Queridos e Inseparáveis
Mireia:
Acordei com um barulho subido e estranho, foi muito rápido, mas me fez acordar. Me levantei rapidamente e me pus a caminhar lentamente tateando a parede em plena escuridão. Passei pelo quarto de Adray e vi que a cama estava vazia, penso logo que ele deve ter ouvido o que eu ouvi, para me certificar disso fui até o quarto de Hidan e este dormia feito uma pedra, dei de ombros e segui para o andar de baixo.
Assim que cheguei fui recepcionada pelo silêncio, nada mais que isso - Dray? - Chamei por meu irmão mas recebi, em resposta, o eco de minha voz. Segui para a cozinha e nada, resolvi verificar no lugar favorito do meu irmão. Assim que saí a brisa fria do ápice de noite me recebeu do lado de fora meu corpo em resposta tremeu, o céu estava fechando anunciando outra tempestade, me apressei e subi para o telhado assim que cheguei , o frio se intensificou me fazendo apertar os braços contra o corpo para me aquecer - Adrey? - Minha voz reverberou a procura da voz do meu irmão e o que recebi foi um vácuo de barulho.
Olhei em volta e meu irmão não estava lá uma incógnita se fez em minha mente, assim como, uma preocupação latente. Corri rapidamente para dentro da casa novamente acompanhada pelos pingos de chuva que já caíam rapidamente. Verifiquei os três banheiros da casa e ele não estava lá, oltei para seu quarto e continuava do mesmo jeito, adentrei o mesmo e percebi que o guarda-roupas estava aberto.
Ele não fez isso!
Corri rapidamente para o porão sem pensar duas vezes
- Mireia, que surpresa.
- Onde está meu irmão?
- Não está dormindo?
- Você pode ser hipócrita com o resto mas comigo não.
- Não estou sendo hipócrita.
- Estou conectada a você querido, você não me engana.
- Para uma criança você é muito grossa sabia?
- Fala logo onde meu irmão está a não ser que...
- Que o que?
- Você acabe morto. - Falo tirando a faca das costas, peguei quando passei pela cozinha, achei que ia precisar.
- acha mesmo que você vai sequer me tocar?
- Sua criatura abominável fala logo onde está meu irmão. Espera. Onde está o outro Dragão só tem dois aqui.
- seu irmão e o dragão dele foram para um outro lugar.
- Aquele filho da puta. - Percebo o que falei e praguejo internamente. Não consigo acreditar, se bem que eu deveria esperar por isso depois da briga dos dois. Maldito seja isso.
- Me leve para lá.
- Não, eu me recuso.
- Você não está em posição de recusar nada seu desgraçado me leve até meu irmão.
- Se você quer tanto...
- Mireia! - Hidan gritou atrás de mim, ele estava alterado, provavelmente escutou tudo. Como ele descobriu que eu estava aqui? Ah! Claro, o outro Dragão o avisou, por isso está tão quieto.
- Você não vai.
- Sim eu Vou, não posso deixar aquele idiota se matar. Eu tenho que ir Hidan e você não vai me impedir. - falo o encarando seriamente
- Então eu vou também - Ele se aproxima com o seu Dragão em seu ombro. Ele estava sem camisa e só com uma bermuda moletom azul a escuridão do porão deixava seu rosto sóbrio, o brilho dos seus olhos sérios e penetrantes era amedrontador para qualquer um que não o conhecesse, menos para mim.
- Só vou trazer Adray de volta, vou ser rápida.
- Mas eu vou, não vou ficar sozinho aqui sabendo dos perigos que você vai correr
- já disse que...
- Eu sei o que você disse, mas eu vou assim mesmo. Não insista Mireia. - Ele responde com sua voz rouca e fria ele iria de um jeito ou de outro.
- Chega disso, nos leve logo para seja lá onde for - Peço a meu Dragão que em resposta encara a outra criatura a sua frente, esta por sua vez, acente com a cabeça e em uma fração de segundos uma rajada de som como a que ouvi mais cedo ecoa pelo lugar e de repente estamos em um lugar completamente diferente.
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Adray:
O vento frio bate contra meu rosto, luto com todas as minhas forças para não cair da enorme criatura que planava longe do chão, qualquer movimento errado meu corpo iria se espatifar lá embaixo
- Como estão as coisas aí? - O dragão pergunta com sarcasmo
- Tenso, bem tenso - Falo encolhendo-me contra suas escamas para me proteger.
- Prepare-se - ouvi uma voz sarcástica ecoar em meus ouvidos e em uma fração de segundos sinto meu estômago enrolar, o dragão começou a cortar o ar indo de encontro ao chão em alta velocidade - Socorro! - Minha voz é entrecortada pelo som de suas patas batendo contra o solo, meus batimentos estavam desconpaçados e minha respiração fora do meu controle, o gigante atrás de mim cai na gargalhada
- Do que está rindo?
- Da sua cara, você devia ver
- Eu passo
- Como você ganhou esse tamanho? É só um filhote
- Quando chegamos aqui ganhamos um tamanho maior, nos permite usar nosso corpo em sua expressão máxima.
- Então você pode alternar seu tamanho?
- É algo automático do nosso organismo, ficamos assim nos primeiros dias de vida.
- O que faremos agora?
- Siga-me. - o Dragão fala e reduz o seu tamanho começando a andar imediatamente, estou logo atrás sua postura imponente e séria se mantém.
- Para onde vamos? - Pergunto curioso, o que recebo em troca é o silêncio, ele nem sequer me responde - Obrigado - Respondo fazendo bico.
- Você fala demais sabia?
- O que você tem com isso? - Respondo sério
- Por isso seus irmãos sempre brigam com você.
- Dá para falar de outra coisa por favor?
- Adray, cala a boca. - Ele responde sério, muito sério, engulo em seco e continuo a caminhar. O resto do trajeto foi acompanhado por um silêncio desconfortante, eu encarava tudo em volta atentamente é diferente, parece com um conto de fadas, várias criaturas míticas elfos, grifos, fadas, cavaleiros mas... dragões nada, não ouço reunidos ou bater de asas, nada.
- Não há outros dragões por aqui? - Quebro o silêncio e vejo a criatura erguer a cabeça - Eu não sei Adray. - pela primeira vez percebi preocupação em sua voz por que? - espera, se é aqui que você vive, como não saber? - pergunto mais confuso ainda.
- Somos filhotes Adray, acabamos de sair da casca do ovo esqueceu?
- Então como sabe que este lugar é sua casa? Como soube chegar aqui? E se estiver no lugar errado?
- Já te disse, você fala demais. Como eu falei tem coisas que nós adquirimos automaticamente. Quando vocês nascem instantaneamente aprendem a respirar, desta mesma forma sou eu.
- Acho que entendi - Respondo coçando a cabeça.
- Olha, fomos guiados por alguém, não me pergunte como mas estamos aqui porque alguém nos guiou.
- Que bom que você sabe. - uma voz feminina e um pouco rouca se fez ouvir da escuridão em nossa frente
- Quem é você? - O dragão em minha frente pergunta em alerta.
- Calma, não vou fazer nada a nenhum de vocês.
- Não conseguiria mesmo - a outra criatura responde soberba.
- Não se vanglorie Dragão, você não sabe do que eu sou capaz. - Ela finalmente resolve dar o ar da graça e se mostra para nós.
É uma tigresa branca com os olhos azuis e postura imponente, seu olhar penetrante com um oceano azul em seus olhos como adorno contrastava com os traços felinos de seu rosto e claro dentes aparentemente muito afiados. Até o convencido ser que estava a minha frente a cumprimentou em reverência
- Me chamo May, vim para guiá-lo até o seu lugar
- Meu lugar?
- Sim, por favor siga-me
- espera aí, como vamos saber se você é confiável? - Mais uma vez O Dragão indaga - Você nem sabe nossos nomes.
- Se engana Gama, por favor me acompanhe Adray. - Ela responde áspera nos fazendo engolir em seco. Passamos a maior parte do caminho em silêncio, aquilo já estava me estressando.
- Seu nome é Gama?
- Sim, estamos conectados e você não sabe meu nome?
- Estamos conectados e você não teve o mínimo de consideração de me dizer seu nome?
- Não tivemos tempo
- Olha que é a mal educada agora
- Você é um garoto de cinco anos.
- e você acabou de sair da casca do ovo
- Chegamos crianças. - May fala sarcástica erro meus olhos e me admiro com o que vejo. Estou em um lugar cheio de felinos de diversas espécies. O lugar é lindo, um enorme lago e o som alto de muitas águas, anuncia que estamos perto de uma cachoeira, corro em direção ao enorme lago para apreciar mais de perto sua beleza a água pura e transparente como cristal, a luz da lua refletindo sobre sua superfície o torna uma paisagem ainda mais fascinante.
Depois percebo que atraí os olhares de todos por perto, eles me encaravam sérios dos pés à cabeça - Não sabia que eu era tão bonito assim - Penso alto e gargalho em seguida.
- Não seja ridículo, eles estão assim porque você é um humano, e claro, com uma criatura de quase 900 toneladas e uns sete metros de altura, seria impossível não chamar a atenção. - Sorrio com a ironia do momento.
- vou levar vocês dois para alguém. Ele quer vê-los.
- Quem? - Perguntamos em conjuntos a curiosidade é a mesma afinal.
- Terão que se segurar um pouco para descobrir. - Ela responde nos encarando com um olhar penetrante.
- Por que? - pergunto devolvendo, ou pelo menos tentando, o olhar.
- Porque temos companhia. - Ela ergue seu olhar acompanhado de todos os outros inclusive o meu e o de Gama. Avistamos dois dragões se aproximando e eu já sabia quem eram, Hidan e Mireia, meus queridos e inseparáveis irmãos.
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Autores
Nós desculpem os erros e bom aí está mais cap o próximo sairá em breve.
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