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᳝ ࣪ ❛ ͏ 𝙘𝙖𝙥𝙞𝙩𝙪𝙡𝙤 dois : a arte de desobedecer ៹ ✧⠀

୨ᅠᅠ﹙ ato um ﹚blame it on the kidsᅠᅠ୧
 ࣪៹  𝄒 ˖   ࣪  𓂃 ۫  . - capítulo dois, a arte de desobedecer ꜝꜞ ᳝ ࣪ᅠ  ៹ 💣   ✶    ۫

Astra tinha uma aversão às regras. Eram grilhões invisíveis que tentavam ditar o que ela deveria fazer, quem ela deveria ser. E ela odiava isso. Detestava a ideia de ser controlada, até mesmo por Silco, o homem que ela respeitava, ou, ao menos, tentava respeitar.

Por mais que Silco tentasse moldá-la como sua sucessora, Astra era um furacão em constante movimento, sempre desafiando qualquer linha que ele traçasse.

Sevika já havia perdido a conta de quantas vezes teve que intervir nas confusões que Astra causava pelas ruas de Zaun. Algumas vezes, era um furto mal planejado. Outras, uma briga com crianças de gangues rivais. E, ocasionalmente, um ato de pura provocação contra aqueles que ousavam cruzar seu caminho.

A diferença, no entanto, era que Astra não era apenas uma criança qualquer. Embora ela se misturasse aos outros nas ruas escuras e sujas da subferia, havia algo nela que os olhos atentos não reconheciam, a marca de Silco.

Os capangas dele sempre a observavam de longe, movendo-se como sombras, silenciosos e letais. Eles eram sua proteção invisível, mesmo que Astra nunca admitisse precisar deles.

Naquela manhã, Astra acordou com o som familiar do ferro rangendo nas tubulações do esconderijo de Silco. O cheiro de óleo queimado e metal oxidado invadia o ar, mas ela já estava acostumada. O mundo inteiro parecia funcionar assim lá embaixo, pesado, quebrado e tóxico.

Ela escorregou da cama, jogando de lado o cobertor puído que usava, e olhou para a pequena mesa no canto do quarto. Sobre ela, um pedaço de pão velho e uma faca enferrujada. Silco sempre insistia para que ela tivesse algo para se defender.

Sem hesitar, ela vestiu suas roupas usuais, um casaco escuro com bolsos grandes o suficiente para esconder qualquer coisa que ela decidisse pegar pelo caminho, uma calça elástica para que ela conseguisse correr e pular, e suas usuais botas surradas.

As ruas da subferia pareciam vivas. Não de uma forma agradável, como um mercado movimentado de Piltover, mas com um pulso caótico, desordenado e imprevisível. As luzes turvas das lâmpadas a gás tremeluziam acima das passarelas enferrujadas, criando sombras que dançavam em paredes manchadas de fuligem e óleo.

O cheiro era uma mistura nauseante de metal queimado, esgoto e especiarias velhas que alguns comerciantes insistiam em vender como raridades.

Astra andava devagar, com passos silenciosos, como se cada movimento fosse calculado. Seus olhos analisavam tudo ao redor. Os barracos apinhados, os becos escuros onde crianças famintas espreitavam, as goteiras que pingavam um líquido viscoso e amarelado.

Ela tinha apenas quatorze anos, mas não era como as outras crianças de Zaun. Enquanto a maioria exibia a fome nos ossos e o desespero nos olhos, Astra carregava uma presença que as afastava. Ninguém sabia quem ela era, apenas Sevika e os capangas mais próximos de Silco conheciam seu verdadeiro nome.

Para os outros, ela era apenas mais uma figura sem rosto na multidão, mas havia algo no jeito como ela andava que fazia até mesmo os ladrões mais ousados hesitarem.

As vielas estavam abarrotadas de barracas improvisadas. Uma mulher de pele enrugada gritava com fervor, tentando vender pacotes de carne seca de origem duvidosa, enquanto um homem corpulento gesticulava para atrair clientes para sua coleção de peças mecânicas enferrujadas.

━━━ Três engrenagens por uma moeda! Mais barato que em qualquer lugar! ━━━ ele berrava, a voz se perdendo no barulho incessante.

Outras barracas eram menos convidativas. Uma delas exibia frascos de líquido cintilante, prometendo cura para tudo, de doenças pulmonares até corações partidos.

Ao lado, um velho com dentes faltando segurava algo que parecia um coração mecânico, pulsando de forma grotesca.

A cada passo, Astra sentia os olhares sobre ela. Alguns curiosos, outros avaliadores, como se medissem o peso da bolsa inexistente que ela carregava. Mas Astra não tinha ouro ou prata. Sua moeda era sua esperteza.

Ela parou diante de uma barraca de frutas. Era uma visão rara em Zaun, maçãs, peras, até mesmo uvas. Não eram perfeitas, algumas estavam manchadas ou deformadas, mas para a maioria das pessoas da subferia, aquilo era um luxo inalcançável.

O vendedor era um homem magro e carrancudo, com dedos calejados e olhos que não perdiam nada ao seu redor. Astra esperou. Ficou imóvel como uma sombra, fingindo observar as frutas, mas, na verdade, estava estudando o ritmo dele. O momento exato em que ele olhava para outro lado para gritar com alguém ou ajeitar as frutas na pilha.

E então, ela se moveu.

Foi rápido, quase imperceptível. A mão dela deslizou por entre as frutas, pegando uma maçã de aparência aceitável. Vermelha, com algumas manchas marrons na casca, mas ainda assim muito mais do que a maioria lá embaixo poderia esperar comer.

Ela não correu. Isso era um erro que muitos ladrões cometiam. Em vez disso, Astra continuou andando, casualmente, como se nada tivesse acontecido. Quando estava a uma distância segura, ela virou em um beco, apoiou-se contra uma parede de metal corroído e finalmente olhou para sua conquista.

Ela girou a maçã nos dedos, admirando sua cor e textura antes de dar a primeira mordida. O sabor doce e levemente ácido explodiu em sua boca, e por um momento, ela se esqueceu do cheiro do esgoto e do caos das ruas.

Enquanto mastigava, Astra ouviu passos se aproximando. Ela se encolheu instintivamente na sombra, a maçã ainda nas mãos. Um garoto apareceu no final do beco. Ele era magro, com roupas esfarrapadas e uma expressão que oscilava entre curiosidade e medo.

━━━ Essa maçã... ━━━ ele começou, apontando para a fruta. ━━━ É do Barruk, não é?

Astra ergueu uma sobrancelha, sem responder.

━━━ Ele te pegou roubando? ━━━ insistiu o garoto, agora parecendo impressionado.

━━━ E se tivesse pegado? ━━━ ela respondeu seca, antes de dar outra mordida na maçã.

O menino sorriu, os dentes sujos aparecendo.

━━━ Barruk é um idiota. Sempre cobra mais do que deveria. Bem feito pra ele.

Astra não sabia se era um elogio ou apenas um comentário casual, mas ignorou. Terminou a maçã com calma antes de jogá-la no chão e se afastar.

━━━ Ei! ━━━ o menino chamou, correndo atrás dela. ━━━ Você tem nome?

━━━ Astra. ━━━ ela parou e olhou por cima do ombro, uma sombra de um sorriso no rosto.

E desapareceu na multidão, como se nunca tivesse estado ali.

As ruas de Zaun fervilhavam com sua usual energia caótica. Astra, com suas botas desgastadas pisando nas poças de água oleosa, caminhava sem pressa. O cheiro ácido das fábricas, misturado ao mofo e à ferrugem, pairava no ar, como uma marca registrada da subferia.

Com seu casaco escuro aberto, revelando uma camisa simples e um cinto carregado de pequenas bugigangas, Astra andava como quem já sabia o caminho, mesmo sem ter um destino claro em mente.

Astra parou por um momento em uma banca onde crianças brigavam por um pedaço de pão mofado. A visão era tão comum que deveria ser ignorada, mas ela não conseguiu desviar os olhos. Algo na cena a prendeu por um instante, uma memória vaga, talvez.

Com um suspiro, ela puxou uma moeda do bolso e a jogou na direção do vendedor, pegando outro pedaço de pão e dando a elas antes de continuar seu caminho.

Enquanto atravessava uma passarela de metal enferrujado, o cheiro ácido das tubulações se misturava ao som distante de máquinas funcionando. Em um dos becos, crianças brincavam com parafusos e engrenagens, como se fossem brinquedos preciosos. Algumas pararam para olhar Astra, mas ela desviou o olhar.

Não demorou muito para que o som familiar da taverna Última Gota chegasse a seus ouvidos. As risadas altas, os gritos embriagados e o tilintar de copos se misturavam à música abafada que escapava pelas portas e janelas.

Astra hesitou por um instante, ajustando o capuz do casaco. A Última Gota era território de Vander, e ela sabia muito bem que não era bem-vinda ali. Ainda assim, algo a atraía, uma curiosidade incontrolável, como uma mariposa indo de encontro à chama.

A taverna ficava no final de uma rua mais larga, cercada por barracas que vendiam desde álcool barato até armas improvisadas. A placa desgastada no topo dizia "Última Gota". Luzes amarelas e fracas escapavam pelas janelas, acompanhadas pelo som abafado de conversas e risadas.

Astra parou por um momento na entrada, o capuz ainda cobrindo parte de seu rosto. Uma voz dentro dela, talvez Silco, talvez sua própria prudência, sussurrava que aquilo era uma má ideia. Vander não era um amigo. Ele era um obstáculo.

A taverna de Vander era uma daquelas raras anomalias lá embaixo. Um lugar que exalava vida em meio à decadência. As paredes, embora desgastadas pelo tempo, carregavam histórias, testemunhas silenciosas de risadas altas, brigas violentas e acordos sussurrados. Era um refúgio improvisado, um coração pulsante em um corpo à beira da ruína.

Astra sabia disso. Desde pequena, havia ouvido sussurros sobre aquele lugar, uma fortaleza discreta onde os desesperados podiam encontrar um vislumbre de dignidade. No entanto, ela nunca tinha pisado ali. Silco sempre deixava claro que Vander era um inimigo.

Naquele dia, a curiosidade venceu o bom senso.

Com passos firmes, ela atravessou a entrada. O cheiro de álcool forte e tabaco a atingiu como uma onda. O ambiente era mal iluminado, mas aconchegante de um jeito caótico. Homens e mulheres ocupavam as mesas, jogando, rindo e, ocasionalmente, trocando socos.

O ambiente era quente, quase sufocante, uma mistura de suor, álcool e fumaça. As mesas estavam ocupadas por trabalhadores exaustos, bebendo para esquecer a vida. Vander estava atrás do balcão, polindo um copo com um pano gasto, sua presença imponente dominando o espaço.

Ele não a viu de imediato. Astra se moveu com cuidado, encontrando um canto sombrio para se sentar. Dali, ela observava tudo, as interações, as expressões, os pequenos detalhes que ninguém mais parecia notar.

Vander finalmente a notou. Seus olhos se estreitaram, não por reconhecê-la, mas por causa do jeito que ela se portava. Havia algo nela que não combinava com os frequentadores habituais da taverna.

━━━ O que você está fazendo aqui, garotinha? ━━━ ele perguntou, sua voz grave cortando o barulho ao redor.

Astra não respondeu de imediato. Ela inclinou a cabeça, deixando o capuz escorregar levemente, apenas o suficiente para que ele visse seus olhos.

━━━ O que qualquer um faz aqui? ━━━ respondeu ela, sua voz calma, mas irônica. ━━━ Procurando algo para esquecer.

Vander estreitou os olhos, mas não insistiu. Ele sabia que forçar respostas nem sempre era a melhor abordagem, especialmente com os mais jovens.

Antes que a conversa pudesse continuar, uma figura menor apareceu ao lado de Vander. Violet. Os cabelos rosas estavam desarrumados, e o olhar era de pura curiosidade misturada com desconfiança.

━━━ Quem é ela? ━━━ perguntou Vi, sem rodeios.

━━━ Ninguém que você precise se preocupar. ━━━ Vander respondeu, tentando encerrar o assunto.

━━━ Ninguém importante. Só uma sombra que decidiu sair da escuridão por um momento. ━━━ Astra sorriu de leve, um sorriso quase imperceptível.

Vi franziu a testa, mas não disse mais nada. Em vez disso, ela se afastou, mas continuou lançando olhares curiosos para Astra.

Astra permaneceu em seu canto sombrio, observando as dinâmicas ao seu redor. As interações dos frequentadores da Última Gota pareciam um jogo de xadrez maluco, onde cada movimento era ditado por desconfiança, necessidade ou puro instinto de sobrevivência.

Apesar de tudo, sentia que não estava completamente à vontade, havia algo nos olhares furtivos de Vander e na curiosidade de Vi que fazia sua pele arrepiar.

Ela tomou um gole de água suja que um atendente largou na mesa, ciente de que qualquer outra bebida seria questionada. O líquido tinha gosto metálico, mas não reclamou.

Antes que pudesse se perder em seus próprios pensamentos, o som de passos apressados ecoou por trás dela. Astra ergueu a cabeça, sua expressão neutra, mas os dedos tensos sob a mesa denunciavam que estava alerta.

Vi voltou, mas desta vez não estava sozinha. Powder, com seus olhos arregalados e um sorriso curioso, vinha logo atrás, segurando uma pequena engenhoca que parecia prestes a explodir. Claggor e Mylo, com expressões desconfiadas, seguiam em silêncio, enquanto a tensão em suas posturas deixava claro que não estavam confortáveis.

━━━ Então, quem é você? ━━━ Vi perguntou novamente, sem rodeios, cruzando os braços ao parar diante de Astra.

Powder se aproximou ainda mais, inclinando a cabeça para analisar a garota no canto.

━━━ Ela parece legal. ━━━ disse a mais nova, quase em um sussurro.

━━━ Ou perigosa. ━━━ retrucou Mylo, estreitando os olhos.

Astra manteve-se calma, o sorriso sutil de antes retornando.

━━━ Talvez os dois. ━━━ respondeu, sua voz baixa, quase melódica.

Vi arqueou uma sobrancelha, claramente tentando decifrar quem era a estranha garota. Vander raramente deixava pessoas desconhecidas ficarem por perto, e o fato de ele não tê-la expulsado a intrigava.

━━━ Você parece deslocada. ━━━ provocou Vi. ━━━ Não é daqui, não é?

━━━ Você é muito observadora. Mas também pode estar errada. ━━━ Astra riu baixo, um som curto e sem humor.

━━━ Se você está aqui, deve querer algo. Então, o que é? ━━━ Claggor se inclinou para a frente, como se tentasse intimidá-la.

━━━ Olha isso! Acabei de consertar. É um lançador de faíscas. ━━━ Powder, ignorando a tensão crescente, colocou a engenhoca que segurava sobre a mesa de Astra.

Astra piscou, surpresa com a súbita mudança de tom. Ela observou a engenhoca, um pequeno mecanismo com fios e engrenagens que pareciam precariamente ajustados.

━━━ Impressionante. ━━━ murmurou, levantando a mão para girar uma das peças. ━━━ Mas talvez você devesse reforçar esta parte aqui. Se não, pode…

Antes que terminasse, um estalo ecoou, e uma faísca pulou do aparelho. Powder gritou de empolgação, enquanto Astra se encolhia para trás, mais surpresa do que qualquer outra coisa.

━━━ Viu? Funciona! ━━━ Powder exclamou, rindo.

━━━ Você vai assustar as pessoas. ━━━ Vi suspirou, cruzando os braços novamente.

━━━ Talvez assustar seja o ponto. ━━━ Astra, no entanto, soltou uma risada curta, mas genuína.

━━━ Eu gostei de você. ━━━ Powder olhou para ela, os olhos brilhando.

━━━ Isso é porque você gosta de qualquer coisa que não tente te matar, Powder. ━━━ Mylo bufou, balançando a cabeça.

━━━ Se você está escondendo alguma coisa, vai acabar se entregando. ━━━ Vi, por outro lado, manteve o olhar fixo em Astra.

━━━ Talvez. Mas você não parece do tipo que espera sentada para descobrir. ━━━ Astra inclinou a cabeça, um brilho desafiador em seus olhos.

O grupo ficou em silêncio por um momento, a tensão os envolvendo como uma névoa. Mas então, Powder quebrou a seriedade com um riso animado.

━━━ Vamos brincar de alguma coisa!

Mas Astra sabia que sua permanência ali não podia durar muito mais. O olhar atento de Vander a lembrava de que ela estava ultrapassando limites. Além disso, estar cercada por aquelas crianças, tão cheias de perguntas e energia, começava a deixá-la inquieta.

Ela se levantou devagar, ajustando o capuz sobre a cabeça enquanto recolhia suas coisas. Vi a observou com uma sobrancelha arqueada.

━━━ Já vai? ━━━ perguntou Vi.

━━━ Já fiquei mais tempo do que devia. ━━━ Astra lançou um meio sorriso.

━━━ Bom. Já estava me perguntando quanto tempo você ia continuar ocupando espaço. ━━━ Mylo suspirou em alívio, como se finalmente pudesse relaxar.

Claggor deu-lhe uma cotovelada leve, repreendendo-o em silêncio. Powder, por outro lado, se levantou apressada.

━━━ Você não precisa ir ainda! ━━━ exclamou, segurando a manga do casaco dela. ━━━ Pode ficar mais um pouco.

Astra olhou para Powder por um instante, surpresa pela sinceridade da garota. Havia algo nos olhos azuis e brilhantes de Powder que a fazia hesitar.

━━━ Eu não posso. Mas, quem sabe, outro dia? ━━━ respondeu Astra, sua voz mais suave do que antes.

━━━ Promete? ━━━ Powder parecia decepcionada, mas assentiu lentamente.

━━━ Prometo. ━━━ Astra sorriu de lado.

A resposta não era uma mentira, mas também não era uma garantia. Ela sabia que as promessas eram perigosas, especialmente na subferia, mas não conseguiu dizer outra coisa à pequena.

Vi deu alguns passos na direção das duas, cruzando os braços enquanto observava Astra com desconfiança.

━━━ Você é cheia de mistérios, não é?

━━━ Todo mundo é. ━━━ respondeu Astra, encolhendo os ombros. ━━━ Só que alguns são melhores em escondê-los.

Sem esperar uma resposta, Astra se abaixou e bagunçou o cabelo de Powder de leve, um gesto tão raro para ela quanto genuíno.

━━━ Cuide bem deles, pequena faísca. ━━━ murmurou, quase em um sussurro.

Powder abriu um sorriso largo, mas antes que pudesse dizer algo, Astra já estava se afastando. Passou por Claggor e Mylo, que a observavam com expressões mistas de curiosidade e desconfiança, e finalmente por Vi, que a acompanhou com os olhos até a porta.

Vander a esperava junto ao balcão, com o semblante sério. Quando Astra passou por ele, lançou-lhe um olhar breve.

━━━ Espero que saiba o que está fazendo. ━━━ murmurou Vander, sua voz baixa o suficiente para que apenas ela ouvisse.

Astra parou por um instante, o suficiente para que as palavras dele ficassem no ar.

━━━ Nunca sei. ━━━ respondeu, antes de desaparecer pela porta.

Do lado de fora, o ar frio da noite em Zaun a envolveu como um tapa. Astra puxou o capuz para cobrir mais o rosto e começou a caminhar, suas botas ecoando na calçada metálica. Por um breve momento, olhou por cima do ombro, vendo a luz fraca da taverna Última Gota brilhando no escuro.

Zaun não era lugar para sentimentos. Ela apertou o passo, desaparecendo nas sombras mais uma vez.

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