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Resgate

Naruto resolveu que as coisas não funcionavam com ele. Era simples assim, não podia ser de outra forma.

As coisas vinham, depois eram tiradas. Odiava o estranho que o olhava como se fosse algo de comer. E tinha aquele outro de óculos que sorria para ele. Lembrava vagamente de ele ter enfiado agulhas nele logo quando chegou no hospital a primeira vez, antes de ir a casa do Lobo Branco.

Agora lhe perguntavam um monte de coisas que não sabia responder. Sobre ele ter matado pessoas, que Sasuke levou um tiro por sua culpa. E só conseguia olhar para a mesa sem falar nada. Sentia que se abrisse a boca iria explodir, chorar, bater muito em alguém. Itachi disse que ele não fizesse nenhuma loucura, eles dariam um jeito. Tinha que ser paciente. Itachi não mentiria para ele.

Mas aquele homem estava o deixando nervoso, lhe olhando daquele jeito. E esse outro que batia na mesa sem parar, gritava um monte de coisas. Já puxara seu queixo para cima duas vezes, na terceira ele ia ter que fazer alguma coisa. Não gostava quando o tocavam assim, lhe trazia lembranças ruins.

Rosnou e mostrou os dentes, com a paciência no limite. O homem que gritava pareceu surpreso com isso. Então se aproximou.

– Não me toque. – falou pela primeira vez.

Ele recuou. Naruto não queria machucar ninguém, mas estava com medo, nervoso. Desde que entrara no prédio, sentia um cheiro estranho, conhecido, que lhe deixava alerta, mas não sabia de onde era. De quem era.

Ouviu uma gargalhada. Era o homem cobra, na porta. Os olhos dele brilhavam.

– Ele é fantástico! Fantástico! Vamos Naruto-kun. É assim que lhe chamam não? Vamos recuperar o que tem nessa cabeça, estou – ele sorriu se aproximando. – Curioso.

Naruto rosnou mais alto e puxou as algemas as quebrando. Pulou sobre a mesa em posição de ataque. Não gostava daquele homem. Não gostava mesmo.

Sentiu de repente algo percorrer seu corpo, um tremor, um choque, e estava no chão. Alguém o atingiu com alguma coisa. Depois uma agulha em seu braço e tudo começou a ficar leve, se sentiu calmo, letárgico. Não conseguia se mover.

– Não machuquem. O quero inteiro. – foi a última coisa que ouviu antes de apagar.

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– Isso é um absurdo.

– Já falou isso, Tsunade.

– E repito velho, é um absurdo. O garoto não um rato de laboratório. Olhe o jeito que Orochimaru olha pra ele. Isso é um nojo.

Sarutobi não respondeu. Reconhecia verdades nisso, mas estavam sem tempo. Queria saber se Madara tinha um dedo nisso. Há anos queria pegá-lo. Desde que Minato entrara e o acusara do desaparecimento do filho, e tinha que admitir as semelhanças daquele garoto com Minato. Tinha que saber, se esse era a criança desaparecida. Se Madara havia feito tamanha crueldade com o próprio irmão de criação.

Orichimaru amarrou as correias com força nos pulsos do garoto a maca. Ele ainda estava sobre efeito do calmante. Ligou os plugs as têmporas e outros pontos do crânio, onde haveria o estimulo elétrico. Não poderia ver dali, mas do outro lado do espelho os generais das divisões olhavam a cena e sorriu ao pensar nisso.

– Tudo certo com o computador central?

– Sim. A qualquer momento. – Kabuto respondeu.

Ligou e os estímulos foram lançados.

Tsunade olhou a cena aflita. Se algo acontecesse com o garoto ali, de nada adiantaria o plano para retira-lo na madrugada. Ele ainda não acordara, mas se contorcia sob os estímulos.

Então em dado momento ele abriu os olhos confusos. Os azuis profundos olhando ao redor. Pela surpresa de Orochimaru, aquilo não devia ter acontecido.

Nem o sangue que escorria de seu canal auditivo.

– Parem! – gritou – Ele está sangrando!

Sarutobi ligou o microfone para a sala: - Orochimaru, cancele!

Mas ele não cancelou. Naruto se contorceu para sair. Parecia estar sentindo muita dor e o grito foi cortante, agoniado.

– Eu ordeno que PARE! – O velho gritou.

– DESGRAÇADO! – Tsunade pegou a cadeira para quebrar o vidro e invadir a sala, mas tudo foi muito rápido. Naruto arrebentou as correias e pulou da maca, a pegou com as mãos e jogou contra o vidro. Mal tiveram tempo de se abaixar quando ele explodiu e cacos voaram para todo o lado.

Ele estava com raiva. Com ódio. O que as pessoas pensavam que ele era? Uma cobaia a vida inteira?

As memórias o tomaram com força angustiante e dor, uma dor que parecia que ia parti-lo ao meio. A sua mente fragmentada pareceu se colar, se unir, se reformar. Estava sob o total controle de seu corpo.

Arrebentou as correias e jogou aquele maldito que queria brincar com ele como se fosse um ratinho longe. Queria mesmo mata-lo, mas tinha que sair daquele lugar, precisava achar Gaara, ou Minato. Não tinha dúvidas que o ruivo fizera o que pediu. Precisava de uma dose da droga o quanto antes, seu sistema estava entrando em colapso de forma acelerada. Tinha que sair dali, ou estava morto.

Pegou a maca e arrebentou o vidro, saltando para fora sem se importar com os pês descalços se ferindo e as pegadas de sangue que deixava para trás, tinha que achar a saída antes do estágio letargia.

E aquele cheiro, não tinha dúvidas, era Hidan por perto. Ele estava muito vulnerável. Não venceria uma luta naquele estado, tivera sorte com os outros, sua raiva o impulsionou. Hidan era um dos mais fortes, só perderia pra Gaara ou ele mesmo, em seu melhor estado. Não como estava agora.

Passou por um corredor a procura da saída. Mas não teve chance. Sentiu uma picada no pescoço, caminhou mais alguns passos, outra nas costas. Sedativos.

Caiu no chão, ouvindo uma gritaria por perto, até se perder no rio leitoso da inconsciência.

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Shikamaru. Itachi e Kakashi esperavam do lado de fora da zona laboratorial que funcionava como ambulatório da central. Para entrar, era necessária permissão especial, mas Tsunade os colocaria lá dentro. Meia – noite, era o horário. Segundo ela informara a Shikamaru, o garoto estava sedado e preso em um dos leitos depois de ter espancado Orochimaru (iuhu!) e jogado uma maca em direção aos generais e o comandante geral da central.

Itachi havia resmungado que ele não sabia ser discreto, que ele pedira para ele ficar na dele, e que agora seria mais difícil tira-lo de lá. Kakashi fingiu que concordava, mas queria estar lá para ver a performance.

Quando bateu o horário, um homem gordinho Akimichi, abriu a porta e veio até o carro com uma sacola e crachás. Kakashi abriu e não acreditou.

– É sério? – perguntou encarando Itachi

O moreno deu de ombros: - Se Fugaku me visse com essa roupa de médico ia ter um ataque de orgulho.

Até em um momento daqueles aquilo idiota o fazia rir.

Kakashi sabia que o Uchiha estava quebrado por dentro, que queria estar ao lado de Sasuke, mas estava ali, com ele. E não era só por que queria que o garoto arrancasse as tripas dos Akatsuki para fazer guisado. Era por ele, por Kakashi.

– Uchiha .- falou de modo tímido quando entravam colocando suas máscaras e crachás falsos. O tom incomum despertou a curiosidade do outro que o olhou.

– Você é um sujeito legal.

Ele sorriu de canto, um sorriso cansado: - Você também, Hatake.

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– Você quer mesmo fazer isso pessoalmente?

Minato estava com o binóculo em cima do prédio da receita federal, que tinha uma visão privilegiada da central. Olhou o relógio.

Ao seu lado estava uma mulher de cabelos roxos e corpo esbelto, comendo dangos e brincando de alvos com os palitos. Fora ela quem ensinara Minato com as facas. Além de ser ótima com explosivos, se preciso.

– Ele é meu filho. Vou salva-lo dessa vez.

– Podia mandar outros. Sabe que são bons.

– Quero fazer meu papel de paizão.

A mulher revirou os olhos: -Vamos explodir?

Ele mordeu o lábio e negou: - Vamos ser discretos, o quanto for possível

Ela bufou: - Então não devia ter me chamado.

Ele sorriu e balançou a cabeça: - Você é a melhor em resgate, Anko. Vamos cortar a luz de forma momentânea, à meia-noite e cinco. E Depois...

– Usar os paraquedas e descer. Pegar a criança que está na sala de recuperação, leito três, terceira porta a direita. Dois seguranças na porta, está sedado com benzodiazepínico. Vamos sair pela janela leste, que não vai ter filmagem graças aos brinquedinhos do Tobirama de longo distância. O furgão nos espera e partimos daqui dando dedo a todo mundo. E se possível, explodindo tudo atrás – Os olhos dela brilharam.

Ele olhou para a mulher mudo e riu: - Você assisti muito filme americano.

Olhou de novo o relógio.

Quase na hora.

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Se sentia preso no rio escuro dentro de si mesmo. Aos poucos abriu os olhos. Por um tempo, esperou estar preso ainda, sem controle de seu corpo, mas parecia ter acabado. Ele ainda sentia o outro dentro de si, mas como parte dele. Uma parte que no momento era irrelevante.

Abriu os olhos azuis, enevoados pelas drogas. Sentiu uma fisgada no braço, com os olhos semicerrados, viu o homem de óculos com uma agulha em seu braço, enchendo o embolo com o liquido vermelho escuro que era seu sangue. Se sentia fraco. Quase não conseguia abrir os olhos de leve.

Sentiu uma fisgada diferente, em seu antebraço. Penetrante. Um corte?

–Cicatrização ainda acelerada, mas menos potente do que anteriormente.

A voz era do homem cobra. Devia ter batido mais forte. O que aqueles idiotas estavam fazendo? Examinando seu sangue?

Teve vontade de rir. Ele estava completamente venenoso no momento, com as toxinas do metabolismo. Minato explicara como funcionava a abstinência. Quando não constante no organismo, a droga funcionava como um veneno injetado aos poucos, matando órgão por órgão.

Fechou os olhos, a letargia chegando aos poucos. Ou talvez fosse a sedação. Resolveu guardar forças, para sair dali.

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– Por ali. – Shikamaru guiou. Kakashi descobriu que ele e Itachi eram dois dissimulados. Podiam muito bem sair da polícia e entrar para o teatro, uma vozinha na sua cabeça disse que isso explicava por que ele era tão manipulado pelos dois, mas deixou isso para depois.

Chegavam ao corredor dos leitos, quando todas as luzes da central se apagaram.

Foi um pânico geral, gritos, cachorros latindo: - Que porra é essa? - resmungou.

– Os geradores vão funcionar, será que alguém fugiu com isso? – Shikamaru resmungou no escuro – Problemático.

–Vamos terminar com isso.

–Temos que esperar as luzes. Não posso guiar no escuro, não sou cão-guia Kakashi.

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Foi naquele momento de descuido, no escuro. Naruto ouviu uma blasfêmia de um dos homens e conseguiu se livrar de uma das correias, a mantendo aparentemente nele, apenas frouxa. Levantou a mão e pegou um objeto cortante, sentiu que feria a palma e abafou o gemido. Mesmo assim puxou o objeto para si, para perto. Nesse momento a luz se acendeu e fechou os olhos. Iria esperar um deles sair. Não conseguiria combater dois naquele estado.

Xingou por dentro por estar tão fraco.

Estupidamente vulnerável.

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Quando as luzes finalmente acenderam o caos estava instalado na central, pessoas correndo por todo o lado para saber se algumas das celas tinha aberto com a queda de energia. Shikamaru guiou os outros tentando disfarçar o máximo possível quando se deparavam com guardas correndo para todo o lado.

Seria problemático remover um garoto desacordado daquele jeito. Ou talvez se aproveitasse do caos para isso...

Foi planejando rápido, vendo possibilidades, mudando ações segundo possíveis reações que teriam.

–É ali. – Apontou. Kakashi não tinha mais paciência, ele quase corria até o quarto. Shikamaru retirou suas mãos impaciente da fechadura e passou a chave-cartão que Tsunade entregara.

–Calma Kakashi. – Itachi sussurrou. – Vai estragar tudo agora.

Kakashi adentrou na sala rapidamente. E foi golpeado forte por alguém.

Reagiu rapidamente, teve consciência da bagunça ao redor e no fim acabou pressionando o agressor sobre o leito.

Havia algo diferente ali.

Seios.

Uma mulher.

– O que fez com Naruto! – perguntou entredentes. Alguém acendeu a luz que estava apagada (Shikamaru, provavelmente) e Kakashi viu a agressora, uma mulher de cabelos roxos (e linda) que o olhava de modo assassino (lindamente). Com o susto ficou com a guarda baixa e ela o jogou da cama no chão.

–Espero de verdade que isso que pressionou minha coxa tenha sido sua arma, seu pervertido! – ela falou raivosa.

Kakashi apontou a arma para ela, e ela para ele.

– O que fizeram com meu filho! – a voz chamou sua atenção e se virou sem largar a arma. Um sujeito loiro apontava a arma para ele, e Itachi para o loiro.

– Yo Yo! – Shikamaru falou ainda no interceptor – Podem se matar ou se explicar. Só viemos aqui resgatar um amigo nosso, mas acho que mandaram o quarto errado.

– Vim resgatar meu filho. – o loiro falou desconfiado, ninguém abaixou a arma.

–Seu filho. – Shikamaru olhou bem para o homem, olhos azuis, cabelos loiros. Tão parecido com...Ele. – Não acredito... – arfou.

–Está duvidando do Minato?! Vou explodir essa merda! – a mulher gritou e nessa hora Itachi olhou para Shikamaru.

– Minato. – O Uchiha falou calmo. – Namikaze Minato.

O homem o olhou surpreso.

–Sou Uchiha. Itachi.

Nessa hora os olhos do homem se abriram mais e ele abaixou a arma: - E um de vocês devem ser Kakashi. – O loiro falou – São as pessoas que estavam cuidado do Menma.

–Naruto. – Kakashi corrigiu. – Ele se chama Naruto.

A mulher bufou, ainda segurando a arma e apontando para Kakashi: - Por que não chamam logo o menino de ramen?

– Bom – o loiro coçou a cabeça e ficou vermelho – Kushina gostava de ramen, então a gente...

–ISSO NÃO VEM AO CASO! – Kakashi gritou e Itachi o lançou um olhar mortal para que falasse baixo enquanto Shikamaru olhava a porta nervoso. – Isso é uma piada? Você pai do Naruto?

– Kakashi... – Itachi suspirou. – Está na cara dele, literalmente.

–Não é isso! – o homem balançou a cabeça e soltou a arma devagar. – Se é o pai dele, como não o protegeu? Como deixou que espancassem, torturassem, abusassem dele fisicamente e mentalmente durante todo esse tempo? – os olhos dele estavam raivosos – Onde você estava enquanto alguém usava seu filho como uma cobaia, o criava como um animal? Você não é pai do Naruto! – Finalizou quase gritando novamente.

O loiro abaixou a cabeça e a mulher ameaçou avançar no pescoço de Kakashi: - Retire o que disse, não fale o que não sabe!

– Ele foi raptado Kakashi. – Itachi falou calmo, entendendo os sentimentos do amigo. – Estou certo, Minato-san?

O homem assentiu. Parecia abatido: - Sim, meu meio-irmão matou minha mulher e raptou meu filho, me fazendo acreditar que ele estava morto. Até dois meses, quando o encontrei. Meu meio- irmão... – ele suspirou e olhou Itachi. – Primo de seu pai, Itachi. Madara Uchiha.

Shikamaru riu : - Eu disse.

– Acho linda essa conversa, mas temos um assunto aqui. – a mulher resmungou. – Achar Menma.

–Naruto. – Kakashi replicou.

–Não saio daqui sem meu filho, nem que exploda essa central – Minato replicou.

–Gosto disso. – a mulher brilhou os olhos

–Pirados. – Shikamaru falou e então o celular tocou. O rosto empalideceu e então olhou para os outros – Temos um problema. E bem problemático.

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Tinha que pensar. Se atacasse agora, como sairia dali? Como fugiria? Tinha que esperar ao menos a porta ser aberta. Ou pegar a chave que o homem cobra levava no jaleco. Olhou o ambiente, parecia um laboratório.

Ele não podia esperar muito tempo. Aquele homem estava o acariciando demais, sua paciência estava no limite.

– Sua pele é tão macia. – o homem murmurou enquanto passava os dedos em seu rosto. – É como estão dizendo, parece um anjo.

– Kabuto – O homem cobra falou reprovador, mas com voz divertida. – Depois pensa nisso, pegue as amostras.

O homem de óculos (o tal Kabuto-que-vai-ter-uma-morte-dolorosa) suspirou e se aproximou dele sentando em uma cadeira enquanto o outro parecia se afastar para os fundos, entre prateleiras. Olhava tudo pelos olhos semicerrados.

– Ele não entende, você é totalmente tentador. – Falou com uma voz insinuante. – Provocativo, desde que chegou ao hospital com aquela cara inocente. Você praticamente pede para ser estuprado. E já foi não é? Eu vi nos laudos. – Ele riu e o garoto buscou forças na mente, sair da letargia e apertou o cabo de bisturi tentando controlar a raiva, não ia esperar mais, daria o golpe agora, no pescoço, morte lenta e dolorosa... – Um dia terei essa sorte, você provoca isso, eu sei bem.

Ele deslizou a mão para o rosto do garoto, para outro lugares.

Enojado.

Paciência tem limite. Pegou o bisturi e quando o homem parecia quase a ponto de beija-lo começou a erguer a mão a retirando da correia frouxa.

– Não devia tocar no que não é seu. – A voz o fez congelar. Como não sentiu o cheiro antes?

Kabuto se virou do seu novo brinquedo e viu um homem de cabelo roxo com um sorriso sacana no rosto. Ele trazia uma arma estranha nas costas e o olhava de forma penetrante.

Não só isso.

Estava trazendo o corpo de Orochimaru e o jogando no chão aos seus pés. Kabuto olhou assustado e preparou um grito, mas esse nunca saiu.

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– Orochimaru e Kabuto estão mortos? – Kakashi perguntou surpreso.

–Sim, e Naruto sumiu. – Shikamaru falou enquanto corriam pelo corredor atrás de Minato para o furgão, já sabiam da invasão, e com a morte dos policiais e o sumiço de Naruto, o alvoroço foi total.

– Acha que ele os matou? – Anko falou enquanto assumia o volante e todos entravam.

– Já vão tarde. – Kakashi deu de ombros. – Para onde Naruto iria?

– Depende de qual dos dois. – Itachi falou devagar, pensando. Minato trocou um olhar com Anko, os dois estavam no banco da frente.

– Como assim?

–Ele tem dupla personalidade. – Kakashi falou sereno. – Tem o Naruto inocente e o pirado assassino que quebra coluna de Akatsuki.

– Depois explicamos melhor. – Itachi falou antes que abrissem a boca. – Naruto inocente iria para casa de Kakashi, mas essa foi destruída. Ou para minha ou de Hinata. O outro pensaria melhor, pois saberia que seria o primeiro lugar que procurariam, então iria atrás de um lugar que não gerasse suspeitas, mas como não o conhecemos, pode ser qualquer lugar.

–Mas eu conheço. – Minato sorriu. – E sei exatamente para onde ele iria, para nossa base secreta.

–Você fica um panaca quando diz isso. - Anko resmungou - Mas vamos lá.

E guinou o carro com violência. Kakashi pensou que ela bem poderia ensinar Naruto a dirigir, ia ser divertido de se ver.

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O vento frio da noite batia por sua pele na roupa fina. Permanecia quieto enquanto Hidan o levava. Fingiu-se de desacordado todo o momento. Ele era sua chance de sair da central, e agora, finalmente, estava do lado de fora.

Mas não sabia como ia se livrar dele. Ele escalava e pulava os prédios em silêncio o levando sobre um ombro, a cabeça de Naruto pendia, pendurada perto de seu peito. Precisava esperar o momento certo, ou cairia e não sabia se em seu estado conseguiria se erguer.

Foi quando chegou sua chance. Sincronizar, para cair no telhado, eram três andares, pularia para a multidão. Hidan não era bom caçador. Deixou o bisturi deslizar da sua manga para a palma da mão, e desferiu um golpe único, mirando perto do coração.

O metal cortou a carne ouviu o grito do homem. Mas ao invés de solta-lo, ele o segurou no colo com força e os dois caíram juntos no telhado.

O garoto bateu a cabeça e ficou tonto. Quando abriu os olhos estava imobilizado com os joelhos dele em cima de seu tórax e uma das mão agarradas em seu pulso, enquanto com a outro removia o bisturi que cravara fundo com uma cara de dor.

– Errou por pouco, 445. – riu ainda fazendo careta e ofegando. – Você sempre da trabalho. Até acabado do jeito que está.

Não respondeu. Sentiu o corpo em dormência. Quinto estágio, letargia. O outro percebeu e soltou seus pulsos, os braços caíram aberto. Ofegava e fitava os olhos frios que o olhavam com curiosidade.

– Você sobreviveu a droga, impressionante. E com o tempo em abstinência, já deveria estar morto. É realmente uma criatura peculiar, 445. Me desperta, interesse.

– Já tive meu assédio diário, 2. – murmurou de forma fraca, nem ironia conseguia usar direito.

– Devia me chamar de Hidan, foi o nome que me deu. Deu nome em todos os dez, mas não ficou entre os seus. – O homem parecia... com raiva? Desde quando os números expressavam sentimentos tão claramente?

– Me solte Hidan. – pediu de forma fraca. Lutar não conseguiria. – Quer mesmo que ele me mate?

– Você tentou me matar ainda há pouco.

– Eu acertaria seu coração se quisesse. Estou em abstinência, mas ainda conheço anatomia interna. Argh! – gemeu quando ele aumentou a pressão em seu tórax com os joelhos.

– Calado. Sempre falou demais. Você não vai morrer, ele vai usar seu sangue, fazer testes, te punir, mas Madara não te mataria.

– Ele bem tentou, imbecil. – cuspiu e tossiu.

O outro limpou o sangue que saia do canto da sua boca e aproximou bem seu rosto do dele. Hidan sempre foi exagerado em contato com ele. Era extremamente irritante.

– Ele sofreu com isso, tenho certeza. – falou sério.

O garoto riu, gerando mais um acesso. Madara não poderia sofrer, ele não tinha essa capacidade.

– Você era o favorito.

– Eu era o brinquedo de sadismo. – Falou e gemeu e engoliu o orgulho. – Por favor, me solte.

– Você nunca pediu por favor, é curioso. – o outro riu. – Na verdade, nunca o vi tão vulnerável. Fica ainda mais belo assim.

– Hidan, você não é cruel. Sabe o que vai acontecer comigo. Sabe que ele vai me ferir de todas as formas... – Tentou manter a voz calma.

– Desculpe, 445. – O homem suspirou e deu um tapa de leve em seu rosto. - Você vai vir comigo.

– Não, ele não vai.

Aquela voz. Seu peito se encheu de alivio. Foi rápido. Viu apenas o vulto ruivo e estava sem o peso sobre si. Os sons escaparam da sua mente. Quando voltou a abrir os olhos era Gaara que estava o carregando.

– Está indo rápido. – o ruivo falou ao vê-lo acordado. – Tem um plano?

– Preciso ir a um lugar... – o loiro estava arfando. – E que procure... Hinata.

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