Além do limite do universo de Abeir Toril,distante do feixe de luz que cega,conhecido por deuses precavidos como Anti-vida. Ou Quasar.

O cosmos é refletido por uma dimensão invisível aos olhos de deuses, e seres poderosos de todas as dimensões existentes.

Um lugar responsável por conter a força dos primeiros seres desta dimensão. Os horrores cósmicos conhecidos como Primordiais. Criaturas horrendas,originadas do poder contido no vazio atemporal.

Seres mais antigos que os deuses,e até mesmo ao próprio tempo. Tão antigos e poderosos, quanto o Forjador Cósmico.

Esta prisão foi criada pelo poder estrondoso e imensurável de uma Mystryl ainda belissimamente jovem,tanto em beleza,quanto em poder.
A deusa da magia,com o auxílio secreto da entidade suprema Forjador Cósmico,sacrificou metade do seu poder de existência,para criar este local.

Esta prisão de magia divina e cósmica, é um local impossível de entrar,mas com o passar de bilhões de milênios,e a morte de Mystryl (Provocada por um prodígio mago humano),a parede dimensional se enfraqueceu.

Vez ou outra,poderes absurdos se chocaram a parede dimensional dos primordiais,originando rachaduras,pequenas de início. A rachadura provocada pelo impacto do dragão primal,durante a batalha contra Corellon Larethian,Moradin,Tyr e Selûne,provocou a primeira fissura,

Tal fissura era tremendamente pequena e estreita,tornando impossível a fuga do menor organismo entre os Primordiais.

Porém,um segundo impacto brutal, causado pela batalha entre imensos dragões dourados inimigos (Leia Vingança Entre Dragões para entender o motivo),onde vagaram pelo oceano de estrelas,e pelo tempo, numa fúria absurda. Gerou uma rachadura pequena,mas desta vez,a passagem dos menores organismos de Primordiais, tornou-se possível.

Constantemente,pequenas criaturas se espremem e gotejam para vagar pelo cosmos,em busca de um mundo para dominar.

Há quase meio milênio atrás,uma destas criaturas se espremeu pela fenda, e ganhou a liberdade. Por um tempo indefinido,vagou entre nuvens cósmicas,planos,estrelas e luas.

Sua forma é horrenda e terrível, uma criatura com garras,pequenas asas menbranosas,e quatro tentáculos enormes,maiores até que seu corpo,aparentemente frágil,e de aspecto oleoso.

Um ser capaz de incitar pavor durante um breve vislumbre. Este horror de puro negrume e maldade,aparenta se alimentar das sombras espalhadas pelo cosmos.
Durante seu trajeto,já incrivelmente distante do ponto de sua fuga,este horror estelar foi camuflado pelo cosmos.

Poeira e fragmentos,uniram-se a sua forma grotesca,tornando esta cria estelar num meteoro enorme. De forma lenta e invisível,a cria do Primordial Cthulhu,cruza o oceano de estrelas.

O corpo celeste acumulou inúmeros fragmentos em sua viagem,junto a este,existe poeira estelar,finas camadas de densas nebulosas,e cristais de gelo.
Todo este acúmulo,somada a sua lenta velocidade,originou uma pequena e discreta cauda. Igual a de um cometa.

Durante toda a sua viagem,a cria de Cthulhu permaneceu num sono cósmico. Uma hibernação de morte,desprovida de sonhos,e dominada pelo vazio.

Foi num tempo indeterminado,em que este corpo celeste chegou na borda de um novo universo.
Neste universo,orbitam uma jovem estrela azul,uma antiga anã branca,um plano totalmente negro, e um plano belo de tom escarlate.

No entanto,o plano negro é o mais distante de sua estrela jovem,onde de fato quase não se nota sua existência. Igualmente a anã branca,onde seu brilho é tão fraco,que falta pouco para tornar-se uma anã negra.
O plano escarlate e a estrela,estão tremendamente distantes deste plano escuro.

O corpo celeste,onde em seu núcleo habita a cria de Cthulhu. Chega a este universo, pelo lado mais próximo ao plano de existência negro.

Ao se aproximar da atmosfera deste mundo escuro,a habitação deste fragmento de Primordial,iniciou um novo trajeto. Sua nova direção, leva o amontoado de poeira estelar e fragmentos cósmicos,até o plano escurecido.

Sua queda foi rápida e estrondosa. Ao atingir o solo,o corpo celeste rachou e ruiu, tornando-se um imenso amontoado de escombros.

O meteoro caiu num lago fundo de alcatrão,expulsando o líquido para todos os lados,e criando uma cratera profunda.
O impacto forçou a cria estelar dos Primordiais,a reaver sua consciência,onde ao perceber que estava num novo mundo.
Deixou sua morada.

Mesmo debilitada,esta criatura rastejou para fora do entulho que o corpo celeste se tornou.
Ao avistar um grupo de vermes gigantes se aproximar,este arauto do terror, investe contra os habitantes do pântano ao qual chegou. Com velocidade imensa, lança diversos tentáculos contra estes seres vivos,e os devora sem piedade.

Enquanto são devoradas,as criaturas do pântano gritam em agonia estridente,pois o arauto de Cthulhu lhes devora com selvageria. Ao uso de seus poderes únicos,muitos dos vermes tornaram-se paralisados com ataques psíquicos.

O som grotesco do mastigar e sugar desta coisa horrível e medonha,provoca profunda aflição e terror nos seres em localidades próximas. Nada é desperdiçado pela cria estelar,corpo, órgãos,e ossos,fazem parte desta pavorosa degustação.

Não há nada de esplêndido ou fabuloso nesta região pantanosa. Um lugar de musgo negro e viscoso,e uma emaranhada turfa verde escura pegajosa,se encontram por toda parte.
O odor salobro, é mais forte que o normal, açudes,e pequenos lagos de água negra caudalosa,se misturam constantemente aos lagos e poços de petróleo e alcatrão.

Onde por uma extensão prolongada,se é possível encontrar alguns poços de água negra repleto de juncos mirrados.

Mesmo a vegetação distorcida,não exibe nada além de um triste vazio de existência,ao longo de toda esta região. As árvores parecem retorcer durante um silencioso grito de agonia,onde podem ser ouvidos com a passagem do vento.

Num ponto profundo desta região lúgubre,uma fina e fria névoa de intranquilidade opressiva,paira no ar.
Uma clássica assinatura da maldade,em constante vigília.

Entre a tensa calmaria maligna, e sem a presença do vento, os galhos nus das árvores,parecem se mover,retorcer e debater de forma espamodica.

A onda convulsiva se espalhou rapidamente,onde em pouco tempo,todas as árvores,com folhagens e nuas,delgadas e retorcidas,gritam na forma de um horrendo ranger seco.

Para seres capazes de entender o idioma silvestre,estes saberiam o que as malditas árvores rangem. As árvores,gritam por socorro,num tom agudo de agonia e desespero.

As silhuetas de troncos e galhos não tão distantes,parecem dançar ao gélido vento, que se abateu no pântano subtamente.

O ar espectral destes pântanos sufoca e aterroriza o ambiente. Ruidos e sons estranhos,como os de um sufocado coachar,e sussurros desconexos,completam a paisagem de imenso pavor.

Os vermes longe o suficiente do faminto ser vindo das estrelas,fugiram para o mais longe que puderam,na esperança de sobrevivência.

Cada criatura devorada pela cria estelar de Cthulhu,lhe aperfeiçoa todo o conhecimento. Embora sejam poucas informações,são o suficiente para conhecer o lugar onde está.

Ao se sentir revigorado,mas não saciado,o ser que se autodenomina Inktooth,parte a procura de mais alimento.

Não demorou para se infiltrar floresta a dentro,e ao chegar no que parece ser um pomar distorcido,encontrou uma multidão de sombras.

Inktooth,a cria estelar de Cthulhu,não limitou o uso de seus poderes primordiais, paralisando tais sombras com golpes de ataque mental.
Após paralisar pouco mais de mil sombras,as desintegrou em partículas negras de energia e as absorveu.

Há uma distância absurda do ponto de impacto de Inktooth,e sua posição atual.
O líder deste plano de existência Negrume, e o recém chegado ser Neblor, consolidam aliança.

O solo tremeu como nunca havia feito antes,nenhuma erupção por maior que fosse,chegou a provocar um tremor tão forte. Para Negrume, é como se o solo chegasse a gritar e gemer freneticamente de dor.

Sendo uma criatura onisciente em seu plano de origem, Negrume está ciente da anomalia que ocorre numa região distante. Dada a sua ligação com o povo sombra que criou,a monstruosidade negra é capaz de sentir não apenas o devorar dos vermes,como a desintegração das mais de mil sombras, num distorcido pomar distante.

Mentalmente,ele mesmo designou tal massa de sombras até o local, enquanto firmava o acordo com seu aliado observador.
Pois mesmo sem obter certeza,imaginou que o intruso fosse de fato chegar até o pomar. Guiado por sua fome selvagem.

Negrume pela primeira vez em sua existência,sentiu a força da agonia,pois agora Inktooth está em sua teia de conhecimento mental. Agora, a cria estelar sabe onde encontrar mais sombras para se alimentar,mas o ponto de maior terror,se deu ao fato deste ser se comunicar com Negrume.

A célula de Primordial, continua imóvel no ponto que se encontra no pomar desde sua chegada. Encontrando o centro da teia de informações,inicia rapidamente um diálogo com o maior ponto de poder desta espécie.

Porém,durante sua tentativa de fala,no idioma da sombra,a criatura estelar grunhe e gorgoleja, até finalmente esboçar algo parecido com uma comunicação.
Num apavorante tom gutural.

Negrume,o mais poderoso entre as formas de sombras,sentiu terror ao captar o medonho som feito por Inktooth. Um som gorgolejante e oscilante entre o grave e agudo.

Um tom de voz selvagem,e tão vazio quanto o horizonte de eventos de um buraco negro.
Um ser mais poderoso que Negrume,o criador do povo das sombras.

Negrume (Exibindo firmeza em seu tom de voz)
- Quem és, e o que deseja em meu mundo?

Inktooth retarda sua resposta em alguns poucos segundos,onde assimila palavra por palavra rapidamente.
Após esse tempo,libera sua primitiva voz mental com grosseria.

Inktooth (Assimilando e montando palavras na língua do povo das sombras. Sua voz, é como algo seco sendo retorcido e abafado)
- Q... Quem, o quê sou eu?
Tenh...Tenho fome.
Fome de conhecer,fome de dominar.

Após um breve silêncio,o ser estelar finalmente mostra ter aprendido a língua usada pelas sombras.

Inktooth (Num tom de voz monstruosa,em timbres causadores de grande pavor)
- Este plano de existência não mais lhe pertence.
Este lugar, e toda a existência contida neste mundo,pertence a mim,onde estou incumbido em prepara-lo para a vinda de meu pai.
Cthulhu.
Seja subjulgado ou destruído.
A escolha é sua.

Neblor observa curioso o repentino silêncio de seu recém aliado. Observando o local com seus muitos olhos,o observador Neblor,procura por algo que esteja errado.

Ao uso de diversos tipos de magia em níveis inimagináveis,a aberração monstruosa encontra a presença de um poder distante. Um poder maior que o de seu aliado Negrume, além até mesmo de seus poderes.

Tal conhecimento assusta instantâneamente Neblor,de alguma forma desconhecida,o observador sente que tal criatura sabe de sua existência.
E este ser poderoso,se desloca com rapidez por entre portais.

Inktooth alça um vôo desajeitado,dado ao seu tamanho imenso. No caminho,continua a devorar as formas de vida que encontra.

A imensa silhueta de Negrume,diminui seu tamanho a cada centímetro avançado pela cria estelar de Cthulhu.
Ao obter sua forma anterior,a que lembra ligeiramente um minotauro e um morcego.
As sombras que estavam na clareira se dispersam rapidamente.

Neblor,durante sua fuga por portais, sente a cria de Primordial se aproximar velozmente.

Neblor (Usando telepatia para falar com Negrume)
- Podemos fazer algo contra o horror que se aproxima?

Negrume (Elevando sua visão mental além do alcance)
- Infelizmente meu caro,não há nada que possa ser feito.
Esta anomalia cósmica é diferente de tudo o que tomo por conhecimento.
Seu poder vai além do nosso.

Neblor (Percebendo a chegada de Inktooth. E acaba dominado pelo pavor)
- Pelo poder do cosmos!
Que ser é este?

Inktooth, ao chegar na área onde estavam Negrume e Neblor,urra selvagem e descontroladamente.
É mais quem e clara,sua intenção de impor seu domínio.

Mesmo distante, Neblor é capaz de sentir o terror, e Negrume,apenas observa imóvel pela primeira vez, uma cria estelar. Onde se perde em pavor,ao vislumbrar a forma asquerosa do monstro cósmico.

O senhor do povo sombra,em pavor,usa de suas habilidades e abre uma fenda no espaço tempo,onde através dela,viaja num piscar de olhos para o mundo de Rastchy.

Seguindo o rastro arcano deixado por Negrume, o observador Neblor faz o mesmo, escapando temporariamente da monstruosidade de poder inigualável. Deixando para trás o plano negro de Urvlhack.