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26 ! BADBOY

SALVEEEEEEEEE

Espero que gostem do capítulo, comentem bastante, deixem a se isso acontecer e boa leitura 💕

░★░

Tem que ter uma explicação, Jungkook
Preciso manter a mente ocupada
Estou com saudade do seu beijo, moreno
★★★

Sabe quando você está passando por um momento da sua vida muito específico, e aí você vê ou escuta algo que parece que se encaixa perfeitamente nesse momento e então você fica: cacete, é o que está acontecendo comigo!?

Houve uma parte do filme em que O Oráculo disse: "ser o escolhido é como estar apaixonado. Ninguém lhe diz que está apaixonado, mas você sabe. De todas as formas, com todas as fibras".

Para falar a verdade eu não sei bem porque a frase me deixa tão reflexivo. E confesso que fico assustado por ter pensado em Jimin no instante em que diz isso ao Neo; personagem principal do filme.

Acho que o áudio me deixou confuso. Mais do que costumo ser.

— Matrix faz meu cérebro explodir — Jimin comenta enquanto caminhamos para fora da sala de cinema, no fim do filme.

— Esse filme é sensacional — digo. — Me faz ter crises existenciais.

Ele ri e concorda comigo.

— Será que agora eu posso ir ao banheiro? — resmunga.

— Estou surpreso que você tenha segurado até o final. — Tromba o ombro no meu, me empurrando. — Coisa feia, garoto. — Devolvo o empurrãozinho. — Vamos logo, vai? Eu te deixo em casa.

— É lógico que você vai me deixar em casa — diz como se fosse algo óbvio.

— Agora estou pensando seriamente em te deixar para trás — provoco, entrando no banheiro do cinema logo em seguida.

— Começa com gracinha pra você ver se eu não enfio a sua cabeça na privada. — Sopro uma risada, parando em frente a uma das várias cabines desocupadas.

— Depois eu que sou o tóxico da relação — falo e olho para o loirinho. Ele sorri e para na porta ao lado da que eu estou.

— Mas você é, neném.

Mostro meu elegante dedo do meio antes de entrar na cabine.

△ི꙰͝꧖๋໋༉◈

Jimin e eu voltamos para casa no meio da tarde. Por volta das quatro horas, para ser um pouco mais específico. Eu o deixo próximo da casa dele, mas saio o mais breve possível.

Não que sejamos vigiados 24 horas por dia, mas é melhor não arriscar. As vezes em que fomos descobertos foi por deslize besta nosso, é melhor evitar mais situações assim. E não seria nada legal se alguém que estuda no Colégio Central de Elite passasse por nós dois de moto e, por um acaso, nos visse juntos.

As fofocas correm por aqueles corredores numa velocidade assustadora e o "garoto politicamente correto" sendo amigo do "filhinho encrenqueiro da diretora" é o suficiente para causar um alvoroço desnecessário dentro daquela escola.

— E então? Como foi?

Assim que chego em casa vejo meu pai na sala, como quando saí. A diferença é que não está mais assistindo TV e sim lendo. Há uma pilha de papéis sobre a mesa de centro da sala. O notebook também está sobre ela, enquanto o advogado está sentado no tapete, de frente para a mesa e com as costas apoiadas no sofá.

Quando vim buscar outro capacete, tomei cuidado para não esbarrar com ele. Não queria ter que dar satisfações ou lembrar da situação inconveniente de mais cedo no apartamento da minha mãe. Não que eu queira falar sobre isso agora, mas naquele momento definitivamente não era O momento. E passar a tarde com Jimin me fez abstrair de tudo por um tempo, mas agora estou de volta à realidade.

E não tem para onde fugir.

— Foi incrível — falo, me jogando no sofá; por trás do homem.

— Sério? — Me olha por cima do ombro, cheio de expectativa.

Apoio o cotovelo no estofado macio e descanso a bochecha na palma da mão. Meu pai continua me olhando minimamente por cima do ombro.

— Não — respondo como se fosse óbvio. — Ela está namorando com o mesmo cara daquela noite — digo, sentindo raiva de novo. O sorriso do meu pai some. — E esse cara é o pai do Jimin. Olha que lindo! — Fecho os olhos, lembrando do momento em que vi Jimin na porta do apartamento da minha mãe. — Sabe o que é pior? O pior é que ela sabia. Não tem uma conduta ética de não se envolver com pais de alunos? Porque ela sabia que aquele cara era pai do Jimin antes mesmo de saber de nós dois e agiu como se nada tivesse acontecido. E aí ela descobriu sobre Jimin e eu. E em vez de contar ela me chamou para CONSERTAR as coisas.

Sorrio em puro ódio.

— Talvez ela tenha uma explicação para isso.

— Pai, para de tentar defender ela! — ralho mais alto do que pretendia, abrindo os olhos. — Por favor.

Ele suspira e volta a olhar para a frente.

Aliso o queixo e estico o braço logo em seguida, tocando e apertando o ombro alheio por cima da camisa polo.

— Desculpa — peço por ter levantado a voz.

— Estou meio idiota, né? — murmura, soprando um riso. Permanece olhando para frente.

— Não — digo. — É só que... Minha mãe não é aquela pessoa que a gente pensou que fosse e eu só quero que você perceba isso. — Me inclino para frente e apoio o queixo no ombro dele. — Eu realmente não sei mais quem é ela, pai. E porque está fazendo tudo isso.

Meu pai pende um pouco a cabeça para o lado, deitando-a suavemente por cima da minha.

— Nós ainda não conversamos sobre o que aconteceu — ele confessa baixo. — Nos encontramos algumas vezes, mas apenas diante advogado e juiz. Só conversamos sobre o divórcio propriamente dito. Não sobre a...

Não completa.

— Você está pronto pra isso? — indago. — Para conversar sobre isso com ela?

Ele não responde de imediato.

— É uma excelente pergunta — mas diz em algum momento. — Sendo sincero? — Deixo meu olhar cair para o colo dele e noto os dedos inquietos puxando a dobra que a calça moletom folgada faz na altura da coxa por estar com as pernas cruzadas. — Tenho constantemente a impressão de que aceitaria as desculpas dela se viesse pedir. E voltaria se pedisse pra voltar.

Disso nem eu tenho dúvidas.

— Mas ela não vai, pai — murmuro, colando os lábios na bochecha dele num selo demorado. — Esquece ela.

— Não dá, Jungkook. Não... dá. — Então percebo como que o tom de voz fica baixo de repente e as palavras que saem a seguir são falhas, embargadas. — Nos conhecemos no ensino médio. Foram trinta e dois anos convivendo com a mesma pessoa. Mais de vinte e cinco morando junto. — E vai ficando cada vez mais falha e embargada. — Como? — pergunta. — Como pode, depois de décadas, sentir que não conheço verdadeiramente a pessoa que ficou ao meu lado todos esses anos?

Meu pai ofega audível e eu sinto vontade de chorar também, porque me machuca ver ele sofrendo.

Ultimamente estou acreditando na ideia de que ninguém conhece verdadeiramente alguém, mas é melhor não dizer isso em voz alta agora.

— E-eu só queria saber porque ela me aguentou todos esses anos se não me amava. Só... queria saber em que momento tudo isso passou a ser mentira. — Ele se afasta um pouco para conseguir me olhar por cima do próprio ombro. Eu tiro o queixo de cima dele e volto a apoiá-lo na palma da minha mão. — Tem que ter uma explicação, Jungkook. Tem que ter um motivo.

— E se não tiver? — Não me responde. — E se nada tivesse sido real? Se tudo fosse mentira desde o começo?

Ele nega com a cabeça devagar. Os olhos estão avermelhados e os cílios úmidos, além do caminho quase imperceptível de uma única lágrima que escorreu pela bochecha e sumiu na barba.

— Não acredito que não tenha — é o que diz, por fim. — Tem que ter.

Nas últimas noites, na tentativa de tentar entender tudo o que está acontecendo, me peguei imaginando como seria se a pessoa que eu mais amava na vida, que passou mais da metade da minha vida ao meu lado, simplesmente não fosse a pessoa que imaginei ser. Eu entendo meu pai, apesar de não fazer a mínima noção da dor que ele está sentindo.

Caralho, meu pai amava a minha mãe. Ele ainda a ama, com certeza. E tenho medo de que isso nunca mude e ele fique preso a ela pelo resto da vida.

Acho que posso dizer que, agora, meu maior medo é que Seokjin acabe se fechando de alguma forma e se prendendo e remoendo todas as coisas que aconteceram no passado. Eu só quero que ele seja feliz, e vê-lo sofrer e não saber o que fazer para amenizar a dor faz eu me sentir inútil. Eu só queria saber o que fazer para parar de doer.

— Então eu espero que tenha — murmuro, chegando à conclusão de que ter uma explicação para isso pode ser menos doloroso do que simplesmente tudo o que aconteceu nos últimos trinta e dois anos não ter significado nada para a minha mãe.

E isso inclui a minha existência também.

Abraço meu pai logo depois de dizer. Desço do sofá e me sento ao lado dele no chão, o abraçando meio de lado e sendo abraçado de volta. E ficamos assim por um tempo, em silêncio.

Não vou me encontrar com Jimin quando anoitece. Nós já havíamos passado a tarde no cinema, então decido que passar mais um tempo com meu pai é necessário, e é isso que faço.

△ི꙰͝꧖๋໋༉◈

Não vejo Jimin por dias depois da tarde que passei com meu pai. A segunda-feira veio e passou num tiro. Insuportável como qualquer outro dia. Eu fugi da minha mãe até pelos corredores, além de ter que aturar o restante do colégio e fingir que o loirinho não existe quando passo por ele.

Porém, nós nos falamos por ligação no final do dia. Ele me contou que o pai dele ligou no final do domingo pedindo para deixá-lo na escola na manhã seguinte porque queria conversar. Jimin contou que Dohyun pediu infinitas desculpas pelo que aconteceu naquele fatídico almoço em "família".

— Ele achou que eu não me importaria com o fato dela ser a minha diretora, só não sabia que existia mais coisas por trás além disso, tipo eu e você — o loiro explicou durante a ligação. — Para falar a verdade, eu não ficaria tão chateado se fosse só isso. Ele só... só não sabia.

— Tá mas a minha mãe sabia. — Ele concordou.

— Meu pai disse que ela achou que a gente iria gostar da surpresa, sei lá. — Soprei um riso quase incrédulo.

— E ele acreditou nela, é?

— Lógico que acreditou. Ele está perdidamente apaixonado pela sua mãe. E eu tentei falar com ele sobre as coisas que ela tá fazendo com você e com o seu pai, mas ele não me escuta. Fica repetindo que sabe que ela gosta muito dele. — Ele choramingou. — Bebê, eu tô com medo. Ele tá ceguinho de amor pela Jihyo.

Eu realmente não sei o que a minha mãe quer armando todo esse show. E não sinto mais tanta raiva do pai de Jimin. Sinto, na verdade, pena dele por confiar em Jihyo.

A terça-feira vem e também passa rápido. Entramos no último mês letivo e tudo está um caos. As apresentações de seminários começaram a acontecer já que na próxima semana começará a semana de provas. Essas duas semanas vão ser um inferno. Além disso, a escola está agitada com o último jogo do torneio de basquete e com o campeonato de natação. E tem ainda a colação de grau e a formatura, e por mais que eu não vá atrás dessas informações, elas chegam até mim. Porque é só nisso que se fala pelos corredores.

Hoje, quarta-feira, pela primeira vez em meses chego exausto da escola. Não digo metalmente frustrado, mas exausto de ter sido um dia em que eu me mantive ocupado. Eu tive três seminários para apresentar numa única manhã.

Não seria assim se eu não tivesse alterado o horário apenas para fugir de Jimin por causa de uma aula de português, bagunçou todo o meu horário.

Chego em casa por volta do meio-dia e solto um suspiro alto ao encontrar a casa vazia de novo. Não que isso seja uma novidade, mas ficar sozinho não me parece tão mais agradável nos últimos dias. Eu sinto falta do meu pai constantemente. Sinto falta do loiro constantemente. E por mais que eu veja meu pai toda a manhã antes de ir para o colégio e converso por telefone todo final de dia com Jimin, parece que só aumenta.

Minha vontade é passar o dia inteiro com os dois e essa casa enorme e vazia me lembra de que isso não é possível. Porque o loirinho está vivendo a vida dele e o meu pai também.

Esse é um daqueles dias em que eu preciso manter a mente ocupada para não pensar demais, e é exatamente isso que faço. Eu tomo um banho demorado com uma playlist animada e visto uma roupa larga antes de ir para a cozinha a fim de tentar fazer algo decente para almoçar.

Decente mesmo, sem ser tigrão.

Acabo tendo que recorrer ao Google, porque sou péssimo na cozinha. No fim, consigo preparar uma sopa de arroz que fica até que gostosa para uma primeira vez. Só que eu fiz demais para uma pessoa apenas e tive que guardar o que sobrou na geladeira.

Depois de comer, escovo os dentes e me jogo na cama. Minha intenção nem é dormir, mas é exatamente isso que acontece. Acordo quase duas horas depois com o celular tocando. É um número aleatório querendo me oferecer um pacote maior de internet.

Atrapalhou meu sonho justo na hora do beijo, que raiva.

Mas decido levantar. Como alguma besteira que encontro no armário da cozinha e volto para o quarto, resolvendo torrar o resto do meu dia moldando.

Preciso urgentemente começar a fazer a escultura para o final do ano, esse que já não está tão mais longe assim. Caso contrário não vai secar completamente até o dia da exposição devido ao tamanho e espessura.

Vai ser uma merda se isso acontecer.

Eu passo a tarde todinha focado no barro. Tiro o plástico que protegia os jarros que fiz dias atrás e os deixo terminar de secar por si só na sacada, longe do sol. Apesar de parecer seco por fora, em seu interior pode estar úmido, então, por via das dúvidas, melhor deixar mais alguns dias descansando.

A minha concentração está dividida entre a versão do Xamã de "Deixe-me Ir" – que toca alta na televisão presa na parede do meu quarto – e os detalhes da asa do pássaro de argila. E então, de repente, noto que a música fica gradualmente mais baixa. Quando ergo o olhar, vejo meu pai sentado na minha cama com o controle da televisão em uma das mãos.

Estou sentado um pouco mais afastado, num canto que separei somente para trabalhar com o barro e não fazer bagunça no restante do cômodo.

— Oi — ele sauda manso.

— Chegou mais cedo? — pergunto, olhando para a porta de vidro. Já havia escurecido. — Achei que ia dormir fora de novo.

Volto a olhar para ele.

— Decidi vir direto para casa hoje — conta, deixando o controle de lado. — Como foi o seu dia?

— Nada produtivo e o seu? — Ele sopra um riso, olhando para as minhas mãos sujas de barro.

— Tem certeza?

Volto o olhar para o pássaro sobre a base giratória. Certamente não a usei para fazê-lo. Geralmente eu só uso a base para os jarros. A usei apenas para apoiar, sequer está ligada.

— Por que nunca me contou que gosta dessas coisas?

Dou de ombros e enfio as mãos sujas num balde com água – que também não está nada limpa, mas ainda consigo tirar o excesso de argila dos dedos.

— Boa pergunta — murmuro, rindo baixo. — Não sei. Ninguém quer saber dessas coisas, então não falo.

Na verdade, ninguém nunca quer saber de nada.

— Eu quero saber — meu pai fala, atraindo a minha atenção. Tiro as mãos molhadas do balde e uso o pano que está pendurado na minha coxa para enxugar, não me importando em sujá-lo um pouco mais. — Por que eu não iria querer saber?

Dou de ombros outra vez.

— Me conta um pouco — pede.

E aí eu travo.

Travo porque não estou acostumado com pessoas perguntando sobre as coisas que eu faço, ainda mais sobre a minha paixão por esculpir. Não que seja um problema perguntar, é só que isso não acontece com frequência. Jimin foi o único que se interessou por saber, porque foi o único para quem eu contei que havia começado a mexer com argila.

— Hm... — penso no que falar, desviando os olhos do mais velho. — Foi ano passado. Quero dizer, eletivas são obrigatórias assim que entra no ensino médio, mas eu fiquei trocando várias vezes durante o primeiro ano porque não me dava bem com nenhuma — conto, amassando o pedaço úmido de pano nas mãos. — Daí ano passado, por pura curiosidade, me matriculei em modelagem e estou até hoje. Eu deveria trocar todo semestre, mas a diretora chegou a conclusão de que essa é a única que eu presto atenção e não perturbo ninguém, então ela me deixou fazer pelo resto do ensino médio. — Olho para ele. — Eu gosto. Gosto muito. Me relaxa de alguma forma.

— Faz tanto tempo...

— Não leva para o pessoal, dinossauro. Eu não falo sobre essas coisas com ninguém. — Ele semicerra os olhos para mim ao escutar a forma como o chamo.

— Mas eu quero saber sobre essas coisas — rebate. — Tem algo mais que eu precise saber sobre você que não sei?

Minha vez de estreitar os olhos.

— Tipo o quê? — pergunto, desconfiado.

— Não sei. Tipo se você está apaixonado ou namorando. — Estava demorando. — Ou algo assim.

— Não, pai, eu não estou apaixonado, muito menos namorando.

— Ok. — Suspira. — Aliás, falando em apaixonado — Lá vem. —, assinaram a carteira da mãe do seu amigo.

O que exatamente eu estar ou não apaixonado tem a ver com Jimin? Meu pai viaja demais!

— Sério? — Ele assente.

— Ela ficou notoriamente feliz. — Eu não consigo segurar o sorriso. — Tipo você agora.

Fico de pé.

— É que ela passou por uma porrada de coisa. Só estou contente por ter conseguido, nada demais.

— Sei... Não tem nada a ver com Jimin?

— Pai!

Ele ergue as mãos em rendição, também ficando de pé.

— Foi só uma pergunta.

Balanço a cabeça de um lado para o outro.

— Você está impossível, Seokjin. Impossível!

— Uhum. — Toca e aperta meu ombro. — Vamos jantar?

— Vamos, deixa eu só me limpar direito. — Me aproximo do banheiro enquanto ele vai em direção a saída do quarto. — E você não me falou como foi o seu dia no trabalho.

— Foi um caos, mas deu tudo certo no final.

— Me conta melhor sobre isso quando eu descer.

Ele sopra um riso e assente com a cabeça antes de sair do quarto. E eu entro no banheiro a fim de tomar banho e vestir uma roupa limpa.

△ི꙰͝꧖๋໋༉◈

— Oi, bebê — ele sauda assim que me atende.

— Já estava dormindo? — pergunto, fechando os olhos. Estou deitado em meu quarto.

— Não. Estava jantando com a minha mãe. — Sorrio. — Ela tá felizona. Conseguiu o emprego! Ouvi dizer que ela vai trabalhar ao lado do Dr. Jeon, advogado da Vara da Família do Tribunal de Justiça. Importante esse cara aí, viu?

Meu sorriso aumenta mais.

— Sério? — Ele confirma, todo alegre.

— Quero dizer, vai passar pelo período de experiência ainda, mas já está empolgada. — É gostoso escutar a voz dele assim, tão animada com algo.

— Eu estou contente que ela conseguiu, neném.

— Você sabia?

— Meu pai me contou hoje. Você estava tão empolgado pra contar, não quis estragar — confesso, ouvindo um "idiota" baixinho que me deixa bobo. — Ele falou que ela ficou muito feliz mesmo.

— Ficou. Passou o jantar todo dizendo que não acreditava. — Rio junto com ele. — E você, moreno, como foi o seu dia?

— Hm... De manhã foi insuportável. Eu cozinhei quando cheguei em casa. Dormi. Acordei com o celular tocando mas não era nada importante, fiquei puto porque eu estava sonhando com algo gostoso. E aí eu passei o resto do dia brincando de massinha.

Ele ri baixo.

— Calma... Você cozinhou?

— Pois é! E ficou bom até.

— Não colocou fogo no pano de prato, né?

— Tsc! — Ele gargalha. — Foi só aquela vez.

Foi por isso que meu pai fez questão de trocar por um fogão de indução. Para não correr mais o risco de tentativas involuntárias de colocar fogo na casa.

— Oh, isso já é um começo — zoa.

— Não quero mais falar com você — dramatizo.

— É brincadeira, bebê! — Mordo meu lábio inferior sem muita força, sorrindo. — Me conta porque a sua manhã foi insuportável.

Suspiro.

— Fora os três seminários?

Ele xinga, incrédulo.

Fora isso, a minha mãe ficou correndo atrás de mim querendo conversar.

— Pra pedir desculpas?

— Não parei para escutar, na verdade, mas acredito que sim. — Deito de lado no colchão que grande demais para estar sozinho. — Não estou nem aí pra ela. Não quero me estressar mais com isso, pelo menos não agora que está entrando na semana de prova e no mês do fechamento do ano.

— Cacete, é mesmo — solta, parecendo cansado só de imaginar, e choraminga. — Vai ser um inferno.

— Vai.

Nós suspiramos praticamente no mesmo segundo antes da linha ficar silenciosa de ambos os lados. Por um tempo, nada é dito.

— Quando você vai posar para mim, hein, loirinho? Tá me enrolando.

— Você sabe que não. — É claro que sei, só estou fazendo drama. — Vai fazer alguma coisa nesse final de semana? Sou todo seu se quiser.

— É lógico que eu quero. — Que pergunta besta. — Aliás, você podia aproveitar e dormir aqui. Já estou com a erva e doidinho para te ver pelado. E depois de toda a aventura louca que foi essa semana bizarra, passar a noite roçando nesse seu corpo gostoso é tudo o que eu preciso.

O jeito longo e profundo que suspira me faz sorrir, ainda mais quando solta um palavrão manhoso.

— Minha mãe disse que você não vai me tirar daqui enquanto não vier conhecer ela. — Não consigo segurar a risada e Jimin acaba rindo comigo.

— Eu te busco em casa e conheço ela, pode ser?

— Tenho medo, mas pode ser.

Umedeço meus lábios secos, estalando os dedos indicador e o médio com o dedão da mesma mão.

— De alguém me ver?

— Não. Quero dizer, também. Mas medo do que pode acontecer quando a minha mãe finalmente te ver. Sinto que ela vai soltar um monte de gracinha.

— Estou curioso. E ansioso. — E de fato estou. Por quê? Boa pergunta. — Pode ser no sábado então. Depois do almoço? Eu te busco e vamos pra escola. E aí a gente vem pra cá depois e come um bolinho mágico pra viajar enquanto transa. O que você acha?

— Isso parece perfeito pra mim. E aí eu aproveito e pego a minha bicicleta que está morando aí na sua casa desde o dia da chuva.

Eu ia fazer uma piada sobre ele morar aqui também, mas engulo as palavras.

— Fechou — digo, encolhendo as pernas. — Só espero que você aguente as piadinhas do meu pai. Ele está insuportável ultimamente.

— Ah, com certeza não mais que a minha mãe — ele diz, bem humorado.

— Te garanto que sim.

Jimin e eu conversamos por mais um tempão. Para falar a verdade, o tempo passa e eu nem noto. A conversa flui e os minutos fluem junto, como sempre acontece quando estamos conversando.

É sempre gostoso passar o tempo com ele, ainda mais em dias conturbados.

— Moreno? — me chama de repente.

— Hm — murmuro, já meio sonolento.

— Estou com saudade do seu beijo.

Sorrio, meio mole e totalmente gay.

— Só do meu beijo?

— Não — nega num fio de voz. — De você todinho.

░★░

E aí, anjos! Como vocês estão?

O Jimin sente falta do JK todinho 🤧

Os Jinkook interagindo sempre aquece o meu coração aaaaaaa

O Jin 😭

O JK finalmente contou para alguém além do Jimin sobre a paixão dele por modelagem que dorrrrr 💔

SPOILER: no próximo capítulo o Jimin vai confessar COISAS para a mãe dele. Aguardem

Se amem. Se cuidem. Se hidratem. Se protejam 💜

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