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1 ! GOODBOY

SALVEEEEEEEEE

Aqui vai oficialmente o primeiro capítulo de GB!BB clap clap

Leram atentamente os avisos? Quero encheção de saco depois não, hein?

Espero que gostem do capítulo, comentem bastante, deixem a se isso acontecer e boa leitura 💕

░★░

Obrigações sugam minha energia
Mas a companhia dele
Não me deixa desistir

★★★

Você tem duas novas mensagens!

Eu suspiro antes de desbloquear o celular, checando de forma breve com o olhar ao redor. Apenas para ter certeza de que não há ninguém perto.

A biblioteca do Colégio Central de Elite nunca fica cheia, hoje não está diferente. E isso não é algo ruim. Eu estou sozinho em uma das mesas redondas de quatro lugares. Tem outras maiores, com seis, mas poucas estão ocupadas – e as que estão não passam de três alunos. É perfeito.

Relaxo as costas no encosto da cadeira estofada e entro no aplicativo de mensagens.


Jungkook

|Quero te ver de novo

|Pode me encontrar hj a noite?

[10:04]


Mordo o lábio inferior numa tentativa mal sucedida de conter um sorriso e clico na caixa de texto para digitar a resposta.

— Jimin!

Mas bloqueio ao escutar meu nome ser berrado no meio da porra da biblioteca, enfiando o aparelho embaixo do livro de filosofia que está em cima da mesa.

— Shhh! — ouço o velhinho que toma conta do lugar sibilar. Ele DETESTA barulho.

E tudo bem, é uma biblioteca. Ninguém gosta de barulhos em bibliotecas.

— Desculpa! — Hyuk grita de volta, deixando o homem vermelho.

Minhyuk é um pastel. Acho que se eu fosse descrever ele em uma única palavra, seria "palerma". Ele é a sonseira em pessoa.

— Eu admiro a sua capacidade de chegar nos lugares sem chamar atenção, Hyuk — digo de forma divertida e irônica quando o ruivo senta à minha frente.

Ele parece até mesmo um outro alguém que – ironicamente falando – também é super discreto. Não que ele seja barulhento como Minhyuk. Esse outro alguém de fato atrai todos os olhares por onde passa, só que sem abrir a porra da boca para falar uma única maldita palavra.

Me estressa, inclusive. E me assusta.

— Engraçadinho — Hyuk murmura, fazendo uma careta debochada.

Ele tem cabelos encaracolados e laranjas, e devo confessar que é um cara bonito. Mas o que tem de beleza, tem de idiotice. E sonseira.

— Que que tu quer, hein?

Apoio os cotovelos na mesa, mirando as anotações do caderno que está ao lado do livro de história.

— Ver meu amigo, é claro. Você só fica enfurnado aqui dentro. — Ergo o olhar para ele com uma das sobrancelhas arqueadas. — O que tem de tão interessante aqui?

Com o dedo do meio, empurro meus óculos contra o rosto, tirando ele da ponta do nariz, e aponto para trás com a outra mão, para as enormes estantes de livros que tomam grande parte da biblioteca.

— Conhecimento.

Respondo o óbvio.

— Hm... — Parece desinteressado.

Mordo o lábio inferior quando sinto meu celular vibrar embaixo do livro. Me seguro para não pegar ele e simplesmente ignorar Minhyuk.

— E então, o que você quer? — em vez disso pergunto, ignorando o celular.

— Nada, na verdade. — Apoia o cotovelo esquerdo sobre a mesa e o rosto na palma da mão, me olhando. — É meu horário livre. Não tenho nada pra fazer.

— Hm... Quer estudar comigo?

Convido já sabendo a resposta. Minhyuk faz careta.

— Não, bolsista. — Odeio quando me chamam assim. — Tá a fim de sair?

— Pra onde?

Ele suspira e eu vejo o cotovelo escorregando devagar até estar com os braços cruzados sobre a mesa e a cabeça apoiada sobre eles.

— Eu tô entediado. A gente pode sair para algum lugar legal. — Arqueio as sobrancelhas de novo. — Aí, ficou sabendo?

A atenção dele se dispersa muito rápido.

— Do quê? — indago.

— Viram Jungkook comendo a filha do prefeito no estacionamento hoje. — Faço cara de nojo. Hyuk ri quando me encara.

Viu? Jungkook não é nada discreto.

— Por que eu precisaria saber disso?

— Sei lá, é que tá todo mundo falando. — Dá de ombros. — E não é todo dia que têm porno ao vivo.

— Ele já nem chama atenção, não é?

— Acho que ele não está satisfeito só sendo bonito e rico, tem que ser–

— Babaca?

Thug life — corrige, com seu péssimo inglês.

— Babaca — repito.

É a minha vez de suspirar, chegando a conclusão de que Minhyuk não vai me deixar estudar. Não que eu não goste da companhia dele, até que não é ruim. Só que admiro o tempo que passo sozinho.

Preciso de um tempo na minha própria companhia.

Se não a neura bate três vezes pior.

— Tá, enfim. A gente pode sair pra beber. Aliás... — Alisa o pênis veiudo desenhado em caneta permanente na ponta da mesa. É um pênis até que bem feito, pelo menos a pessoa que fez desenha bem. E talvez, só talvez mesmo, eu saiba quem o desenhou. — Jamile vai dar uma festa em algum final de semana aí, não sei bem o dia.

— Desencana — me apresso em dizer.

— Porra, Jimin, você não faz nada!

Shhhhh!

— Foi sem querer, Sr. Leone! — Hyuk berra de volta para o idoso irritado.

— Eu faço muita coisa, ok? Só não vejo graça em participar dessas coisas. Nem graça, nem muito sentido — digo, brincando com o anel grosso, cuja caveira prateada e enorme deixa a joia pesada, que rodeia meu anelar.

Merda!

Sou rápido em tirar a mão de cima do meu caderno, das vistas de Minhyuk para ser mais específico, e esconder embaixo da mesa, entre as minhas pernas.

— Beber até vomitar e trepar com alguém que você nunca nem viu na escola. É pra isso que essas festas servem — explica, quase fechando os olhos enquanto contorna a cabeça do pênis com a ponta do indicador.

— É por isso que eu não vou nelas.

Na verdade, não é por isso.

— Então topa sair comigo hoje à noite? Deixo até mesmo você escolher o lugar.

Acho que Minhyuk não tem mais amigos além de mim; e nem sei se nos consideramos amigos um do outro.

Mordo o lábio inferior ao lembrar da mensagem de Jungkook que não consegui responder.

Passo o polegar sobre a caveira do anel.

— Não posso — respondo, ganhando a atenção do ruivo. — Vou sair. Meus coroas querem, sei lá, passar um momento em família.

Não gosto de mentir. Me sinto péssimo quando tenho que fazer isso. Mas às vezes... Meio que tudo bem.

— Em plena segunda-feira?

— Hm... Sim? — Ele me encara por mais um tempo antes de dar de ombros.

— Final de semana, então?

— Pode ser.

YES!

Ele berra de novo. E eu me preparo para pedir para tomar cuidado quando, em vez de pedir para ficar quieto, o bibliotecário branda:

— Vocês dois aí! É, você e o ruivo. Saiam agora. — Engulo em seco, não querendo ser punido.

Seria a primeira vez em quase quatorze anos de escola e não estou nem um pouco a fim que isso aconteça agora.

Ainda mais por causa de outra pessoa.

— Eu te odeio, Minhyuk — ralho, fechando o caderno e o livro.

— Foi mal — resmunga, levantando antes de mim.

Enfio os dois na minha mochila, além do estojo sem estampa, e pego meu celular na mesa antes de levantar. Eu caminho em direção a saída com o rosto pegando fogo, jogando a mochila nas costas.

Não gosto de atenção, e saber que todo mundo que está aqui tem, nesse momento, os olhos em mim me faz querer sumir; além do olhar decepcionado do Sr. Leone.

— Cuidado com as companhias, Sr. Park. Você é um bom menino, não se deixe influenciar tão fácil.

É o que diz para mim quando passo por ele; a fala lembra um pouco a minha mãe.

— Desculpa, Sr. Leone, não vai acontecer de novo — garanto antes de sair da biblioteca. — Obrigado, Minhyuk!

— Foi mal, cara. É que bibliotecas são silenciosas demais para mim...

— Eu não acredito que fui expulso por sua causa — resmungo, cobrindo o rosto com uma das mãos, enfiando a outra com o celular no bolso dianteiro da calça.

— Relaxa, não é o fim do mundo.

Na real que é.

Suspiro de forma longa, descubro o rosto e começo a caminhar pelo extenso corredor do Colégio Central de Elite tentando ignorar a sensação ruim de ter sido chamado a atenção por uma coisa tão idiota.

E não, eu não faço parte da elite. Sou só um cara com o cérebro maior que a cabeça que conseguiu uma bolsa. Com certeza não sou como Minhyuk, Jungkook e 95% desta escola. Faço parte dos 5% que estão aqui por causa da mente brilhante e que não tem condição para pagar sequer pela condução, dirá uma garrafinha de água mineral que vende na cantina.

Vem moléculas de cristais em vez de H2O, certeza.

— Então, voltando ao que eu estava falando...

Minhyuk muda de assunto, ignorando o fato de ter sido expulso da porra da biblioteca enquanto eu estou apenas entrando em pânico.

— Me manda mensagem falando que horas e pra onde você quer ir. Eu te busco em casa, se quiser — ele diz.

— Uhum — murmuro, mordiscando o canto do dedão.

— Você tá surtando — ele conclui.

— Não estou surtando — rebato, prestando atenção no corredor quase vazio.

Estamos andando devagar por ele, Minhyuk está ao meu lado. Enquanto alguns alunos estão em suas devidas aulas, outros estão em tempo livre. Inclusive o meu vai acabar em alguns poucos minutos.

— Está sim. Jimin, você não vai morrer porque recebeu uma bronca. Relaxa aí.

Eu sou bolsista, seu otário, esqueceu? ou você só lembra quando convém?

— Não estou surtando — repito. Paro de andar e me viro de frente para o paredão de armários amarelos. — Você não tem aula de nada, não?

— Eletiva. Estou a fim de faltar e ir pra casa, pra falar a verdade.

Abano a cabeça de um lado para o outro inconformado com a despreocupação de Minhyuk – e da maioria dos mimados daqui – para certas coisas. Pego nada mais que o livro de biologia antes de fechar a porta de metal e trancar o compartimento outra vez.

— Gostei da caveira. — Tenta trocar a jóia em meu indicador, mas sou rápido em esquivar do toque de maneira que não pareça óbvio. E nada é óbvio para ele, então meio que foda-se. — Mas não combina nada com você.

— Você acha? — Me viro para o ruivo com o livro em uma das mãos. — Vai ficar aí? Minha aula é no prédio de naturezas.

Há dois pavilhões: o de ciências humanas, linguagens e artes; e o de ciências da natureza e matemática – matérias voltadas para engenharia e mecânica entram neste último também.

— Eu vou com você até lá, depois dou um jeito de ir embora — ele diz, e então voltamos a caminhar.

Nunca agradeci tanto por Minhyuk ser tão desatento como nesse momento.

Nós dois estamos quase no fim do corredor, chegando na porta dupla que fica sempre aberta e dá acesso ao pátio enorme e arborizado, quando o vejo entrando. Aperto mais o livro grosso entre os dedos e continuo andando, fingindo estar escutando e entendendo o que Hyuk está falando.

O garoto de cabelos ondulados e pretos passa pela porta com passos firmes e determinados, sem se importar com os olhares que se voltam para ele. Confesso que, por alguns segundos, o meu é um deles.

Para falar a verdade, não importa onde Jeon Jungkook esteja, todos os olhares vão se voltar para ele.

O uniforme da escola está incorreto e incompleto, exatamente do jeito que a coordenação da instituição detesta. A calça social cinza marca a cintura, a camisa branca de botões enfiada dentro da calça marca o peitoral estufado. E está incorreto porque a gravata amarela, que deveria estar devidamente amarrada ao pescoço, está solta nos ombros, as mangas compridas estão arregaçadas até os cotovelos, mostrando os antebraços com veias saltas e uma parte da tatuagem que cobre todo o braço direito; da mão até o ombro. E o paletó cinza com o brasão da escola que deveria compor a roupa sequer está com ele. Além dos piercings, que também são coisas abominadas pela escola.

Mas não é só isso que chama toda a atenção das pessoas para ele.

A forma como anda, demonstrando uma segurança invejável, ou então o jeito que o canto dos lábios finos e rosados erguem-se num sorriso mínimo, astuto e cafajeste todas as vezes que cumprimenta alguém que passa por ele, ou, quem sabe, a piscadela atrevida que lança sempre que quer provocar alguém desestabiliza qualquer um.

Literalmente, qualquer um. E falo por experiência própria.

Eu ODEIO encrenca burguesa. Odeio, abomino, tenho aversão, repulsa, alergia e todas essas merdas. Mas Jungkook é uma que me puxa para perto como um imã. O fato é: não temos NADA em comum.

Eu juro que me esforço para me manter longe. Juro. Consigo? Definitivamente não. Jungkook é quase como um buraco negro. Ele suga toda e qualquer matéria que passe perto dele. Eu passo longe, mas mesmo assim me fodo.

— Ela disse que queria sair comigo, acredita? Entendi nada na hora.

Olho para Hyuk, desviando a atenção do moreno que, agora, está muito bem acompanhado; não ironicamente falando, porque ela é mesmo uma boa companhia. E ele abraça a menina pelos ombros, que o abraça de volta pela cintura.

Elisa.

— Quem? — pergunto, tentando voltar para a conversa.

— Débora, Jimin, cacete. — Tromba o ombro no meu de leve. — E aí, Jungkook!

Ergo o olhar outra vez para o garoto e ele olha para Minhyuk, fazendo um V com a mão que está pendurada sobre o ombro de Elisa. Nada mais que isso. E quando está a um segundos de passar por nós, os olhos jabuticaba vem para mim. Entretanto, certamente, impeço que nossos olhares se cruzem ao voltar a olhar para Hyuk.

Ele segue o caminho dele e eu sigo o meu.

— Por que você não fica com ela? — pergunto, descendo a pequena rampa ao sair do prédio de humanas.

— Eu fiquei, só não entendi porque ela queria ficar justamente comigo.

— Por que você é legal e divertido, talvez?

— Ou talvez porque eu tenho dinheiro?

— Pode ser porque você é legal e divertido — murmuro.

— É, pode ser.

O assunto só acaba porque chegamos em frente à sala que devo ficar.

— Você deveria assistir a sua aula, Hyuk — tento convencer.

— Vou pensar.

Sopro uma risada fraca.

— Ok, eu entendo que não quer. Mas é um mal necessário se quiser passar de ano e não ter que passar mais duzentos dias aqui ano que vem. — Lembro, dando dois tapinhas no ombro dele. — Até mais e juízo.

Ele se despede de mim com um toque no ombro antes de refazer todo o caminho. Para onde? Também não sei. Espero que para a aula dele.

Ainda faltam uns cinco minutos para a minha começar e a sala só não está vazia porque tem duas pessoas sentadas na fileira do meio, uma na frente da outra. Eu as cumprimento com um aceno de cabeça e sou cumprimentado de volta quando uma delas ajeita a postura e a outra sorri muito grande. É bonito, me faz sorrir de volta. Então sento na primeira cadeira da fileira da janela.

A primeira coisa que faço quando deixo a bolsa de lado é desbloquear o celular. Como deixei antes de bloquear quando Minhyuk apareceu, ainda está na conversa com Jungkook, só que agora tem mais uma mensagem.


Jungkook

|Quero te ver de novo

|Pode me encontrar hj a noite?

[10:04]

|Isso, visualiza e me ignora. Cutuca mesmo a minha ansiedade fdp

[10:10]


Sopro uma risada, mordendo o lábio inferior.


Eu

Tá bravinho logo cedo?|

É por isso q quer me ver?|

[10:29]

Ao contrário do que acho, ele responde rápido.


Jungkook

|Se acha n bb

|Vai me encontrar ou n?

[10:30]


Suspiro.


Eu

Mesmo horário de sempre?|

[10:30]

Jungkook

|Mesmo horário de sempre

[10:31]


A sala começa a encher e acho melhor sair da conversa e guardar o celular. Viu como eu me esforço para me manter longe do ímã burguês?

Não é difícil focar a atenção na aula. Biologia me fascina tanto quanto qualquer outra matéria. Eu gosto de estudar e de aprender. Meu intuito não é alcançar alguma coisa, sabe? Eu só... só gosto de entender como as coisas eram e como estão agora, e como elas surgiram em dado momento da história.

Me encanta.

Como biologia é a última aula, assim que ela chega ao fim junto todas as coisas e volto no armário apenas para guardar algumas e pegar outras antes de caminhar pelo pátio até a saída da escola.

Aceno de longe para Minhyuk, que está conversando com um garoto que eu sei que faz aula de física com ele, e continuo o caminho, tendo que passar pelo estacionamento já que a saída é a mesma.

Jungkook está sentado sobre o assento de couro da moto esportiva dele. Com ambas as pernas penduradas, já que está sentado de lado, a moto e ele estão equilibrados apenas pelo descanso fincado no chão acimentado do estacionamento. Tem um cara alto conversando com ele e Elisa – a mesma menina que ele passou abraçado pelo corredor mais cedo – está acomodada entre as pernas dele.

Ela é a filha do prefeito.

Ajeito as alças da bolsa nos ombros e sustento por alguns segundos quando os olhos de Jungkook encontram os meus. Não temos nenhum tipo de contato dentro da escola. No máximo, e bem raramente, nos olhamos. Como agora.

E é uma escolha mútua que seja assim.

É incomparavelmente melhor que seja assim.

Ele passa a ponta da língua pelo lábio inferior, onde o adorno prateado atravessa a carne, e eu rolo tediosamente os olhos antes de continuar meu caminho.

O desgraçado sabe que é bonito.

Tive que atravessar a rua e andar mais alguns poucos metros até chegar na parada de ônibus. E acabo tenho que esperar quase meia hora já que o que eu pego para o meu bairro passa só na hora que ele quer.

Mas hoje é um dia atípico porque não estou indo da escola direto para o trabalho. Geralmente saio de manhã e só volto à noite, mas a livraria vai abrir um pouco mais tarde porque rolou uma parada que a dona do lugar não pode chegar mais cedo, e o restante dos funcionários não podem trampar se a dona não abre.

Eu jamais reclamaria por tal fatalidade.

Suspiro quando encosto a cabeça na janela do transporte, fechando os olhos. Casa não é bem o lugar que eu quero ir agora, mas vou direto para lá porque eu sou um bom garoto.

É o que eu tenho que ser. Minha consciência pesa se eu não for.

O ônibus me deixa no pé do morro. Ônibus nenhum entra no meu bairro porque, bom... Acho que a frase "ABAIXE O FAROL" pichada na entrada do morro já é autoexplicativa. E da avenida principal, que é onde o transporte passa, até minha casa é um bom chão a ser andado, então respiro fundo e tento não focar no cansaço antes de começar a subir.

Mas tudo bem porque eu acabo vendo a Maria, da padaria, ou o tio da mercearia. E o Guerreiro, que sempre está lotado de moleque pra cortar o cabelo. É bom falar com eles.

Entretanto acabo fechando os olhos por dois segundos antes de pegar a chave no bolso dianteiro da calça do uniforme e destrancar a grade e, logo em seguida, a porta de madeira escura. Se a minha casa é grande ou não vai depender com quem for comparado. Eu acho ela enorme. Tem quatro cômodos, sendo eles sala junto com a cozinha, banheiro e dois quartos. Tudo bem apertadinho, mas aconchegante.

— Meu anjo!

Sorrio quando ela aparece assim que fecho a porta ao entrar.

— Bença, mãe — a cumprimento, sorrindo ainda mais com o beijo que recebo no rosto. — Como a senhora tá?

— Bem. — Beijo o rosto dela também, tirando a bolsa das costas em seguida. — Como foi o dia?

— Tudo certo — garanto, mesmo querendo desabar no chão. — Vou tomar banho e almoçar. Já comeu?

— Não, estava te esperando. Gosto quando você vem pra casa mais cedo.

Sorrio. Minha mãe não tá bem, e não digo isso no sentido físico de saúde.

— Se importa de esperar mais um pouquinho, então? Ou pode comer se estiver com fome, não me importo.

Ela nega.

— Eu te espero.

Deixo outro beijo na bochecha dela antes de, de fato, ir para o meu quarto. Largo a bolsa sobre a cama arrumada e vou direto para o banheiro. Eu acabo demorando um pouco mais do que pretendia, mas já saio devidamente vestido pelo fato de ter levado roupa limpa junto.

— Pronto — anuncio quando apareço na cozinha.

Minha mãe, de fato, fica comigo durante a refeição. Não que não fôssemos unidos. É só que... estamos distantes ultimamente. Meu pai não para em casa, minha mãe não sai dela e eu só apareço para dormir no fim do dia já que estudo de manhã e trabalho à tarde. São raros os dias, como este, em que venho direto para casa depois da escola.

— Como está na escola? — ela pergunta, me observando comer. Eu engulo a comida antes de responder.

— Bem, como sempre. Aliás, a diretora quer que eu seja o orador na formatura. Aquele que fala em nome da turma toda, sabe? — Os olhos dela brilham. — Mas acho que não vou aceitar.

Estou mesmo cogitando recusar. Não estou nem um pouco a fim de fazer um puta discurso como se eu conhecesse e me desse bem com todo mundo daquela escola, como se todos aqueles três anos tivessem sido maravilhosos. Isso, com certeza, não aconteceu. Nem acontece.

Até porque, ser bolsista numa escola de elite é pedir para ser chacota de adolescentes mimados. Ah, é um inferno estudar nesse colégio, apesar do ensino ser impecável. E, porra, ninguém liga para quem faz o discurso de formatura.

E o mais importante: eu odeio atenção.

— 'Mode quê?!

— Sei lá, mãe, não acho que eu seja a melhor pessoa pra isso.

Enfio uma colherada generosa de comida na boca.

— É claro que é! Você é a pessoa mais inteligente que eu conheço, meu filho!

Desvio os olhos para arroz e o feijão no meu prato. Sinto a comida, de uma hora para a outra, ficar amarga na boca.

Porque eu sei o que vai vim agora.

— Você é brilhante, sempre foi o meu orgulho e sempre vai ser. Você nunca me decepciona, Jimin.

Meu objetivo não era alcançar nada material, mas escutar certas coisas me fazem sentir medo. Medo de não conseguir, medo de machucar, medo de perder, medo de decepcionar. Então, estudar por amor tem se esvaído aos poucos. Devo confessar que hoje, atualmente, eu estudo para conseguir manter a bolsa. Estudo para manter as notas entre 9 e 10 e passar numa faculdade foda – que nem é o que eu, de fato, quero fazer. Estudo para parecer inteligente para as outras pessoas. Até porque, se eu não estudar, a minha vida toma um rumo que eu não quero falar agora, mas que se resume a droga, polícia e morte; e as minhas companhias de infância não são boas em alguns sentidos, o que favorece para que tome esse rumo se eu não gastar meu tempo com outra coisa.

Então eu não sinto mais AQUELE tesão em estudar. Não como antes. Eu só preciso me manter vivo e longe de fazer merda.

— Prometo pensar melhor — garanto em tom baixo, forçando um sorriso que logo é retribuído por ela.

No fim sei que vou acabar aceitando. Porque eu não posso decepcionar ninguém.

Afinal, Park Jimin é um bom garoto.

░★░

E aí, anjos! Como vocês estão?

Começamos com o Goodboy, mas já foi pancada

Se acostumem que a cada vez que o Jimin aparece é um socão no estômago

Eu me vejo muito nele. Talvez ele seja uma projeção minha, mas sei que muitos se identificam também (pelos comentários que recebi antes da minha conta cair)

"Modi quê?" lembra a minha avó, ela fala muito isso kkkk (Modo de quê, na verdade, mas quando fala meio que junta tudo). Para quem nunca ouviu, é o mesmo que "motivo", mais precisamente "por causa de quê?" ou "por qual motivo?". Gente, não sei de onde vem, mas existe kkkkkkkk deve ser do interior ou mais um dialeto que os invasores deixaram no Brasil depois de 1500 – ou eu posso estar completamente chapada (o que não é algo difícil de acontecer), então tomara que apareça alguém que também já tenha escutado isso kkkkkkkkkkkkk

Enfimmmmmm

SPOILER: no próximo capítulo vocês vão conhecer o Jungkook, nosso badboy. Já se preparem que esse menino é IMPOSSÍVEL em, literalmente, todos os sentidos; e acho que deu para perceber só por esse capitulo kkkkk

Minha conta no twitter é @DanKyunsoo e no Instagram é @dan_kyunsoo

Se amem. Se cuidem. Se hidratem. Se protejam 💜

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