Meu peito esvaziou
De tanto apanhar, de tanto sangrar em vão,
De tanto engolir fel, calar a indignação,
Meu peito esvaziou, a alma entorpeceu,
O amor que havia em mim, em nada se converteu.
Teus maus tratos diários, a palavra que açoita,
O desprezo constante, a ferida que não coita,
Consumiram a chama, extinguiram o calor,
Restou apenas cinza, e um profundo dissabor.
E agora vens, em prantos e lamentos vãos,
Implorar clemência, exigir perdão nas mãos.
Insistes, persistes, em vão juras amar,
Mas o tempo esgotou, não há mais onde buscar.
Não sinto raiva, não nutro mais rancor,
Apenas o cansaço, a exaustão, a dor.
Tua voz já não ecoa, teu toque não inflama,
Em mim, para ti, não resta mais nenhuma chama.
Podes ajoelhar, prometer o céu e o mar,
Jurar mundos e fundos, tentar me cativar,
Mas a ponte ruiu, o laço se desfez,
De tanto sofrer, meu querer adormeceu, morreu.
Te perdoo sim, em palavras vazias,
Para que vás embora, e sigas outras vias.
Mas ficar, jamais, reviver o passado, nunca mais,
Meu ser te repele, a exaustão é quem diz: "basta e paz".
Em mim, a ti, não resta mais sentimento,
Apenas a fadiga, de um longo sofrimento.
Segue teu caminho, busca outra ilusão,
Aqui, o amor morreu, reina a exaustidão.
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