03 - Pause in the great war
ᴾᴬᵁˁᴬ ᴺᴬ ᴳᴿᴬᴺᴰᴱ ᴳᵁᴱᴿᴿᴬ
𝑸𝒖𝒊𝒏𝒕𝒂-𝒇𝒆𝒊𝒓𝒂, 𝟑𝟎 𝒅𝒆 𝒋𝒖𝒏𝒉𝒐, 𝟐𝟎𝟐𝟐
— ME CONTA. Como, como você consegue ser tão irritante?
— Me conta. Como, como você consegue ser tão chata? — o mais velho disse quase repetindo a frase da garota, o que a deixou mais irritada ainda
Nesse exato momento os dois estavam sentados juntos no ônibus do time, indo em direção à um jogo. Normalmente Phil sentaria no fundo do ônibus, pronto para perturbar seus colega de time. Mas hoje, misteriosamente, o homem sentiu uma vontade além do normal de perturbar Juliana. Não que ele não fizesse isso todos os dias, mas hoje a vontade era maior.
Hoje seria a final da Supercopa Inglesa. Manchester City contra Liverpool. Todos estavam confiante, já Juliana não podia dizer o mesmo. Havia acordado com uma sensação ruim, ela nunca acordava assim, não em dia de jogo, principalmente um importante. De início até pensou que tinha acordado de mal humor pelo falto de Flora estar mandando quinhentas mensagens falando sobre como eles deveriam acabar com o Liverpool. Juliana não era especialista em futebol, mas sabia o suficiente para lembrar que Flora odiava o Liverpool por terem jogado contra o Flamengo algumas vezes.
Mas percebeu a sensação quando passou o dia inteiro com ela, até chegar no ônibus. A garota não queria assumir mas sentiu a sensação diminuir um pouco depois de sentar ao lado de Phil. Na verdade ele foi atrás dela, mas isso não vem ao caso.
Não demorou muito para chegarem ao estádio, mas para os dois que estavam juntos xingando um ao outro, pareceu uma eternidade. Logo todos saíram do ônibus, Juliana foi uma das últimas, carregando a maioria de seu equipamento. Sua câmera já era meio pesada, ninguém sabia como a garota tão baixinha aguentava aquele peso na sua bolsa. Mas não era atoa que ela não faltava um dia na academia.
Depois de um tempo trabalhando em Manchester, Juliana havia garantido seu cargo como Fotógrafa oficial do time, mesmo que ainda não ocupasse o cargo, mas já tinha a certeza. Quando terminasse seu curso profissionalizante finalmente viria morar em Manchester para ser a fotógrafa oficial do time. Ela estava ansiosa, muito nervosa, mas talvez mais ansiosa.
Afinal, até o final do ano já seria oficialmente uma adulta, com seu próprio apartamento, independência financeira estabelecida, tendo seu trabalho dos sonhos.
Faltava pouco para o início do jogo, todos já estavam prontos. Victoria, a fotógrafa oficial do time, tinha ficado doente e Juliana cobriria seu primeiro jogo. Não era uma coisa tão difícil, ela fazia isso todo jogo. O ponto é que as fotos divulgadas nas mídias, todas as redes sociais, sites, banners, todos lugares, não eram as delas. Geralmente Juliana ajudava a editar as fitos escolhidas, ou apenas eram divulgadas as dos treinos. Merda, todas as fotos seriam as delas. Isso é tão incrível mas é uma pressão tão grande.
A garota se perdeu em seus pensamentos e quando olhou novamente os jogadores já estavam entrando em campo. A morena logo apontou sua câmera para a fila de jogadores tirando fotos do máximo de jogadores que conseguiu. Quando puxou a câmera para analisar como haviam ficado, percebeu que uma delas era de Phil piscando para câmera com aquele sorriso idiota. Juliana riu voltando sua câmera para a posição que estava antes.
— Palhaço. — saiu quase como um sussurro
Alto o suficiente para ser escutado por Keyla, sua colega de quarto, que não estava muito longe de onde ela estava. Juliana não tinha a mínima ideia sobre no que Keyla trabalhava, ela simplesmente estava lá. Quando Juliana chegou em Manchester ficou em um hotel por um tempo, até conhecer a garota. Keyla é basicamente um influencie digital famosa no estado inteiro, ela fazia parte das mídias do time. Ela dizia que fazia faculdade de jornalismo, mas já estava trancada a meses, só Deus sabe o motivo. As duas estavam dividindo o apartamento de Keyla desde a terceira semana de Juliana em Manchester. Mesmo vivendo juntos elas não sabiam tudo sobre a outra, talvez só o básico. Mas Juliana não achava que Keyla tinha cara de quem fosse sequestrar ela, e Keyla pensava o mesmo.
A ruiva olhou para Juliana rindo discretamente enquanto comentava sobre o jogo em sua live.
O árbitro apitou oficializando o final da partida. Que ótimo jeito de começar seu trabalho, pensou Juliana. Ela sabia que a culpa não era dela, claro, afinal ela nem sequer estava jogando. Mas de qualquer forma ela insistia em se culpar. Talvez fosse má sorte dela? Talvez fosse porque ela não usou a camisa que estava na última vez que eles ganharam.
Ela começou a guardar seus equipamentos sabendo que já tinha tirado fotos o suficiente, afinal, eles postavam mais fotos quando ganhavam uma partida.
Passaram por uma pancada de entrevistas. Juliana foi entrevistada em maior parte do tempo pelo público na live de Keyla. O público parecia adorar tema ela, ela não era tão ligada em redes sociais. Passava a maior parte do tempo em seu celular trabalhando ou assistindo YouTube, em sua maior parte ouvindo músicas e vendo livre aleatórias. Só usava o Instagram para postar um story ou outro no close friends ou ver o que suas amigas postaram.
Keyla iria passar mais tempo no estádio então Juliana resolveu voltar com o time. Sentando-se no mesmo lugar, com a mesma companhia.
A morena ficou parada encarando o chão, esperando por alguma interação indesejada. Nada. Eles implicavam tanto um com o outro que por mais que ela não quisesse assumir, ela sentiu uma espécie de "falta". Depois de tentar ignorar por um tempo olhou para o mesmo q encarava suas próprias mãos com uma mistura de raiva e tristeza.
Era um jogo importante para ele, ela sabia disso.
— Não fica assim, a culpa não é toda sua. Vocês são uma equipe, não pode levar a culpa toda pra você. Um jogo não vai resumir sua carreira toda. Você sabe que eu não tô mentindo porque se você fosse ruim eu faria questão de te falar todos os dias. Afinal eu sou obrigada a assistir você treinando quase toda semana. — ele a olhou — Você é um jogador incrível, afinal não é atoa que você tá no City desde "2009". Chega a ser estranha você ficar quieto sem me perturbar a cada segundo. — Ele riu fraco olhando para a mulher ao seu lado.
Ela não sabia de onde saiu isso tudo. Dizem que o que falamos para confortar os outros nem sempre são coisas que pensamos apenas naquele momento.
— Acha que eu sou um jogador incrível? — Juliana revirou seus olhos com a pergunta
— É sério que você só prestou atenção nisso?
Eles riram juntos.
Era extremamente raro um momento como esse, paz e união entre eles. Todos que passavam por ali estranhavam. Mas esse momento em específico era como se fosse uma bandeira branca na grande guerra entre os dois. Amanhã eles com certeza voltariam a implicar um com o outro, ignorando o fato de q passaram boa parte da volta conversando como bons amigos.
E a outra parte dormindo juntos. Juliana havia cochilado no ombro de Phil, e só percebeu quando sentiu o braço do mesmo aconchegando ela é acariciando seus cabelos. Ela estava cansada demais para empurrar ele e mandar ele se ferrar.
E cá entre nós ela estava se sentindo bem confortável.
UEPA. No próximo capítulo voltaremos a programação normal, ódio e mais ódio Ester os pimpolhos.
Escrevi esse capítulo quase todo durante a aula porque eu tava inspirada mas não o suficiente para aprender.
Enfim, obrigada todas que estão acompanhando até aqui. Amo vocês!! Até o próximo capítulo.
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