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Pais e filhos

Os dias se passaram rapidamente e o casamento de Eladio e Branca havia acontecido na cobertura de um hotel cinco estrelas com os amigos do casal e os sócios das empresas deles que agora estavam unidas em uma só.

Branca: Minha princesinha linda, agora você tem um papai que te ama muito e também ama a mim. (Sorri).

Eladio: Quem parece não ter gostado muito da ideia de que agora somos um casal foi a senhorita Alba. (Acaricia o rostinho da filha).

Branca: Ela cuidou a Victoria desde que a pequena nasceu e agora eu ficarei em casa para cuidar dela, então é normal que a Alba se sinta um pouco deprimida.

Eladio: Espero que ela encontre um bom homem que a faça feliz.

Branca: Também espero, pois ela merece ser feliz.

Eladio: Meu amor, você fica tão linda segurando a nossa filha. (Sorri todo bobo).

Branca: Ela e eu somos muito afortunadas por ter você ao nosso lado.

Eladio: Assim será enquanto eu viver. (Beija a amada).

Enquanto isso, o detetive que Carlos havia contratado para localizar a parteira que roubou seu filho, finalmente após longos trinta anos encontrou o paradeiro dela.

Carlos: Diga-nos, alguma novidade sobre o nosso filho, detetive Sparta? (Segura a mão da amada).

Detetive: Encontrei a parteira que o roubou.

Carmela: E onde está essa mulher? Ela deve confessar o que fez com o meu filho.

Parteira: Estou aqui, senhora. (Entra de cabeça baixa).

Carmela: O que você fez com o meu filho? Ele está vivo?

Parteira: Entreguei seu filho ao homem que mais lhes queria fazer mal e o bebê cresceu na família dele como se fosse sangue do seu sangue. (Se retira escoltada pela polícia).

Carlos: Herman. (Contrai o maxilar).

Detetive: O filho de vocês se casou recentemente e assumiu a filha da esposa.

Carlos: Quero saber onde ele está.

Detetive: Claro, mas primeiro quero que o conheça por uma foto. (Entrega a mesma a ele).

Carlos: Não pode ser. (Em choque).

Detetive: Já esteve com ele?

Carmela: Deixe-me ver. (Pega a foto e quase desmaia).

Carlos: Calma, meu amor. (A ampara).

Carmela: O rapaz que me ajudou no hotel em Acapulco é o meu filho, o nosso filho, Carlos.

Carlos: Sim, por fim o encontramos.

Detetive: Esse é o endereço dele, mas sugiro que procedam com calma, pois ele não deve saber que é "adotado". (Entrega o mesmo anotado em um papel).

Carlos: Pode deixar e obrigado por seus serviços.

Detetive: Com licença. (Se retira).

Carmela: Eu quero ver o nosso filho, conhecê-lo e dizer que sou a mãe dele e que ele não é órfão como pensa. (Olhos marejados).

Carlos: Lembre do que o detetive nos disse, precisamos proceder com calma porque o nosso filho não sabe que foi adotado, ou melhor dizendo, roubado.

Carmela: Finalmente o encontramos, depois de longos trinta anos de angústia.

Carlos: Agora sabemos que ele está vivo e que está bem. (Abraça a amada).

Carmela: Quando vamos procurá-lo?

Carlos: Amanhã mesmo.

Carmela: Como será que ele vai receber a notícia de que somos os pais dele?

Carlos: Amanhã saberemos.

Carmela: Mal posso esperar para contar a ele e anseio por poder escutá-lo me chamar de mãe.

Carlos: Não sei se ele nos chamará de pai e mãe, pelo menos não tão rápido.

Elara: Com licença, eu estava chegando e ouvi tudo o que o detetive disse. É verdade que encontraram o meu irmão?

Carlos: Sim, o seu irmão mais velho está vivo.

Elara: Quero conhecê-lo.

Carmela: Será uma alegria para nós ver os nossos dois filhos juntos pela primeira vez.

Elara: Eu gostaria de falar a sós com a senhora.

Carmela: Nos deixe a sós, por favor, amor.

Carlos: Esperarei no escritório. (Beija a amada e depois os cabelos da filha e se retira).

Carmela: Me surpreende que você tenha vindo falar comigo, pois sempre me desprezou quando se tornou maior de idade.

Elara: Isso porque eu não me dava conta do quanto a senhora sofria pela ausência do meu irmão que também é seu filho, mas estive refletindo sobre isso e vim pedir perdão e dizer que de hoje em diante farei todo o possível para ser uma filha melhor. (A abraça).

Carmela: Não sabe a felicidade que sinto ao ouvir as suas palavras, esperei muito tempo para receber esse abraço e não poderia deixar de te perdoar depois do seu sincero arrependimento. (Corresponde o abraço da filha).

4/7/22

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