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Casal feliz?

FASE UM!

O casal Guevara havia se casado há seis anos e agora estavam a espera de seu primeiro herdeiro que não sabiam se era um menino ou uma menina, mas isso em meio as ameaças de um inimigo da família.

Carlos: Feliz, meu amor? (Entra e abraça a amada por trás).

Carmela: Muito. (Sorri).

Carlos: Meu amor, eu não deveria te contar isso por conta do seu estado, mas tenho recebido ameaças.

Carmela: Do Herman?

Carlos: Sim, ele quer que eu entregue todo o nosso patrimônio pra aumentar o dele ou...

Carmela: Ele tirará de nós o nosso bem mais precioso? (Acaricia a barriga).

Carlos: Sim, mas eu irei proteger vocês. (Acaricia o rosto da amada). Perdoe-me por permitir que você esteja passando por isso.

Carmela: Eu quis me casar com você, mesmo sabendo dos riscos que corria ao romper o noivado com o filho do Herman que morreu naquele acidente na mina.

Carlos: Herman me culpa pela morte do filho dele, mas o Ignácio era meu melhor amigo e eu tentei salvá-lo apesar de tudo estar desmoronando, o Ignácio havia entendido que nós nos apaixonamos e iria embora depois da inspeção na mina.

Carmela: Você não teve culpa e o Ignácio tinha aceitado que nos casássemos.

Carlos: Obrigado por estar ao meu lado, sem você eu não estaria de pé.

Carmela: Eu sempre estarei... (Começa a sentir uma contração).

Carlos: O que foi?

Carmela: Nosso bebê vai nascer.

Carlos: Agora? (Desesperado).

Xx: Senhor, perdoe o incomodo, mas os homens de Herman estão invadindo a fazenda liderados pelo próprio. (Entra correndo).

Carlos: Ele não podia ter escolhido pior momento.

Xx: O que fazemos, senhor Guevara?

Carlos: Eu vou liderar vocês.

Xx: Como o senhor disser. (Se retira).

Carmela: Fique com a gente nesse momento. (Segura a mão dele sentindo outra contração).

Carlos: Vou impedir que cheguem até vocês. (Beija a amada enquanto acaricia sua barriga).

Parteira: Eu cuidarei da senhora, patrão.

Carlos: Cuide bem dos meus tesouros. (Se retira contrariando o seu coração).

Carlos se juntou aos seus homens para proteger a casa da fazenda, para que sua mulher pudesse dar à luz em segurança, mas o que ele não imaginava era que a parteira roubaria o bebê ao nascer.

Carmela: Eu quero ver o meu bebê.

Parteira: Isso não vai acontecer porque esse bebê nunca vai conhecer os pais. (Foge com o recém-nascido enrolado em um lençol).

Carmela: Me dá o meu bebê. (Se levanta e tenta ir atrás da parteira, mas acaba desmaiando devido ao cansaço).

Pouco tempo depois...

Uma funcionária encontrou a patroa no chão inconsciente e saiu correndo chamando pelo patrão e nesse momento Herman e seus homens fugiram tendo ocorrido algumas mortes de ambos os lados, ao ouvir o que a sua funcionária dizia o mundo de Carlos desabou e ele correu até o quarto onde a esposa estava.

Carlos: Por que isso está acontecendo? (Pega a amada no colo e a deita na cama).

Ada: Foi a parteira, ela desapareceu da fazenda, senhor.

Carlos: Vou caçar essa mulher até o cansaço para reaver o meu filho ou filha.

Carmela: Carlos, o que aconteceu?

Carlos: Que bom que você acordou, meu amor. (Beija os cabelos dela).

Carmela: Cadê o nosso bebê?

Carlos: Eu falhei, não consegui proteger vocês. (Abaixa a cabeça).

Carmela: O nosso bebê... (Não consegue completar a frase).

Carlos: Foi levado, a parteira o tirou de nós.

Carmela: Nãoooo. (Olhos marejados).

Carlos: Vou encontrá-lo. (Abraça a amada).

Ada: Contem com meu apoio.

Carmela: Obrigada, Ada.

Ada: Vou deixá-los a sós, com licença. (Se retira).

Carmela: Nós o perdemos, Carlos.

Carlos: Melhor deixarmos esse assunto, descanse um pouco. (Puxa a amada para o seu peito).

30 anos depois...

Carmela ia todos os dias até o quartinho que seria de seu bebê, desde que ele foi levado antes mesmo dela ver seu rostinho e Carlos se sentia mal por ver a amada daquele jeito, ano após ano.

Carlos: Me dói te ver assim.

Carmela: Já faz trinta anos que o nosso bebê foi tirado de nós. (Chora).

Carlos: Não há um só dia sem que eu pense nele, mas aquela parteira desapareceu.

Carmela: Meu coração me diz que o fruto do nosso amor está vivo.

Carlos: Não vamos desistir de tentar encontrá-lo.

Carmela: Me abraça.

Carlos: Eu te amo e pelo nosso amor vamos encontrar o nosso primogênito. (Abraça a amada).

Carmela: Só espero que esteja bem e feliz.

Carlos: Com certeza está bem, temos que ter fé.

18/3/22

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