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19 ! GOODBOY

SALVEEEEEEEEE

Espero que gostem do capítulo, comentem bastante, deixem a se isso acontecer e boa leitura 💕


░★░


Ok, é arte
Talvez eu esteja sendo egoísta
Não sei ao certo
★★★

— Ok, é arte — falo assim que noto que atendeu a ligação.

— Porra, é claro que é arte! — Abano a cabeça de um lado para o outro, sorrindo fraco. — Foi a coisa mais fofa que eu já ganhei, sabia?

Jungkook não respondeu nenhuma das minhas mensagens durante todo o dia. Agora são pouco mais de sete e meia da noite e é a primeira vez que estamos nos falando depois de praticamente ser ignorado desde cedo.

— Não. Não sabia — murmuro.

— Dá próxima vez que disser que não sabe fazer arte eu te meto o porradão, tá me escutando?

— Boa noite? Amizade tóxica? — Ele gargalha e isso me faz rir também. Ele tem uma risada engraçada, é contagiante. — Então você... gostou?

Mordo o lábio inferior, ansioso pela resposta.

Eu havia passado dias pensando no que dar, e refleti ainda mais depois do meu aniversário. Não apenas pelo fato dele ter me presenteado com algo fofo, mas porque eu queria dar algo tão legal quanto. E que não custasse muito já que dinheiro, principalmente agora que está tudo mudado em casa, não é algo que estou tendo o luxo de gastar.

Então eu juntei todas as fotos que eu tenho do e com Jungkook no meu celular. Não são muitas, mas foi mais que o suficiente para compilar tudo em um pequeno álbum feito por mim mesmo. Com certeza tem mais fotos no celular do moreno, mas deixaria muito na cara se eu pedisse, então fiz apenas com as que tenho. E ficou bonitinho.

Brega, mas ficou. Eu gostei muito, e talvez isso signifique que eu seja um pouco brega. Mas estou com medo de ser brega ao ponto do meu amigo achar engraçado ou apenas zueira da minha parte.

— Eu amei, Jimin. — Mas não. Jungkook gostou. O que quer dizer que, talvez, ele também seja brega. — Mesmo. São... momentos bons, sabe? Eu estava sendo eu mesmo em todos eles, e você estava junto.

— Você é muito gay.

— Diz o cara que ficou rosa porque ganhou um gatinho de madeira.

Reviro os olhos.

— Nós somos gays — concluo, igualando nossa situação.

— Justo.

— E pode parar que o meu gatinho é muito adorável, ok? — resmungo.

Ele sopra um riso baixo.

— Serei eu esse seu gatinho adorável? — me provoca.

É claro que está me provocando.

— Não, bebê. Não é você — provoco de volta.

— Então tá bom. — Sorrio porque sei que se tivesse comigo, ao meu lado agora, ele teria virado o rosto e cruzado os braços. Jungkook consegue ser muito dramático quando quer. — Eu vou desligar então, está bem?

Não estou falando? Dramático.

— Passou na fila do drama cinco vezes — cantarolo.

— Tchau.

— Você é meu gatinho adorável! — me apresso em dizer, não querendo parar de falar com ele. — Não desliga, não, neném.

A linha fica muda por alguns segundos e, logo depois, escuto a risada baixa.

— Definitivamente esse é o melhor aniversário de todos — ele diz em tom de satisfação.

— Eu te odeio, idiota.

— Fonte: o Sol alinhado a Júpiter na décima casa.

— Bom dia, capricórnio! — entro na dele. — Mercúrio está retrógrado na sua terceira casa, isso significa que você vai tomar no cu hoje. — Acabo rindo quando ele gargalha até engasgar.

— Idiota — diz entre risadas.


△ི꙰͝꧖๋໋༉◈


No sábado, dia seguinte ao aniversário do meu melhor amigo, eu faço companhia para a minha mãe. Ela parece até um pouco melhor e conversa comigo. Nós combinamos de entregar currículo em alguns lugares durante a semana. Eu só tenho meu almoço de tempo livre, mas não me importo em tirar alguns minutos dele para passar nas lojas e empresas que têm perto da livraria; e tem bastante já que trabalho no centro da cidade.

— A senhora quer sair no final de semana? — pergunto, me referindo ao que vem já que nesse eu estaria ocupado com a mudança do meu pai.

— Sim, mas... não quero ir sozinha. — A olho.

— Você pode chamar alguém. — Dou de ombros. — Ou, se não se importar, eu posso ir contigo. Acho que também estou precisando sair.

Minha mãe me olha.

— Sério? — Parece surpresa.

— Por que não? — digo.

— Sei lá... Achei que me achasse careta demais.

Acho graça.

— Não. Eu não me importo, mãe. — Desvio os olhos dela para a televisão. — O que a senhora está com vontade de fazer?

Ela não me responde de imediato, mas solta um murmúrio que deixa claro que está pensando na resposta.

— Hm... dançar. — Sorrio. — E beber.

— Dançar e beber? — Olho para ela de novo e sopro um riso quando assente. — Ok. A gente pode ir em alguma balada ou um bar, sei lá. Eu não conheço muitos lugares, mas a gente dá um jeito.

— Estou muito velha para essas coisas? — Franzo o cenho, negando.

— Claro que não! Mas se a gente for não é para ficar no canto. É pra dançar e se divertir, está bem? A senhora merece. — Suspiro. — Quero te ver sorrindo de novo.

Ela sorri e assente.

— Prometo.

Eu fico satisfeito. Muito satisfeito. Ainda mais por saber que ela não se importa se eu for junto. Quero ver com os próprios olhos a minha mãe se divertindo e esquecendo a realidade brutal, e quero ter certeza de que vai ficar segura enquanto foge, nem que seja por algumas horas, dos problemas massantes.

— Mãe — chamo depois de um tempo em silêncio. — Posso dormir na casa de um amigo?

Sinto o olhar dela em mim, mas continuo olhando o que passa na televisão.

— Por que eu nunca conheci nenhum amigo seu? — Ela joga outra pergunta para cima de mim, ignorando o pedido.

Deixo o olhar cair para as minhas mãos sobre o colo, mas a imagem de Nossa Senhora do Carmo do escapulário de prata solto em meu peito nu chama a minha atenção. Nas costas, o Sagrado Coração de Jesus completa a proteção.

— A senhora já conhece os moleques da rua — falo baixinho, segurando a imagem pequenininha.

— Sim, mas esses eu conheço desde que você era pequeno. Não tem nenhum da escola?

Suspiro, afundando no sofá.

Eu nunca falei para ninguém sobre Jungkook. Nem para os meus colegas de trabalho, dos quais acham que o moreno é apenas mais um cliente que passou pela livraria.

Na real, tive que justificar a presença constante dele para o pessoal de cima. Para a galera que toma conta da comunidade. Tirando isso, ninguém sabe da minha amizade com Jungkook – além das pessoas que descobriram recentemente como Elisa e o Sr. e a Sra. Jeon.

— Um — conto.

Não. Minhyuk não é meu amigo. Eu tenho em mente que ele só fala comigo quando está entediado ou quando quer pedir alguma coisa. Nós sequer nos falamos fora da escola. E eu tenho certeza que ele não vai lembrar de mim depois que todo mundo se formar, assim como qualquer outra pessoa que estuda lá.

Menos Jungkook. Ele é diferente.

— É o mesmo que você passou a noite aquela vez? — Mordisco o lábio inferior com a pergunta alheia antes de assentir franquinho, mantendo o olhar baixo. — Ele é seu namorado?

Arregalo os olhos e olho para ela.

— Mãe?

— O quê?! Eu sei que você é gay, Jimin.

— MÃE! — Ela ri. Não sei se da minha cara ou do meu tom de desespero. — C-como a senhora sabe? Eu nunca falei sobre isso...

Ela dá de ombros, olhando para a televisão.

— Eu sou sua mãe, Jimin. Eu simplesmente sei. — Sorri fraquinho. — E porque eu vi você beijando aquele menino atrás da igreja. Quando você tinha doze anos.

— MAMÃE!!! — Ela ri ainda mais e eu choramingo, cobrindo o rosto com as duas mãos. — Você não assistiu meu primeiro beijo, não né? Me diz que não, por favor.

— Foi sem querer! — se defende.

O tom dela ainda é de graça. Enquanto eu sinto o rosto esquentando, minha mãe parece estar se divertindo.

— Você sumiu, eu só estava te procurando. Mas eu juro que dei meia volta quando vi que era você. — completa, o que serve apenas para piorar.

Eu só quero cavar um buraco e me enfiar dentro. Ou abrir os olhos e descobrir que essa situação não está acontecendo.

Não quero que seja real.

Ai que vergonha.

Mas é.

— Ah, Jimin, não fica assim. — Toca e acaricia o meu braço, soltando mais risadinhas. — Eu estava esperando você me contar, mas você nunca tocou nesse assunto.

Separo os dedos, espiando pela fresta entre eles. Ela sorri.

— Está tudo bem, meu amor. — O tom é manso agora.

Suspiro e descubro o rosto, colocando um bico enorme na boca.

— É que é bizarro pensar que a senhora viu. — Choramingo ao imaginar ela indo me procurar e me achando atrás da igreja no meio da missa beijando o filho do pastor. — MÃE! Que vergonha!

Ela ri mais.

— Esquece isso, está bem? Vamos fingir que o que aconteceu nos últimos três minutos não aconteceu — sugere, alisando meu rosto. — Ele é ou não seu namorado?

— Não, mãe. É só um amigo — murmuro, encostando para trás no sofá. — Ele só... só precisou de mim naquele dia. Os pais dele também... — A olho brevemente. — Eles se separaram. E eu fiz companhia pra ele, nada mais que isso.

— Oh... — solta, parecendo entender a situação. — Então... Vai trazer ele aqui algum dia? Para eu conhecer?

— Ele não é meu namorado, mãe.

— Ok, já entendi. — Sorrio quando a vejo encostar no sofá e cruzar os braços na altura do peito, voltando a prestar atenção no programa.

— Você não está emburrada assim só porque ele não é meu namorado, não, né? — Me olha de rabo de olho. — Eu não acredito.

— Tudo bem dormir na casa dele... — Tem uma condição. É claro que tem. — Mas eu quero conhecer!

Respiro de forma longa, bem longa, antes de dizer:

— Ok, vou pensar sobre isso.

Me lança um sorriso bonito.

— Mas ele não é meu namorado — reforço.

— Está bem.

Por que eu sinto que ela não está acreditando em mim?

— E não precisa pedir para fazer as coisas. Você já é um adulto, não? — Passa a mão em meus cabelos. — Só avisa, pra eu não morrer de preocupação.

— Então eu não estou mais de castigo? — Ela sorri e nega. — Ok, isso é legal.

— Mas juízo, hein? Eu ainda sou mãe e meu chinelo ainda faz curva. Estou confiando em você.

Juízo? É de comer?

— Pode deixar — garanto.

— Tá, mas ele é bonito?

— MAMÃE!!!

— Ok, parei.


△ི꙰͝꧖๋໋༉◈


— Minha mãe quer te conhecer — digo, me sentindo sonolento com a forma calma que os dedos passam entre os meus cabelos.

Passa da meia-noite de sábado para domingo. Jungkook e eu combinamos de nos ver. Eu continuei com a minha mãe durante o restante do dia. Quando meu pai chegou, quase oito da noite, indagou se eu ainda iria ajudá-lo na mudança. Eu notei que há caixas no quarto que, uma vez, foi dos dois. Provavelmente as coisas dele já estão arrumadas e prontas para serem levadas.

E eu confirmei outra vez, é claro. Mesmo que não quisesse ver meu pai indo, sei o quanto isso é importante para ele.

Quero fazer parte.

— Você falou de mim pra ela? — Jungkook pergunta, passando a mão nos fios de forma que deixa toda a minha testa à mostra. Me fez rir porque ele solta um ruído de satisfação.

Nós estamos na Lata. Eu, folgado, estou sentado entre as pernas dele, usando o peito forte de encosto. Enquanto isso, Jungkook está recostado na pedra, me fazendo carinho e, praticamente, me abraçando. É uma noite fria e estar tão perto assim dele me aquece.

— É que eu pedi pra dormir na tua casa — conto, olhando um pouco por cima do ombro. Consigo ver o rosto do moreno bem próximo do meu. — E aí ela quis saber quem era. Ela quer conhecer todos os meus amigos ou algo assim.

— Então você vai dormir lá em casa? — O tom dele é até mesmo malicioso, assim como o sorrisinho que molda os lábios rosados segundos depois. — Só pra trepar comigo?

— Acho que vou ficar em casa mesmo — provoco, voltando o olhar para frente.

Jungkook gargalha e beija a minha bochecha, apertando os braços ao redor do meu corpo.

— Não quero mais — continuo resmungando, e resmungo mais quando o garoto morde de leve a maçã do meu rosto.

— Quer sim — sussurra, beijando em cima da mordida. — E vou adorar conhecer a sua mãe.

— Sério? — pergunto.

Inclino e me sento de lado entre as pernas torneadas para que eu possa olhar com mais facilidade o rosto dele.

— Tipo, tudo bem pra você? — quero saber.

Jungkook dá de ombros.

— Acho que o que a gente mais temia era a minha mãe e agora ela sabe — diz. — O que fode agora é manter longe da escola.

Ele passa o indicador atrás da minha orelha como se colocasse uma mecha do cabelo atrás dela. Mordo o lábio inferior e vejo como os olhos pretos não param em um lugar específico do meu rosto. Eles vagam por todos, como se tudo em mim chamasse atenção.

— Não vejo a hora de sair da escola, Jungkook — confesso, zonzo por estar tão perto. — E sair com você pra qualquer lugar e em qualquer hora.

Vejo um sorriso formar gradativamente nos lábios rosados.

— Gay — diz, rindo. Me faz rir também e, consequentemente, lembrar da conversa que tive com a minha mãe mais cedo.

— Falando em gay, a minha mãe me arrancou do armário.

— Você contou ou...

— Ela disse que viu meu primeiro beijo.

Jungkook solta uma risada gostosa antes de negar com a cabeça e estalar a língua na boca, fazendo um som de negação.

— Coisa feia, Park Jimin. Beijar o filho do pastor... — Rolo os olhos. Ele ri mais. — E o que ela falou?

— Bom... Digamos que ela quer porque quer conhecer você.

Jungkook franze o cenho como se perguntasse o que isso tem a ver. Arqueio uma das sobrancelhas e ele faz, segundos depois, uma expressão de surpresa engraçada.

— Ela acha que a gente tá namorando — e conclui.

— Exato. — Suspiro. — Foi a conversa mais estranha que a gente teve, na moral.

— Acho que a parte mais zoada é saber que ela viu você beijando o filho do pastor na igreja. — Jungkook ri, como sempre quando conversamos sobre meu primeiro beijo. — Caralho, que brisa doida.

— Ela fingiu que nada aconteceu por todos esses anos! — exclamo ao cair a ficha. — Ai que agonia!

Deito a cabeça no ombro dele.

— Então eu sou seu namorado? — Belisco a barriga sarada pelo atrevimento. — Au!

— Está latindo por quê, moreno?

— Engraçadinho. — Ele segura meu pulso, afastando a minha mão. Entretanto, entrelaça os dedos aos meus. — Vira pra cá, me dá um beijo.

Tiro o rosto do ombro e colo os lábios na bochecha dele.

— Eu preciso ir embora mais cedo hoje — sussurro, sentindo os dedos de Jungkook brincarem com os meus. — Preciso ajudar meu pai logo de manhã. — Passa o braço livre à minha volta para me abraçar.

— Só mais dez minutinhos — pede, cheio de manha.

Sopro um riso e descolo a boca da pele gelada, mas apenas para grudar ela na semelhante do moreno.

— Só dez? — sussurro, deslizando meus lábios sobre os dele.

— Vinte. — Sorrio, sentindo ele sorrir também. — Ok, talvez meia hora.

— Ridículo. — Selo nossas bocas uma na outra.

— Só me beija logo, porra.

— Beijar você? — provoco, me afastando. — Por que eu faria isso?

Jungkook umedece os lábios com a língua atrevida, atraindo a minha atenção para aquela área.

— Hm... — Sorri de lado. — Porque meu beijo é gostoso?

— Quem muito fala, pouco faz, sabia?

Volto a encarar os olhos jabuticaba.

— O seu cu. — Gargalho. — Eu só digo a verdade. Fatos. Vai me dizer que meu beijo não é bom? — Fico quieto. — Fala comigo, my darling.

Ele faz manha, colocando um bico na boca.

Jungkook anda manhoso demais ultimamente. É incomum. Fofo, mas incomum.

Sopro um riso e solto a mão dele apenas para espremer as bochechas com as duas mãos.

— Sim, você beija muito bem, tentação — confesso. — Muito bem mesmo.

— Viu? Você concorda. — Selo o bico. — Agora é sério, me beija.

E eu beijo. Claro que beijo. Beijar Jungkook é tipo... tipo café: necessário.


△ི꙰͝꧖๋໋༉◈


Eu chego em casa quase uma e meia da manhã. Talvez eu tenha me distraído com a boca daquele garoto, confesso, mas Jungkook me deixou de moto na esquina de casa, então foi bem rapidinho.

Meu pai disse que queria sair às oito horas da manhã, porque queria terminar até, mais ou menos, o almoço. Disse que seria legal almoçar fora e passar um tempo comigo.

Minha mãe não vai.

— Vamos? — pergunta assim que terminamos de tomar nosso café da manhã.

— Vamos.

Ajudo a colocar as poucas caixas na mala e no banco de trás do carro. Tem mais, mas disse que já levou elas nos dias anteriores; de pouquinho a pouquinho.

Nós partimos logo depois de colocar as caixas e devo admitir que, de carro, a distância entre as duas casas não é tão grande. Em dez minutos meu pai está estacionando.

— É um bom lugar, não? — ele pergunta quando desce do veículo, colocando as mãos na cintura enquanto encara a casa.

Não é um lugar muito grande, assim como a outra casa, mas parece ser muito aconchegante.

— É bem bonita — comento, parando ao lado dele. — E não fica tão longe de casa.

— Sim! Eu queria continuar pertinho de você. — Me olha e sorri.

Meu pai é adorável.

Os cabelos dele são castanhos escuro e bem lisinhos, o que explica os meus serem bastante parecidos – só que descoloridos. Entretanto, enquanto os meus são grandes o suficiente para formar uma franja que cobre até mesmo as sobrancelhas, os dele são bem mais curtos e ralos.

Ele usa óculos também, e também usa camisa de time. Juro que não copio o estilo dele, só somos parecidos demais nisso. Míopes e amantes de futebol, apenas.

Chego um pouco mais perto e o toco nas costas, dando leves tapinhas ali.

— Vamos levar lá pra dentro? — pergunto, apontando para as caixas dentro do carro.

Nós pegamos e as levamos para dentro da casa, onde alguns móveis como o armário da cozinha, geladeira, fogão e cama já estão em seu devido lugar.

— As outras coisas eu compro com o tempo — conta, abrindo uma das caixas.

— Eu queria poder te ajudar — digo sincero.

— Não precisa se preocupar com isso, tesouro. — Gosto quando ele me chama assim. — Não tenho pressa. — Volta a atenção para as coisas na caixa, mas mantém o sorriso no rosto. — Tô muito feliz só de você tá aqui comigo.

— Eu sempre vou estar aqui, pai.

Ele sorri mais. Eu vejo como as orelhas dele ficam avermelhadas, indicando o quão sem jeito está.

Passamos horas da nossa manhã ajeitando as coisas em seu devido lugar. E é legal passar esse tempo com ele depois de tudo o que aconteceu nas últimas semanas.

A casa está uma graça, apesar de estar sem algumas coisas. Dá para ver na cara do meu pai o quanto está satisfeito com ela. E se ele está feliz, eu também estou.

Quando terminamos de organizar tudo, me leva para comer em um restaurante como o combinado para comemorar o meu aniversário. Se aproxima da uma da tarde quando a gente deixa a casa.

— Eu tenho uma coisa pra te contar — anuncia, tomando um gole do suco.

Tiro os olhos do prato à minha frente e foco a atenção no mais velho.

— E pedir — acrescenta.

— O quê?

Meu pai deixa o garfo de lado e puxa um guardanapo, franzindo o cenho de leve.

— Eu... — Mantém o olhar no pedaço de papel, dobrando-o várias vezes. — Tesouro, eu quero que conheça alguém.

Engulo toda a comida que está na minha boca de uma vez e ela desce rasgando a garganta. É como se eu tivesse engolido um punhado de pedras.

— Como assim alguém? — pergunto, segurando o meu copo de suco.

— Alguém. — Coça a nuca, se ajeitando na cadeira. — Eu... — Tomo um enorme gole da bebida, notando que os olhos dele saem do guardanapo e vem para mim. — Tô namorando. Quero que conheça ela.

O suco me causa refluxo. Sinto vontade de cuspir de volta no copo. Mas, é claro, não faço isso. Eu engulo tudo.

— Como assim... n-namorando? — Deixo o copo sobre a mesa porque sinto a mão trêmula o suficiente para perder as forças. — Mas e a minha mãe?

Ele se ajeita de novo na cadeia, apoiando os dois cotovelos na mesa e focando os olhos em mim.

— Jimin, você tem que entender que sua mãe e eu não tamo junto há bastante tempo. — O tom dele é calmo, mas sinto coisas ruins tomarem meu corpo. É como se a cada palavra fizesse a ficha cair. A ficha de que meus pais não são mais um casal. — Nosso casamento acabou há anos, mas a gente decidiu, juntos, continuar. Esperar você crescer e entender as coisas. — Sinto a mão áspera segurar a minha em cima da mesa. Ele acaricia o dorso com o polegar. — Não traí a sua mãe, ela sabe de tudo. A gente conversou muito sobre tudo, tá? Nada foi decidido de uma hora pra outra, nem pelas costas. Foi um processo. Entende?

Demoro, mas assinto com a cabeça.

— Eu sei que você precisa de um tempo pra... pra pensar nisso tudo, mas... — Segura a minha mão com um pouco mais de força, mas nada que machuque. — Mas queria te apresentar ela. Você — Ele sorri. — Você vai gostar dela.

Meu pai está tão feliz. Chega ser bonito ver aquele sorriso alegre no rosto dele.

Ele só está sendo feliz, Jimin, não seja egoísta.

— Tudo bem, pai. — Coloco um sorriso no rosto, virando a palma para cima e segurando a mão dele também. — Eu vou ficar feliz em conhecer ela.

O sorriso dele aumenta.

— Você é um garoto incrível, tesouro. Eu te amo muito.

Acaricio a mão alheia.

— Eu também amo o senhor.

Por sorte, não tenho força o suficiente para quebrar um copo apenas segurando-o.


░★░


E aí, anjos! Como vocês estão?

O JK quer conhecer a mãe do Jimin tanto quanto ela quer conhecer ele... Falo nada bb

Agora além do Jin, Seoyun também suspeita dessa "amizade" KKKKKK amo

É, o Jimin não curtiu muito saber que o pai dele tá namorando, não. Mais uma coisinha pra deixar a cabecinha do nosso loirinho agitada

Apesar da brincadeirinha, quero deixar claro que não tenho nada contra signos. Tenho até amigos que acreditam e tal, trato como se fosse gente até

Mas os Jikook de GB!BB tem, aí vocês se acertem com eles

SPOILER: no próximo capítulo o JK vai bater um papo com a mãe dele. Aguardem

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Se amem. Se cuidem. Se hidratem. Se protejam 💜

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