Ten
HARRY
✝ Flashback ✝
Limpo o sangue da minha mão na blusa e coloco a arma na minha calça. Os gêmeos Simon e Thomas pegam o corpo morto de um homem que estava mexendo com Anthony de uma maneira que o fez perder dinheiro. Dinheiro de Anthony perdido só significa destruição ao motivo, o mais velho não gosta disso, não gosta daqueles que o devem e daqueles que o traem, as pessoas que fazem isso sempre acabam mortas e provavelmente por mim. Saio de perto dos gêmeos e do corpo morto. Simon e Thomas sabem o que fazer.
Ando em direção ao outro lado da rua deserta, indo para o bordel no meio da estrada. Respiro fundo e olho para cima, vendo mais uma vez as duas luas. Uma está na sua fase minguante e a outra completamente cheia. As estrelas cobrindo todo o céu como um manto azul de cristais. É uma visão surreal, uma bela visão surreal que me faz imaginar por um instante que existe algo realmente divino nesse lugar. Algo como um anjo. Entretanto, o único anjo que vejo é aquele que gira em volta de uma barra de ferro no meio de vários pecadores, hipnotizando eles com seus movimentos gloriosos.
Entro do Sweet Fantasy e lá estava ela, girando e girando. Rebolando, mexendo seu quadril e exalando a intensidade de seus olhos por todo aquele ambiente cheio de luxúria. Ela é a própria luxúria e nunca me disseram que um pecado pode se parecer tanto assim como um anjo. Ela me olha então desce sua mão dos seios até a barriga nua, ela move o quadril, parece uma serpente dando um convite para um pecado tão prazeroso. Uma serpente como uma pele dourada que brilha sem parar. Eu passo a língua nos lábios e mal consigo piscar enquanto a vejo dançar. Ela vira de costas e empina seu bumbum. Então desce devagar, suas mãos vão até seu cabelo cacheado. A mulher dourada continua a rebolar devagar e coloca o cabelo de lado e suas mãos movem e dançam também, todo o seu corpo dança e ela segura a barra de ferro e envolve sua perna lá girando uma vez. Então, a garota move seu corpo e deixa sua testa colada naquela barra de ferro. Ela balança de um lado para o outro e olha mais uma vez para mim. O que ela tanto procura em meus olhos? Mas eu sei o que eu acho nos olhos dela, um pouco de paz. Contudo, ela é o pecado, ela é a luxúria. Como isso é possível?
✝ Flashback ✝
Isso é arriscado, mas não para mim, eu já estou com uma lista enorme de riscos na qual não ligo mais, eu já estou condenado, porém, é arriscado para ela. Contudo, é apenas doce e indescritível sentir seus lábios nos meus e seu gosto, é apenas suave sentir seu toque e é apenas leve a sensação que agora eu sinto. Eu nunca tive isso sempre fui a pedra e hoje ela caiu perfeitamente como um instrumento de lapidar e me torna mais belo, não me sinto mais o ser raivoso. O sentimento é surreal e indescritível e eu não consigo parar de tocá-la beijá-la, por sorte ela para o beijo e me olha. Os últimos raios de sol batendo na sua pele negra a deixando dourada, um sorriso formando de seus lábios e seus olhos castanhos como canela com um brilho suave. Ela é linda e sedutora. Meus lábios vão para seu pescoço e vejo sua pele arrepiar. Sua mão segura minha nuca e eu subo meus beijos até sua orelha mordendo de leve seu lóbulo. Ela estremece, eu passo a mão pelas suas costas e sorrio contra sua pele sentindo ela estremecer mais uma vez. Eu volto a beijar seus lábios e ela retribui movendo seus lábios também, minha língua invade sua boca e eu seguro sua cintura com mais firmeza puxando-a mais para mim. Entro em um embalo tão viciante que posso fuder ela aqui mesmo. Contudo, Alexia para o beijo e me olha.
— Nós temos que ir antes que fique escuro demais. -Fala e movia seu peito rapidamente. Sorrio para ela e concordo. Ela se vira. — Na próxima vez que for me fazer entrar em algum lugar molhado me avise para eu pegar a toalha. -Diz e começa a se vestir desajeitada. Continuo com um sorriso no rosto e uma vontade enorme de voltar a agarrá-la.
— Está bem. -Falo e saio da água.
Coloco minha cueca e calça rapidamente. Minha barriga dói e olho para ela, em volta da ferida está totalmente vermelho. Alexia olha para mim e depois para minha ferida, ela se aproxima e passa os dedos devagar. Eu tremo um pouco e sinto dor.
— Fez muita coisa hoje. -Fala e sorri me olhando. — Mas vai sobreviver.
— Espero. -Falo e coloco minha blusa. Alexia sorri e passa a língua nos lábios. Nós terminamos de nos vestir e voltamos a fazer nossa caminhada para a aldeia, para onde o seu carro está.
O mesmo silêncio de antes retorna e dessa vez parece mais irritante, eu não espero que ela se entregue em meus braços. Que ela diga que esse foi o melhor beijo da sua vida ou que eu preciso de você entre minhas pernas, baby. Como uma prostituta. Eu não imagino e nem espero que ela me diga isso, mas eu gostaria de ouvir sua voz, porque o silêncio é perturbador.
Assim que chegamos no centro da aldeia, já iluminado pela luz pública. Não havia nada disso, digo as luzes públicas e algumas lojas. Quando era menor, andava no escuro total muitas vezes.
— Não posso acreditar. Harry. -Chama-me. Viro e vejo uma senhora que pensei nunca mais ver na vida olhando-me com os olhos castanhos carregado de sabedoria brilhar. Respiro fundo.
✝ Flashback ✝
Eu estou tão cansado de andar sem parar e está quente demais. Eu quero água. Suspiro e vou até uma árvore, pego um prego e um martelo que havia pego em uma barraca na aldeia. Não devia fazer isso é errado, mas eu não tinha nada. Eu apenas quero ir para Menelaus, lá parece melhor e mais rico do que aqui, tudo parece cair aos pedaços nesse lugar.
Eu começo a furar a árvore na esperança da água cair. Não encontro nenhum rio por aqui, maldita falta de sorte. Eu começo a bater o martelo no prego e acabo furando meu dedo. Eu grito imediatamente. Meus olhos se enchem de lágrimas e vejo o sangue por toda minha mão. Eu vou perder minha mão.
— Olá. -Uma voz feminina me chama e me viro para ver quem é, deixando minhas mãos para trás. Um senhora. Ela sorri doce para mim. Eu fico assustado, não a conheço. — Ficar sozinho na floresta pode ser perigoso, tem animais grandes aqui.
— Eu sei me cuidar. -Falo e balanço a cabeça. Ela sorri e se aproxima de mim. Continuo a olhar para ela com certo receio. Ela é uma bruxa? Ouvi muitas histórias de bruxas que comem crianças, ela com certeza é uma.
— Eu tenho certeza de que sabe cuidar de si. -Ela deixa sua bolsa no chão e pega uma faixa. — Mas me permita te ajudar. -Ela fala e segura meu pulso com delicadeza. Observo ela atenta enquanto ela enfaixa minha mão. — Meu nome é Lauany. -Ela sorri.
— Harry. -Falo e olho para minha mão.
— O que acha de me ajudar com essas sacolas Harry? Talvez você até queira jantar comigo, prometo que não se sentirá sozinho, eu cuido de várias outras crianças, como você. O que me diz?
— Você não é uma bruxa ou é? -Pergunto e ela sorri. Ele deve ser mesmo uma bruxa. Já ouvi história delas, de como elas são más, um senhor com cheiro forte de cigarro me disse uma vez. Jamais se apaixone por uma bruxa. Jamais vou me apaixonar por um bruxa.
— Na verdade, eu sou um gavião, uma ave tão rara aqui, mas extremamente forte se vier comigo eu lhe ensino a ser um gavião também. O que me diz? -Ela pergunta me olhando. Eu balanço a cabeça e murmuro um está bem. Ela sorri. Não, ela não é uma bruxa.
✝ Flashback ✝
— Criança. O que faz aqui? -Pergunta sorrindo. Ela está mais velha, com certeza está, seus cabelos lisos estão brancos e sua pele marrom como terra vermelha está mais enrugada, contudo o olhar doce é o mesmo.
— Eu soube do incêndio. -Falo a olhando. Será que ela sabe sobre mim? Que sou procurado? Ela ficaria tão decepcionada comigo. Lauany olha para Alexia e sorri.
— Você é a curandeira de Menelaus, pois? -Pergunta e Alexia concorda balançando a cabeça.
— Sim, Harry veio me ajudar. -Explica.
— Isso é incrível. Fico tão orgulhosa que veio nos ajudar. -Lauany fala e passa sua mão no meu rosto respiro fundo. — Sinto orgulho de você, filho. -Ela fala e a olho. Ela é definitivamente uma mãe para mim, mas não sentiria orgulho se soubesse das pessoas que matei.
— Nós temos que ir. Foi bom te ver, Nana. -Falo e Alexia me olha. Lauany sorri e beija minha bochecha e eu a abraço. Ela retribui o abraço e passa a mão nos cabelos.
— Se cuide, filho. -Ela sussurra para mim e a aperto um pouco antes de soltar ela. Nana sorri para mim e olha para Alexia acenando com a mão. — Ela é linda filho, não perca seu tempo. -Diz e a olho e em seguida para Alexia. A mulher estava sorrindo e se despedindo da mesma forma que Nana.
— Tchau Nana!
Então sigo Alexia até o seu belo fusca. Ela começa a dirigir fica calada e isso me incomoda mais uma vez. Ela não gostou do meu beijo? Eu sei sobre sua curiosidade e sei que logo irá me perguntar sobre Lauany. Em teoria, a cacheada deveria. Teria me perguntando se fosse ontem, me encheria de perguntas. Ela definitivamente não gostou do meu beijo. Devo ser áspero demais e Alexia sabe perfeitamente que eu sou um problema.
Olho uma última vez para a paisagem da minha casa e depois para Alexia que está concentrada em dirigir. Quero ouvir a voz dela.
— Lauany foi minha cuidadora. Me achou perdido na floresta quando eu tinha sete anos e cuidou de mim. -Explico.
— Foi ela quem te ensinou a levar garotas para aquela cachoeira e ter um momento erótico? Porque francamente eu não consigo imaginar isso dela. -Alexia fala e sorrio. Havia uma certa inquietação em seus olhos, mas não é ruim. A mulher parece está mais nervosa do que com raiva de mim, para ser sincero.
— Não, apenas cuidava dos meus machucados o resto eu aprendi sozinho. -Falo e Alexia sorri pequeno, contudo, não diz mais nada. Eu toco na sua perna e ela treme um pouco apertando mais as mãos no volante.
— D-dirigindo! Eu estou dirigindo. -Fala perdida. Sorrio mais e me inclino ficando perto do seu ouvido.
— Eu sei. -Sussurro e ela solta um suspiro baixinho. Eu beijo a curva do seu pescoço e ela fecha os olhos.
— Abra os olhos, senão vamos morrer. -Falo e ela abre os olhos. Eu me afasto dela e fico a olhando.
— Então não me beija mais. -Pede.
— Como quiser. -Falo e continuo a olhar para Alexia ela me olha rápido.
— Não me olha! -Ela fala nervosa. Solto uma risada baixa.
— Isso eu não posso fazer. -Falo e ela respira fundo. Essa mulher é com certeza um anjo dourado que se fantasia da luxúria.
⚜⚜⚜
Já é madrugada quando Alexia para seu carro em frente a sua casa e por ser madrugada o silêncio desse momento me fazia ouvir perfeitamente o barulho do mar, das ondas. É um barulho agradável. As luas iluminam a noite não a deixando tão escura e a luz delas refletiam na pele de Alexia a fazendo brilhar como uma pedra dourada, como ouro.
— Quer ir para a praia? -Pergunta me olhando. — São apenas alguns passos. -Explica. Alexia tem belos olhos castanhos e todas às vezes que os vejo mais tenho certeza da beleza deles.
— Não, essa noite não. -Falo e me aproximo dela, sua respiração quente e bate no meu rosto. Eu preciso disso, nem que seja somente por uma noite, nem que seja apenas essa noite. Alexia olha para minha boca depois para meus olhos.
— Você também não quer dormir agora. -Ela fala e sorrio. Toco seu rosto com um pouco de hesitação. Alexia segura minha mão e fecha seus olhos.
— Você é linda. -Sussurro e ela abre seus olhos me olhando.
— Anda logo, vai. -Ela fala mandona e sorrio mais.
Inclino-me mais e raspo meus lábios nos delas e novamente eu sinto seu gosto doce e seu toque leve. Um sentimento suave. A raiva parecia se apagar mais, se adormecer. Eu estou em terapia.
Alexia movimenta seus lábios me puxando mais para si, eu seguro seu rosto e ela cola nossas testas e tira seu cinto depois tira o meu. Então ela começa a puxar minha camisa para cima. Quando tiro, vejo os olhos de Alexia focados na minha ferida. Ela passos dedos lá, levemente e quase não sinto dor. Eu a seguro e a deixo sentada no meu colo. Alexia me olha.
— Vou precisar da sua ajuda, dessa vez. -Sussurro e deixa a mecha do seu cabelo atrás da orelha e começo a beijar seu pescoço, ela treme um pouco e sorrio contra sua pele, minhas mãos percorrem sua cintura, eu tiro sua blusa e pela segunda vez eu vejo sua lingerie roxa, a cor combina com ela.
Alexia me olha enquanto tira seu sutiã, meus lábios logo percorrem o seu seio, passando os lábios em seu mamilo e a chupando, como resposta ela suspira baixinho e sorrio. A minha mão desce até sua calça e enfio ela lá dentro. Alexia já está molhada. Olho-a e sorrio por isso. A cacheada morde os lábios e se levanta um pouco tirando a calça e a calcinha, eu abaixo a minha calça e cueca também. Então ela senta em mim, eu entro nela. Gememos juntos. Seguro a cintura de Alexia e mordo meus lábios. Ela começa a mover seu quadril, me levando mais para ela, e eu começo a mexer os meus para acompanhar ela.
Alexia me olha e eu a olho, entro numa espécie de hipnose em que ela está me levando a algo que está fazendo meus ossos formigarem, meus músculos se aquecerem e meu sangue ferver. Isso é tão bom.
— Você é tão boa... -Gemo e ela sorri e então me beija, minhas mãos vão até sua bunda e eu dou um tapa lá, ela para o beijo apenas para gemer e isso foi tão bom.
Nossos sons naquele carro me excitava. Os seus gemidos baixinhos saíam de nossas bocas todas às vezes que nós movíamos nossos quadris, mas eu queria mais e quis mudar essa posição para mergulhar nela, eu não ligaria se acordasse com dor amanhã, eu apenas quero sentir ela, dentro de mim, mais, sentir sua pele quente e úmida me recebendo, ouvir ela gemendo, sussurrando no meu ouvido. Eu a olho.
— Vá para trás. -Falo e ofego. — Para trás do carro. -Digo e assim ela passa para trás, depois eu faço o mesmo. Ela me olha assim que fico em cima dela e toca meu rosto. Por que diabos ela tem que ser tão suave assim para mim?
Eu beijo-a, mas paramos o beijo quando eu entro nela mais uma vez, para gemer juntos. Suas unhas percorrem minhas costas, mas não me arranha, eu agora entro nela, como se ela fosse o mar e eu o barco. Fecho meus olhos, começando a ir mais fundo, mais forte. Escutar os gemidos dela, apenas fazia com que me sentisse mais impulsionado a ir mais forte e fundo. Estocando-a e sentido prazer, fazendo ela sentir prazer também. Continuo nesse embalo até que eu esqueço do fusca, da madrugada, das luas e do barulho das ondas. Esqueço do mundo inteiro, focando apenas nela e no quero fazer com ela. Eu nunca me senti assim em toda minha vida, ela é um sonho, meu sonho dourado.
O polegar de Alexia vai para meus lábios, beijo seu dedo e foco os meus olhos nos dela, ela está vendo a forma de como venho me entregando, sem cansar e estou vendo suas expressões. Vejo a sua boca entreaberta gemendo, como se estivesse pedindo por mais e eu não a decepciono. Eu continuo, até sentir o orgasmo começar a invadir meu corpo e o dela também quando seu corpo treme. Ela fecha os seus olhos os apertando, ela sente o orgasmo e a sua expressão sentindo o prazer, apenas incentivou que o meu viesse, me fazendo tremer e gemer alto.
Minha cabeça vai para curvatura do seu pescoço, fico sentindo seu cheiro, sinto-a pulsar, sinto meu coração bombear o sangue em minhas veias me fazendo sentir o que eu busquei para sentir. Gradualmente, eu voltava a escutar o mar, apesar que a respiração dela se tornou mais agradável.
— Isso foi sem a sua ajuda? -Ela pergunta ofegante, solto uma risada e a olho.
Alexia sorri também. Não saberia responder ela agora então apenas a beijei porque a única coisa que eu quero é que ela permaneça acordada.
Continua...
Notas: Oi oi primeiro de tudo, tudo bem?
Nosso otp ta caminhando para frente heuheue.
O que acham que pode acontecer agora? rs.
Vejo vocês no próximo capitulo. Love All. Xx
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