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PABLO TORRE

AGOSTO, 2024

             Não é nem um pouco legal estar interessado em uma garota que claramente gosta de outro cara. Na real, é uma merda para o ego saber que seu colega de clube bonitinho chegou nela antes de você e mais nada e nem ninguém poderia fazer a garota mudar de ideia.

Eu bem achei que conseguiria fazer Amia de Jong mudar de ideia, mas era só uma olhada mais atenta para o jeito que os dois estavam em sintonia que ficava bem claro que, naquele jogo, Pedri González era o ganhador.

Eu não era um mau perdedor, tudo bem pra mim, a neerlandesa e eu éramos bons amigos no fim das contas, ela era divertida e deslumbrante, me fez querer entrar em uma briga para ganhar o coração dela, mas também era o tipo de garota que me deixaria louco muito rápido. Pedri parecia gostar disso mais do que eu.

Contudo, ainda era uma merda estar no mesmo lugar que eles sabendo que eu nunca fui a opção.

A casa de Balde é enorme e está cheia de pessoas para todo canto, mas a cada lugar que vou, consigo ver o casal trocando beijos e conversando como se, naquele lugar lotado, somente os dois existissem. Tipo, beleza, se Amia fosse minha namorada, eu também agiria daquela forma.

Grrr. Estou fazendo de novo. Olhando para eles como se fosse o cachorro que caiu da mudança e foi deixado para trás. Não era mágoa o que eu sentia, talvez só um pouquinho por ter passado tanto tempo interessado nela de graça, mas também era algo pior: a droga da inveja. Eles tinham o relacionamento perfeito, ninguém podia negar, eram feitos um para o outro como se o próprio destino tivesse parado tudo para colocá-los juntos. Era o tipo de relacionamento que rodava a internet sendo exemplo para todo o resto de nós, meros mortais.

Eles me deixavam desanimado. Era patético ser eu.

Me esgueirei pela sala lotada. As festas do time costumavam ser muito boas, os caras mais novos eram bem menos despreocupados com a imagem do que os caras mais velhos então muita gente aleatória surgia, influencers que os moleques estavam interessados, meninas que apareciam nos jogos e estavam loucas para conquistar um deles, todo tipo de artista em ascensão e até jogadores de clubes rivais. Nas férias, as brigas dentro de campo eram esquecidas e parecíamos todos um grupinho feliz.

Alguns dos caras estavam vidrados em uma partida de FIFA na televisão de tela plana da sala de Balde, beberiquei minha cerveja observando o jogo se desenrolar. Barcelona e Real Madrid se enfrentavam pela octagésima vez durante as duas últimas horas. Gargalhei alto quando Eric Gárcia perdeu um pênalti e soltou um grito esganiçado, ao lado dele Ferran Torres estava roxo de rir.

— Ei, Pablo — Ansu me alcançou, segurando meus ombros com força. Sem fôlego, ele puxou o ar com força e me encarou como se estivesse prestes a partir dessa para a melhor. — Você viu o outro Pablo?

Soltei um riso frouxo, negando com a cabeça.

— Vi ele na cozinha uns dez minutos atrás, mas não sei pra que canto ele foi.

Ansu grunhiu e me soltou, colocando a mão sobre as costelas.

— Droga. Se o ver, diz que eu já cheguei e tô procurando por ele, beleza?

Assenti uma vez e o observei sumir entre um grupo de pessoas que dançava um reggaeton lento não muito longe de onde estávamos. Fazia um calor infernal em Barcelona naquele dia, o verão sempre era de matar por essas bandas, mas dentro da casa abafada de Alejandro eu sentia como se fosse derreter a qualquer momento. Caminhei em direção a porta que dava para a área da piscina, uma galera vivia a vida como deveria dentro da água jogando marco polo.

Eu gostava de festa, sério mesmo, adorava me divertir, mas estava me sentindo um pouco fora de órbita. Talvez Amia ainda fosse um assunto sensível ou eu estivesse me sentindo carente demais. Conversei com uma garota mais cedo, ela era legal e tentou fingir que não me conhecia, mas normalmente todo mundo em uma festa de jogadores de futebol costumava saber muito bem quem era cada um de nós. Eu a tinha visto mais cedo com Gavira e era a certeza de que precisava para saber que a garota queria ganhar o dia. E eu deixaria ela ganhar se, um segundo depois, não tivesse colocado os olhos no casal sensação e toda a minha boa vontade não tivesse desaparecido.

Eu já disse que era patético?

Um ano atrás levei o maior fora da minha vida em um encontro que ralei muito para conseguir, um ano em que Amia tinha colocado a plaquinha da friendzone no meu pescoço e ela e Pedri se tornaram o maior casal do universo. Um ano deveria ser tempo suficiente para eu aceitar, mas pelo jeito eu fazia o tipo teimoso.

Senti o líquido escorrer pelo meu tronco antes de registrar o impacto de um outro corpo sobre o meu. Ótimo, além de tudo eu ainda era desastrado. Segurei a garota no lugar quando percebi que ela iria para o chão e olhei para a mancha laranja na minha camiseta branca.

Caramba, eu deveria ter ficado em casa.

— Aí, meu Deus, sinto muito! — o sotaque dela é forte, mas consigo entender perfeitamente cada uma daquelas palavras. Olho para cima e encontro dois olhos azuis enormes e duas sobrancelhas grossas curvadas para baixo em uma careta arrependida. A garota morde o lábio inferior cheio e solta um muxoxo. — Desculpa mesmo, eu juro que posso comprar uma blusa nova igualzinha a essa pra você, posso lavar essa também e...

Meu cérebro deu pane. Ela provavelmente tinha me dado um banho com algum drinque de nome esquisito que Balde me ofereceu no início da tarde, que eu prontamente troquei pelas boas e velhas cervejas, e estava segurando meus braços com força, mas eu fiquei muito concentrado no jeito bizarro que meu coração pulsou enquanto ela me implorava por perdão e dizia que iria me pagar pelo estrago. O nariz dela se franziu e deixei escapar uma lufada de ar.

— N-não... — gaguejo. — T-tudo bem, não foi nada. Eu não prestei atenção no caminho. Você tá bem?

Ela ri. É um som breve, suave, simpático.

— Sim, só fiquei sem minha bebida, mas sã e salva.

Tombo a cabeça de lado, observando a garota melhor. Nunca tinha visto alguém tão bonito quanto ela, estou falando bem sério. O cabelo castanho caía em uma cascata longa ao redor do rosto fino e com bochechas proeminentes, os olhos azuis bem escuros combinavam com o tom pálido da pele e com o cabelo escuro. Também havia algumas sardinhas sobre o nariz e os lábios cheios brilhavam com o gloss que ela usava. Perfeita não parecia o adjetivo certo, deveria ter algo melhor por aí na língua espanhola.

Ela voltou a fazer uma careta.

— Droga, você precisa limpar isso. Vai manchar.

A garota não me esperou responder. De uma hora para a outra, eu estava sendo carregado para a cozinha por uma menina tão veloz quanto um furacão. Ela empurrou algumas pessoas no caminho, pedindo licença. O aperto forte da mão dela na minha me fez olhar para a garota estranha e super gata como se eu estivesse ficando maluco. Talvez eu tivesse bebido demais e agora estava tendo sonhos mais do que reais enquanto dormia no chão do corredor da casa de Balde. Era bem possível um negócio desses.

Quando entramos na cozinha, Pedri estava recostado na bancada. Ele não me disse nada, seus olhos caíram sobre a garota e seu cenho se franziu. Não sei se ela prestou atenção nele ou não, mas não pude deixar de espelhar a reação dele.

— Certo, preciso de um pano — ela cochichou, ficando na ponta dos pés para abrir um dos armários. Ela é alta, mais alta que a maioria das meninas com quem saí, estava usando um vestido rosa que combinava com ela tanto quanto os saltos bege. Tentei não prestar muita atenção na bunda dela quando se ergueu e limpei a garganta olhando para o lado. Cavalheirismo ainda não é superestimado. — E preciso de detergente. Ou sabão. Mas tenho certeza de que o dono da casa não tem sabão por aqui.

— Não mesmo — resmungo.

Ela achou bem rápido o que procurava e parou na minha frente, abrindo um sorriso sem jeito.

— Certo, posso...?

Fico uma eternidade apenas observando a garota. Quando Pedri ri engasgado ao nosso lado, algo dentro de mim acorda. Não viro para ele, mas a menina sim. Ela lança ao jogador um olhar matador e tenho vontade de fazer o camisa oito do Barcelona desaparecer.

— Ah, pode...

Então ela toca em mim. Sobre a camisa, mas ainda é um toque. A garota esfrega a malha e enquanto faz isso mantém a expressão concentrada. Olho para o lado, sentindo meu colega me fitando com bastante atenção. Ele arregala os olhos com aquela velha conversa "o que é isso?" e eu respondo com um franzir de sobrancelhas que diz "eu sei lá". Pedri está rindo quando o furacão loiro que é Amia de Jong entra na cozinha também. Ela vê a cena e para no meio do caminho.

— Que merda — a menina diz, deixando o pano para lá e coloca a mão na cintura. — Não vai sair assim. Vai ter de lavar.

— Acho que seria bom ele tirar a camisa — Pedri aconselha solenemente, segurando o riso na garganta. Qual era a dele?

Um brilho perspicaz passa pelas orbes dela.

— Não é má ideia.

— Balde deve ter alguma coisa pra você — Amia se intromete, com aquela expressão solidária que eu conhecia muito bem. Ah, ela era um doce de pessoa. Isso me deixava ainda mais chateado. Nunca conseguiria odiar a garota. Nem quando o namorado dela parecia estar se divertindo muito com a minha cara.

— Ótimo! — a menina diz, batendo palminhas.

Solto o ar meio consternado. Pedri se desencosta da bancada e enlaça a namorada, saindo com ela pela porta da cozinha. Que panaca. Retiro a camiseta e a estendo na minha frente. Era uma mancha feia mesmo. A garota a tira do meu aperto e volta a me carregar pela casa.

— Ahn... Posso perguntar seu nome?

— Katrin. E você é o Pablo Torre, não é? Desculpa, assisto todos os jogos do Barcelona por causa do irmão da Amia.

— Você conhece a Amia?

Ela sorri. Linda. Porra, ela é linda.

— Sou melhor amiga dela. Também nasci em Arkel como os de Jong. — Ela pisca para mim de uma forma desinibida e eu não consigo segurar o sorriso estranhamente envergonhado que surge em mim. — Nós, neerlandeses, estamos dominando sua cidade.

Solto uma risada. Faz sentido o sotaque. Tinha muitos sss naquela voz, assim como Amia.

— Percebi. Veio passear em Barcelona?

— Uhum! Tô de férias na casa dela. Já vim aqui antes com meus pais, mas nada melhor que se divertir só com a amiga.

— Com certeza.

Katrin para em um dos corredores e encara as várias portas. Fico tentado a perguntar o que ela está procurando, mas estou muito concentrado em analisar tudo sobre aquela garota. Claro que ela tinha de ser amiga da garota que não me queria nem pintado de ouro, parecia uma daquelas piadinhas sem graça da vida. E diferentemente de Amia, Katrin parecia muito interessada em mim. Eu não era bobo, assim como sabia que a irmã de Frenkie não queria nada comigo, sabia que a amiga dela tinha outra opinião.

— Você acha o quarto de Balde e eu acho a lavanderia.

Arqueio uma sobrancelha. Ela rola os olhos.

— Se quiser ficar sem roupa na festa, tudo bem. Não é uma visão ruim.

Deixo escapar uma gargalhada, olhando para ela incrédulo. Duvido que ela tenha filtro, na verdade, gosto do jeito dela. A garota tem senso de humor dá pra ver e parece que sabe muito bem o que quer quando abre uma porta e entra deixando uma piscadinha para trás. Sigo ela até a recém encontrada lavanderia e me encosto no batente da porta, observando-a colocar minha camiseta em uma das máquinas de lavar. Ela coloca sabão e amaciante, mexe nos controles e liga.

— Em trinta minutos fica pronto — ela diz, impulsionando o corpo para poder se sentar em um dos balcões.

— Vamos ficar trinta minutos esperando?

Katrin dá de ombros.

— Podemos conversar durante esse tempo. Criar um laço...

Rio. Não sei se quero ter outra amiga neerlandesa tão rápido assim. Passo a mão entre os meus cabelos, curiosamente estou suando frio porque, caramba, Katrin é gata pra cacete e está me encarando como se eu fosse exatamente o que ela desejou durante toda aquela festa. Não costumo ficar nervoso com garotas me comendo com os olhos, mas a confiança dela me desmonta.

— Tudo bem. Criar um laço... — Aceno com a cabeça e estico a mão para ela. — Pablo Torre, jogo no Barcelona e tenho vinte e um anos. Essa festa estava um verdadeiro tédio até o momento que você derrubou a bebida em mim. Muito prazer.

Ela segura minha mão e eu faço algo de forma impulsiva, levo as costas da mão dela até meus lábios e deixo um beijinho sobre a pele lisa. Sinto cheiro de protetor solar e algo mais, talvez seja o detergente que ela usou para limpar a minha blusa, mas parece mais doce. Katrin solta um suspiro e fito os olhos dela, mandei bem. Ela gostou do gesto.

— Katrin de Backer. Nasci e cresci em Arkel, moro em Amsterdam e estudo Moda na UvA. Pretendo ser estilista se não colocar qualquer outra coisa na cabeça nos próximos anos. E concordo com você, Pablo. A festa tava um saco até você aparecer.

Nós dois sorrimos. Sinto a tensão ao nosso redor, aquela atmosfera que só tem um significado. Nossa vibe bateu, não tinha como resistir ao que era certo. Katrin me puxa ainda com a mão grudada na minha. Desencosto do batente da porta e vou até ela sem reprimir o sorriso espertinho que começa a ganhar vez nos meus lábios. Ela enlaça os braços no meu pescoço e sobe uma das palmas para a minha bochecha.

O toque dela me deixa hipnotizado. Coloco uma das mãos na cintura de Katrin e a puxo para mais perto, apoiando a outra sobre a coxa dela. Sinto o arrepio na espinha e meu coração zunir nos ouvidos. Não me lembro da última vez que saí com alguém nesses últimos meses que tenha me proporcionado aquele tipo de reação tão imediata, o formigamento no estômago e os arrepios na pele.

Mas Katrin me dava tudo.

Quando toquei seus lábios, senti gosto de vodka e laranja e sorri. Ela adentrou meus fios de cabelo com as mãos e eu perdi o chão. Aquela garota sabia como beijar, era uma matadora de caras como eu e eu estava pronto para descobrir como os portões do céu eram quando senti a língua dela passando pelo meu lábio inferior.

Não sei quanto tempo ficamos ali até ela se afastar e sorrir para mim tão satisfeita que fez meu ego voltar ao lugar de sempre. Mas ao lado de Katrin o mundo poderia desaparecer e eu não notaria. Ela me beijou mais vezes, eu fiquei feliz por deixar ela me controlar até que estivesse cansada. Minha camiseta poderia ficar para Balde, eu não me importava em permanecer ali até a minha próxima vida.

           O anoitecer em Barcelona era uma obra de arte. As nuvens brancas se espalhavam pelo céu alaranjado à esquerda enquanto o rosa predominava à direita. As cores tocavam o azul comedido do mar à nossa frente, era um daqueles momentos em que a natureza impressionava e fazia a gente se sentir pequeno demais perto daquelas grandes demonstrações.

A mão de Katrin apertou a minha e ela apontou para uma parte mais vazia da faixa de areia. A praia estava movimentada mesmo que o dia já estivesse caminhando para o seu fim, algumas crianças corriam junto aqui e ali, casais caminhavam de mãos dadas e grupos de jovens conversavam em alto e bom som no calçadão. As noites da cidade catalã eram sempre movimentadas, havia muito a ser feito.

Era a última semana de Katrin em Barcelona. Depois da festa na casa de Balde, a garota e eu nos tornamos figurinhas repetidas um do outro. O que eu podia fazer? O beijo de Katrin era viciante e a companhia dela me deixava feliz. Em uma semana, os trabalhos do clube voltariam e com eles meus dias de liberdade acabariam, estar com ela era um ar fresco que me separava do momento que mais aguardava. Voltar ao campo, jogar, vencer, manter nosso título de campeões da liga que conquistamos na última temporada.

O Barcelona voltou para o lugar que era dele por direito. A nova fase da equipe trouxe louros para todos nós, éramos respeitados de novo e com um elenco jovem, tínhamos o futebol espanhol nas nossas mãos novamente. Eu tentava não pensar nisso com frequência e a presença de Katrin na cidade me ajudava.

A garota esticou a manta sobre a areia e pegou uma garrafinha d'água da bolsa. Seus olhos cobalto me examinaram com atenção enquanto ela bebia o líquido gelado. Aquela garota me deixava pirado. Ela parecia uma boneca, tão perfeita que nem poderia ser real, mas era tão desinibida e divertida que me fazia esquecer que na conta bancária dela existia um número tão longo que eu jamais poderia contar.

Garotas ricas costumavam ser mimadas. Eu não vinha de uma família cheia da grana como os de Backer, meus pais viviam bem, isso era óbvio, mas os pais de Katrin eram montados na grana. Ela tinha tudo do bom e do melhor, estudou nas melhores escolas e vestia as melhores roupas. Ela usava uma bota que valia mais que a mensalidade do meu primeiro apartamento, isso era maluquice sem tamanho. Nada costumava impressionar aquelas garotas, caras como eu não costumavam impressionar garotas como Katrin.

Mas eu a impressionava, contrariando todas as expectativas. Não sabia exatamente o que ela havia visto naquele dia, mas agradecia imensamente. Ela era simples daquele jeito estrondoso, com tudo que uma princesa merecia em mãos, a forma fácil com que sorria abertamente e se divertia com as minhas provocações.

— Esse é o lugar mais bonito que já coloquei os pés — ela comenta, sentando sobre a manta. Faço o mesmo que ela, puxando o corpo dela para o meu colo. Katrin se aconchega em mim e enrolo meus braços na cintura dela. — Barcelona é tão romântica. O fim de tarde, as ruas de pedrarias, as construções de época. A arquitetura daqui é perfeita para você sentar de frente a uma janela com vista para a rua e escrever um romance.

Solto uma risada suave, observando ela de cima. A atenção da garota está no mar, perdida nos próprios pensamentos.

— Você tá pensando em escrever alguma coisa?

Ela sorri, levantando os olhos para mim. Gosto de como ela me encara como se eu fosse seu preferido.

— Uma comédia romântica sobre um jogador de futebol e uma patricinha metida a besta? Aposto que eu conseguiria entrar para os mais vendidos.

Ergui a sobrancelha.

— Você escreve?

— Não muito, mas poderia voltar a tornar um hábito. Tenho inspiração suficiente.

Não consigo esconder a satisfação.

— Sou sua inspiração, K?

Ela se vira sobre o meu colo, colocando as mãos dos dois lados do meu rosto. Katrin beija meu lábio inferior e fecho meus olhos com a carícia despreocupada dela. Eu não tinha certeza de que com tão pouco tempo as coisas pudessem ficar tão intensas como eu sentia que eram. Era uma merda que Katrin estivesse indo embora, faria qualquer coisa para mantê-la em Barcelona por mais tempo. Faria qualquer coisa para descobrir o que isso que estávamos tendo poderia se tornar.

— Queria que você ficasse aqui — sussurrei para ela, ciente de que estava soando como um pirralho manhoso. Katrin me beijou uma última vez e se afastou.

— Era tudo que eu queria também, Pablo. Mas preciso voltar para a minha casa. Barcelona não é o meu lugar.

Entendia completamente. Romances de verão nunca duravam muito tempo, era para isso que eles serviam, para criar lembranças. Mas por que eu estava me sentindo tão triste com tudo aquilo? Katrin era novidade na minha vida, ela mal me conhecia, o que ela tinha de tão especial?

Olhei para ela. Aquela garota perfeita tinha tudo de especial, essa era a verdade.

— Você vai lembrar de mim, não vai? — perguntei, soando tão patético quanto eu achava que soaria.

Katrin não pestanejou. Ficou de pé e me puxou pela mão, algo havia passado pela mente dela quando notei que estava tirando o tênis. Ela colocou os óculos escuros sobre a manta e me obrigou a tirar a camiseta. Eu não precisava perguntar, a resposta era bem óbvia. Corri com a garota até o mar e a agarrei pela cintura quando a primeira onda nos atingiu. Ela riu e pulou no meu colo, suas pernas ao redor da minha cintura e os braços em meus ombros. Katrin me beijou e o gosto salgado tornou tudo ainda mais insano.

Eu costumava pensar muito na maioria do tempo, mas ao lado dela eu quase nunca pensava. Ela era uma caixinha de surpresas, intensa pra cacete, cheia de ideias e vontades. Eu a adorava, com a saia apertada, as botas caras, os lábios vermelhos e o semblante de boa garota que escondia inúmeros segredos.

Katrin me fitou com profundidade e eu senti o mundo desaparecer enquanto a observava.

— Nunca vou te esquecer, Pablo. É impossível.

Sorri. Eu não precisava de mais nada. 

KATRIN DE BACKER

DEZEMBRO, 2024

            — Deveria ser proibido estudar durante o próprio aniversário — chio, afiando o olhar para a bibliotecária que me mandou calar a boca com os olhos caídos de peixe. Era a terceira vez que ela fazia aquilo, mas era a primeira vez que eu revidava. — É a droga do meu aniversário de vinte e um anos, eu deveria estar me arrumando para ir em uma festa de arromba em algum clube da cidade e não estudando a importância da marca de Coco Chanel para a renovação de tendências — cochicho.

Ao meu lado, Ana segura a risada. Ela pega o terceiro livro sobre as leis neerlandesas que se parece exatamente como os outros dois e me encara com pena. Sim, eu também estava sentindo pena de mim mesma. Era sexta-feira, mesmo em dias normais nós duas deveríamos estar fazendo alguma coisa pela badalada Amsterdam, mas não! As provas tinham se aproximado e eu precisava fazer um ensaio sobre a estilista que tinha os dois pezinhos de princesa dentro do nazismo.

Queria muito estar estudando sobre fast-fashion e os prós e os contras das novas tendências de mercado, mas o mundo não era assim tão simples para garotas como eu. Garotas teimosas, é o que quero dizer. Nós estávamos na escola ou na faculdade? Sortear temáticas para os estudantes era tão ensino médio, meus professores precisavam se atualizar.

— Pense pelo lado positivo, Katrin — ela diz, caminhando comigo em direção à bibliotecária mal-humorada. Ana coloca os livros sobre a bancada e cumprimenta a velha rabugenta, mas não recebe o cumprimento de volta. Tenho vontade de rosnar para a mulher. Estou me sentindo insuportável hoje, não deveria acontecer, afinal, não é todo dia que se faz vinte e um anos, mas, caramba, que diazinho de merda. Quando Ana recolhe os livros, ela olha para mim e sorri. — Vamos para Barcelona visitar Amia em duas semanas, essas provas só precisam acabar.

Ela tinha razão. Quando o ano letivo entrasse em pausa para as festas de fim de ano, Ana e eu finalmente iríamos visitar nossa melhor amiga juntas. Amia estava morando na cidade espanhola há dois anos, desde que os pais decidiram que, para parar o trem desgovernado que era minha amiga destrambelhada, precisavam colocá-la sob a supervisão do lindo, loiro e gostoso irmão mais velho, o jogador do Barcelona, Frenkie — muito gostoso, eu já disse isso? — De Jong.

Claro que funcionou. Amia se formaria em jornalismo em dois anos, estava namorando o meio-campista Pedri González e conciliava dois empregos de meio período como colunista em uma revista feminina e social media no Barça Femení. Amia amadureceu muito nesses últimos dois anos, ainda era maluca e dramática como uma mula empacada, mas tinha finalmente se encontrado. E era realmente boa no que fazia.

Desde que ela foi para lá, Ana e eu não conseguimos visitá-la ao mesmo tempo. Ana foi para Barcelona no ano novo de 2023, enquanto eu só tive oportunidade de vê-la durante as férias de agosto.

Deixei um sorriso escapar. Mas logo fechei a cara.

O campus da Universidade de Amsterdam estava repleto de universitários tentando aproveitar os resquícios de sol daquela tarde. O inverno era rigoroso pra caramba por aqui, quando o sol dava as caras, ninguém perdia a chance de sentar nos banquinhos das praças para poder estudar se aquecendo naturalmente. Eu, por outro lado, preferia fazer tudo dentro do meu apartamento com aquecimento.

Guardei os livros na mochila e segui com Ana em direção à saída. Não morávamos longe da universidade então poderíamos ir a pé para casa. Eu adorava que fosse assim, me exercitar durante o inverno era quase uma parada de vida ou morte. Andar até nosso apê era o máximo de exercício físico que eu planejava, mas às vezes Ana me obrigava a tirar essa bunda da cama e ir para a academia com ela. Essa garota era saudável demais para o próprio bem.

Tirei meu celular do bolso do jeans e abri o aplicativo de mensagens. Amia estava me enviando um número excessivo de figurinhas com balões e bolos no nosso grupo, Ana tinha me mandado a foto das bebidas que havia comprado para comemorarmos durante a noite e Pedri González estava cantando parabéns pra você em espanhol em um áudio que tenho quase certeza de que foi culpa de Amia. Sem ofensas, mas a voz do cara era horrível.

Apertei meus molares, não conseguindo parar de sentir raiva. Todo mundo que eu conhecia havia me enviado alguma mensagem. Meus professores durante as aulas do dia, colegas que eu pensei que não soubessem meu nome, meus pais, meu irmão mais velho que estava morando em Dubai há três anos, a namorada esquisita dele, meus amigos da escola, um carinha que eu fiquei quando ainda estava no ensino médio e até mesmo o idiota do ex da Ana que nos fez ser presas — e acarretou em todo o castigo barra retiro espiritual de Amia em 2022 —, mas, a única pessoa que eu desejava receber algo, estava em completo silêncio.

Abri a conversa com Pablo Torre. Ele tinha me mandado boa noite na noite passada com um coraçãozinho vermelho do lado do texto. Eu me lembrava de ter dito a ele que meu aniversário era em dezembro. Dia treze de dezembro. Não é uma data fácil de esquecer, estávamos falando de uma sexta-feira treze. Dois anos atrás minha melhor amiga foi presa nesse mesmo dia e acabou apaixonada por um jogador de futebol gostoso. Eu tive o mesmo destino, mas meu jogador de futebol gostoso estava me ignorando no dia do meu aniversário.

Bufei. Eu estava mesmo apaixonada por ele. Não conseguia acreditar que um playboyzinho com jeitão de James Dean tinha fisgado meu coração em tão pouco tempo.

Ana levantou o olhar para mim.

— Ele não mandou nada?

— Nadinha. É impossível que ele tenha esquecido. Na verdade, não faz o menor sentido ele me ignorar assim. Pablo me manda mensagem o dia inteiro, todos os dias. Qual é o problema dele? — Encaro Ana completamente exasperada. Era por isso que diziam que homens não valiam a pena, eles sumiam quando a gente mais precisava deles. Shakira tinha razão.

— Vai ver ele tá com algum compromisso muito importante. Ele não tem um jogo da Champions League semana que vem? Eles devem estar treinando pesado.

Eu duvidava muito. Pablo era grudento e, Deus, não estou reclamando, eu adorava a atenção completa dele. Me sinto meio narcisista falando assim, mas amo saber que ele me idolatra. Pablo e eu nos conhecemos em uma festa, estraguei a camiseta dele derrubando bebida nela e me senti mal pra caramba, mas não o suficiente para não dar em cima dele. O cara era um gato e eu sabia que Amia havia dado um fora nele um tempo atrás, mas não deixava de fazer totalmente o meu tipo. Joguei verde pra ele e nós ficamos naquela noite, e na próxima e na próxima e na próxima, até o dia que tive de voltar para Amsterdam e todo nosso contato desde então não passava de mensagens de texto, chamadas de vídeo e conversas aleatórias ao longo dos dias.

Eu sentia falta dele, era meio estranho dizer isso, mas eu costumava ser a integrante mais intensa do nosso grupo. Descobri que estava apaixonada quando ficamos em uma ligação até tarde da noite, Pablo dormiu e eu escutei ele ressonar por um bom tempo antes de capotar também. Quando acordei, sentia no meu peito aquele fervor estranho de quem havia encontrado ouro embaixo da casa.

Sempre gostei de atletas, eles eram gostosos e não eram inteligentes o suficiente para me aborrecerem por completo. Mas Pablo era diferente. Ele era doce, engraçado, carinhoso e bonito de um jeito clássico. Ele me fazia rir como uma boba, me fazia sentir o coração acelerado e me dava arrepios sempre que eu lembrava de suas mãos no meu corpo, dos dias que passamos juntos em Barcelona e como era gostoso poder compartilhar a minha maluquice com ele. As conversas a distância também criaram aquele sentimento, ele foi me conquistando de pouco a pouco e fui percebendo que não era só físico, tinha aquela parada emocional, sacou?

Ele me entendia, ele gostava de mim mesmo que as pessoas dissessem que eu era fútil, mimada e sem noção demais para ele, eu sabia que era isso que pensavam de mim na maioria das vezes. Conteúdo não era bem o que viam em uma garota rica com um pézinho na moda. Também já li algumas pessoas dizendo que eu saia com atletas pelo interesse e que Torre era minha presa da vez, já que era um dos garotos novos do Barcelona que estava em ascensão. Eu não ligava, contanto que ele continuasse a gostar de mim.

Mordi o interior da bochecha, sentindo vontade de chorar sem motivo. Eu não chorava por garotos, nunca chorei. Sempre tive noção de que eles eram ótimos para beijar e transar, mas sentimentos costumavam ficar do lado de fora.

E agora eu estava virando uma bagunça de emoções porque o garoto que eu gosto não me enviou parabéns.

Patético.

Ana colocou o braço sobre meu ombro e me puxou para um abraço desajeitado.

— Ah, pobre Katrin — ela resmungou quando choraminguei. — Você quebrou tantos corações e agora um jogador de futebol com carinha de bom moço está partindo o seu. — Ela riu, a canalha riu mesmo!

Me desgrudei dela e empurrei minha melhor amiga para longe. O problema de Amia e Ana era que aquelas duas patricinhas de Beverly Hills de araque nunca me levavam a sério.

— Ele não quebrou meu coração! — resmungo, irritadiça.

— É bom mesmo — ela cantarola, apontando com o indicador em direção a entrada do nosso prédio. — Senão vou ter de partir pra cima dele aqui no meio da rua.

Fico momentaneamente confusa. Franzo as sobrancelhas e sigo o dedo dela, como se ele fosse a resposta para tudo. Encostado no capô de um SUV vermelho e vestindo uma jaqueta azul de hóquei no gelo, a minha jaqueta do New York Islanders que deixei no apartamento dele, o garoto loirinho mais bonito que já coloquei os olhos está me observando com um sorriso travesso nos lábios. Perco alguns segundos apenas digerindo aquela imagem. O cabelo dele está longo, o topete balança com o vento suave da tarde, caindo sobre a testa dele. Pablo tem olhos verdes límpidos, tão claros e suaves que parecem um dia de primavera, daqueles que te aconchegam como um abraço. Tudo nele remete a calma, suavidade, gentileza. Eu não sei dizer, mas ele faz meu coração ficar agitado e tranquilo na mesma medida.

— Não brinca — sussurro atordoada e esqueço que minha melhor amiga está comigo quando caminho até ele com rapidez. Pablo se desencosta do carro e abre os braços para me agarrar quando esbarro com ele com mais força do que desejava. Ele me abraça pela cintura e eu enlaço seu pescoço. As mãos dele tocam minha pele de leve e estou pegando fogo, ele nem precisa fazer muito para espantar meu frio. — Não acredito nisso!

Ouço a risada de Torre abafada quando ele esconde o rosto no meu pescoço e deixa um beijo delicado na minha pele. Ele tem cheiro de hortelã por causa do sabonete, perfume amadeirado e algo que é só dele, suave e viciante. Seus braços me puxam para mais perto e quero me perder naquele momento para sempre.

— Droga, Katrin, você não tem ideia de como senti saudade de te abraçar assim.

Quero chorar de novo. Ele beija meu maxilar e sobe até a minha bochecha, retirando os fios de cabelo que caíram em meu rosto. Não sei o que fazer além de puxar o rosto dele para mais perto e beijá-lo. Me sinto uma colegial nervosa enquanto aprofundo o nosso beijo e sinto meus lábios tremendo, o sorriso dele se abre porque sabe o tipo de reação que causa em mim. Somos um emaranhado de lábios, mãos e murmúrios que demonstram nossa saudade iminente. Quando o afasto tenho vontade de apoiar minha cabeça no peito dele e simplesmente chorar.

— Feliz aniversário, K — ele sussurra no meu ouvido e beija minha bochecha de novo.

— Você não esqueceu! — faço drama. Ele ri e me fita com incredulidade.

— Eu nunca esqueceria seu aniversário. Decidi fazer uma surpresa.

Quero bater nele e quero fazer birra, mas também quero arrastá-lo para dentro do apartamento e nunca mais deixá-lo sair.

— O que você tá fazendo aqui? Você não tem um jogo importante em quatro dias? — Bato no braço dele. — Xavi vai te matar.

Ele rola os olhos, destemido como nunca.

— Tenho um encontro com você agora. Isso é importante.

Franzo minhas sobrancelhas e Torre acaricia minha bochecha. Poderia viver assim para sempre.

— Um encontro?

— É seu aniversário, linda. Eu não podia deixar essa data passar assim em branco. Você é a minha garota, merece o melhor.

Ai, meu Deus. Vou desmaiar a qualquer momento, talvez encontre Jesus mais cedo do que pensei. Fito as orbes dele com suspeita e esperança. Não sei o que está acontecendo com meu corpo, mas quero esse garoto para mim. Quero ele para sempre. Nenhum cara sairia de casa, em outro país, para me fazer uma surpresa de aniversário durante uma sexta-feira. Nenhum cara sequer fez algo para mim que não fosse me decepcionar ou me beijar de forma errada. Mas Pablo estava fazendo mais do que ele deveria, ele estava aqui e ele estava dizendo que eu era a garota dele.

— Amo você — digo de supetão. Estou ficando maluca, quem sabe, mas tenho essa exata certeza quando repito aquelas duas palavras. — Amo você. É isso. Não costumo ter certeza de nada na minha vida, mas tenho certeza disso.

Pablo não é pego de surpresa. Sinto os olhos dele suavizarem e o aperto em minha cintura aumentar. Ele morde o lábio inferior e vejo aquele mesmo olhar de garoto charmoso que chamou minha atenção pela primeira vez ser direcionado para mim. Eu tenho vontade de rir e de chorar, tudo de novo.

— Eu sei — ele responde em um tom baixo, calmo como as ondas de uma lagoa. Ele era tudo que eu precisava. Enquanto eu era um furacão completo, um tornado e um tsunami, um daqueles desastres naturais, Pablo era o início de uma manhã de inverno, a tarde de um dia de primavera e aquela chuva rala que vinha durante o fim do dia. Ele era meu oposto e era meu complemento. — Eu sei, K. E amo você.

Acho que estou alucinando, mas ele repete aquela mesma frase e me beija. Não ligo se temos plateia e acho que Ana já morreu de desgosto onde quer que ela esteja, mas estou ouvindo pela primeira vez um cara que não me acha extravagante, nem maluca, nem fútil e muito menos só uma garotinha rica com problemas de temperamento dizendo que me ama. Pablo Torre me ama. Deve ser o melhor presente de aniversário que já recebi em toda minha vida.

— Nós vamos jantar juntos hoje — ele me avisa, entrelaçando nossas mãos e beijando os nós dos meus dedos. — E vamos ficar juntos pelo tempo que eu conseguir permanecer aqui.

Faço um beicinho triste.

— Queria que fosse pra sempre. Mas meu garoto precisa vencer uma Champions League. Seja lá o que isso signifique.

Ele gargalha alto, a risada dele preenche meu coração com todo tipo de sentimento maluco que nunca tive capacidade de sentir. Uau, então era assim que todas as protagonistas das melhores comédias românticas se sentiam? Como se o mundo inteiro estivesse aos pés delas? Amar parecia algo bom demais quando se estava do lado da pessoa certa. E Pablo era essa pessoa para mim. Sempre que eu o olhava nos olhos, tinha certeza disso.

Beijei a bochecha dele e o abracei.

— Você foi a melhor surpresa da minha vida — ele sussurrou pra mim. — Mesmo estragando minha blusa preferida.

Belisquei o braço dele. Ele nunca me faria esquecer aquele banho.

— Você perdeu a blusa e ganhou uma gostosa, deveria parar de reclamar de barriga cheia.

Pablo não disse nada, com um sorriso travesso ele me puxou para perto novamente e me beijou, provando que eu estava certa. 

olá, fut fans! ✨

espero que vocês tenham gostado do continho com o bonitinho com olhar de james dean pablito torres! o torre e a katrin são personagens recorrentes na minha fanfic "mastermind", lá no meu perfil lwtranger e eu achei que a vibe dos dois batia muito e decidi escrever algo com eles. se vocês quiserem conhecer a história antes dos acontecimentos daqui, sugiro que leiam "mastermind" (com o pedri) e "midnights" (com o gavi), da dybaladeiro! tenho certeza que vocês vão gostar 🥹🫶🏻
enfim, continuem lendo os contos do mundinho e as demais fanfics!
até a próxima, gente ❤️‍🩹

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