é uma boa ideia? E então, em outro momento – às vezes até mesmo instantâneo –, essa ideia não parece mais tão boa assim? Nem adequada? Nem o suficiente?

E aí você se arrepende?

Então, foi o que aconteceu com aquele discurso. Eu escrevi sabendo que seria bom mentir para evitar dores de cabeça. Parecia uma estratégia boa. Só que quando eu comecei a ler para todas aquelas pessoas já não parecia mais tão bom assim.

Taxado de otário por anos, eu cansei.

Nunca mais vou ver nenhuma daquelas pessoas.

Foi num impulso de coragem que ascendeu de dentro para fora. Eu meio que falei o que veio à mente, o que eu queria de fato falar para todas aquelas pessoas. Na hora não me pareceu tão ruim, mas as minhas pernas amoleceram quando desci do palco e ruído algum era escutado pelo auditório além dos meus passos. Praticamente larguei o corpo na cadeira quando a alcancei, sentindo tudo dentro de mim tremelicar.

Minha atenção, que estava nas batidas aceleradas do meu coração batendo em cada canto do meu corpo, foram rapidamente para o toque gelado que senti na mão direita. Foi quando percebi Alice tentando me acalmar.

E conseguiu.

Neste exato instante, com o anuncio do fim da cerimônia, Alice ainda segura a minha mão. Entretanto, solta quando todo mundo começa a levantar.

— Obrigado — digo, sorrindo para a garota.

— Eu sempre te achei na sua, quieto. E você me surpreendeu hoje — ela diz, girando a tampa do canudo revestido em um tecido vermelho de veludo. — De um jeito bom.

— Fico feliz, eu acho.

Na real, ainda me sinto estranho. A sensação de estar sendo observado me causa nervoso.

Dara e Vini vêm conversar com a gente. Eles estavam sentados mais atrás e vir até nós é a primeira coisa que fazem quando o fluxo de pessoas no auditório diminui. Dandara exibe um sorriso enorme, que brilha todo o rosto dela. Vinicius está alegre e saltitante, algo que não é novidade.

Nós só saímos do lugar rumo à saída quando decidimos o local e o horário em que iremos nos encontrar. Será nosso primeiro momento juntos fora dos muros do colégio, a primeira que vamos conversar sobre algo sem relação às disciplinas, às notas, a escola.

Pensando melhor, sobre o que vamos conversar?

Saio acompanhado dos meus amigos e vejo meus pais me esperando na porta. Eu aproveito a oportunidade e os apresento, e ver todos se conhecendo me causa boas sensações.

Mamãe sorri para mim enquanto abraça Dara. Ela está contente por estar conhecendo pessoas novas. Papai também, ele esbanja um sorriso grande e simpático.

Ao fim das apresentações, me despeço dos três e acompanho meus pais até o estacionamento lotado de pessoas e veículos.

— Não vai ficar? — meu pai pergunta quando entra no carro, no lado do motorista, e eu entro atrás, no passageiro. Minha mãe entra na frente, ao lado dele. — Tem uma festa, não tem?

— Uhum — murmuro, cruzando as mãos sobre o colo. — Acho que vou pra casa.

— Tem certeza? — desta vez é minha mãe que pergunta.

Eu não respondo, apenas encosto a cabeça na janela. Papai tira o carro da vaga e, pacientemente por conta do fluxo de pessoas, sai do estacionamento do Colégio Central de Elite.

— Quando eu tinha a sua idade, passei por um momento como esse. — Ergo o olhar e encaro meu pai pelo retrovisor. Ele presta atenção na estrada enquanto fala. — Não era um baile de formatura porque eu não cheguei nessa parte, mas eu simplesmente chamei a menina mais linda daquela festa pra dançar.

— Foi terrível — minha mãe diz, arrancando risadas minhas e dele. — Seu pai era péssimo nisso.

— E ainda sou. Nunca levei muito jeito com as mulheres. — Me olha por breves segundos pelo espelho. — Mas eu queria muito dançar com ela. Então chamei.

— Queria ter esse dom — murmuro, voltando a olhar para a paisagem que passa pela janela. — De não ligar pra nada.

— Não foi um dom. Isso não mudou, eu continuo a mesma porta de sempre. — Sopro um riso. — Mas naquela noite eu coloquei uma coisa na minha cabeça que me fez tomar coragem.

Volto a atenção para o espelho retrovisor.

— Era a minha oportunidade. A única chance que eu teria de conversar com a garota que eu nem conhecia, mas que tinha chamado a minha atenção pelo jeito que sorria e dançava, e de dançar uma música com ela. — Ele dá de ombros. — E quando isso aconteceu, quando ela passou aquela noite inteira comigo, foi como se o restante das coisas tivesse sumido. Porque eu tinha conseguido o que queria.

Eu vejo, então, meu pai olhar para o lado e encarar a minha mãe. Ambos sorriem de forma sutil, como se estivessem se recordando daquela noite.

— E seu pai podia ser todo desajeitado, mas dançava muito bem.

— Eu DANÇO muito bem. — Nós três rimos. — Só não deixe de fazer as escolhas certas essa noite por medo de outras pessoas. A decisão que eu tomei naquela noite me fez viver anos ao lado de uma mulher incrível que me deu um filho tão incrível quanto. E é a sua noite, tesouro, ninguém pode tirar isso de você.

Fala isso para a minha cabeça.

— Mas nem dançar eu sei — digo quase manhoso. — E ainda por cima vai ter um monte de gente lá.

— Se o problema for a dança, dá pra resolver. Já às pessoas... — Ele nega com a cabeça. — Posso te garantir: elas não vão ser um problema. Mas se for, fecha os olhos e foca a sua atenção ne...

A fala do meu pai acaba assim, de repente. E quando vejo que não pretende mais falar, eu falo.

— Nele. — Eu termino a frase no lugar dele.

— Nele — repete. — Vamos dar um jeito nisso.

Meu pai desvia o caminho quando faz uma curva um tanto quanto rápida e perigosa e estaciona o carro pouco mais de um minuto depois rente ao meio-fio de uma praça.

— O que vai fazer? — pergunto quando desliga o veículo.

Meu pai abre a porta e olha para mim por cima do banco.

— Te ensinar a dançar.

Antes de sair do carro, liga o rádio numa estação que toca uma música muito agitada, mas troca para uma mais calma.

Mais lenta.

Eu travo.

— Não filma isso — peço para ela, tirando o cinto de segurança.

— Tá bom — minha mãe diz, mas ri logo em seguida.

— É sério.

Eu fecho a porta do carona quando saio, diferente do motorista que fica aberta. Assim, o som é escutado com perfeição mesmo fora do veículo. Olhar meu pai parado ao lado do carro me faz querer rir, principalmente quando ele sorri e estende a mão para mim.

Meu rosto esquenta.

— Na dança ou você conduz, ou é conduzido — explica.

Umedeço os lábios devagar e olho em volta, pela bonita praça noturna, antes de voltar o olhar para papai e segurar a mão estendida dele.

Não acredito que eu vou fazer isso.

Não acredito que você vai fazer isso, Jimin.

— A principal diferença entre os dois é a forma como segura o parceiro. Mão na lombar para quem conduz e mão no ombro para quem é conduzido. Simples, não?

— Na teoria...

Ele ri.

— Vou te ensinar os dois. Não é difícil.

— Certo.

Meu pai é um excelente professor, devo admitir. Primeiro me mostra como conduzir a dança e, consequentemente, a pessoa que vai estar comigo. Minha mãe fica olhando de dentro do carro, rindo com a gente sempre que eu piso no pé alheio sem querer.

Em seguida, me mostra como é ser conduzido.

— Você aprende rápido — ele elogia, segurando uma das minhas mãos e me girando.

— O talento pra dança é de família — mamãe comenta, me arrancando um sorriso.

Apoio o queixo no ombro do meu pai ainda sendo conduzido de forma lenta pelo chão de paralelepípedos da praça, bem pertinho do carro. A música completamente gay que toca na rádio combina com as coisas que sinto agora.

Vamos lá, Jimin, é sua chance de se assumir ao som de "TALK ME DOWN".

— Pai — chamo.

— Sim?

Fecho os olhos.

— Lembro daquela promessa que te fiz quando eu era mais novo.

Ele emite um som baixo com a boca, como se estivesse pensando.

— Qual delas? — diz.

Eu sopro um riso. Foram muitas promessas.

— A de contar quando eu sentisse algo diferente por alguém — respondo, olhando a praça bem iluminada e pouco movimentada por cima do ombro dele. — Quando eu... tivesse a fim de alguém.

— E você tá?

— Acho que sim.

Por mais que seja a primeira vez que isso acontece na nossa vida, a gente sabe quando é. A pessoa te causa coisas completamente diferentes do que qualquer outra. Até mesmo a forma de pensar nela é diferente. Você pode não querer ou não aceitar, mas no fundo sabe que ela é diferente das outras.

Eu só demorei para notar, confundindo tais sentimentos com a boa e velha amizade.

— Nunca conversamos sobre isso. Acho que pelo mesmo motivo que a maioria dos garotos gays não falam tão cedo, por mais que tenha descoberto ainda criança. Mas... — Fito a mulher dentro do carro por cima do ombro alheio. Ela me olha de volta. Eu sorrio fraco. — Eu sou gay.

Fecho os olhos com força, entretanto, poucos segundos antes consigo ver o sorriso aparecer de forma sutil nos lábios da minha mãe.

— Não compactuo com a cultura de se assumir, acho paia e ridículo demais, mas eu... eu prometi pra mamãe que tentaria conversar mais com vocês. E eu gostava de como a gente era próximo quando eu era mais novo.

Quando nada era baseado em cobranças, expectativas a serem alcançadas e obrigações maçantes.

— E eu só queria que soubesse que o filho de Jihyo e eu...

— Entendi — meu pai preenche o silêncio ao dizer. — É dele que você gosta, não é?

Me contento em murmurar em concordância, quando na verdade eu só quero dizer: "gosto pra caralho, eu amo aquele porra".

— Ele parece ser bem... intenso.

Aperto os olhos ao lembrar da tentativa mal sucedida de um cumprimento entre meu pai e Jungkook mais cedo, durante a cerimônia.

— Jungkook é, mas aquele dia do almoço foi infeliz. Ele não esperava ver o homem com quem Jihyo estava traindo Seokjin. — Mordo o lábio inferior. — Nem eu estava esperando ver ela, na verdade.

Sinto meu pai tensionar. Ele erra um passo, desritmando nossa dança por um momento.

— Sobre isso–

— Não é o momento, pai — o interrompo. — Não quero falar sobre isso. Não agora.

O ritmo da dança volta ao que era antes.

— Tudo bem — diz, acariciando a base das minhas costas. — Eu fico feliz que você me contou isso. Sei que ele não quer falar comigo tão cedo, mas eu quero ter uma boa relação com o garoto que faz o meu filho feliz. Então, se um dia ele quiser me dar uma chance... Eu quero tentar.

Abro os olhos e vejo minha mãe dentro do carro. Ela abaixa o celular no instante seguinte, sorrindo como se não tivesse sido pega em flagrante.

— Ele só precisa de um tempo — digo, me afastando um pouco para ver o rosto do meu pai. — Acha que eu estou preparado para chamar ele pra dançar?

Ele sorri, se inclinando para beijar a minha testa.

— É como sua mãe disse: o talento vem de família — fala. — Quer uma dica pra ficar melhor?

Assinto com a cabeça, me afastando definitivamente. Meu pai comprime os lábios e dá dois passos para trás, chegando perto da porta aberta do motorista. Ele coloca a mão sobre o teto do carro e sorri antes dizer:

— Dança mais coladinho. E fala perto da orelha. Tenho certeza que ele vai ficar maluco por você.

Eu nunca, em toda a minha vida, imaginei ter conversas desse tipo com meu pai sobre a pessoa que eu tô querendo chamar atenção.

Só pode ser algum tipo de universo paralelo.

Papai sopra uma risada engraçada e sincera, provavelmente por estar vendo o filho dele quase derretendo na calçada, e dá um tapinha no teto do Palio.

— Vem, eu te deixo lá.

Ele entra no carro. Eu não espero um segundo mais e volto a ocupar o banco de trás.

— Eu tirei fotos. Não resisti, desculpa — mamãe diz, olhando por cima do braço do banco.

— Tudo bem, acho que vou querer lembrar desse momento mais vezes — confesso, arrancando sorrisos bonitos dos dois mais velhos.

△ི꙰͝꧖๋໋༉◈

Especialmente nessa noite o Colégio Central de Elite parece um clichê total e tenho certeza disso quando me aproximo do ginásio. O corredor que leva até a quadra está todo enfeitado com balões pratas nas paredes e confetes espalhados pelo chão. Para completar, a cortina de fitas na entrada me separa do baile, cuja música está quase estrondosa.

Estou pronto para atravessar a cortina, mas travo e não consigo mais dar um passo adiante. Sinto nervoso e um frio estranho na barriga, então dou meia volta e entro no vestiário ao lado.

— Puta merda... — solto junto de uma lufada longa de ar.

Apoio as mãos na pia e encaro meu reflexo no espelho enorme. Lápis (a única maquiagem que sou capaz de fazer, mas ainda sim derramo algumas lágrimas): ok. Roupa: ok. Óculos: sujo e torto. Cabelo: fodido. Cacete. Eu deveria estar no mínimo decente, principalmente porque sim: eu quero chamar a atenção de Jungkook para mim essa noite.

Eu só não posso lembrar que vou ter uma plateia enquanto faço isso, caso contrário entro em colapso.

Tiro os óculos e limpo as lentes com a bainha da camisa social branca e larga que visto, não me importando muito se o tecido é adequado ou não. Quando coloco os óculos de volta, vejo um mundo novo.

O que um óculos limpo não faz...

Encaro meu reflexo outra vez e passo a mão direita entre os fios loiros, jogando-os para trás. Eles voltam a formar a franja sobre a testa.

Mordo o lábio inferior e abro minimamente a torneira, molhando a palma das mãos. Com a umidade, ajeito todo o cabelo para trás. Talvez eu entenda a fissura de Jungkook por me ver assim. Eu deixo a aparência de nerd politicamente correto e adquiro a de pivete invocado e cheio de marra.

Fecho brevemente os olhos e solto um longo suspiro, me olhando uma última vez antes de sair do banheiro.

Enfio a mão dentro da blusa e puxo a corrente prata para fora, tentando não reparar muito na expressão das pessoas quando passo pela cortina de fitas, mas fico surpreso com a quantidade de presente.

Não tem só alunos formandos.

Pego o celular no bolso da calça para checar se tem alguma mensagem do moreno. Nada. Envio uma dizendo que cheguei, mas depois de dez minutos sem resposta eu desisto de ficar esperando e me esgueiro por entre as pessoas a fim de encontrá-lo.

— Você por aqui? — Alguém segura meu braço.

E me surpreendo quando vejo que é Alice.

— Te faço a mesma pergunta — digo, sorrindo. Tenho que falar alto para que me escute.

— Eu não tinha nada melhor pra fazer em casa. E aí eu pensei: quem sabe eu não consigo algo interessante essa noite. — A vejo olhar para frente e sorrir. — Talvez um beijo dela.

Quando olho na mesma direção, vejo Elisa sorrindo grandiosamente para a câmera de um fotógrafo.

— Acho que tenho um crush nela desde o primeiro ano, acredita?

Volto a olhar para Alice, que ainda sorri para a garota distraída.

— Você não sente ciúmes? — pergunta e volta a me olhar. — Quero dizer, o Jungkook ficou com ela e uma pá de pessoas. Eu fiquei bolada com o lance do estacionamento, mas aí lembrei que não tinha porquê. A gente nunca teve nada. Mas você e o Jungkook...

Umedeço os lábios devagar antes de negar com a cabeça.

— É que... A gente meio que já começou sem exigir exclusividade um do outro, sabe? E isso não mudou com o tempo. Nem vai mudar, na real. Eu não me importo dele ficar com outras pessoas — digo, sorrindo de lado. — Então não, não sinto.

— Como consegue?

Dou de ombros, pensando no meu garoto.

— Não sei, eu... — Nego com a cabeça de novo. — É uma coisa nossa. A gente pensa igual sobre isso. Sobre não se limitar apenas a nós mesmos. Eu não ligo. Nem ele. Não me faz gostar menos dele. E eu sei que sempre, sempre mesmo, ele vai voltar pra mim.

Ela assente com a cabeça, fazendo um bico engraçado com a boca.

— Uau... Eu queria ser desapegada assim.

Rio.

— Não sou desapegado, muito menos tenho "maturidade". Pelo contrário. Eu enlouqueço se perder aquele cara algum dia — confesso e é a vez dela rir. — Eu só não tenho porque privar ele de curtir outras pessoas, da mesma forma que quero ser e me sentir livre para curtir outras pessoas além dele, que é o cara que eu gosto. — Pendo a cabeça para o lado, sorrindo meio bobo. — Que eu amo, na verdade.

— Isso é intenso...

Ela passa a mão no cabelo solto, fitando Elisa com um olhar bonito.

— Olha, não é da minha conta, mas se te ajuda de alguma forma sobre você ter vindo por um beijo dela: uma drag muito sábia disse uma vez que é melhor se arrepender do que passar vontade — digo.

Apesar de eu ter falo, as palavras me dão uma baqueada, então engulo em seco ao sentir meu coração bater rápido de repente.

Alice sorri e tromba o ombro no meu.

— E você? Park Jimin se misturando com mauricinhos e patricinhas? É novidade.

Respiro fundo, ela gargalha.

— Sei lá, a gente faz loucuras pelas pelas pessoas que a gente gosta. — Ela arqueia as duas sobrancelhas simultaneamente.

— Buceta, o que o amor não faz... — diz, me arrancando risadas. — Enfim, eu vou lá sofrer por mulher. E espero que você esteja preparado para sofrer por homem porque Jungkook está gato demais. Tchau.

E some entre as pessoas quando me despeço.

Preparado?

Eu me vejo mais uma vez sozinho e perdido. E é quando vou dar um passo, na intenção de voltar a procurar meu garoto, que escuto três batidas no microfone seguido de um pigarreio.

— Estão me ouvindo bem? — É a voz de Jungkook. — Espero que sim. Hmm...

Eu olho em volta na tentativa de achá-lo no meio da galera, mas não o encontro. Entretanto, segundos depois Jungkook sobe no palco montado para a DJ em uma das extremidades do ginásio e revela-se para todo mundo.

Eu arfo ao ser estúpida e ridiculamente afetado pela beleza daquele homem. A beca de mais cedo me impedia de ver ele por completo.

Ok, não estou preparando.

— Estão me vendo agora?

— GOSTOSO! — Alguém berra em algum lugar, arrancando a palavra que pisca na minha mente.

Papo rero 'memo? Eu sou o cara mais sortudo do mundo. Sem neurose.

— Eu sei, mas muito obrigado por lembrar — Jungkook diz, arrancando risadas de todo mundo, inclusive minhas. — Bom, pra quem não me conhece eu sou Jeon Jungkook, o filho problemático da diretora do Colégio Central de Elite.

O moreno trava a mandíbula quando bate os olhos em uma pessoa lá da frente. Ele a encara por um tempo. Não consigo ver quem é porque há muitas pessoas na minha frente, mas com certeza é alguém que ele não vai muito com a cara.

— Eu tenho algumas coisas para falar antes do dia virar e não ver mais a cara de vocês. — Volta a atenção para a galera. — Eu passei os últimos meses pensando no que fazer na formatura. Zoar o carro da diretora ou espalhar papel higiênico na piscina estavam ganhando. — Mais risadas. — Mas eu pensei bem e cheguei à conclusão de que tem jeito melhor de marcar o terceirão. E por incrível que pareça, eu sou muito mais do que um corpo sarado e um moleque perturbado das ideias.

Faz uma pausa, passando os olhos por todo mundo.

— Durante todos esses anos, só que mais especificamente nesse último, eu descobri que as pessoas podem ser muito paus no cu quando querem. Como se sentissem prazer em machucar e em fazer sofrer, de maneira não consensual, outras pessoas. Simplesmente porque querem. — Sopra um riso. — Na moral, eu espero que todas essas pessoas se fodam.

"Mas na real, a mensagem que quero deixar é que você vai ganhar muito mais se tomar conta da sua própria vida em vez de querer palpitar na dos outros. Infernizar a dos outros. Não seja hipócrita, tenho certeza que não gostaria de ser humilhado ou violado, muito menos que intrometessem na sua curta vida, que vai acabar do mesmo jeito que qualquer outra pessoa que esteja ao seu lado. O rabo de vocês não é de cristal, nem um campo gravitacional. Faça só o que você quer que façam com você. E se for se foder, se foda sozinho. Não leva quem não tem nada a ver para o buraco junto. E não preciso citar nomes, até porque não são poucos, mas tenho certeza que a carapuça serviu para quem tinha que servir."

Jungkook é curto e grosso. É até que justificável, na verdade. Para quem sofreu por anos, aguentar e botar tudo isso em um discurso de formatura de ensino médio mostra que conseguiu achar um jeito de transformar momentos ruins em coisas úteis, como um choque de realidade em todas as pessoas que nunca tinham se colocado no lugar de outras.

Ou na maioria delas, pelo menos.

— E amor — retoma. — Amor, eu não consigo te ver, mas sei que está me ouvindo agora de algum lugar. — Engulo em seco quando meu coração dispara abruptamente. Me causa pânico por um instante. — Dança uma música comigo, vai? A gente não deve nada a ninguém. Nunca deveu.

Noto como os olhos dele vagam pelas pessoas, acredito que na tentativa de me encontrar. Não só ele. Algumas pessoas também olham em volta tentando descobrir com quem Jungkook está falando.

Umedeço os lábios e enfio as mãos nos bolsos dianteiros do jeans preto, mantendo os olhos no moreno que parece esperar alguma resposta, mas que não recebe nenhuma porque eu permaneço quieto e parado.


░★░


E aí, anjos! Como vocês estão?

O JIMIN FICOU PARADO

O JK também não foi lá muito discreto, né? Kkkkk Jimin detesta atenção

Esse discurso do JK foi ó 👌. Socão no estômago

O Ji também admitiu que gosta do moreno dele pro pai 😭 num guento esses dois

Hmmmm será que a Alice consegue um beijo da Elisa? Rs

Jikook não monogâmicos 🛐 pra quem ainda tem dúvida de como se sustenta uma relação NM (que não se resume a "ficar com muitas pessoas"), pesquisa mais sobre. É legal aprender coisas novas e a Não Monogamia ainda carrega fama de "nome bonito pra traição", quando na verdade ela é um ato político que é contra e bate de frente com hierarquia, propriedade, posse e mais um monte de conceitos como esses

Como teve rabisco da roupa de formatura do Jungkook, nada mais justo do que ter do Jimin também, né? (na época eram rabiscos mesmo, mas digitalizei e pintei tudo). Então aqui está (também não ficou incrível, mas dá pra imaginar kkkkk)

Agora imagina só ESSE Jimin (⇩) usando essa roupa (⇧); um destaque maior pro risquinho na sobrancelha, é claro kkkkkkk

E no caso seria ESSE Jungkook (⇩) usando o vestido do capítulo passado; um destaque especial para o piercing, lógico kkkkkk

EU não teria estruturas pra tankar nenhum dos dois, sendo bem sincera kkkkkkkk

SPOILER: no próximo capítulo o Jungkook e a Jihyo vão bater um papo sincero. Aguardem

Se amem. Se cuidem. Se hidratem. Se protejam 💜

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