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capítulo | 15

Entro na casa da Fabiana e fico constrangida.

Estou começando a achar que devo ir embora.

Tem um cara quase pelado dançando em cima de uma garota de vestido e ela está gritando como se estivesse tendo um orgasmo.

Não que isso seja um problema. E daí se ela estiver mesmo? Sorte dela e azar o meu que nunca tive. Além do mais, estou longe de ser uma pessoa conservadora a esse ponto e não me importo se ele faz isso; contanto que ela aprove.

Além do mais, todo mundo aqui é adulto. Assim eu espero.

Desde que comecei a namorar o Fábio que não frequento festas como essa. Acabei me contentando apenas com os eventos chatos e entediantes da família dele. Algumas colegas de faculdade até tentaram me arrastar para mais festas do que sou capaz de contar. Mas na primeira que me permiti ir, um cara deu em cima de mim e eu me senti mal. Fui desrespeitada. Foi bem nojento, na verdade. Mas não foi isso que me fez parar com as festas. Foi a ideia errada de ter que abandonar minha vida por causa de um namorado. O que é totalmente errado.

Enfim, eu disse que queria esquecer essa praga, mas mal cheguei e já estou aqui pensando nele. Ou melhor, pensando em tudo que perdi por causa dele.

— Vamos brincar de "Verdade ou Desafio". — Fabiana sugere depois que o stripper se despede e vai embora, e seu grupinho de amigas se reúne em torno do sofá. Ela passa uma garrafa de bebida alcoólica para a noiva, que bebe o restante do conteúdo em um único gole.

No momento que ouço a sugestão, começo a pensar em Lucas e no nosso próprio jogo da Verdade ou Mentira. Sinto uma saudade de fazer isso com ele porque quando jogamos, somos extremamente verdadeiros; e eu sinto que preciso ser verdadeira quanto o que estou sentindo no momento.

Fabiana abre um sorrisinho malicioso e me diz: — A garrafa está virada para você, Gioh.

— Nossa, nem percebi, desculpa — respondo, balançando a cabeça. Estou perdida de novo em pensamentos que me tiram do momento presente. O primeiro a invadir a minha mente foi o Fábio e agora o Lucas. Só falta o meu pai. Isso aqui não tá adiantando.

— Foi verdade que o Fábio traiu você com a Brenda? — A prima de Fabiana pergunta.

Eu viro um shot. Sei que não preciso beber por que escolhi dizer a verdade, mas bebo mesmo assim. A realidade tá me atingindo de uma forma estranha.

— Foi verdade sim. Fizeram essa sacanagem comigo — digo simplesmente.

— Aquela menina é uma vaca — Fabiana acrescenta.

Assinto levemente com a cabeça e todas as meninas riem. Está oficialmente decretado: Brenda é uma vaca! E as vacas que me desculpem pela ofensa.

As rodadas seguem e eu já bebi mais uns dois a três shots, o que me fez ficar desinibida e mais risonha do que o normal, e paguei um desafio de mostrar o sutiã para o grupo. As meninas estão conversando sobre sexo, dando dicas sobre como atingir o orgasmo e como apimentar a relação depois de um tempo de casamento e eu só consigo pensar: "não sei o que é isso".

— Sua vez de novo, Giovana — diz Fabiana.

Sorrio, totalmente sem graça.

— Certo, vamos lá. — Uma menina baixinha e com cabelo encaracolado começa. — Você... já fez sexo com Lucas Andrade? — Prendo a respiração. Mais que tipo de pergunta maluca é essa?

Nenhuma menina além de mim está incomodada com essa pergunta tão invasiva, nem deveriam. Estamos em um chá de lingerie e é ok perguntarem sobre sexo, mas não sobre minha vida sexual. Uma vida que nem existe, diga-se de passagem. Sinto meu rosto esquentar e as garotas começam a sorrir, aquele risinho debochado. Não que sejam maldosas, mas é que estão para lá de bêbadas e curiosas.

— E então? — insiste a garota.

E apesar de saber que vou me meter em outra mentira, confirmo a plenos pulmões:

— Claro que já transamos. — Minha voz sai estrangulada.

Digo sem entrar em maiores detalhes. Vou sustentar essa afirmativa porque primeiro: horas antes deixei claro para quem quisesse ouvir na biblioteca, que estou com um novo namorado. E segundo: o Lucas é famoso não só por cantar, mas por ser bom de cama e conquistador — então na cabeça das pessoas já fizemos sexo, sim.

Há uma confusão em minha cabeça e me pergunto se não estou traindo o movimento das mulheres que não precisam se prender em determinados padrões. Somos livres. Não deveria ter mentido, não é errado iniciar um namoro e esperar pelo momento certo para poder ter relações mais intimas, mas não consigo pensar no fato de que posso ser julgada por isso.

Elas parecem animadas com a minha resposta. Sei que estão cogitando perguntar os detalhes, e foi por isso que quis fugir da resposta verdadeira. Às vezes me esqueço de que agora sou namorada de uma pessoa famosa e que isso rende boas fofocas. Mas pra mim nada mudou, é apenas o Lucas, meu melhor amigo.

— Então você está mesmo namorando o Lucas? — A mesma garota questiona, deixando-me ainda mais sem graça. Quero saber em qual momento o jogo se tornou um interrogatório sobre mim e o Lucas. — Não é só um caso? — insiste.

Agora não entendo. Ela achou que estávamos o quê? De rolo? Ficando? Amizade colorida?

Balanço a cabeça afirmativamente.

— Sim, algum problema? — digo um pouco ríspida, mas sem maldade. Ela me encara. Fico esperando que refute ou que responda com ignorância. Na pior das hipóteses, espero que conte algum podre do Lucas, ou faça algum comentário que revele alguma coisa importante, mas ela sorri sem graça e depois começa a chorar.

A bebida é mesmo uma coisa louca. Fico chocada com o fato de que ela consegue nos fazer liberar aquela parte que escondemos com tanto afinco das pessoas. Acredito que se estivéssemos sóbrias, ela não estaria chorando agora na frente de todo mundo.

— Perdi minhas chances com ele. É verdade — lamenta e chora um pouco mais.

Sei que esse choro é um pouco dramático e exagerado, mas mesmo assim fico sem reação, sem saber o que pensar, pois não esperava isso. Ela gosta mesmo dele ou tem aquele amor platônico de fã? Sei que qualquer mulher faria de tudo para se enfiar na cama do meu amigo, mas isso pra mim já é demais.

Como se tivesse lido meus pensamentos, ela acrescenta:

— Eu gosto mesmo dele. Estudamos e fazíamos os trabalhos de uma matéria da faculdade juntos, mas nunca aconteceu nada — ela arqueja.

Novamente, eu não esperava.

— Eu... hã... desculpa...

Sinceramente, não sei o que dizer? Pedi desculpas mais por um impulso do que por vontade. Me sinto ambígua com essa revelação. Um misto de "nossa, que triste gostar de alguém e não ser recíproco" com "ah, minha filha, supera isso, ele tá comigo." Mas a verdade é que ele não tá comigo. Pelo menos, não de verdade. Não como todas aqui pensam.

Quando o clima fica desconfortável, meu celular vibra. É ele.

Timing perfeito!

Sinto o peito transbordar de alegria. Ele me pergunta se pode passar lá em casa mais tarde e eu digo que sim. Aproveito a deixa para sorrir e me despedir delas, que não me impedem de ir embora. Acho que estão empolgadas para continuarem a festa sem a minha presença.

Não vou direto para casa, decido fazer uma surpresa e peço que o Uber me leve direto para a residência do Lucas. Quando chego, tenho que me esforçar muito para não parecer um pouco alta na frente de dona Dolores. Não sei se ela percebe, mas mantenho a postura confiante e tento responder tudo silabicamente.

Ela conversa um pouco comigo e diz que precisa ir para casa de Luana, levar o Miguel. Subo as escadas com um pouco de dificuldade. Não estou bêbada, mas o pouco que bebi foi o suficiente para me deixar zonza. Lucas toma um susto quando entro em seu quarto sem bater, ele está sentado e lendo de forma interessada... mas está apenas de cueca. Umedeço os lábios e não consigo controlar meu sorriso.

Lucas me olha de soslaio e franze a testa quando me vê por completo. Quero ir até ele e beijá-lo, mas pela forma como sua expressão está indecifrável, desconfio de que não esteja muito contente em me ver.

Como fico muito tempo parada, ele me alcança.

— Você está bêbada — afirma, abrindo um meio-sorriso. — O que você veio fazer aqui em casa? Estava esperando dar o horário que combinamos para eu ir te ver.

Seu comentário não é ácido e seu tom de voz é neutro, mas fico sem graça do mesmo jeito. Camuflando a vergonha, tento falar algo espirituoso.

— Admirar a vista. É tão bonita — digo, com a voz um pouco lenta.

Ele chega mais perto – mas não muito – e segura meu rosto.

— Você tá muito bêbada...

Agora sua voz parece está me recriminando, então reviro os olhos e o dispenso com um gesto de mão.

— Não muito, muito. Estou um pouco tonta, sabe?

Enquanto tiro a minha sandália, ele me encara, a testa enrugada.

— Por quê? — questiona.

— Eu tive um dia de merda hoje. É isso. E tô cansada de tudo.

— Do que, mais especificamente, você está falando.

— Do Fábio. Da faculdade. Do meu pai. De você.

Coça a nuca, num gesto típico dele, como se quisesse organizar os pensamentos. Faz menção de falar alguma coisa, mas desiste quando percebe que estou perto de tropeçar nos meus próprios pés e cair de cara no chão. Suspirando, me coloca pra sentar na cama.

— Giovana, você saiu para beber por causa do seu ex-namorado?

— Não foi exatamente isso que eu falei — refuto, tentando usar uma voz mais séria.

Ele balança a cabeça, impaciente.

— Não acredito nisso — resmunga.

— Por quê? — Eu me viro pra ele, sentando na cama e colocando os pés em cima dela.

— Por que... — dá outro suspiro — além de isso ser errado, ele não merece. Você tem que sair com suas amigas, se divertir ou até mesmo encher a cara por que quer e não por que está querendo atingir outra pessoa. Além do mais, você odeia beber, nunca gostou, lembra?

Solto um muxoxo.

— Claro que lembro, mas se meu pai pode usar a bebida pra esquecer, porque eu não posso?

— Você sabe que não é assim que vai resolver as coisas, amor.

Reviro os olhos e me esparramo na cama, colocando o livro que ele estava lendo em cima da escrivaninha.

Lucas ri e, de repente, me sinto mais a vontade.

— Esquece, Giovana. Vamos. — Ele caminha em direção ao guarda-roupa. — Vou te levar pra casa. Deixa só eu colocar uma roupa.

— Não precisa! — falo e tento ajeitar o vestido, acabo mostrando um pouco demais no processo.

— Você tá muito estranha, amor. — Ele dá de ombros e abaixa o meu vestido.

— Pelo menos estou em paz. — Minhas palavras saem tropeçando.

— Espera um minuto.

Fecho os olhos e ele coloca um travesseiro entre minhas pernas.

— Melhor? — pergunta. Agora está vestido com uma bermuda jeans, camiseta e sandália de dedo. A camiseta amarela contrasta com a pele negra e macia que ele tem. Diferente daquela pele ressecada do Fábio. Ainda assim, preferia como ele estava antes, mas não digo, apenas assinto com a cabeça.

— Anda, vamos pra casa!

— Sim, senhor. — Sento na cama e bato continência.

Depois que Lucas me coloca no meu quarto, ficamos um período em silêncio.

Sai por um curto período de tempo e, quando volta, está com uma xícara na mão. Ele a coloca na escrivaninha, depois abre o meu guarda-roupa, tira uma pijama e me entrega.

— Vou embora. Tome um banho, tome o chá, vista isso e me ligue. Acho que esse chá de gengibre vai ser bom pra você. Sem contar que o gengibre favorece a eliminação do álcool mais rápido do organismo.

Não sei como consigo, mas quando percebo já o estou puxando pela bermuda e o arrastando para minha cama. Ele cai sentado e eu começo a roçar meu nariz no seu pescoço, minhas mãos no seu cabelo. O exploro por inteiro. Seu cheiro penetra meu olfato e imediatamente minha pele se arrepia.

— Minha nossa, você é cheiroso!

Ele me afasta e eu faço biquinho. Seguro em sua camisa e fito seu rosto que está corado. Nem sei o que estou realmente fazendo. Sua testa franzida o faz ficar ainda mais lindo. Contraio minhas pernas em excitação.

Lucas tira minhas mãos da sua camisa e segura meus braços.

— Giovana, para. Você está bêbada.

— Fica aqui comigo — peço, deitando na cama. — Só não quero ficar sozinha. Hoje me senti sozinha o dia todo, foi a pior sensação do mundo.

Lucas se aproxima e senta ao meu lado. Eu me aninho no pescoço dele e respiro o seu cheiro agradável, sentindo também a sua pele quente e macia. Dessa forma me sinto tão confortável, segura, protegida.

Estou adormecendo enquanto ele faz carinho na minha cabeça, e isso só pode significar uma coisa: Lucas Andrade tem esse poder estranho de me acalmar, de fazer com que meu mundo se mantenha inteiro. Sistemática como sou, começo a listar os porquês de eu não me deixar levar por esse sentimento confuso em meu peito em relação a ele e o porquê devo evitar que isso aqui acabe numa intimidade da qual eu sei que vou me arrepender. No processo, lembro-me das palavras proféticas da Gabriela e a amaldiçoou por isso.

Na lista dos "contras" de me envolver com meu melhor amigo, consigo encontrar as seguintes problemáticas:

1. Será desconfortável olhar para ele depois;

2. Ele claramente não vai dar importância para o sexo que fizermos;

3. Eu posso acabar me envolvendo emocionalmente;

4. Nossa amizade nunca mais será a mesma.

Paro por aí. Só o 4º item dessa lista é o suficiente para me fazer recuar. Deixo os pensamentos de lado e consigo agarrar no sono, descansando.

Quando desperto, um pouco mais tarde, percebo que Lucas também adormeceu com os braços envoltos na minha cintura. Estamos abraçados de frente um para o outro. Murmuro bem baixinho e enterro minha cabeça no pescoço dele, que se retorce embaixo de mim, mas não acorda. Nossas bocas estão tão próximas que sinto sua respiração cadenciada.

Abro os olhos e observo distraidamente seu rosto. Parece um anjo. Se os anjos forem deuses de ébano e tão lindos quanto ele.

Como que eu nunca me atentei a ele antes?

Volto a fechar os olhos para tentar dormir, mas eles não se fecham completamente. Estou fascinada pelo rosto angelical dele. Agora é ele quem me olha, consigo sentir seus olhos perscrutando meu semblante.

— Você estava me encarando?

— Não! — sussurro.

— Parecia que sim.

— Tudo bem, eu estava olhando para você.

— Gostou do que viu?

Seu peito pulsa contra o meu peito quando ele fala. É um movimento gostoso. Quero que ele fale de novo.

— Não vou ficar te elogiando uma hora dessas.

— Eu não estou atrás de elogios. Eu quero saber se você gosta do que ver quando olha para mim, amor. Quero saber o que consegue enxergar de diferente das outras pessoas.

Tá. Não estou mais bêbada, mas ainda não consigo entrar em conversas mais profundas. Talvez seja o sono, ou só a vontade de ficar falando besteiras. Desligar o meu cérebro de coisas importantes.

— Não quero ficar conversando sobre essas coisas existenciais agora.

Eu me ajeito pra caber certinho no peito dele.

— Só me responde isso, Gioh.

Vocêpoderiaparardefalar — sibilo e coloco o dedo indicador em seus lábios. Lucas morde levemente e eu puxo rapidamente. — Psssiu. Vamos voltar a dormir.

Há um silêncio agradável por alguns minutos até que Lucas diz:

— Amor, eu sei que não estamos num local público e que não há nenhuma necessidade de fazer isso agora. — Suas mãos apertam de leve a minha cintura. — Mas será que posso te beijar?

Aperto os olhos. Ele me cutuca para abri-los novamente.

Não sei o que dizer.

Fico parada, respirando minimamente e olhando para ele, sem acreditar.

Ele está falando sério?

Acabei de fazer uma lista com razões suficientes para que isso não aconteça.

Por outro lado, acho que não seria de todo ruim nos beijarmos agora. Mas ainda assim não falo nada.

Ele continua calado, me observando da maneira mais casual possível, como se o que tivesse falado fosse algo comum e corriqueiro.

— Você não precisa fazer isso se não quiser...

Agarro-me a essa frase e pondero sobre ela.

Queria poder colocar a culpa no que vou fazer a seguir no álcool, mas não posso porque estou sóbria. Posso estar com sono, cansada e devagar, mas não estou bêbada. Se estivesse alta, como estava há algumas horas atrás, poderia dizer que fiz isso por que o álcool consumiu meu juízo e não me deixou pensar direito; mesmo sabendo que esse desejo já existe em mim. É isso que as pessoas fazem, não é?

Umedeço meus lábios e miro meu olhar no seu rosto, encarando mesmo. Sobretudo essa barba por fazer... começo a pensar na possibilidade dela roçando em meu pescoço e como deve causar arrepios.

A seriedade dele se converte em um sorriso que amolece minhas estruturas.

— Não posso mais esperar para saber a resposta, amor.

Dou de ombros.

Lucas sobe sua mão pelas minhas costas, fazendo carinho. Antes que eu entenda o que está acontecendo, ele está em cima de mim, apoiado sob os cotovelos. Meu estômago se contrai e sinto um leve aperto no peito à medida que percebo que estou derretendo e aonde isso vai nos levar. Porque, o que pode acontecer depois se nos beijarmos agora? Ignoro esse pensamento.

— Pelo amor do pai, preciso fazer isso agora, senão...

— Então me beija logo — imploro.

Não o deixo pensar sobre o assunto, só me aproximo e toco seu lábio levemente. O simples gesto faz nossa frequência cardíaca aumentar. Ele começa a beijar o meu pescoço, saboreando mesmo até encontrar a minha boca e selar nossos lábios. Há um tambor eufórico em meu peito e todo pensamento já está desorganizado. Um sorriso escapa de sua boca e de forma leve e delicada pede acesso completo. Gemo e ele morde meu lábio inferior, partindo para uma atitude mais agressiva.

Decido que vou aproveitar o momento. Dou um sorriso, tirando o vestido por cima da cabeça, interrompendo o nosso beijo. Lucas é tão rápido que já está sem camisa. Meus olhos se voltam para seu abdome trincado e sinto uma vontade de lambê-lo por inteiro.

— Você malha bastante, né? — o acuso.

— Pois é. Agora tire o sutiã — suplica.

Não me movo por um instante. Ele espera. Levo minha mão até as costas e abro o fecho, ficando totalmente exposta. Não sei se é o vento frio do ar-condicionado ou se é o toque cuidadoso de Lucas que faz minha pele arrepiar, só sei que todos os pelos do meu braço estão ouriçados.

— A Gabriela vai chegar que horas? — ele pergunta ofegante.

— Nem ela e nem o meu pai estão na cidade — respondo. — Estamos sozinhos.

— Isso é ótimo, amor — sussurra, entre beijos.

A palavra "amor" que acabou de sair da sua boca está encorpada por um tom diferente do habitual e não sei se estou ok com isso. Ele a diz como se estivesse imprimindo outro significado nela. Como se realmente dissesse que me ama. Não me demoro nesse pensamento. Estou carente, por isso que vejo e ouço coisas onde não existe.

Estou preparada para isso, quero fazer sexo com Lucas. Quero o orgasmo que me prometeu. Quero saber como é ser tocada por suas mãos habilidosas. Então fecho os olhos quando arranca a minha calcinha. Por sorte, estou com uma lingerie, nova, bonita e fácil de rasgar.

Os movimentos de Lucas são naturais e me trazem confiança. Antes de tirar o restante das suas roupas, ele me observa um pouco mais do que o necessário e vejo nos olhos dele a luxúria, o prazer, o desejo e o sorriso. Mordo o lábio, nervosa.

— Me beija, amor — ele sussurra no meu ouvido. Poderia ter me beijado, mas pediu que eu o beijasse e isso me diz muita coisa. Ele quer deixar claro que tenho o controle da situação, que sou eu que digo o que podemos ou não fazer.

Seguro seu rosto, e seus lábios separam os meus. Minha língua pede passagem e ele concede. Quando encontra a dele, iniciamos uma dança que segue a princípio com certa cautela. Não consigo me conter e solto um gemido, degustando cada pequeno detalhe do gosto mentolado da sua boca.

Os braços de Lucas enlaçam minha cintura, aproveito para aprofundar o beijo e fazer nossos corpos se encontrarem em um contato de pele contra pele. Não vejo o momento que acontece, mas sei que ele está apenas de cueca e seu membro cutuca a minha anca.

Meu sorriso se alarga quando olho para baixo.

— Nossa mãe, o que é isso, Lucas?

Meu comentário passa despercebido por ele que com sua boca começa a devorar partes do meu corpo, provocando, acariciando, mordendo e beliscando. Sinto os pelos se eriçando de novo e gosto da sensação, na verdade posso dizer que é a minha preferida a partir de agora.

Conhecedor do meu quarto como ninguém, Lucas abre uma gaveta da escrivaninha e, apalpando sem enxergar porque ainda continua me beijando, alcança um pacote de camisinha. Nem sei quanto tempo ela está ali e se está boa para uso, mas não me importo com isso agora. Deveria? Pra ser sincera, não sei. Tudo o que passa pela minha cabeça agora é que não quero perder nenhum detalhe, quero experienciar tudo. Quero ter consciência do que vamos fazer.

Ele sussurra várias coisas ininteligíveis para mim antes de colocar a camisinha com a maior facilidade. Fico me perguntando quantas vezes ele fez isso na vida. O que é uma besteira. Quando me beija a testa, o alívio me encontra e então ele me penetra. O som rouco e gutural que sai do fundo da sua garganta me amolece.

Seu ritmo começa suave. Depois aumenta a intensidade e a força.

É nesse exato momento que vejo a mudança acontecer.

É nesse instante em especifico que sei que não posso mais me controlar.

É nessa hora que acontece o ponto de virada.

O ápice do meu livro de romance.

Mas algo ainda me atormenta.

Será que a gente devia mesmo ter feito isso?

Acho que a história começou a partir de agora... depois disso é só ladeira abaixo (eita, segura esse ~quase ~ spoiler).

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